sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Morte de Egídio promove ótimas cenas em "O Sétimo Guardião

A nova novela das nove ainda está em seu início e nem completou um mês no ar. Após um primeiro capítulo eletrizante e repleto de acontecimentos, Aguinaldo Silva tirou o pé do acelerador e deixou sua trama fluir mais lentamente. Foram duas semanas sem momentos muito interessantes. A sensação de ritmo arrastado se fez presente, não dá para negar. No entanto, o autor promoveu uma boa virada em seu enredo com a morte de Egídio (Antônio Calloni), logo no dia seguinte da chegada de Valentina Marsalla (Lília Cabral) a Serro Azul.


O reencontro do guardião-mor da fonte mágica com a sua ex-noiva resultou na ótima atuação de Antônio Calloni e Lília Cabral. Os experientes atores imprimiram o tom dramático que a cena exigia e fica até difícil encarar Valentina como uma grande vilã depois de tudo o que sofreu no passado. A discussão entre eles deixou claro que a poderosa mulher nunca superou o abandono de seu amor, principalmente pela ausência total de maiores explicações. Ela ainda contou que Gabriel (Bruno Gagliasso) era filho deles, para o choque de Egídio, que se arrependeu imediatamente de ter atendido ao "pedido" do gato Léon para ser um dos guardiões anos atrás.

O bom, embora breve, embate era apenas a primeira cena merecedora de elogios do capítulo. Sampaio (Marcello Novaes, muito bem como vilão) também estava na casa e ajudou Valentina a ir atrás do pai de seu filho e a vilã acabou descobrindo a fonte na passagem secreta. Desesperado com o flagra da ex, Egídio subiu a escadaria e a impediu de descer.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Sucesso de "Malhação - Viva a Diferença" ainda rende frutos para a Globo

O sucesso de "Malhação - Viva a Diferença" ainda rende frutos. A temporada de maior audiência do seriado adolescente desde 2009 chegou ao fim em março, com 21 pontos de média, e deixou um gosto de quero mais. Isso porque, embora neguem, a trama foi encurtada pela Globo em um mês por causa da Copa do Mundo. A história muito bem escrita por Cao Hamburger conquistou o público com a saga de cinco garotas totalmente diferentes que criaram um vínculo de amizade lindo. A produção foi indicada ao Emmy Internacional Kids em outubro e a boa notícia é que agora vai virar série.


Vários veículos divulgaram a boa nova na segunda feira (26/11). O autor está trabalhando nos episódios de um revival chamado "As Five", como ficaram conhecidas as protagonistas Benê (Daphne Bozaski), Lica (Manoela Aliperti), Tina (Ana Hikari), Keyla (Gabriela Medvedovski) e Ellen (Heslaine Vieira). As gravações devem começar no próximo trimestre e a série será exibida primeiro na plataforma Globo Play, serviço de streaming da emissora. Depois fará parte da programação da tevê aberta, ao que tudo indica ainda em 2019.

A nova produção vai mostrar as vidas das cinco garotas após uma passagem de tempo. Anos depois e já jovens adultas, elas vão se reencontrar no enterro de Mitsuko (Lina Agifu), mãe de Tina, e terão que reaprender a conviver porque suas vidas mudaram muito. Vale lembrar que no final de "Viva a Diferença", as meninas reafirmaram o pacto de amizade que as uniram na temporada, mas seguiram rumos distintos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Tudo sobre a coletiva de "Tá Brincando!", novo programa de Otaviano Costa

A hora de Otaviano Costa ter seu próprio programa na Globo finalmente chegou. Após um longo período no "Vídeo Show", o apresentador ganhou o "Tá Brincando!". Atração estreará no dia 5 de janeiro, na faixa ocupada hoje pelo "Só Toca Pop", nas tardes de sábado, e será uma disputa entre várias gerações. A emissora fez uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (21/11) e fui um dos convidados.


Os jornalistas e blogueiros ficaram na plateia, esperando a chegada do apresentador e equipe. Durante esse pequeno intervalo de tempo, foi possível admirar o belo cenário, cheio de luzes e tecnologia. Ficou visível que houve uma preocupação em apresentar algo grandioso. A mesa de sinuca diferenciada, por exemplo ---- exibida na primeira foto ----, impressionou. Mas é apenas um dos muitos elementos da nova atração.

