Primeiramente, o folhetim não estava previsto para o horário das nove e sim para o das seis. Mas, em virtude do imenso fracasso de "Babilônia" e do medo da emissora em apostar na realidade nua e crua ---- após "A Regra do Jogo" ter enfrentado dificuldades iniciais em ser aceita pelo telespectador ----, a obra idealizada por Benedito foi remanejada. O sucesso da reprise de "O Rei do Gado" (um dos maiores acertos do autor) no "Vale a Pena Ver de Novo" também foi primordial para essa mudança brusca comandada por Silvio de Abreu, responsável pela organização de toda a dramaturgia do canal. Com isso, a estreia de "A Lei do Amor" foi adiada e uma trama rural começou a ser exibida com o intuito de reconquistar a audiência.
A história reuniu absolutamente tudo o que Benedito já contou várias vezes em seus folhetins anteriores: o amor proibido dos herdeiros de famílias rivais, um padre apaziguador, um bar onde todos se reúnem, o coronelismo típico das cidades interioranas e o debate sobre terras.
Entretanto, Luiz Fernando Carvalho (se baseando no êxito de seu trabalho no remake de "Meu Pedacinho de Chão") resolveu adotar um toque lúdico no enredo do autor, abusando de momentos poéticos, cenas mais teatrais, metáforas e imagens cinematográficas. Inicialmente, houve um acerto e tanto nesse conjunto, presenteando o telespectador com grandes sequências.
A primeira fase foi impecável. Ambientada por volta do final dos anos 60 e início dos anos 70, a trama tinha um elenco bem enxuto e os acontecimentos do enredo se harmonizavam com a direção. A escalação de Rodrigo Santoro para viver o dúbio Coronel Afrânio foi um dos muitos acertos desse começo, que teve ainda a luxuosa participação de Tarcísio Meira no primeiro capítulo. O show de Selma Egrei como a imponente Encarnação também marcou a fase, assim como as interpretações grandiosas de Fabíula Nascimento, Chico Diaz, Cyria Coentro, entre outros. A atuação de Carol Castro como Iolanda foi primorosa, sendo necessário ainda elogiar a imensa química com Santoro. Renato Góes também brilhou como Santo e a sintonia com Julia Dalavia, intérprete da Tereza, foi visível. O ritmo mais lento, característico em toda trama do autor, conseguiu até ser amenizado pelo conjunto da obra.
Porém, a mudança de fase provocou uma ruptura drástica na harmonização de "Velho Chico". Direção e história não caminhavam mais juntas, havendo um estranhamento imediato no figurino dos personagens: todos muito coloridos e alguns ultrapassados, não sendo condizentes com a época da nova ambientação (o ano de 2016). As vestimentas que provocaram uma maior rejeição foram as de Afrânio, Iolanda e Tereza. O coronel, aliás, foi o foco do maior número de merecidas críticas na segunda fase. Antônio Fagundes não se parecia em nada com Rodrigo Santoro. O físico deles já é bastante diferente, mas se ao menos os trejeitos do papel fossem mantidos daria para amenizar o 'incômodo' tranquilamente. Só que nada disso foi feito.
Fagundes é um grande ator, mas teve um início catastrófico nessa novela. O intérprete adotou a forma de falar de dois coronéis interpretados por ele em obras do Benedito: Zé Inocêncio de "Renascer" e Bruno Mezenga de "O Rei do Gado". Afrânio parecia uma mistura desses personagens e em nada lembrava o sofrido perfil composto por Santoro. A direção e os autores também não ajudaram em nada. O figurino exagerado e a peruca propositalmente ridícula só prejudicaram. Ainda houve um erro crasso na inserção de um ar cômico nas primeiras semanas (através de 'patadas' dadas pelo todo poderoso em seu genro), uma vez que o personagem nunca teve comicidade na primeira fase. Ou seja, um dos principais perfis da novela tinha sido totalmente descaracterizado.
