segunda-feira, 30 de junho de 2014

Fernanda Gentil: a musa da Copa

Basta ser um bom observador para constatar que Fernanda Gentil é a maior representante da Copa do Mundo de 2014 na Rede Globo. A repórter aparece durante toda a programação da emissora, através de pequenos plantões, onde ela conta a rotina da seleção brasileira na Granja Comari, sempre esbanjando simpatia e falando muito bem. Mas, por incrível que possa parecer, sua onipresença não cansa. Isso porque o talento e a desenvoltura da profissional fazem a diferença.


Fernanda é muito carismática e o jeito que fica à vontade diante das câmeras (por mais que fique nervosa de vez em quando, o que é normal) transmite intimidade com o público. A forma como a jornalista apresenta as notícias é outro ponto a seu favor, uma vez que ela raramente gagueja e ainda consegue contar tudo o que é necessário de forma concisa, sem aparentar a correria sempre constante nos links 'ao vivo' de qualquer emissora. 

A sua ascensão é merecida e a repórter conquistou seu espaço na Copa das Confederações de 2013, cuja função era a mesma: cobrir a seleção. Graças ao seu bom trabalho, virou um dos destaques do jornalismo da Globo e chegou até a ser classificada como a 'Musa da Copa'.

domingo, 29 de junho de 2014

"Encrenca" se inspira no "Pânico na Band", mas precisa melhorar muito para ter alguma graça

Para tentar preencher a vaga deixada pelo "Pânico na TV" ---- que ao ir para a Band, levou o público junto e arruinou os domingos da emissora, por ser a única atração que conseguia um número considerado interessante ----, a Rede TV! estreou neste domingo, com cerca de quinze minutos de atraso (marcado para às 19h, começou quase às 19h15), "Encrenca", um novo programa humorístico.


Comando por Ricardinho Mendonça, Angelo Campos, Dennys Motta e Tatola Godas (quarteto que já comanda o "Quem não faz toma", programa de uma rádio paulistana), a atração conta com a presença fixa de Carol Portaluppi (filha do ex-jogador Renato Gaúcho) e da ex-BBB Fani Pacheco. A estreia deixou claro que o intuito é copiar quase tudo do Pânico.

Isso porque, primeiramente, o cenário usado é o mesmo utilizado pela equipe comandada por Emílio Surita, na época em que os humoristas ainda estavam na Rede TV!. Apesar de algumas pequenas mudanças no estúdio, a nítida precariedade do investimento não deu para disfarçar e nem esconder o 'passado'.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cadu e Verônica: um bonito par de "Em Família"

"Em Família", além dos problemas já amplamente abordados, não tem muitos casais interessantes. Poucos são os pares que despertam algum tipo de interesse. Ao longo dos meses, foi difícil torcer por algum. Mas atualmente, há três bons pares: Helena (Júlia Lemmertz) e Virgílio (Humberto Martins), que sempre formaram um par, mas só recentemente começaram a demonstrar boa sintonia; Bárbara (Polliana Aleixo) e André (Bruno Gissoni), que fazem um bonito casal, embora o interesse do rapaz por Luiza (Bruna Marquezine) arraste demais a relação; e Verônica (Helena Ranaldi) e Cadu (Reynaldo Gianecchini), que começaram a se envolver. E dos três casais, o último é que o tem sido mais interessante de se acompanhar.


Após muita enrolação em cima da eterna dúvida de Clara (Giovanna Antonelli) ---- sobre com quem deveria ficar, com o marido ou Marina (Tainá Muller) ----, Cadu resolveu dar um basta naquela situação e pediu o divórcio. Manoel Carlos demorou muito para desenvolver este equivocado triângulo, o que acabou prejudicando todos os personagens envolvidos. Mas apesar de mais este erro do autor ---- que inclui ainda a cura súbita de Cadu após um transplante ----, o personagem de Gianecchini, antes tarde do que nunca, passou a ter uma vida própria, podendo se desvencilhar do casal lésbico, e começando a ser alvo da disputa de várias mulheres, sendo Silvia (Bianca Rinaldi) e Verônica as 'principais' interessadas.