Um breve clipe do programa foi exibido e o maior foco será a força dos idosos, que enfrentarão adversários bem mais jovens em várias provas e mostrarão que a experiência muitas vezes faz a diferença. Embora o intuito seja a mescla de gerações, os protagonistas são os "vovôs" e "vovós", muitos deles atletas profissionais, artistas consagrados ou intelectuais.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Diferente de "Espelho da Vida", "Malhação - Vidas Brasileiras" merece a baixa audiência

A atual temporada de "Malhação" teve um início desanimador e foi só piorando ao longo dos meses, infelizmente. A história de Patrícia Moretzohn, baseada no formato de "30 Vies", uma produção canadense, não deu certo por várias razões e uma delas é a superficialidade do desenvolvimento dos conflitos dos personagens. Mas o que antes era observado apenas no conjunto da obra, agora também é visto na resposta da audiência: os números nunca foram satisfatórios e vêm caindo cada vez mais.


Pela primeira vez na história, o seriado adolescente, no ar há 23 anos, ficou duas vezes na vice-liderança, perdendo para o sensacionalista "Cidade Alerta", da Record, na semana passada. A trama vem penando para conseguir em torno de 14 pontos de audiência, o que já é um índice preocupante. A sua média geral já está com quatro pontos a menos que "Malhação - Viva a Diferença", sucesso de público e crítica de Cao Hamburger. Embora 16 pontos de média não seja catastrófico, esse número pode diminuir até o ano que vem se continuar lutando para não perder a liderança para a concorrência.

Para culminar, esse fiasco acaba afundando "Espelho da Vida", que vem obtendo índices bem abaixo das expectativas. Aliás, a novela de Elizabeth Jhin também ficou atrás do mesmo "Cidade Alerta" duas vezes e vem preocupando a Globo.

domingo, 25 de novembro de 2018

"Pais de Primeira" é uma série despretensiosa e agradável

Com o fim do "Popstar", a faixa vespertina dominical da Globo, antes do futebol e da "Temperatura Máxima", ficou vaga. Para preencher esse espaço, a emissora lançou mais uma temporada da "Escolinha do Professor Raimundo" (exibida no canal Viva meses antes) e estreou uma nova série: "Pais de Primeira". A história, escrita por Antônio Prata e dirigida por Luiz Henrique Rios, conta a saga de um casal que precisa lidar com todas as ''novidades" que a chegada de um bebê proporciona.


George Sauma e Renata Gaspar protagonizam a trama dando vida a Pedro e Taís, casal que está junto há seis anos. Ele é um rapaz sem muitas ambições que pede demissão do emprego para realizar o sonho: lançar uma banda com o amigo de infância (Pedro - Alejandro Claveaux). Ela é uma workaholic e recebe a notícia que está grávida em uma reunião com clientes da incubadora de start-ups em que trabalha. A inicial felicidade da personagem logo cede lugar para uma sucessão de preocupações, incluindo a demissão do marido, que não sabia de nada antes de tomar tal atitude.

Para culminar, Taís ainda se vê diante de vários palpiteiros de plantão que passam a invadir a privacidade do casal a todo instante. São eles: os próprios pais, Silvia (Heloísa Périssé) e Luis Fernando (Nelson Freitas); os sogros, Augusto (Daniel Dantas) e Rosa (Marisa Orth); e a cunhada, Patrícia (Monique Alfradique), que tem uma vida típica de comercial de margarina com Fred (Rodrigo Ferrarini).

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Nicolas Prattes e Juliana Paiva honram o posto de mocinhos de "O Tempo Não Para"

A atual novela das sete segue agradável, apesar da evidente queda de ritmo e da questão envolvendo os congelados ter perdido o fôlego. "O Tempo Não Para", que chega ao seu centésimo capítulo, consegue se sustentar bem pelos diálogos inspirados de Mário Teixeira e alguns conflitos momentâneos que entretêm despretensiosamente. Já o romance de Samuca (Nicolas Prattes) e Marocas (Juliana Paiva) sempre foi um dos pontos altos da história, dirigida por Leonardo Nogueira.