Iolanda, que era uma dos principais personagens, ficou avulsa no enredo, subvalorizando o talento de Christiane Torloni. O romance de Bento (Irandhir Santos) e Beatriz (Dira Paes) logo mostrou sua força, destacando a química dos atores, mas não demorou muito para o par ser enfraquecido em virtude da repetição das cenas (os dois sempre preocupados com a política da região). Tereza não foi uma mocinha atrativa, deixando Camila Pitanga apagada nos primeiros meses da segunda fase. Até mesmo a relação da mulher com seu filho Miguel (Gabriel Leone) foi desenvolvida equivocadamente, parecendo muitas vezes um quase incesto (as trocas de olhares e a proximidade deles gerava um inevitável desconforto). Já o excesso na abordagem política cansou, provocando a sensação de ser meramente panfletária, em nada contribuindo para o andamento do roteiro ---- além de ter exposto a controvérsia em torno do adiamento de "A Lei do Amor", quando Silvio de Abreu afirmou que a razão era evitar que a temática política caísse em época de eleições municipais.
Para culminar, o marasmo se fez presente na novela. A história se arrastava e quase nada acontecia ao longo das semanas. O telespectador podia se dar ao luxo de não assistir a uns 15 capítulos com tranquilidade que não perdia nada de relevante. Não por acaso, a trama do horário nobre obtinha uma audiência menor que "Êta Mundo Bom" e "Totalmente Demais", imensos sucessos das seis e das sete. Entretanto, o saldo geral da produção não chega a ser negativo e sim regular. Os pontos positivos se fizeram presentes e merecem ser citados, assim como os bons capítulos apresentados para o público na reta final do folhetim. O elenco foi muito bem escalado e todos puderam se destacar merecidamente através de ótimas cenas, onde o texto dos autores primou pela sensibilidade e força das palavras.
Luzia foi um perfil que cresceu gradativamente na segunda fase, graças ao talento de Lucy Alves, a maior revelação do ano. A cantora que encantou o público no "The Voice Brasil" mostrou que também tem vocação para as artes cênicas, convencendo em difíceis cenas e contracenando de igual para igual com os profissionais bem mais experientes. Foi uma grata surpresa da trama. Outro ator que se revelou no folhetim foi Lee Taylor, cujo desempenho como o idealista Martim mereceu vários elogios. Lucas Veloso (Lucas) e Batoré (Queiroz) também surpreenderam positivamente. O saudoso Umberto Magnani brilhou na primeira fase como o padre Romão e até chegou a aparecer em alguns momentos da segunda, mas acabou falecendo. Fechou seu ciclo mostrando o quanto era grande. E Carlos Vereza o substituiu à altura interpretando o padre Benício, protagonizando ótimas sequências ao longo da história.
A estupenda Selma Egrei foi um dos grandes destaques da produção. Ela merecia há tempos um perfil que valorizasse seu talento como atriz e finalmente o papel veio. Encarnação foi uma das únicas personagens que estiveram presentes nas duas fases inteiras ---- Chico Criatura, feito pelo ótimo Gésio Amadeu, também esteve ----, o que foi primordial para o enredo. A amargurada senhora protagonizou grandes momentos, principalmente na fase final de "Velho Chico". Impossível não mencionar a forte cena em que ela mergulha no Rio São Francisco para se matar, indo em busca do seu filho falecido, por exemplo. Vale citar ainda o primoroso trabalho da caracterização, que conseguiu envelhecer a intérprete com perfeição, deixando crível Selma ser mãe de Fagundes ---- mesmo tendo a mesma idade que ele. Era um prazer vê-la em cena.
Irandhir Santos expôs pela primeira vez no horário nobre a sua força interpretativa, já vista várias vezes no cinema e em outras tramas da Globo, como "Meu Pedacinho De Chão", onde emocionou com o doce Zelão. O seu agressivo e sentimental Bento foi defendido com maestria, destacando o profissionalismo desse ator tão visceral. Sua química com Dira Paes também ficou visível e as cenas protagonizadas ao lado de Domingos Montagner, Gabriel Leone (Miguel), Zezita Matos (impecável como a sofrida Piedade), Lucy Alves e Giullia Buscacio (Olívia) eram grandiosas. Aliás, Gabriel e Giullia se destacaram com o casal de irmãos que não eram irmãos. Foram momentos muito delicados protagonizados pelos intérpretes, que emocionaram e ganharam a torcida do público --- tiveram sintonia de sobra. Suely Bispo (Doninha), Luci Pereira (Ceci), Mariene de Castro (Dalva) e Saulo Laranjeira (Raimundo) foram outros bons nome do enxuto elenco. Já Marcelo Serrado fez jus ao destaque que Carlos Eduardo começou a ter ao longo da trama ---- honrando o posto de único vilão do enredo ----, enquanto Marcos Palmeira convenceu com o seu apaixonado Cícero (mesmo tendo aparecido menos do que deveria).