Embora haja química entre o ex de Clara e sua médica, é com Verônica que as cenas ficam bonitas e com uma boa dose de romantismo. Os personagens estão cada vez mais próximos e desde que Cadu foi morar com sua amiga, há um clima no ar. O par é tratado como se ambos fossem adolescentes tímidos e inexperientes,

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ao usar Russo para atacar a Globo, Record mostra que continua a mesma

O "Domingo Show" estreou em março de 2014 e desde então vem abusando de todo tipo de assunto sensacionalista para alavancar a audiência do programa. Geraldo Luís comanda a atração e parte para qualquer tipo de apelação para atrair alguns números a mais no Ibope. Vale lembrar que ele já fazia isso no "Balanço Geral", época em que chegou a usar a sofrida história da vida de um anão como uma espécie de show. Portanto, não chegou a ser nenhuma surpresa a exploração da história de Russo, ex-operador de áudio e ex-assistente de palco da Globo.


Antônio Pedro de Souza e Silva é uma figura conhecidíssima do público, já que trabalhou por 46 anos na Globo e vivia aparecendo graças ao carinho que os apresentadores tinham por ele. Não há como esquecer da sua presença no "Cassino do Chacrinha", sendo um 'faz tudo' do Velho Guerreiro. E foram muitos os programas que contaram com seu trabalho, incluindo "Domingão do Faustão" e "Xuxa". O mais recente era o "Caldeirão do Huck", época em que, vale ressaltar, estava trabalhando já aposentado, uma vez que Russo (hoje com 83 anos) já se aposentou há mais de 20 anos.

Após sofrer um enfarto, a Globo obrigou Russo a parar de trabalhar, bloqueando seu crachá, impedindo consequentemente sua entrada no Projac. Como é viciado em trabalho e está nesta ocupação há anos, obviamente, o assistente de palco não se conformou com a decisão da empresa.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Estabilizado na grade da Globo, "Encontro com Fátima Bernardes" tem bons motivos para comemorar

Após surpreender todos os telespectadores com o anúncio do seu desligamento do "Jornal Nacional", Fátima Bernardes se arriscou ao se aventurar no mundo do entretenimento como apresentadora. E o início deste novo recomeço não foi nada fácil. Seu programa estreou no dia 25 de junho de 2012 e não despertava interesse. O "Encontro" debatia vários assuntos com alguns convidados, mas a forma como tudo era conduzido cansava e deixava o resultado entediante.


Com uma Fátima insegura, a atração ainda tinha um cenário que em nada combinava com o horário matinal. A apresentadora ainda não conseguia ter um bom entrosamento com seus companheiros de palco --- Lair Rennó e Marcos Veras. Mas como a situação não tinha como continuar do jeito que estava, algumas mudanças foram ocorrendo de forma gradativa. Em fevereiro de 2013, por exemplo, Boninho assumiu a direção e mudou o cenário. Mas o conteúdo ainda não despertava interesse e a forma do programa continuava cansativa.

Porém, em 2014 o "Encontro" parece que finalmente se 'encontrou'. O cenário sofreu uma nova reforma e ficou ainda mais bonito. Fizeram uma sala de estar, com uma grande sofá para os convidados e ainda construíram um lugar especial para as bandas se apresentarem. Isso porque diariamente a atração conta com a presença de algum cantor (a) ou conjunto musical. E agora, ao contrário do que ocorria no começo,

