sexta-feira, 31 de maio de 2019

Ótima em "Verão 90", Camila Queiroz é uma atriz que chegou para ficar

O sonho de todo ator é viver um vilão em virtude das maiores oportunidades cênicas. Afinal, o malvado movimenta o roteiro de quase toda novela, recebe um texto mais sarcástico e sem ele dificilmente há qualquer tipo de virada na história. Muitos intérpretes, inclusive, já estão há anos na carreira e até hoje não ganharam um papel assim. Mas Camila Queiroz teve sorte em "Verão 90", escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral.


A atriz começou com o pé direito em "Verdades Secretas". Seu primeiro papel na carreira foi a enigmática Arlete/Angel, protagonista de "Verdades Secretas", fenômeno de audiência de Walcyr Carrasco na faixa das 23h. Era a mocinha do enredo. Porém, no último capítulo o autor expôs uma faceta sombria da personagem. Camila estreou muito bem e em uma de suas últimas cenas, com Angel dando um ligeiro sorriso macabro, demonstrou potencial para viver uma víbora futuramente.

E a oportunidade chegou até cedo, apenas quatro anos depois de sua estreia. Vanessa Dias é uma típica 171 que não mede esforços para atingir seus objetivos. É verdade que a personagem não chega perto de uma vilã assassina e sua índole não é totalmente ruim.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Tudo sobre a coletiva da quinta temporada da nova "Escolinha do Professor Raimundo"

A Globo promoveu, nesta segunda-feira (27/05), uma coletiva para a divulgação da quinta temporada da nova versão da "Escolinha do Professor Raimundo". Durante uma gravação aberta à imprensa, o elenco e a diretora Cininha de Paula falaram sobre os desafios do programa que pelo quinto ano consecutivo retorna ao ar (primeiro pelo Canal Viva e depois pela Globo) com os personagens queridos de sempre e algumas novidades. Fui um dos convidados e conto para vocês tudo o que aconteceu.


Valeu muito a pena ter acompanhado a gravação de um episódio. A imprensa ficou na plateia junto com as tradicionais caravanas que costumam marcar presença nesses formatos e a animação do auditório com os atores contagia. Tanto que vários sobem para abraçar as pessoas e agradecer o carinho. Leandro Hassum, Bruno Mazzeo e Fabiana Karla foram alguns que fizeram questão de retribuir os afagos da plateia.

O entrosamento do elenco também foi evidente, assim como as brincadeiras entre eles. Parecem mesmo alunos de escola se provocando o tempo todo e proferindo várias piadas, muitas delas dignas de adolescentes. O clima, inclusive, lembra bastante o humorístico original, comandado por Chico Anysio, onde as sacanagens dos atores eram vistas em todos os programas.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Passagem de tempo deixou história de "Órfãos da Terra" bem menos crível

A atual novela das seis da Globo colhe merecidos elogios desde que estreou. "Órfãos da Terra" tem apresentado uma produção muito caprichada. Duca Rachid e Thelma Guedes logo arrebataram o público com grandes cenas e ótimas viradas em um atrativo enredo sobre refugiados. Todavia, as autoras aceleraram demais o ritmo nas primeiras semanas e agora o folhetim decaiu bastante , principalmente após uma questionável passagem de tempo que até agora não se mostrou apropriada.


Primeiramente, é preciso citar o alto risco que as escritoras correram quando resolveram matar Soraia e Aziz Abdallah logo no início. A saída de Letícia Sabatella e Herson Capri da trama foi uma grande perda, pois, além de atores excepcionais, ambos viviam os personagens mais interessantes da história. A sofrida mãe de Dalila (Alice Wegmann) ainda tinha muito a ser explorada e o grande vilão da novela era o sheik violento e assustador. É um fato que o roteiro foi ''abalado'' com essa dupla ausência e o telespectador percebeu.

Todavia, o objetivo sempre foi a 'promoção' de Dalila como a grande vilã. Então, era preciso apenas aguardar essa nova situação para uma melhor análise sobre a nova fase. O problema é que o contexto de "Órfãos da Terra" acabou perdendo bastante veracidade com a passagem de três anos.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Com uma participação marcante, Fernanda Montenegro roubou a cena na primeira fase de "A Dona do Pedaço"

Uma participação em poucos capítulos de uma novela ou série pode ser de grande importância ou simplesmente descartável para um ator. Tudo depende da valorização do autor, obviamente. E Walcyr Carrasco fez questão que a presença da maravilhosa Fernanda Montenegro na primeira fase de "A Dona do Pedaço", nova trama das nove da Globo, fosse muito marcante.