E é necessário citar a dolorosa perda de Domingos Montagner, que estava arrebatador desde a sua primeira aparição na novela. O Santo era um ótimo personagem e ele vivia um grande momento na carreira, depois de ter arrebatado o telespectador na pele do complexo Miguel em "Sete Vidas", ano passado. O ator havia sido escalado para "A Lei do Amor", mas negou gentilmente o convite alegando ter 'necessidade' de estar em "Velho Chico". Parecia destino mesmo. Afogado no Rio São Francisco, o intérprete se viu vítima da mesma tragédia que atingiu Santo na ficção. Só que a fantasia foi bem mais benevolente, ao contrário da implacável vida real. O país ficou e ainda está de luto, perdendo um dos maiores atores da sua geração. Domingos ainda tinha deixado algumas cenas gravadas e todas foram emocionantes, principalmente o acerto de contas entre o patriarca da família Dos Anjos e o coronel Saruê. Sua trajetória foi curta, mas intensa. Um profissional que brilhou do início ao fim da sua participação na história, deixando um legado na televisão, no cinema e no circo.
Além do ótimo elenco e das cenas emocionantes elogiadas, a novela teve a fotografia lindíssima na lista de pontos positivos, incluindo ainda a trilha sonora, minuciosamente escolhida. "Tropicália" (Caetano Veloso), "Acabou Chorare" (Novos Baianos), "Barcarola de São Francisco" e "Caravana" (Geraldo Azevedo), "Encarnação" (Elba Ramalho), "Monte Castelo" (Legião Urbana) e "Le Vent Nous Portera" (Sophie Hunger) foram algumas das belas músicas que ajudaram a contar um pouco do enredo. Já a direção de Luiz Fernando Carvalho, embora equivocada nos primeiros meses da segunda fase, novamente fez a diferença, extraindo o melhor dos atores e exibindo imagens de encher os olhos. Como mencionado anteriormente, a produção teve muitas falhas, mas os acertos foram merecedores de muitos elogios.
E a reta final do folhetim apresentou cenas muito tocantes, principalmente por causa da ausência de Domingos. A estratégia do diretor ---- de transformar uma câmera subjetiva no Santo, fazendo todos os personagens olharem para a tela ---- serviu para homenagear o saudoso ator e ainda extraiu do elenco momentos repletos de sensibilidade. Antônio Fagundes conseguiu achar o tom de Afrânio e protagonizou cenas avassaladoras na última semana, quando o coronel tirou sua famigerada peruca e voltou a ser aquele personagem amoroso da primeira fase, chorando pelo filho (Martim) morto e reatando com Iolanda. O Saruê até se entregou para as autoridades com o intuito de pagar pelos seus erros, expondo a total redenção do dúbio filho da Encarnação. Camila Pitanga emocionou em todos os instantes finais de Tereza, mesclando o choro da dor da vida real com o da felicidade de sua personagem, enquanto Marcelo Serrado se destacou com a loucura de Carlos Eduardo, que terminou morrendo em uma área seca e cercado de urubus.
O último capítulo foi repleto de sensibilidade e poesia, fazendo jus ao diretor Luiz Fernando Carvalho, que proporcionou um verdadeiro show de emoção do primeiro ao último minuto. Já o texto de Benedito e Bruno merece aplausos. O momento de puro romantismo de Afrânio e Iolanda foi belíssimo, destacando a química entre Antônio Fagundes e Christiane Torloni. Fagundes ainda emocionou quando o coronel fez as pazes com o filho Martim diante do pôr do sol ---- final que lembrou, guardadas as proporções, o de "Amor à Vida", com Félix e César. O desfecho de Luzia evidenciou o talento de Lucy Alves, que fez o telespectador chorar quando a personagem achou um bebê abandonado e pegou para criar, exatamente como Capitão Rosa (Rodrido Lombardi) fez com ela na primeira fase. E o casamento de Tereza e Santo (novamente utilizando a câmera subjetiva) provocou lágrimas constantes em todos, mesclando a dor da realidade com a alegria da ficção. A chuva que caiu na igreja ainda expôs a dose de poesia que aquilo tudo representava, levando água ao sertão, gerando o renascimento e lavando a alma de todos. A última cena, homenageando Domingos Montagner e o Rio São Francisco, foi de uma beleza rara. Um final impecável.