terça-feira, 24 de junho de 2014

"Caras & Bocas": um sucesso em 2009 e um sucesso em 2014

Exibida no horário das sete, na Globo, entre 13 de abril de 2009 e 8 de janeiro de 2010 ----- depois do fracasso "Três Irmãs e sendo substituída pelo fracasso "Tempos Modernos" ------, "Caras & Bocas" foi mais uma novela de imenso sucesso escrita por Walcyr Carrasco. A partir de 13 de janeiro de 2014, começou a ser reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" e vem obtendo bons índices de audiência. É, inclusive, a única novela da emissora no ar que conseguiu um bom retorno do Ibope, em meio a um período nada favorável, onde todas as tramas inéditas ----- "Joia Rara"/"Meu Pedacinho de Chão", "Além do Horizonte"/"Geração Brasil" e "Em Família" ----- fracassaram nos números, com exceção de "Amor à Vida" (do mesmo Walcyr). A reprise (que em alguns momentos chegou a ter mais audiência que a novela das seis e das sete) já está perto do fim e será substituída pela igualmente ótima "Cobras & Lagartos", do talentoso João Emanuel Carneiro.


O êxito do folhetim de Walcyr não é muito difícil de ser explicado, afinal, a história foi ótima, repleta de bons personagens, ágil, com várias reviravoltas e um elenco muito bem escalado. O casal central da novela era formado por Dafne (Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador), que foram separados na adolescência por causa do avô milionário da garota (Jacques - Ary Fontoura). Trama folhetinesca bem comum. Porém, o tema principal era voltado para o mundo das artes e a hipocrisia que reina no mercado.

Tanto que o protagonista na novela era um macaco. Isso porque o primata amava brincar com tintas e fazia vários rabiscos nas telas de Denis (Marcos Pasquim), um pintor fracassado de paisagens, que não conseguia vender seus quadros na rua, onde costumava trabalhar. Quando Xico ---- que fugiu de um circo, onde sofria maus tratos ---- começou a ser cuidado por Espeto (David Lucas), filho do homem que

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Helena X Luiza: um dos poucos conflitos que tiram "Em Família" do marasmo

Manoel Carlos sempre gostou de retratar conflitos entre mães e filhas em suas novelas. E este tipo de drama sempre rende boas cenas para as atrizes e também para o público que acompanha os embates. Atualmente, em "Em Família", um dos poucos acontecimentos relevantes da trama é justamente o conflito envolvendo Helena (Júlia Lemmertz) e Luiza (Bruna Marquezine) por causa de Laerte (Gabriel Braga Nunes).


Luiza acabou se apaixonando por Laerte, o homem que era antigo amor de infância de sua mãe e que desgraçou a vida da família há 20 anos. Em um surto de ciúmes, o rapaz na época acabou tendo uma briga feia com Virgílio (Humberto Martins) e, após o embate violento, enterrou seu rival vivo, que só se salvou graças ao cachorro Federal, que o encontrou horas depois. A situação trágica foi o único grande acontecimento da novela e marcou a segunda fase.

Obviamente, a gravidade deste crime (que acabou ocasionando a prisão de Laerte e um infarto fulminante do pai de Helena) impede que haja qualquer tipo de aceitação do público para com a relação amorosa de Luiza e Laerte. Portanto, a imensa rejeição que este casal sofre não chega a ser nada surpreendente.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A respeitável longevidade de "A Praça é Nossa"

Manuel da Nóbrega criou algo teoricamente simplório em 1956: um programa humorístico, cujo único cenário era um banco de uma praça, por onde passariam inúmeros personagens, que conversariam com um senhor que estava diariamente sentado ali, lendo seu jornal. Inicialmente chamado de "A Praça da Alegria", o humorístico foi tão bem recebido pelo público que passou por várias emissoras ---- incluindo TV Paulista (onde estreou, em 1957), Record e Globo (ficando entre 1977 e 1978, comandado por Miele) -----, até ser remontado na Band em 1987, sendo denominado de "Praça Brasil", e comandado pelo 'herdeiro' Carlos Alberto de Nóbrega.