Dulce surgiu logo na primeira cena da novela e transpareceu ser uma senhora doce, adorável. O momento em que a avó ensinou a netinha a fazer bolos pareceu um comercial de margarina. "O segredo é o amor", disse a delicada senhora para a criança na hora de desvendar o 'mistério' daquele bolo tão gostoso. Todavia, foi apenas uma primeira impressão. Pouco tempo depois ficou claro que a matriarca dos Ramírez era um demônio de saias.

A avó de Maria da Paz (Juliana Paes) sempre foi a maior incentivadora da guerra entre os Ramírez e os Matheus, além de participar ativamente dos ''pedidos" ---- mortes encomendadas ---- de vários donos de terras da região que pagavam um bom dinheiro pelos assassinatos dos inimigos. Autoritária e intimidadora, Dulce ainda ensinou os descendentes com o manuseio de armas.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Record volta a apostar em uma novela contemporânea com "Topíssima" e faz bem

Há cinco anos a Record não produzia uma novela não bíblica contemporânea. A última era "Vitória", de Cristianne Fridman, exibida em 2014. Ironicamente, a autora que marca essa volta aos folhetins atuais é a mesma Cristianne, que estreou "Topíssima", nesta terça-feira, dia 21, às 19h55, na faixa que exibia a reprise de "A Terra Prometida". A escritora, inclusive, também está no ar com outra produção inédita: "Jezabel", exibida logo após essa sua nova empreitada, às 20h45.


O novo folhetim enfrentou problemas antes da estreia. Isso porque Cristianne foi chamada pela Record, em 2017, para criar uma história para a faixa das sete. A sinopse foi aprovada em agosto e entraria no ar no primeiro semestre de 2018, substituindo "Belaventura". O título era "Rosa Choque" e só depois virou "Topíssima". Vários atores foram contratados pela emissora para a produção, mas tempos depois o projeto acabou cancelado em virtude do corte de custos. O canal manteria apenas a faixa das 20h45 com novelas inéditas e sempre bíblicas. A das sete seria preenchida com reprises.

Em novembro de 2018, a trama foi desengavetada pela emissora e a autora voltou a trabalhar na produção. Agora, em maio de 2019, finalmente foi ao ar. E já é possível observar vários elementos que Fridman adora: crimes, sequestros, mistérios envolvendo assassinatos e cenas de ação.

terça-feira, 21 de maio de 2019

"A Dona do Pedaço" estreia com todos os clichês de um bom folhetim

"Nem tente. Tente. É impossível. É possível. Não vai dar certo. Vai dar certo. A vida sempre tem um lado bom: se você olha pra ele, ele olha pra você". Baseada nessa premissa bastante simples e até parecida com os ensinamentos de Candinho (Sérgio Guizé), em "Êta Mundo Bom!" ----- "Tudo que acontece de ruim na vida da gente é pra meiorá" ----, a nova novela de Walcyr Carrasco promete apresentar para o público uma história de superação através de uma carismática protagonista. Sai de cena a sombria "O Sétimo Guardião" e entra a solar "A Dona do Pedaço", que estreou nesta segunda-feira (20/05), com a missão de reerguer a audiência da principal faixa da Globo.


É bem verdade que o início da história não teve nada de leve. A guerra entre os Matheus e os Ramírez foi exposta logo na estreia, após um bonito prólogo com Maria da Paz (Mirella Sabarense) aprendendo a fazer bolo com sua aparentemente delicada avó Dulce (Fernanda Montenegro). O autor começou seu enredo com um momento de delicadeza e depois se aprofundou na violência. Teve arma e tiro para tudo quanto era lado. O ódio entre as famílias é alimentado há séculos e sempre resulta em muitas mortes. Obviamente, a primeira tentativa de um acordo de paz se dá através dos mocinhos que se apaixonam à primeira vista. Típico contexto "Shakespeareano", vide o clássico Romeu e Julieta.

O primeiro capítulo teve uma avalanche de acontecimentos e houve uma certa pressa na construção do amor dos protagonistas. Não deu para comprar o amor arrebatador de Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira). Eles se apaixonaram perdidamente e logo foram pedir uma trégua entre os familiares. Tudo muito rápido.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Fracassada e problemática, "O Sétimo Guardião" já foi tarde

A Globo viveu um grande pesadelo no horário nobre durante os quase sete meses que "O Sétimo Guardião" esteve no ar. E a emissora já estava 'traumatizada' com as igualmente equivocadas "Babilônia" (que afundou a faixa em 2015) e "A Lei do Amor" (2017). Mas impressionou o conjunto de equívocos do folhetim de Aguinaldo Silva e os vários problemas que ocorreram nos bastidores da produção. Não é exagero afirmar que absolutamente tudo deu errado. Não por acaso há uma sensação de alívio com o final da história, exibido nesta sexta-feira (17/05), tanto para os profissionais envolvidos quanto para o público.