O casal funciona e logo no primeiro capítulo ficou claro que o autor tinha acertado na escalação. Não se sabia, porém, se o desenvolvimento da relação seria bem realizado. Mas acabou sendo. Apesar do estranhamento inicial em torno das características do mocinho (um rapaz extremamente jovem ser um empresário bem-sucedido, dono de uma grande empresa, por exemplo), o seu encantamento por Marocas fez todo sentido. Afinal, nada mais fascinante do que uma menina de 1886, descongelada em 2018, que redescobre o mundo sem abrir mão de seus valores. Qualquer um em seu lugar se apaixonaria.

É preciso citar essa observação porque paixões súbitas em novelas andam cada vez mais catastróficas. Todos os casais recentes que se apaixonaram à primeira vista logo no primeiro capítulo não funcionaram ao longo da novela, vide Luiza (Camila Queiroz) e Eric (Mateus Solano), em "Pega Pega", ou Luzia (Giovanna Antonelli) e Beto (Emílio Dantas), em "Segundo Sol", por exemplo. O que costuma dar certo é o sentimento surgindo aos poucos e normalmente depois de algum embate, como em "Orgulho & Paixão".

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

"Lady Night" é Tatá Werneck em sua melhor forma

A estreia do "Lady Night" no primeiro semestre de 2017 foi um sucesso. O programa criado por Tatá Werneck logo virou o maior êxito do Multishow em anos. O êxito foi tanto que a atração voltou no segundo semestre, repetindo todos os acertos e conquistando ainda mais público no canal a cabo. Como não poderia deixar de ser, a terceira temporada se confirmou e estreou na segunda-feira da semana passada, dia 12 de novembro.


Nada mudou no programa. E nem deveria, afinal, tudo deu certo. Tatá continua genial nos improvisos e seu desempenho seguindo o roteiro do formato (muitas vezes lendo um texto pronto) é tão natural que fica difícil perceber algo "ensaiado". O formato dinâmico do talk-show mantém a atenção de quem assiste e faz o tempo passar mais rápido. Até parece que a atração é bem curtinha, mas tem cerca de 50 minutos. A humorista consegue mesclar quadros rápidos, boas conversas e várias tiradas com uma agilidade invejável.

O sucesso do "Lady Night", claro, facilitou bastante a seleção dos convidados. Antes era Tatá que procurava seus entrevistados, mas depois não faltou famoso procurando a produção para participar do programa. A terceira temporada conta com nomes como Juliana Paes, Grazi Massafera, Caetano Veloso, Bruno Gagliasso, Cláudia Raia, Miguel Falabella, Angélica, Lázaro Ramos, Rubinho Barrichello, Eliana, entre outros.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Original, "Ilha de Ferro" mescla tensão e dramas pessoais incômodos

Apostando cada vez mais em seu serviço de streaming, com o claro intuito de concorrer com a Netflix, a Globo lançou uma nova série na Globo Play: "Ilha de Ferro". A trama, criada por Max Mallmann (falecido em 2016) e Adriana Lunardi, dirigida por Afonso Poyart, Guga Sander e Roberta Richard, estreou na plataforma no dia 14 de novembro. Todos os 12 episódios da primeira temporada já estão disponíveis. E a emissora exibiu o primeiro episódio na faixa da "Tela Quente", nesta segunda-feira (19/11), copiando a estratégia usada em "Assédio" ---- outra produção voltada exclusivamente para a internet.


O objetivo, obviamente, é despertar a curiosidade do público e aumentar a quantidade de assinantes da Globo Play, o que fazem muito bem. A série tem uma qualidade inquestionável e o primeiro episódio já engloba praticamente todos os conflitos que permearão o enredo. É uma trama onde a tensão predomina em virtude da complexidade dos protagonistas. Os personagens são construídos com muita riqueza, protagonizando situações de adrenalina extrema e tendo suas feridas físicas e emocionais expostas o tempo inteiro. Não é difícil se envolver com o drama daquelas pessoas, que muitas vezes não aparentam o que são.