Mas logo depois, o filho de Manuel de Nóbrega foi para o SBT, levou a atração com ele, mudou o nome para "A Praça é Nossa" e de lá não saiu mais. O humorístico estreou na emissora de Silvio Santos em maio de 1987 e está até hoje no ar, comprovando o êxito do formato criado há 58 anos. Apesar das trocas de horário que o programa sofreu ao longo destes anos, sendo a principal e mais traumática delas a saída dos sábados à noite, migrando para os domingos à tarde, sua longevidade mostra que o simples, às vezes, dá mais certo do que uma série de inovações.

E o formato expõe a generosidade de Carlos Alberto de Nóbrega, que funciona como um mero coadjuvante, cujo objetivo é fazer 'escada' para os humoristas brilharem. Situação semelhante vivida pelo saudoso Chico Anysio, na "Escolinha do Professor Raimundo", onde os alunos eram os protagonistas.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

"Central da Copa" erra ao inserir novidades constrangedoras e desnecessárias

A atração foi criada na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e acabou se firmando na grade da Globo, voltando na Copa das Confederações em 2013 e agora, em 2014, na Copa do Mundo no Brasil. O "Central da Copa" mistura jornalismo e entretenimento com competência e a boa repercussão do formato acabou ajudando Thiago Leifert, que se destacou como apresentador graças ao programa. Porém, algumas 'inovações', exibidas nesta edição, acabaram mais prejudicando do que melhorando.


O programa em si pouco mudou. Nos dias de jogos do Brasil, há uma edição especial com plateia, convidados, conversas sobre o jogo e uma edição independente, ou seja, o formato se sustenta sozinho. Já nos dias de jogos das outras seleções, o "Central da Copa" é inserido no "Jornal da Globo", como se fosse um quadro do telejornal, para analisar as partidas de uma forma mais sucinta. Entre as novidades de 2014 ---- além da entrada de Alex Escobar ----, está uma mesa interativa moderna (apelidada de mesa tática), onde Caio Ribeiro (que comanda a atração com Thiago) mexe nos jogadores, que aparecem em forma de holograma. A tecnologia já existia na edição de 2013, mas a diferença é que agora o rosto dos jogadores aparece com perfeição.

Esta modernidade é interessante e ajuda a incrementar os comentários a respeito dos jogos. Porém, resolveram colocar também hologramas em tamanho 'real', com Caio (ou Marcius Melhem, que é uma espécie de convidado fixo) interagindo com eles, 'brincando' e dando dicas a respeito de faltas que poderiam ter sido evitadas ou de jogadas mal executadas.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Gina e Ferdinando: um ótimo e divertido casal de "Meu Pedacinho de Chão"

Como tem um elenco enxuto, implicando em poucos personagens, "Meu Pedacinho de Chão" não contém muitos pares românticos. E entre os casais formados (ou quase formados) ----- vide Epaminondas (Osmar Prado) e Catarina (Juliana Paes), Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi) e Dona Tereza (Inês Peixoto), além de Zelão (Irandhir Santos) e Juliana (Bruna Linzmeyer), que transbordam romantismo ----- há um par que se destaca através do tradicional jogo de 'gato e rato': Gina (Paula Barbosa) e Ferdinando (Johnny Massaro).


Ferdinando, inicialmente, era encantado por Juliana e entrou em uma disputa pelo coração dela com seu amigo Dr. Renato (Bruno Fagundes) e Zelão. Entretanto, esta situação não perdurou muito e logo o rapaz desistiu de conquistar a professora. Aos poucos, o filho do Coronel Epaminondas foi se aproximando da filha de Pedro Falcão, já que morou na casa do amigo no período que estava brigado com o pai. E o jeito xucro da mulher, curiosamente, despertou o interesse de Nando, que passou a implicar com ela o tempo todo. Gina, por sua vez, não suportava olhar para seu 'pretendente', mas não demorou muito para ficar balançada por ele.