O autor já enfrentava uma batalha judicial antes mesmo da estreia da novela. Isso porque um dos alunos de Aguinaldo (Silvio Cerceau) moveu uma ação contra ele exigindo a coautoria da trama. Pouco tempo depois, ainda conseguiu o apoio de outros colegas do curso administrado pelo escritor (o Master Class), que também exigiram reconhecimento ---- todos alegaram que criaram a sinopse junto com Aguinaldo em plena sala de aula. Em virtude da questão com a Justiça, o autor chegou a desistir de escrever "O Sétimo Guardião" e já trabalhava em outra sinopse. Mas Silvio de Abreu, responsável pelo setor de teledramaturgia, acabou o convencendo a retomar o projeto.

Os dois, obviamente, devem ter se arrependido amargamente. Até porque o enredo que marcou a volta de Aguinaldo ao realismo fantástico ---- visto nos sucessos "Roque Santeiro"(1985), "Tieta" (1989), "Pedra Sobre Pedra" (1992) e "A Indomada" (1997) ---- só poderia ser um sucesso ou um fracasso. Não tinha possibilidade do meio termo em uma trama sobre uma fonte milagrosa e um gato preto que virava homem.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Tudo sobre a primeira apresentação de "Bom Sucesso", próxima novela das sete

A Globo reuniu um grupo de jornalistas e colunistas nesta terça-feira (14/05) para uma primeira apresentação da nova novela das sete, "Bom Sucesso", com estreia prevista para o dia 29 de julho. Ou seja, ainda é cedo para maiores detalhes. Mas ao menos a premissa da história foi exposta e a reunião contou  com a presença dos autores Rosane Svartman e Paulo Halm, do diretor Luiz Henrique Rios e a médica geriatra Ana Cláudia Quintana Arantes.


A novela terá como mote uma troca de exames que mexerá na vida dos envolvidos. Paloma (Grazi Massafera) é uma mulher batalhadora e com uma fé inabalável. Costureira, trabalha e cria seus três filhos sozinha. Ela mora em Bonsucesso, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, e daí a inspiração para o título do folhetim. A mocinha ama frequentar a quadra da escola de samba da região (a Unidos de Bom Sucesso) e sonha em um dia ser rainha de bateria, mas também nutre uma paixão pela leitura e vive se transportando para os mundos mágicos que a literatura proporciona.

A protagonista gosta tanto de livros que batiza os filhos com nomes de personagens clássicos: Alice (Bruna Inocêncio) ---- "Alice no País das Maravilhas" ----, Gabriela (Giovanna Rodriguez) ---- "Gabriela, Cravo e Canela" ---- e Peter (João Bravo) ---- "Peter Pan". Alice é a mais velha e filha do grande amor de Paloma, Ramon  (David Júnior), que há quase vinte anos foi morar nos Estados Unidos atrás do sonho de se tornar um jogador de basquete.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Nany People foi um dos raros acertos de "O Sétimo Guardião"

A atual novela das nove da Globo, em plena reta final, é um festival de problemas. Audiência muito abaixo do esperado, história mal desenvolvida por Aguinaldo Silva, elenco subaproveitado, personagens desinteressantes e brigas nos bastidores. A emissora e parte do elenco, com razão, torcem para a produção chegar ao fim logo. No entanto, tem um nome que não tem do que reclamar: Nany People.


A intérprete de Marcos Paulo tem um bom destaque na história e a personagem é um dos poucos pontos positivos da trama. Vale lembrar que o braço direito de Valentina Marsalla (Lília Cabral) seria a Nazaré Tedesco. Sim, a vilã icônica de "Senhora do Destino" (2004) voltaria em "O Sétimo Guardião". Porém, Renata Sorrah, muito sábia, convenceu o autor a desistir da ideia. E a decisão não poderia ter sido mais acertada. Seria lamentável ver um perfil tão marcante na teledramaturgia em um folhetim tão equivocado.

Sorte da Nany que acabou escalada e ganhou um perfil "adaptado" especialmente para ela. O amigo do passado de Valentina é um ótimo químico e pouco antes de surgir na história se recuperava de uma cirurgia que o transformou em uma quase mulher. No entanto, mesmo após a completa 'recauchutagem', continuou com o nome no masculino.

terça-feira, 14 de maio de 2019

"A Dona do Pedaço": o que esperar da próxima novela das nove?