A história conta a vida de Dante (Cauã Reymond), coordenador de uma plataforma de petróleo (a PLT-137), que sonha em se tornar gerente do local, mas vê seus planos naufragarem assim que Júlia (Maria Casadevall) chega e "toma" o seu lugar, nomeada pelo pai, Ministro de Minas e Energia.

domingo, 18 de novembro de 2018

Final do "Popstar" prova que segunda temporada foi melhor que a primeira e consagra o talento de Jeniffer Nascimento

A final do "Popstar" foi exibida na tarde deste domingo (18/11) e a qualidade das apresentações honrou o conjunto da segunda temporada, bem melhor que a primeira. Jeniffer Nascimento, Malu Rodrigues, Renata Capucci, Sérgio Guizé, João Côrtes e Mouhamed Harfouch conquistaram público e jurados. Todos se saíram bem, mas Jeniffer e Malu comprovaram que eram mesmo as melhores da disputa com larga vantagem. E o último programa consagrou o talento de Jeniffer, a grande favorita desde a estreia.


Fafá de Belém, Artur Xexéo, Marcos e Belucci, Manu Gavassi, Naiara Azevedo, Sandra de Sá, Toni Garrido, Di Ferrero e Preta Gil foram a última formação do juri de 2018 e as críticas não tiveram muita vez em virtude da final. Era mais um clima de "confraternização". Foram três "mini-fases" até a escolha do vencedor. João Côrtes não merecia ter ido para a última etapa no lugar de Malu Rodrigues, mas isso pouco importou. Jeniffer arrebatou e levou o prêmio com louvor.

A grande surpresa da edição foi Renata Capucci. Jornalista conhecida dos cariocas (foi durante muitos anos a melhor âncora fixa do "RJ TV"), Renata esbanjou coragem quando aceitou o convite para o programa. Afinal, todos os seus concorrentes, de uma forma ou de outra, exploram a imagem e têm facilidade em lidar com o público.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

"Espelho da Vida" é uma boa novela, mas precisa avançar

A atual novela das seis ainda nem chegou na metade. Há muito drama pela frente. Elizabeth Jhin novamente aposta em um enredo voltado para reencarnações e, após o êxito da elogiada "Além do Tempo", conseguiu elaborar um enredo central promissor. É o maior trunfo de seu folhetim. Tudo o que envolve o passado da enigmática Júlia Castelo (Vitória Strada) desperta atenção e curiosidade a respeito do desenrolar dos acontecimentos. Mas "Espelho da Vida" precisa avançar.


Todo novelista tem um estilo de narrativa e Elizabeth nunca foi caracterizada pela agilidade. Assim como Lícia Manzo e Manoel Carlos, citando apenas dois exemplos, a autora não tem pressa em contar sua história. No entanto, a novela que aborda uma misteriosa viagem no tempo vem pecando na excessiva falta de ritmo. Até o momento, cada semana apresenta apenas um acontecimento relevante e olhe lá. Normalmente, inclusive, é um gancho de um dia que se desdobra brevemente no no início do capítulo seguinte.

É muito pouco para fidelizar o telespectador. Até porque, inevitavelmente, ocorre uma comparação com o folhetim anterior, "Orgulho & Paixão", de Marcos Berstein, que tinha como principal qualidade o ritmo ágil e o dinamismo dos capítulos, sempre repletos de conflito. O público não podia se dar ao luxo de perder um ou dois dias de novela. Não por acaso fez um merecido sucesso.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Jeniffer Nascimento e Malu Rodrigues foram as vencedoras do "Popstar"

A segunda temporada do "Popstar" conseguiu ser melhor que a primeira. A estreia do formato, ano passado, foi cercada de compreensíveis desconfianças. Afinal, daria certo ver atores, atrizes e até jornalistas se apresentando como cantores no palco? Mas deu. Claro, alguns intérpretes dividem as artes cênicas com o meio musical ao longo da carreira e se saem bem melhor que os "amadores". No entanto, essa mistura de participantes funcionou. E as grandes vencedoras da edição de 2018 foram Jeniffer Nascimento e Malu Rodrigues.