"Velho Chico" foi uma novela bastante controversa. Os êxitos e os equívocos se misturaram ao longo de sua exibição, deixando um saldo final mediano --- a média de audiência foi de 29 pontos, praticamente empatada com "A Regra do Jogo" (28,8). Benedito Ruy Barbosa e o neto Bruno Luperi passaram por muitas dificuldades durante os meses de exibição da trama ---- Edmara Barbosa, filha do autor e coautora, até abandonou o projeto no meio ----, mas ao menos conseguiram fechar o ciclo do folhetim dignamente. A produção, que sempre teve um clima meio sombrio, saiu de cena provocando uma certa sensação de alívio geral, pois os problemas e as críticas se fizeram presentes várias vezes e as duas grandes perdas deixaram muita tristeza. A última cena representou um duplo adeus, encerrando a trajetória de um folhetim e de um querido ator. Adeus, Velho Chico! Adeus, Domingos!
41 comentários:
A verdade é que tá todo mundo elogiando a novela ruim pq o ator morreu.
As suas resenhas finais fazem jus ao título do blog. De olho em todos os detalhes. Não deixou passar nada!
Eu sempre gostei desta novela desde o inicio.
A novela teve uma fotografia maravilhosa e o elenco esteve maravilhoso, mas a trama era arrastada e chatíssima. Não prendeu o público e a repercussão foi nula. Até A Regra do Jogo teve mais repercussão com aquilo de "Vitória na guerra". O saldo como bem colocado na postagem é regular e só.
Uma novela que poderia ter sido impecável e foi apenas mediana por conta de tudo o que você falou.E a morte do Domingos é inaceitável.
Não gostei de Velho Chico,como você disse no excelente texto,acho que faltou historia,ficou uma coisa muito repetitiva,não tinha aquela coisa que prendia o telespectadr na frente da TV,de não poder perder um capitulo,sem contar que poderia ter feito um outro nucleo na Cidade ou até mesmo no sertão,um pouco cômico pra sair daquele marasmo de politica,agricultura e etc.Tomara que a próxima novela que estreiar seja um sucesso,o publico está CARENTE de uma novela das 9 boa que prenda nossa atenção como Avenida Brasil.
Olá, Sérgio...pra variar, uma bela resenha final.Está tudo aí!Creio que resumiu o desenrolar de Velho Chico , nesta frase: "Os êxitos e os equívocos se misturaram ao longo de sua exibição"...dentre os seus êxitos destacados,os meus: Lucy Alves,Marcelo Serrado, o toque lúdico de Luiz Fernando Carvalho , fotografia , trilha sonora e a A última cena. Equívocos,destaco o figurino exagerado e a peruca do Fagundes, que demorou a se encontrar e o marasmo da trama , em determinados momentos ...Parabéns por + uma bela resenha final!
Bom finde,belos dias,abraços!
Concordo, o último capítulo foi lindo e poético. Mas sejamos francos, tudo foi potencializado pela morte do Domingos. Caso contrário não teria nem um terço da sensibilidade que teve. O falecimento dele ainda fez muita gente ficar cega dizendo que foi a melhor novela que já viu e coisa e tal. Menos, bem menos. Vc foi sensato: foi uma novela mediana e olhe lá. Teve momentos bonitos, mas muito erros. Só será lembrada pela morte do grande ator, assim como a fraca Sol de Verão só ficou lembrada pela morte do protagonista. Caso contrário seria enterrada na história da teledramaturgia.
Sérgio, acredita que aquele boçal continua falando de vc pelas costas? E ele até já ganhou um apelido. é "CopiaZamenza". hahahaha
Sérgio, assisti a primeira fase de Velho Chico e concordo que foi impecável. Quando passou para a segunda fase, desisti de assistir a novela. A interpretação do Fagundes estava muito diferente da do Santoro e acabou estragando o personagem. Talvez tivesse sido melhor ter mantido o Santoro no papel do coronel (afinal, a Selma Egrei continuou no papel de Encarnação, usando maquiagem para envelhecê-la. Poderiam ter feito o mesmo com o Santoro).
Enfim, uma pena. Como você disse, a novela teve muitos altos e baixos, mas poderia ter sido muito melhor, se tivesse mantido o mesmo ritmo da primeira fase.