A Globo não dá folga para Walcyr Carrasco. Ele já virou uma espécie de trunfo da emissora que sempre o escala visando boa audiência. Isso porque o autor emplaca fenômenos de Ibope em todas as faixas. Em 2017, sua missão era difícil: substituir "A Força do Querer", trama de Glória Perez que fez um imenso sucesso. Mas conseguiu até superar os índices com "O Outro Lado do Paraíso" e fez a história da vingança de Clara Tavares (Bianca Bin) cair na boca do povo. Agora o cenário é outro: o objetivo é reerguer o horário nobre que naufragou com o fracasso de "O Sétimo Guardião", de Aguinaldo Silva.


Porém, substituir um fracasso é tão difícil quanto entrar no lugar de um sucesso. Elevar os baixos índices de uma produção ou ter a obrigação de manter os altos números acaba implicando no mesmo grau de responsabilidade. Walcyr, então, resolveu apostar em um novelão rasgado, com direito a guerra entre famílias, muito dramalhão e volta por cima de uma mocinha humilde que aprende a preparar bolos deliciosos. O próprio título da história evidencia o foco na heroína que ficará milionária com sua franquia de lojas de bolos: "A Dona do Pedaço".

Maria da Paz, vivida por Juliana Paes, nasceu na fictícia Rio Vermelho, no interior do Espírito Santo, e a trama se inicia em 1990. Duas famílias de justiceiros disputam o comando dos negócios na região: os Ramires e os Matheus. Em nome da hegemonia do local, os dois núcleos familiares criam as novas gerações para assumirem o trabalho dos mais velhos.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Vanessa Giácomo e Elizabeth Savalla emocionam em "O Sétimo Guardião"

A atual novela das nove está chegando ao fim e os problemas foram inúmeros. O fracasso de "O Sétimo Guardião" é um fato consumado e nada mais pode ser feito. Aguinaldo Silva enfiou os pés pelas mãos e não conseguiu reverter a baixa audiência. É lamentável, ainda, observar como o autor subaproveitou um elenco repleto de estrelas. Quase ninguém se destacou em virtude da fragilidade dos personagens tão mal construídos e desenvolvidos. Apesar de tudo isso, Vanessa Giácomo e Elizabeth Savalla emocionaram nos capítulos recentes.


O assassinato de Aranha (Paulo Rocha) acabou unindo Stela e Mirtes, após tantos enfrentamentos ao longo da história. Foi comovente ver a dor das personagens com a perda do médico, que foi a quinta vítima do serial killer que vem exterminando os guardiões da fonte milagrosa de Serro Azul. Absolutamente nada que cerca essa trama tem uma coerência ou um planejamento. Fica evidente que tudo foi criado de última hora pelo autor em virtude da falta de lógica de todo o contexto.

E todos os equívocos que cerceiam esse enredo apenas reforçam o talento das intérpretes. Afinal, fica ainda mais difícil para as atrizes emocionarem diante de uma situação que não convence ninguém. Talvez nem mesmo os profissionais envolvidos. Mas Vanessa e Savalla são experientes e nunca decepcionaram ao longo de suas respectivas carreiras.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

"Cine Holliúdy" é uma adaptação precisa do divertido e inspirado filme

O filme "Cine Holliúdy", dirigido por Halder Gomes e estrelado por Edmilson Filho, estreou em 2013 e fez um grande sucesso de público e crítica. O curta foi visto em 80 festivais de 20 países e ganhou 42 prêmios. A genialidade da produção, inclusive, era a presença de legenda, mesmo em português. O intuito era debochar da rapidez da fala do cearense, uma vez que a história se passa no sertão do Ceará, na década de 70, e quase todos os atores escalados são da região. O êxito foi tamanho que a trama ganhou uma continuação nos cinemas ---- "Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral", cuja estreia foi em março deste ano ---- e uma série na Globo, toda gravada em 2018.


A produção estava prevista para estrear ano passado, mas como Letícia Colin se destacava como a prostituta Rosa, em "Segundo Sol", a emissora resolveu adiar o projeto em virtude da presença da talentosa atriz no elenco da série. Afinal, ela interpreta Marylin, filha da primeira-dama Maria do Socorro (Heloísa Périssé) e enteada do prefeito Olegário (Matheus Nachtergaele). Aliás, uma das qualidades da série é justamente a entrada de vários personagens que não existiam no filme. Esse trio, por exemplo, é um show à parte. A equipe conseguiu adaptá-los muito bem ao roteiro.

