quarta-feira, 30 de setembro de 2020

"Laços de Família", "Totalmente Demais" e "A Força do Querer" expõem o amadurecimento cênico de Juliana Paes

 Após o imenso sucesso na pele de Maria da Paz, protagonista de "A Dona do Pedaço", em 2019, Juliana Paes planejou descansar a imagem em 2020. Recebeu até o apoio da Globo. Afinal, a boleira criada por Walcyr Carrasco foi um perfil muito marcante.  Só que nem precisava o planejamento porque ninguém esperava a chegada de uma pandemia mundial. A atriz ficaria longe do trabalho querendo ou não. Mas a interrupção das gravações por conta do coronavírus implicou em várias reprises e, ironicamente, Juliana está no ar em três delas. 

"Laços de Família" (recém iniciada no "Vale a Pena Ver de Novo"), "Totalmente Demais" (em plena reta final) e "A Força do Querer" (estreia da semana passada) representam três fases distintas da carreira de Juliana. A trama de Manoel Carlos, exibida em 2000, contou com uma atriz insegura e crua: era o seu primeiro papel na televisão. No folhetim das 19h escrito por Rosane Svartman e Paulo Halm, exibido entre 2015 e 2016, a intérprete ganhou sua primeira vilã. E vilã com conflitos de mocinha, repleta de boas camadas. Já em "A Força do Querer", de 2017, viveu sua personagem mais emblemática. 

As reprises simultâneas têm exposto a versatilidade e o amadurecimento cênico de Juliana Paes. A coincidência vem servindo para o telespectador comprovar o talento de uma profissional que foi aprendendo na televisão, que completou 70 anos no dia 18 de setembro.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

"Amor e Sorte" foi uma grata surpresa em tempos tão difíceis para o setor cultural

"Todos dizem eu te amo, mas é em momentos adversos que o amor é posto à prova. Entre quatro paredes, ou algumas a mais, a quarentena trouxe para as pessoas rotinas e vivências nunca Antes experimentadas. Muitos de nós se viram diante de conflitos internos, mas também externos, principalmente com as pessoas isoladas por tempo indeterminado". Essa foi a premissa de "Amor e Sorte", série criada por Jorge Furtado, e exibida em quatro deliciosos episódios na Globo. O último foi ao ar nesta terça-feira.


Cada história era independente e protagonizada por uma dupla diferente. Para a segurança dos envolvidos, em plena pandemia do novo coronavírus (que não acabou, importante lembrar), os dois personagens de cada trama eram interpretados por atores que já moram juntos. Ou porque são família, como Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, ou porque são casados/namoram, vide Lázaro Ramos e Taís Araújo, Fabíula Nascimento e Emílio Dantas, e Luisa Arraes e Caio Blat. A direção de Patrícia Pedrosa e Ricardo Spencer foi realizada remotamente (em vídeo-chamadas) e todos os intérpretes também atuaram como diretores, cenógrafos, iluminadores, enfim.

O único episódio que contou com uma produção mais "caprichada" foi o "Gilda e Lúcia" em virtude da condição favorável de Fernandona e Fernanda: as duas estavam em um sítio da família na Serra com um espaço amplo e morando com outras pessoas especialistas no setor audiovisual.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

De forma nada convencional, "Criança Esperança" cumpriu seu papel em plena pandemia

 Como comemorar os 35 anos de um programa tão importante para a televisão brasileira e para as crianças necessitadas em plena pandemia? O "Criança Esperança" comemorou da forma que foi possível e se saiu muito bem. Nesta segunda-feira (28/09), foi ao ar a edição histórica da atração beneficente, mas sem aglomerações, inúmeras participações presenciais e doações do público. Tinha tudo para causar estranheza ou ser um fiasco. Felizmente funcionou. 