Belo texto e endosso tudo. A direção do Luiz mais uma vez fez a diferença e conseguiu extrair poesia de um enredo chatíssimo e tedioso.Mas esse festival de elogios no final foi por causa da comoção pela morte do Domingos.Antes a novela era massacrada pela crítica e no final parece que todos esqueceram os vários erros da novela. Menos você. Você apontou erro a erro, lembrando que não foi uma novela maravilhosa. Foi regular.
Verdade seja dita: nenhum outro autor consegue pegar tanto na emoção quanto o Benedito. Ele consegue tirar leite de pedra das situações mais singelas. No geral, Velho Chico foi sim uma novela mediana – mas teve tantas cenas fantásticas e incomuns para uma novela que é impossível não querer lhe dar alguns pontos extras. Os Barbosa e o Luiz Fernando Carvalho deveriam fazer uma minissérie ou uma novela curta, tipo as da Licia Manzo, que eu acho que renderiam muito mais.
Eu amei esta novela desde o começo. Fotografia, cenário e atores trabalhando com paixão, quando comentavamos sobre a novela no meu trabalho, todos tinham opinião diferentes,para alguns o figurino estava totalmente errado a ponto de pararem de assistir, não entendo, a novela é uma história de ficção deixem a poesia e a criatividade ser contada de uma maneira que os autores querem
Eu amei esta novela desde o começo. Fotografia, cenário e atores trabalhando com paixão, quando comentavamos sobre a novela no meu trabalho, todos tinham opinião diferentes,para alguns o figurino estava totalmente errado a ponto de pararem de assistir, não entendo, a novela é uma história de ficção deixem a poesia e a criatividade ser contada de uma maneira que os autores querem
A pior novela que a Globo já fez !
Hoje li um comentário no twitter sobre esta novela e me fez pensar.. "Velho Chico é uma novela maravilhosa, mas na década errada. A gente tá com pressa demais pra assistir histórias tão profundas" apesar de admitir os altos e baixos n posso deixar de concordar!! Para mim amei porque foi a primeira q assisti (e cheguei tarde confesso) nos últimos anos e não se centrava no mesmo de sempre, cidade grande.. e não sendo brasileira amei conhecer outras realidades e ter outra visão!
A profundidade que se dava aos temas foi algo que me conquistou! o texto era lindo as imagens e direção incríveis!
Pena o inicio arrastado da segunda fase senão ninguém diria hoje que foi uma má novela, mas admito foi muito perdida nessa fase! Mas depois encontrou-se e ainda bem!
Outra coisa que merece e muito ser falada é o elenco! Todos do mais experiente ao mais novato brilharam!Preciso mesmo falar de Irandhir não o conhecia e já virei fã que talento avassalador.. espero que a Globo o saiba aproveitar! Selma como Encarnação, o que dizer? Brilhou e que presente deve ter sido esse papel! Domingos estava brilhando como Santo, e consigo entender porque ele quis tanto esse papel na altura quando já estava cotado para fazer a Lei do Amor. Santo era um desafio!
E o futuro também está bem entregue Lucy Alves (Jesus,que ENORME Revelação)Gabriel Leone, Giullia Buscacio (sim amei o casal que formaram)
E a força da Camila Pitanga estes últimos dias? Como disse dificil escolher quem elogiar fica injusto para tantos outros.. Lee Taylor, Fagundes (que maravilhosos últimos capitulos)
Desculpa ter me alongado mas pronto aqui fica o que ficou para mim de Velho Chico
Belíssimo texto, Sérgio.
A novela tá longe de ser impecável porém fez o possível pra cumprir sua missão e seguir em frente mesmo com todos os problemas. Os atores fizeram bonito e todos tiveram destaque. Queria elogiar MUITO o Marcelo Serrado ao qual eu tinha reclamado que era um mero coadjuvante e que merecia mais. Ganhou e não deixou por menos o Carlos Eduardo surtou e ele brilhou absoluto. Gabriel Leone deu um show, Guiulia Buscaccio foi uma ótima revelação assim como Renato Góes e Lucas Veloso.
A reta final então foi linda, poética e inesquecível. Pena que foi "em cima" de um acontecimento inaceitável. Que o Domingos descanse em paz o trabalho dele vai ser pra sempre lembrado por todos nós e contado para outras gerações.