A trama é um clichê, mas nem por isso é menos interessante, pelo contrário. É justamente por causa da relação 'entre tapas e beijos' que o romance funcionou tão bem. O casal, aliás, passou a ficar mais engraçado depois que Nando deu um beijo 'forçado' em Gina, que se indignou, ao mesmo tempo que gostou de ter sido beijada pela primeira vez.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Série sobre câncer de mama foi mais um êxito de Drauzio Varella no "Fantástico"

No dia 27 de abril, o "Fantástico" iniciou uma nova série do doutor Drauzio Varella. O quadro em questão, abordava o câncer de mama e o tratamento da doença, tomando como base o depoimento de várias mulheres que já tiveram a doença e também das que descobriram a enfermidade recentemente. A produção, que chegou ao fim neste último domingo (15/06), foi impecável e mais uma vez o médico acertou ao falar de um assunto tão pertinente e importante.


As histórias foram abordadas com o máximo de intimidade, incluindo até mesmo o momento onde as mulheres recebiam a notícia que estavam com câncer. Várias protagonizaram fortes momentos, iniciando o tratamento diante dos olhos do telespectador. Os medos, a tristeza, a depressão, o apoio dos amigos e da família, o choque de perder os cabelos por causa da quimioterapia, a rotina de exames, enfim, tudo foi mostrado para o público, mas sem qualquer tipo de sensacionalismo. O intuito era aproximar aquelas personagens da vida real com pessoas que estavam sofrendo do mesmo problema.

E o objetivo foi plenamente alcançado. Mas, obviamente, outra meta da série foi explicar que o câncer de mama, apesar de ser uma doença grave como qualquer tipo de câncer, é plenamente tratável e, caso seja descoberto no início, a chance de cura chega a 95%.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

"Mulheres Apaixonadas": a última grande novela de Manoel Carlos

Exibida entre 17 de fevereiro e 10 de outubro de 2003, "Mulheres Apaixonadas" foi a última grande novela de Manoel Carlos. O autor, que se equivocou com "Páginas da Vida" e "Viver a Vida", e agora com "Em Família" está em seu pior momento, escreveu uma trama que foi um enorme sucesso e entrou para a galeria de grandes folhetins da teledramaturgia.


Após novelas excelentes, como "História de Amor", "Por Amor" e "Laços de Família", Maneco conseguiu emplacar uma quarta trama seguida e surpreender o telespectador através de uma obra tão boa quanto as anteriores. O folhetim apresentou uma gama de histórias repletas de dramas envolventes e ainda presenteou o público com personagens muito bem construídos. O elenco também era um dos pontos fortes. Difícil apontar algum ator que não tenha ido bem em meio a tantos grandes nomes.

Todos os núcleos tiveram destaque, onde temas fortes e muitas vezes emocionantes permeavam os conflitos e os dramas dos personagens. Difícil esquecer o ciúme doentio de Heloísa (Giulia Gam em seu melhor papel na carreira); a bonita relação que Téo (Tony Ramos) tinha com a menina Salete (Bruna Marquezine); o alcoolismo de Santana (Vera Holtz); o romance lésbico de Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli); o preconceito de Paulinha (Ana Roberta Gualda); o agressivo psicopata

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Com bons participantes e ótimas provas, "Aprendiz Celebridades" comprova o acerto do novo formato

Apesar da estreia tediosa e da desconfiança inicial ao apostar na participação de 'famosos' em um reality, cujo principal objetivo é saber lidar com empresas, marketing e operações de negócios, o "Aprendiz Celebridades" desde o início prometia bons momentos. E ao longo dos episódios desta edição, tem sido possível constatar que o novo formato realmente foi um acerto.


A rivalidade entre os participantes foi ficando maior à medida que as provas iam passando e as demissões acontecendo, ao mesmo tempo que os embates entre as equipes (Fênix e Next) foram ficando cada vez mais constantes. Obviamente, este conjunto enriqueceu o reality e a escolha de várias subcelebridades se mostrou um êxito para a atração.