Duas vencedoras? Sim. Pouco importa, nesse caso, o título de campeã da competição musical. As duas tiveram uma oportunidade maravilhosa. Além de talentosas atrizes, ambas têm uma trajetória na música, infelizmente, pouco conhecida para grande parte do público. Até porque o espaço no mercado musical segue dominado por sertanejos, gênero não explorado por elas. A primeira faz questão de valorizar o pop e a segunda a MPB. E como valorizam bem. Com vozes potentes e afinadas, as cantoras brilharam em todas as apresentações.

Jeniffer resolveu mostrar seu talento vocal no "Fábrica de Estrelas", reality do canal pago Multishow, em 2012. Foi uma das vencedoras e passou a integrar o grupo "Girls" ---- o intuito do programa era formar uma nova banda de mulheres. Infelizmente, no início de 2014 o grupo acabou desfeito. Porém, ficou evidente o quão promissora era a menina.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

"O Sétimo Guardião" faz boa estreia com toques de mistério e terror

"Existem lugares que guardam grandes histórias e histórias que guardam verdadeiros mistérios. Até quando você conseguiria guardar um segredo?" Esse é o principal questionamento de "O Sétimo Guardião", nova produção das nove. Após a problemática e decepcionante novela de João Emanuel Carneiro, a criticada "Segundo Sol", o horário nobre passa a contar com um folhetim de Aguinaldo Silva. Sai de cena uma história contada na Bahia e entra em seu lugar um enredo ambientado em Serro Azul, fictícia cidade interiorana --- cercada por montanhas que impedem sinal de celular e internet ---, onde tudo acontece.


O novo folhetim, que estreou nesta segunda-feira (12/11), marca a volta do autor ao realismo fantástico, estilo que virou uma de suas principais marcas como novelista. A cidade criada para ambientar a história é vizinha de Tubiacanca e Greenville, cenários de "Fera Ferida" e "A Indomada", respectivamente ---- duas produções de Aguinaldo. O intuito do escritor é justamente misturar as várias novelas fantasiosas que criou ao longo da carreira. É uma espécie de homenagem a si mesmo. Tanto que seu intuito era trazer vários personagens icônicos para a trama, como Nazaré. Mas, como Renata Sorrah não quis reviver a sua vilã inesquecível (decisão acertada, vale ressaltar), o autor acabou se contentando em escalar Paulo Betti e Luiza Tomé para relembrar o sucesso do casal Ypiranga e Scarlet, em "A Indomada" ---- eles aparecerão em breve.

Mas a premissa mesmo da novela é sobre sete guardiães, cuja missão consiste em proteger uma fonte de água com propriedades curativas e rejuvenescedoras. Todos precisam manter a discrição do lugar e impedir que caia nas mãos de pessoas erradas. E os protetores têm uma vida comum.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Silvio Santos precisa aprender a hora de parar

O apresentador, empresário e comunicador Silvio Santos é um ídolo nacional. O povo ama. E há razão de sobra para isso, afinal, são 88 anos de vida e mais de 40 dedicados ao público através de icônicos programas de auditório, além de ter conseguido sua própria emissora, o SBT. No entanto, nos últimos anos, Silvio vem se destacando pelas suas declarações infelizes e piadas de quinta categoria. O que antes era engraçado, de uns tempos para cá ficou constrangedor. E a última temporada do Teleton apenas comprovou isso.


A vigésima primeira edição do programa que busca ajuda para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), exibida no último sábado (10/11), contou com a presença de vários artistas --- alguns das emissoras concorrentes ---, como ocorre em todos os anos, e mais uma vez a meta foi atingida. A iniciativa é sempre muito importante. Todavia, a presença de Silvio Santos na parte final da atração acabou se tornando um momento de constrangimento ----- vale lembrar que anos atrás era justamente o maior trunfo do formato.