O 'visionário' Francisgleydisson (Edmilson Filho) continua protagonizando momentos engraçadíssimos em "Cine Holliúdy", mas agora o seu desafio mudou. No longa, o personagem percebeu que a pitoresca cidade de Pitombas não tinha nenhuma opção de entretenimento para o povo e iniciou uma saga para levar a magia do cinema até o local.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Tudo sobre a coletiva de "A Dona do Pedaço", nova novela das nove da Globo

A Globo promoveu na quinta-feira passada, dia 2, a festa de "A Dona do Pedaço", a próxima novela das nove, escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Amora Mautner. O Salão Nobre do Belmont Copacabana Palace foi o cenário escolhido para o luxuoso evento, que contou com a presença do autor, da direção, elenco e equipe que apresentaram a obra à imprensa e falaram sobre a expectativa de levar ao público uma história de superação e que exalta o poder feminino. Fui um dos convidados e conto tudo o que aconteceu na coletiva, que começou às 16h e terminou por volta das 20h.


Os convidados circularam pelo salão nobre do hotel decorado com referências à residência da protagonista da trama. Sofás forrados em veludo bordô, poltronas e mesas douradas e tapetes avermelhados transportavam todos para o universo de Maria da Paz (Juliana Paes) que fez fortuna com a força de seu trabalho. Deliciosos bolos aguçavam os sentidos dos presentes, enquanto rosas vermelhas, plantas e paus de canela adornavam estantes de madeira e remetiam ao sabor da receita de maior sucesso da personagem.

A grande Fernanda Montenegro, que interpreta Dulce, responsável por ensinar a neta Maria da Paz a fazer bolos, falou da força da obra, que aposta no protagonismo das mulheres e em um duelo de famílias que atravessa gerações. "É uma história tão forte que detona uma explosão de crises e situações que o Walcyr é mestre em conduzir", contou.

sábado, 4 de maio de 2019

Herson Capri deu show e saída precoce de Aziz é um risco para "Órfãos da Terra"

A atual novela das seis de Duca Rachid e Thelma Guedes estreou na Globo com imagens belíssimas, direção primorosa de Gustavo Fernández, atrativos personagens e ritmo ágil. Até o momento "Órfãos da Terra" vem mantendo todas essas qualidades, prendendo o público através de ótimas cenas e bons acontecimentos. E um dos principais acertos do enredo foi o vilão Aziz Abdallah, interpretado com maestria por Herson Capri.


O poderoso sheik que se encantou por Laila (Julia Dalavia) transbordou maniqueísmo. Era o típico malvado sem qualquer camada ou nuances. Honra a expressão "mau feito um pica-pau". Sua única 'fraqueza' era o amor genuíno que sentia pela filha, Dalila (Alice Wegmann), e ainda assim tal sentimento nunca o impediu de cometer atrocidades, como assassinar Soraia (Letícia Sabatella), a sua primeira esposa, por conta do adultério cometido pela mãe de sua herdeira.

O papel só poderia ser vivido por um ator experiente, pois o risco de cair no exagero, até por se tratar de um perfil naturalmente caricato, era grande. E Herson foi uma escalação certeira das autoras. O intérprete dominou o personagem logo no início e se sobressaiu na história sem fazer esforço assim que surgiu em cena.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

"Sob Pressão" estreia terceira temporada com as qualidades de sempre

A melhor série produzida pela Globo em anos estreou sua terceira temporada nesta quinta-feira, dia 2, após uma leva de elogios de público e crítica em 2017 e 2018. A trama baseada no filme homônimo, exibido em 2016 e criado em cima do livro "Sob Pressão - A rotina de guerra de um médico brasileiro" (escrito por Márcio Maranhão), se mostrou um acerto em todos os aspectos e o terceiro ano da produção era bastante aguardado.


Não por acaso, o anúncio do encerramento da série em 2019 provocou indignação na imprensa especializada e nos telespectadores. Afinal, o caos na saúde pública brasileira rende infinitos conflitos e os próprios envolvidos no projeto ---- como o autor Lucas Paraizo e o diretor Andrucha Waddington ---- confirmam isso. O mistério envolvendo a estranha decisão da Globo vai continuar por um bom tempo, mas, deixando esse fato um pouco de lado, a estreia da nova temporada manteve todas as qualidades que fizeram da produção um imenso sucesso.

A rotina caótica de Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) não acabou, apenas mudou de endereço. O casal agora passa por uma nova experiência. Com o fechamento do hospital público Luiz Carlos Macedo (o Macedão), na zona norte do Rio de Janeiro, e diante da prática de anos no atendimento a casos de emergência, os médicos são contratados para trabalhar no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).