Pedro Necerssian, Nico Puig, Kid Vinil e Maria Cândida foram os primeiros eliminados, mas principalmente Pedro e Maria marcaram presença no reality e provocaram bons conflitos. E Nahim, outro já demitido, foi uma figura de destaque, que virou uma 'persona non grata' em seu grupo devido aos

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Chegou ao fim uma das piores temporadas de "Malhação"

Chegou ao fim, nesta quarta-feira (11/06), uma das piores temporadas de "Malhação". Iniciada em julho de 2013, a trama escrita por Ana Maria e Patrícia Moretzohn (mãe e filha) não conseguiu sustentar a qualidade da temporada anterior (escrita por Rosane Svartman e Glória Barreto) e logo nos primeiros capítulos já foi possível ver que a história contada não seria nada atrativa. Infelizmente, a primeira impressão foi a que ficou, uma vez que o conteúdo permaneceu desinteressante durante toda a fase.


As autoras se equivocaram quando optaram por uma abordagem infantil da trama e se equivocaram ainda mais na criação de vários personagens, cujos dramas eram bobos demais. E a diminuição da importância da escola na história, sem ter algum outro ambiente que retratasse com fidelidade o universo jovem, foi outro grave erro. O intuito desta temporada ---- chamada de "Malhação Casa Cheia" ---- era justamente conquistar todos os públicos, mas por incrível que pareça acabou fazendo justamente o contrário, segmentou a audiência.

Muitos dos adolescentes (sendo que vários deles estavam mais para crianças do que para adolescentes) tinham como único conflito seus relacionamentos (ou não-relacionamentos) amorosos, sendo que a trama principal era voltada quase que exclusivamente para esta questão. Ben (Gabriel Falcão) se apaixonou por Anita (Bianca Salgueiro) ---- filha da esposa de seu padrasto ----, foi correspondido, mas

terça-feira, 10 de junho de 2014

O amadurecimento profissional de Reynaldo Gianecchini

Sua estreia na teledramaturgia foi bastante turbulenta. Sem experiência alguma na televisão, Reynaldo Gianecchini começou simplesmente em uma novela de Manoel Carlos, no horário nobre da Rede Globo. "Laços de Família" (2000) foi o primeiro trabalho do ator, que já havia feito uma peça teatral ("Cacilda", dirigida por José Celso Martinez). E o seu começo na tevê foi repleto de críticas da imprensa especializada.


Inexperiente, Gianecchini ganhou o médico Edu, um dos personagens centrais da excelente novela de Maneco, que era alvo da disputa entre mãe (Helena - Vera Fisher) e filha (Camila - Carolina Dieckmann). Apesar de ter sido muito criticado na época, o ator não foi tão mal como muitos disseram. Sua parceria com Marieta Severo (Tia Alma) era boa e as cenas fortes que protagonizou da metade para o final da novela, ao lado de Carolina (cuja personagem enfrentava um grave câncer), eram bem defendidas. Mas obviamente que a falta de maturidade profissional fazia diferença e era nítida.

Em 2001, logo no ano seguinte, o ator entrou em "As Filhas da Mãe", novela das sete fracassada de Silvio de Abreu. E nesta produção, o ator não sei saiu nada bem. Seu papel era de um homem que se descobria apaixonado pelo seu colega de trabalho, que na verdade era uma mulher disfarçada (Cláudia Jimenez).

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Silvio Santos: um rei que não perde a majestade

A disputa por audiência nas noites de domingo, já há algum tempo, tem sido muito acirrada. Globo, Record, SBT e Band se enfrentam em busca da atenção do telespectador, que normalmente não costuma parar por muito tempo em um canal. Tanto que, normalmente, a partir das 21h, os índices destas emissoras costumam oscilar com frequência. Embora a Globo continue mantendo a liderança com o "Fantástico", a Record com o "Domingo Espetacular", o SBT com o "Programa Silvio Santos" e a Band com o "Pânico na Band" conseguem incomodar a líder algumas vezes. Principalmente, depois das 23h, quando o jornalístico global acaba. Porém, ao contrário das concorrentes, que procuram mexer constantemente em suas atrações, o Sistema Brasileiro de Televisão se mantém nesta batalha pelo Ibope graças ao inigualável Silvio Santos.