Vi muito pouco essa novela. Não tinha paciência pra narrativa lenta.
Big Beijos
Lulu on the Sky
Anônimo, sem dúvida tem o apelo da dor da perda em vários dos elogios calorosos que a novela teve no final. Mas não foi o meu caso. Eu elogiei pq achei msm esse desfecho lindo, mas fiz questão de ressaltar todos os defeitos.
Mt obrigado, Larissa.
Kikinha, bom te ver aqui!!
Regular msm, Sandro!
Exato, Daniela!
Michel, fico feliz que tenha gostado do texto. =)
Mt obrigado, Felis. E endosso todo o seu comentário! abçs
Concordo, Heródoto. Bom o seu comentário. Claro que a perda do Domingos deixou tudo mais emocionante no final, até porque os sentimentos estão ainda à flor da pele. Mas foi um belo final.
Esse urubu preto continua, anonimo? Que praga. Como diria Bento na novela; que a caatinga o julgue. rs E ganhou esse apelido, é? Apropriado pra ele.
Cristina, ótimo comentário. No caso do Santoro não teria como pq é uma condição dele: ele só aceita fazer participações curtas no Brasil por causa da carreira internacional dele. Mas é verdade. A primeira fase foi linda, mas a segunda deixou mt a desejar nos primeiros meses, fazendo por merecer todas as críticas.
Mt obrigado, Galdino. E concordo com vc.
Unknown, nesse caso discordo de vc. O Benedito tem um texto ótimo mesmo, mas a direção do Luiz contribui mt pra extrair essa dose de emoção. E na minha opinião a Lícia Manzo é imbatível. Ela escreve as cenas mais delicadas da teledramaturgia, assim como o Maneco fazia nos áureos tempos.
Eliana, eu achei a primeira fase impecável e a segunda mt equivocada. Não só pelo figurino, mas por todo o resto que coloquei no texto. Mas nos últimos meses a novela ficou bem melhor e oc final foi lindo.
Ok, Joálisson! abç
Kimmy, não se desculpe pelo comentário grande. Pelo contrário. Eu amo comentário grande. Sinal que gosta do blog, dos textos e de se expressar aqui. E o Irandhir é grandioso. Pena que vc não viu o primoroso trabalho dele em Meu Pedacinho de Chão. Mas o elenco foi um dos pontos fortes mesmo. Todos brilharam e concordo com os seus elogios. Só mantenho a minha opinião de regular por causa de todos os problemas que teve. bjão!
Mt obrigado, Pâmela! É verdade, o Serrado deu um show como vilão, Giullia e Gabriel fizeram um casal lindo e o elenco no geral foi perfeito. Pena mesmo que a emoção no fim tenha ficado por conta de uma perda tão dolorosa e inaceitável. bjsss
Entendo perfeitamente, Lulu. bjs
Oi Sérgio. Acho que Velho Chico foi excelente como um respiro no gênero. Trouxe uma estética diferenciada, afastou a ação do eixo Rio-São Paulo que já anda mais do que desgastado. Acho que pecou em algumas questões como no ritmo, por exemplo, mas acho que no geral foi uma novela inteligente, rebuscada até. E é muito triste o que aconteceu, mas acredito que nas mãos de autores e diretores inexperientes, ao invés da belíssima e triste homenagem ao Domingos, haveria a insensível e desrespeitosa morte do personagem ou a clássica viagem para justificar o sumiço do personagem. Fechou o ciclo sendo uma novela bonita, densa e com um elenco, muito, mas muito acima da média. Luci Alves que o diga!
Obrigado pelo comentário, Pedro. Eu achei uma novela mediana no geral.
Só não dou 10 pra essa novela porque ela não foi totalmente ambientada na primeira fase, porque olha... Ela foi perfeita. Já a segunda... Por isso dou 8,8.
Velho Chico foi uma novela com bela fotografia, boa trilha sonora, bons desempenhos, especialmente de Selma Egrei, Gabriel Leone, Lee Taylor, Irandhir Santos, Dira Paes, Marcelo Serrado, Marcos Palmeira. Mas achei a trama arrastada. Para mim, ficou a lembrança de duas mortes: Umberto Magnani e Domingos Montagner.
Ok, Nathalia.
Foi mt arrastada msm, Elvira. Que grandes perdas nos causou. bjs
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