O que o apresentador fez com Cláudia Leitte foi um completo absurdo. Silvio simplesmente se recusou a abraçá-la porque a cantora poderia deixá-lo excitado. Ela não escondeu o desconforto com a situação, mas ele insistiu e chegou a repetir a frase várias vezes. Obviamente, era mais uma piada do comunicador. Mas não teve a menor graça. Para ninguém.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Duramente criticada e com audiência abaixo das expectativas, "Segundo Sol" foi uma grande decepção

O fenômeno "Avenida Brasil", exibido em 2012, colocou João Emanuel Carneiro em um outro patamar. Após três novelas de grande sucesso ---- "Da Cor do Pecado", "Cobras & Lagartos" e "A Favorita" ----, o autor conseguiu emplacar uma produção que parou o Brasil e virou um dos folhetins mais exportados da Globo. Parecia a consagração da sua carreira. Porém, a trama que marcou o duelo inesquecível de Carminha e Rita virou uma espécie de "maldição" para o escritor. Desde então, João não consegue mais desenvolver uma boa história que prenda o público. Fracassou com "A Regra do Jogo", em 2015, e agora produziu o seu pior enredo com "Segundo Sol", que chegou ao fim nesta sexta-feira (09/11).


A novela, dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médici, parecia promissora no início, mesmo diante da avalanche de críticas (merecidas) em torno da ausência de atores negros em um enredo ambientado na Bahia. Afinal, a premissa em torno de um fracassado cantor de axé, que se transformava em ídolo nacional quando sua falsa morte era divulgada na imprensa, despertava interesse. Emílio Dantas logo se destacou na pele do carismático Beto Falcão. Porém, logo no segundo capítulo ficou claro que a história verdadeira da novela não era essa e ,sim, sobre Luzia (Giovanna Antonelli), marisqueira que se apaixonava à primeira vista pelo cantor e tinha sua vida arruinada pelas vilãs Karola (Deborah Secco) e Laureta (Adriana Esteves).

Isso não seria um problema se a trama da personagem fosse atrativa e bem conduzida. Mas não foi. A mocinha sofreu o tempo todo e passou a novela inteira fugindo da polícia e das mulheres que a destruíram, enquanto Beto se anulou e teve sua importância bastante diminuída na história. Os ditos protagonistas eram tão burros e passivos que não havia como torcer por eles.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Destaque em "Segundo Sol" e "Assédio", Adriana Esteves é uma atriz que sempre se sobressai

Enaltecer o trabalho de uma grande atriz é sempre necessário, mas, inevitavelmente, acaba caindo em uma espécie de "mais do mesmo". Difícil não cair na repetição de elogios, ainda que merecidos. É o  caso de Adriana Esteves, ótima em "Segundo Sol" e um dos destaques da série "Assédio", cujo primeiro episódio foi exibido recentemente na televisão com o intuito de divulgar a plataforma Globo Play.


A intérprete já é uma profissional consagrada e isso se deve ao longo caminho que vem percorrendo desde que estreou na Globo, como figurante em "Vale Tudo" (1988). Sua carreira começou de fato quando participou de um quadro no "Domingão do Faustão", em 1989, e ganhou a chance de participar de um folhetim com um papel para chamar de seu. E viveu a Tininha em "Top Model" (1989). No ano seguinte, surpreendeu em "Meu Bem, Meu Mal" na pele da Patrícia Melo, uma das personagens principais.

Mas em 1993 enfrentou seu pior momento: duramente criticada pela interpretação em "Renascer", a atriz chegou a entrar em depressão e cogitou desistir da carreira. Porém, seu desempenho na pele da sonsa Mariana não mereceu a quantidade de críticas da época. A verdade é que a personagem foi muito mal conduzida por Benedito Ruy Barbosa e gerou antipatia no público.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

"O Sétimo Guardião": o que esperar da próxima novela das nove?

A próxima produção da faixa nobre da Globo enfrentou uma saga digna de novela antes de ser confirmada como o novo folhetim das nove. Aliás, segue enfrentando. Isso porque um dos alunos de Aguinaldo Silva moveu uma ação contra o autor para ser reconhecido como coautor do enredo de "O Sétimo Guardião", que estreia no dia 12 de novembro. Silvio Cerceau alega que a história nasceu e tomou forma dentro da sala de aula ---- o novelista administra a Masterclass, um curso de roteiro para novos escritores.