Tudo foi diferente na edição de 2020. Começando pelo cancelamento das doações do público. Em virtude da crise econômica sem precedentes que o país atravessa, a Globo preferiu não pedir dinheiro para seus telespectadores e, sim, vídeos sobre esperança. Desta vez, o foco foi a doação feita por empresas ao invés do tradicional 0500. As pessoas físicas mandaram gravações curtas com mensagens motivacionais. O resultado ficou bonito de se ver. 

Comandado ao vivo, dos Estúdios Globo, por Fátima Bernardes, Luis Roberto, Tiago Leifert, Jéssica Ellen, Luciano Huck e Maju Coutinho, o programa contou com apresentações produzidas remotamente, como as de Ludmilla, Luan Santana, Zé Neto e Cristiano, Ivete Sangalo, Iza e Alcione.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Globoplay aposta em "Making Five" para a divulgação de "As Five"

 Uma das maiores apostas da Globoplay, serviço de streaming da Globo, é "As Five", série derivada da bem-sucedida temporada "Malhação - Viva a Diferença", reprisada atualmente por conta da pandemia do novo coronavírus. Tanto que o mistério em torno da estreia foi mantido por muito tempo. Só em julho revelaram a data: 12 de novembro. Mas antes fizeram muitos enigmas sobre o famigerado dia para render engajamento com os fãs. Agora outra estratégia de marketing foi criada através de uma espécie de spin-off chamado "Making Five". 


Os fãs das cinco amigas terão a oportunidade de mergulhar no universo de Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaiene Vieira), Benê (Daphne Bozaski) e Tina (Ana Hikari) e de suas intérpretes através de "Making Five". O making of faz uma viagem ao passado mostrando a formação do grupo, a escolha das protagonistas e o sucesso por trás da série que ganhou o Emmy Kids Internacional em 2018. 

Dividido em quatro episódios ---- cada um com 25 minutos ----, "Making Five" tem direção artística de Fabrício Mamberti, que também é criador do projeto, ao lado de Marcel Souto Maior. A estreia na Globoplay é hoje, quinta-feira, dia 24.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

No ar em três reprises, Lavínia Vlasak merece mais espaço na Globo

 A pandemia do novo coronavírus implicou em um festival de reprises na programação de todos os canais. E o amontoado de reexibições acabou "beneficiando" uma profissional pouco valorizada: Lavínia Vlasak. A atriz está no ar em "Totalmente Demais", "Laços de Família" (em uma participação nos primeiros capítulos) e "Mulheres Apaixonadas". Duas reprises na Globo e uma no canal a cabo Viva.  

Lavínia estreou na televisão em "O Rei do Gado" (1996), onde viveu Lia Mezenga. Ainda muito crua, não teve um grande desempenho, mas também não chegou a comprometer. Aos poucos, foi sendo escalada para outras produções e sempre se mostrou esforçada. Fez participações no remake de "Anjo Mau" (1997), "Malhação" (1998), "Chiquinha Gonzaga" (1999) e "Força de um Desejo" (1999). 

Já em "Laços de Família" (2000) fez uma breve participação como Luiza, uma patricinha fútil e arrogante, namorada de Edu (Reynaldo Gianecchini). Logo na estreia protagoniza um barraco no meio da festa de formatura do rapaz.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Tudo sobre a coletiva online de "A Força do Querer"

 A Globo promoveu semana passada uma coletiva online sobre a volta de "A Força do Querer", melhor novela de Glória Perez e um grande sucesso de 2017. Fui um dos convidados e conto um pouco sobre o que foi falado no delicioso bate-papo com os atores. A trama substitui "Fina Estampa" (2011) no horário nobre da emissora e tem tudo para manter o êxito de audiência da faixa, embora seja uma reprise bem mais recente. A coletiva foi dividida em duas partes. 

