Após o imenso sucesso na pele de Maria da Paz, protagonista de "A Dona do Pedaço", em 2019, Juliana Paes planejou descansar a imagem em 2020. Recebeu até o apoio da Globo. Afinal, a boleira criada por Walcyr Carrasco foi um perfil muito marcante. Só que nem precisava o planejamento porque ninguém esperava a chegada de uma pandemia mundial. A atriz ficaria longe do trabalho querendo ou não. Mas a interrupção das gravações por conta do coronavírus implicou em várias reprises e, ironicamente, Juliana está no ar em três delas.
"Laços de Família" (recém iniciada no "Vale a Pena Ver de Novo"), "Totalmente Demais" (em plena reta final) e "A Força do Querer" (estreia da semana passada) representam três fases distintas da carreira de Juliana. A trama de Manoel Carlos, exibida em 2000, contou com uma atriz insegura e crua: era o seu primeiro papel na televisão. No folhetim das 19h escrito por Rosane Svartman e Paulo Halm, exibido entre 2015 e 2016, a intérprete ganhou sua primeira vilã. E vilã com conflitos de mocinha, repleta de boas camadas. Já em "A Força do Querer", de 2017, viveu sua personagem mais emblemática.
As reprises simultâneas têm exposto a versatilidade e o amadurecimento cênico de Juliana Paes. A coincidência vem servindo para o telespectador comprovar o talento de uma profissional que foi aprendendo na televisão, que completou 70 anos no dia 18 de setembro.