O "Programa Silvio Santos" existe desde a década de 60 e chegou, inclusive, a fazer parte da grade da Globo, na época em que Silvio era contratado da emissora em 1969. A atração também foi exibida na TV Tupi e até na Rede Record, antes, claro, do apresentador criar o SBT. A essência do produto pouco mudou ao longo de todos estes anos e a alteração mais significativa foi a troca de nome para "Topa Tudo por Dinheiro" em 1991, quando passou a ser exibido às 17h, aos domingos. E assim foi mantido até 2001, quando saiu do ar para ceder espaço ao reality "Casa dos Artistas", que fez um sucesso estrondoso.

Em 2008, a atração voltou e desta vez batizada com seu nome de origem. E ninguém poderia imaginar, nem o próprio Silvio, que o "Programa Silvio Santos" iria se tornar o produto de maior audiência do SBT e com plenas condições de enfrentar a concorrência, incluindo a líder, nas noites de domingo. A Globo, inclusive, há anos enfrenta dificuldades para emplacar qualquer produto pós-"Fantástico".

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Tá no Ar: a TV na TV" debochou da televisão, esbanjou ousadia e divertiu do início ao fim

O programa de Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias pode ser considerado uma das melhores estreias da Globo de 2014. O "Tá no Ar: a TV na TV" chegou para dar um sopro de ousadia em meio ao insuportável politicamente correto que impera no país e conseguiu atingir este objetivo com louvor. O humorístico encerrou sua primeira temporada nesta quinta-feira (05/06), deixando saudades e comprovando o acerto de sua produção.


A atração que conta com Welder Rodrigues, Marcelo Adnet, Marcius Melhem, Verônica Debom, Luana Martau, Danton Mello, Maurício Rizzo, Márcio Vito, Renata Gaspar, Carol Portes e Georgiana Góes no elenco, surpreendeu na estreia ao apresentar várias esquetes que brincavam com religião, com programas da concorrência e ainda sacaneavam a própria Rede Globo. E a equipe surpreendeu, a cada semana, com novas ideias e piadas. Não teve um só programa que tenha deixado a desejar e isso é algo raro na televisão, principalmente se tratando de um produto de humor.

Embora não tenha sido algo inovador, afinal, formatos como "TV Pirata" e "Comédia MTV" já apresentavam algo semelhante na época de cada um, o "Tá no Ar" conseguiu surpreender o telespectador com situações engraçadíssimas e ainda quebrar paradigmas da própria Globo. A líder nunca permitiu que seus humorísticos fizessem qualquer tipo de referência aos programas da concorrência,

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Laís Pinho, Hugo Bonemer, Hanna Romanazzi, Vitor Thiré e Bruna Griphao: os destaques de "Malhação"

A atual temporada de "Malhação" está perto do fim e lamentavelmente são poucos os pontos positivos que ficarão. A história e grande parte dos personagens não funcionaram e os problemas foram muitos. O elenco jovem, por exemplo, não apresentou muitos destaques, ao contrário da temporada passada, onde vários atores se sobressaíram e acabaram ganhando novas oportunidades na Globo. Na história de Ana Maria Moretzohn e Patrícia Moretzohn, a situação foi justamente oposta: poucos brilharam. Mas, apesar de todo este conjunto, Hugo Bonemer, Laís Pinho, Vitor Thiré, Bruna Griphao e Hanna Romanazzi foram algumas boas surpresas do time escalado e merecem elogios pelo bom trabalho apresentado.


Micaela, Martin, Sidney, Giovana e Sofia foram bons personagens e os intérpretes corresponderam em cena, o que acabou explicando com certa facilidade o porquê do quinteto ter se destacado positivamente na trama. Tanto que todos, teoricamente, seriam apenas meros coadjuvantes (com exceção de Hanna, que era ligada ao contexto central), mas ainda assim conseguiram se sobressair, inclusive ofuscando o enredo do casal principal, que foi o principal mote desta temporada.