A atitude do rapaz, obviamente, gerou uma polêmica que até hoje repercute e rende entraves na justiça. Silvio de Abreu, atual responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo, resolveu arquivar a novela ano passado por conta dos possíveis desdobramentos desse processo. Afinal, haveria a chance até de proibir a exibição da trama. Porém, a emissora acabou se cercando de 'medidas protetivas' e se garantiu em torno de qualquer consequência jurídica. Então, a historia foi 'desengavetada'.

O problema é que Aguinaldo já estava produzindo outra novela e não queria retomar esse projeto de jeito nenhum. Outro impasse surgiu. Após um período de convencimento, o autor decidiu aceitar o pedido de Silvio de Abreu e arquivou seu novo projeto para voltar ao folhetim que com certeza rendeu um de seus maiores aborrecimentos na carreira. Detalhe que tudo isso aconteceu em 2017. Mas, ainda assim, a atual produção segue rendendo assunto em torno desse embate entre aluno e professor.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Nem o núcleo da família de Severo, trama mais atrativa de "Segundo Sol", escapou da perda de rumo do autor

"Segundo Sol" está em sua última semana e a trama de João Emanuel Carneiro apresentou um festival de equívocos. O autor enfiou os pés pelas mãos ao longo dos meses e acabou destruindo gradativamente uma trama que poderia ter sido ao menos mediana. Conhecido por criar enredos centrais ótimos e paralelos péssimos, o escritor inverteu a lógica no atual folhetim. Os secundários foram bem mais interessantes que o forçado drama dos pamonhas Luzia (Giovanna Antonelli) e Beto (Emílio Dantas). Ainda assim, só um núcleo realmente se sobressaiu positivamente na produção: o da família de Severo Athayde (Odilon Wagner).


Desde o início da história, dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médici, as situações expostas em meios a barracos cheios de acusações e ofensas se mostraram atrativas em virtude das muitas falhas de caráter de todos os envolvidos. Os personagens despertaram atenção e os atores se destacaram rapidamente, comprovando o acerto da escalação. O corrupto Severo construiu uma família sem um pingo de carinho, cuja a maior identidade era a instabilidade emocional generalizada. Até mesmo a justa empregada Zefa (Claudia Di Moura) acabava responsável por muitas das desgraças que permeavam os moradores da mansão.

Severo sempre foi um sujeito sem escrúpulos e não se preocupou em assumir o filho negro que teve com a empregada. Roberval (Fabrício Boliveira) virou um sujeito vingativo e amargo quando descobriu toda a verdade. O empresário só quis assumir o filho branco, mas nunca deu um pingo de carinho a Edgar (Caco Ciocler) e sentia um prazer mórbido em humilhar o rapaz, que acabou virando um sujeito passivo e instável.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Coletiva de "O Sétimo Guardião" promove um delicioso passeio pelo mundo da fantasia

A Globo promoveu a coletiva de lançamento de "O Sétimo Guardião", nova novela das nove que estreia no dia 12 de novembro, nesta terça-feira (30/10), nos Estúdios Globo --- antigo Projac ---, e fui um dos convidados. A emissora proporcionou um grande passeio da imprensa pela impressionante cidade cenográfica da trama de Aguinaldo Silva e reuniu o elenco de peso da produção, dirigida por Rogério Gomes.


A nova história marca a volta do autor ao realismo fantástico, estilo que o consagrou em folhetins como "Tieta", "Pedra sobre Pedra", "A Indomada" e "Fera Ferida". Tanto que a fictícia Serro Azul é uma cidade interiorana vizinha de Greenville e Tubiacanga, locais cheios de tipos pitorescos criados por Aguinaldo que ficaram na memória do público justamente pelas duas últimas novelas citadas. E, propositalmente, é um lugar cercado por montanhas que impedem a chegada de internet e celular. Tudo para facilitar a vida do escritor, claro.

A equipe produziu casas lindas e simples, remetendo ao interior do país. A emissora, por sinal, apostou alto no enredo do autor. É a maior cidade cenográfica já produzida no Projac, com 18 mil metros quadrados. Tem bordel, delegacia, loja de produtos naturais, prefeitura com dois andares, igreja, vendinhas, hotel, enfim.