segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Apelação, baixaria e sensacionalismo compõem o "Tá na Tela"

Após uma saída tumultuada da Record (saiu da emissora alguns meses depois de ter renovado seu contrato), Luiz Bacci estreou na Band, no dia 4 de agosto, seu mais novo programa: o "Tá na Tela". O sonho do repórter, que já teve uma passagem pelo SBT, em ter um programa de auditório foi realizado pela Bandeirantes, que exibe a atração de segunda a sexta. Porém, o que se viu foi um 'mais do mesmo' no pior sentido da expressão.


O primeiro programa explorou o tom policialesco, exibindo matérias de violência, além de abordar também uma cirurgia espiritual, cujas imagens provocaram nojo em quem assistia. Mas, aos poucos, a abordagem em cima de crimes foi diminuída, devido ao mal-estar causado entre o "Tá na Tela" e o "Brasil Urgente", comandado por José Luiz Datena, que vai ao ar logo depois. As duas atrações estavam muito parecidas.

Mas ao contrário do que se supunha, a mudança não ajudou a melhorar o programa em nada. Se antes o formato lembrava uma mistura de violência e apelação, agora acabou se transformando em uma espécie de 'Suspense Show', situação muito usada pelo João Kleber há anos na televisão.
Isso porque Luiz Bacci anuncia algo, explora a 'notícia' ao máximo e só revela o que se trata nos momentos finais, sendo que nunca é nada de importante ou chocante.

Em uma edição mais recente, por exemplo, o apresentador anunciava um 'motoqueiro mascarado que abordava crianças na rua'. Uma câmera acompanhava o longo trajeto do motociclista até os estúdios, enquanto Luiz tecia mil especulações sobre o que fazia aquela pessoa, enquanto tocava uma trilha de terror ao fundo. Tudo com muito sensacionalismo, obviamente. No final, foi tirada a 'máscara' do rapaz no palco, que contou que dava presentes para vários meninos. A sensação de ter sido feito de trouxa foi inevitável.

E é basicamente isso que consiste o programa. Vários temas são explorados, tentando chamar a atenção do telespectador em cima de algo revelador que será mostrado, mas que no fundo nunca é nada demais. Vale citar, entre outros exemplos, o suspense feito em cima do conteúdo do disco que Clodovil ouvia, do fantasma que 'assombra' uma cidade, e uma 'caça-fantasmas' que tentou entrevistar o espírito de Clodovil.

Para completar este circo dos horrores, Luiz Bacci grita demais e repete 'Exclusivo!" incessantemente. O apresentador está sempre com o tom de voz muito alto e a presença da plateia, de cerca de 80 pessoas, não tem utilidade, pois não acrescenta em nada ao programa e nem interage. Muitas vezes até é possível perceber o constrangimento de algumas pessoas presentes, o que é compreensível.

O "Tá na Tela" é o resultado de tudo o que não se deve fazer em um programa. Mas os responsáveis parecem querer audiência a qualquer custo, ignorando qualquer tipo de limite. Por enquanto o objetivo não foi alcançado, já que a meta da Band é que a atração tenha 4 pontos de média, e até agora, embora tenha aumentando os índices, tem obtido entre 2 e 3 pontos.

Entretanto, está claro que a apelação, o sensacionalismo e a baixaria serão cada vez mais explorados para aumentar o Ibope do novo programa de Luiz Bacci, que se mostra muito feliz com este novo desafio em sua carreira. Pena que este 'presente' que a Band deu ao apresentador é um grande empobrecedor da grade vespertina televisiva, que nunca foi grande coisa.

14 comentários:

Anônimo disse...

Mais um programa que piorar ainda mais a grade vespertina dos canais abertos. Triste

Anônimo disse...

Oi Sérgio,

Bom, eu acho que ele fez uma péssima troca, nunca assisti esse programa dele na Band, e pelo visto não estou perdendo grande coisa, uma pena pois até gosto do Luíz Bacci.

Fabíola Oliveira disse...

Oi, Sérgio! Pensei que você não iria falar sobre o mais novo lixo televisivo, que é o Tá Na Tela.

O Bacci, para mim, tá pagando é um grande mico em rede nacional com essa " atração".

Só mesmo por R$ 500.000 mil reais( valor do salário dele na Band segundo ouço falar) para alguém se submeter a apresentar um programa de qualidade tão baixa e fazer aquele sensacionalismo barato...

Esse programa lembra também muito a Márcia, lembra dela? Pois é!

Cê não acha que esse programa pode comprometer o futuro de Luiz Bacci na televisão Sérgio, impedindo que ele tenha oportunidades melhores por falta de credibilidade por um dia ter apresentado um programa desse nível?

Porque, caraca, ele, em matéria de sensacionalismo e drama, deixa o Geraldo Luiz no chinelo...

Thallys Bruno Almeida disse...

Me peguei assistindo um trecho no dia do falecimento do Eduardo Campos e reparei na tal trilha de suspense. É exatamente aquela mesma trilha que o Gugu usava no plantão ao vivo (Nucleogenesis Part 1, do compositor grego Vangelis - tem no Youtube inclusive). Desde o primeiro programa comentam isso.

Quanto ao programa, bem, me abstenho de comentar algo. O gênero não me faz a cabeça.

Anônimo disse...

PROGRAMA LIXO! QUEM ESPERAVA ALGO MELHOR DA BAND?????

Wallace disse...

Tive a infelicidade de ver um trecho desse programa e quase vomitei. Que deprimente a Band produzir algo assim.

Sérgio Santos disse...

Triste msm, anônimo.

Sérgio Santos disse...

Nossa, Danizita, não tá perdendo nada. Nem sei se a troca foi ruim, pq aquele programa dele na Record era uma desgraça tb... bjs

Sérgio Santos disse...

Fabíola, nem queria escrever, mas como pediram, acabei deixando gravando um programa pra poder ver e falar sobre. Nossa, é uma desgraça.

E lembra tb o programa da Márcia, que infelizmente me lembro.

Não sei se irá comprometer, até pq ele já deixou bem claro que é nesse ramo deplorável que ele quer seguir... Bjssss

Sérgio Santos disse...

É um péssimo programa, Thallys.

Sérgio Santos disse...

A Band tem bons programas, anônimo, mas outros péssimos.

Sérgio Santos disse...

Deprimente mesmo, Wallace.

Roberta Borges disse...

uma pena, pois ele como reporter é muito bom!!!

Sérgio Santos disse...

Pois é, Roberta, mas mergulhou num universo deplorável.