Tanto que Micaela e Martin formaram o casal mais atrativo da história. Ela, que era o patinho feio da turma e sofria bullying dos colegas, acabou se apaixonando por um sujeito galinha, arrogante e que tratava mulher como objeto. Ao longo dos capítulos, ambos sofreram mudanças. A garota teve uma transformação

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Apesar do início confuso, "Vitória" tem bons ingredientes para melhorar a audiência da Record

Após abusar das propagandas cutucando a fracassada "Em Família", da Globo (mais uma vez mostrando, lamentavelmente, que a ética não está muito presente em sua norma empresarial), a Record estreou, nesta segunda-feira (02/06), "Vitória". A novela de Cristianne Fridman terá como principal objetivo aumentar os baixos índices da emissora, que há tempos não alcança o sonhado ibope de dois dígitos, e que teve sua média piorada ainda mais com "Pecado Mortal".


O primeiro capítulo mais confundiu do que explicou. Por incrível que pareça, os flashbacks usados mais atrapalharam que ajudaram e acabaram prejudicando a narrativa. Foi uma estreia confusa. Porém, a história apresenta alguns conflitos bem interessantes e que poderão despertar o interesse do público ao longo dos meses. A trama central é sobre a vingança (um clichê frequente na teledramaturgia) de Artur (Bruno Ferrari), que sofreu um acidente de cavalo na adolescência, ficou paraplégico, e a partir deste incidente passou a receber o desprezo do pai (Gregório - Antônio Grassi). O primeiro passo de seu plano é internar a mãe (Clarice - Beth Goulart) em uma clínica psiquiátrica e conquistar Diana (Thaís Melchior), sua meia-irmã, que na verdade não tem parentesco com ele já que o rapaz não é filho de Gregório. Mas como o pai não sabe disso, o jovem se aproveita para fazê-lo sofrer com o choque.

O mocinho, não se pode negar, foge do tradicional e a ousadia da autora é muito válida. Entretanto, ao apostar em uma agilidade, que parecia mais uma correria de acontecimentos, o sofrimento do protagonista não foi suficiente para o personagem ser visto como um homem bom em busca de um acerto de contas e, sim, uma pessoa que quer acabar com a vida do pai por causa de um ego ferido e que

terça-feira, 3 de junho de 2014

Juliana Paes convence na pele da descompensada Catarina em "Meu Pedacinho de Chão"

Logo no primeiro capítulo de "Meu Pedacinho de Chão", já foi possível perceber que Juliana Paes se destacaria na novela. E de fato se destacou com o papel de Catarina, esposa descompensada do vilão Coronel Epaminondas (Osmar Prado), e mãe da Pituca (Geytsa Garcia). Optando por um tom exagerado (sendo condizente com a proposta deste remake), a atriz consegue se sobressair em todas as cenas e sua personagem é um dos pontos fortes da trama.


Catarina é uma espécie de Rainha Branca (inspirada no filme de Tim Burton, "Alice no país das maravilhas"), ou seja, é avoada ao mesmo tempo que tem sinais de histeria e emoção, mesclando estas características a todo instante. Transmite bondade e bom humor, ao mesmo tempo que chora de tristeza após aguentar as grosserias de seu marido. É praticamente um tipo bipolar, que fascina justamente por causa dos extremos. Seu principal 'tique' é o tremelicar dos dedos, que virou uma marca da personagem.

As cenas de Catarina com Epaminondas são sempre ótimas e os atores têm muita sintonia cênica. O mesmo vale para as sequências envolvendo a esposa do coronel com sua filha, Pituca, que primam pela emoção e delicadeza. E os momentos que ela tem com seu enteado, Ferdinando (Johnny Massaro), há um clima de sedução no ar e a troca de olhares dos personagens provoca a dúvida a respeito de uma possível