A primeira parte das entrevistas foi realizada na terça-feira passada (15/09) ---- com a presença de Juliana Paes, Elizângela, Mariana Xavier e Dandara Mariana ---- e a segunda na quinta-feira (17/09) ---- com Paolla Oliveira, Emílio Dantas, Maria Fernanda Cândido, Dan Stulbach, Carol Duarte e Silvero Pereira. Todos comentaram da alegria desse trabalho com a história tão bem desenvolvida por Glória. E não negaram que o imenso sucesso ajudou a deixar o clima nos bastidores ainda melhor. Até porque foi um folhetim que funcionou desde o início e vários conflitos e personagens marcaram, vide Bibi Perigosa (Juliana Paes), policial Jeiza (Paolla Oliveira), sereia Ritinha (Isis Valverde), Ivana/Ivan (Carol Duarte), entre tantos outros. 

Perguntei aos atores uma cena mais difícil que protagonizaram na trama e uma mais leve ou divertida. A querida Elizângela, intérprete de Aurora, mãe de Bibi Perigosa, nem pensou duas vezes: "A da prisão. Aquele momento em que eu tive que bater na Juliana foi difícil. Apesar dos ensaios, não sabia como fazer na hora e foi algo bem dramático", disse a veterana que viveu um de seus maiores momentos na televisão. Juliana concordou com a amiga e ainda confessou que detesta cena de briga.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Os 70 anos da televisão brasileira

 No dia 18 de setembro de 1950, quando a imagem da atriz Maria Dorce (aos seis anos, na TV Tupi) surgiu para 200 televisores espalhados por São Paulo, começava a trajetória do veículo que viria a se transformar na maior fonte de informação e entretenimento do país: a televisão. Os 70 anos do surgimento da TV são completados em um ano marcado pela tragédia da pandemia do novo coronavírus. No entanto, esse momento tão conturbado serviu para comprovar a força da televisão na vida dos brasileiros. 


Ao contrário do que vários já disseram ao longo das décadas (e continuam dizendo, vale ressaltar), a TV nunca se desgastou ou correu o risco de acabar. Já enfrentou turbulências, é verdade, mas nada de muito grave ou relevante. Em 1951, a fabricação de televisores teve início no Brasil. Justamente no mesmo ano do surgimento da telenovela: "Sua Viva me Pertence", (escrita, dirigida e protagonizada por Walter Foster), na TV Tupi. O primeiro beijo técnico foi de Walter e Vida Alves. Naquele tempo, o telespectador girava o botão e ainda esperava 30 segundos para que os filamentos do aparelho se aquecessem e, ele, enfim, pudesse ver algumas imagens acinzentadas. Em 1960, surgem os televisores com pernas e em 1970 a Copa do Mundo do México foi a primeira a ser exibida em cores, mas os brasileiros viam em preto e branco. O aparelho com esse recurso ainda não havia chegado ao país.

As TVs em cores só chegaram ao Brasil em 1972. Em fevereiro, os telespectadores viram, pela primeira vez, imagens coloridas: a Festa da Uva de Caxias do Sul (RS). Mas a paixão do brasileiro por teledramaturgia foi recompensada um ano depois. Em 1973, estreava "O Bem Amado", a primeira novela em cores. Escrita por Dias Gomes, a trama foi um sucesso e até hoje a figura do corrupto prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) é lembrada pelo público.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Tudo sobre a coletiva online de "Laços de Família" - Parte 2

A Globo promoveu duas coletivas on line para a volta de "Laços de Família" no "Vale a Pena Ver de Novo". Uma na última quinta-feira de agosto (dia 27, cujo link pode ser conferido aqui) e a outra na primeira quinta de setembro (dia 03). Fui convidado para as duas. A primeira contou com com Tony Ramos, Carolina Dieckmann, Deborah Secco, Ana Carbatti, Luigi Barricelli, Regiane Alves e Giovanna Antonelli. Já a segunda teve a presença de Marieta Severo, Reynaldo Gianecchini, Juliana Paes, Zé Victor Castiel, Soraya Ravenle e Alexandre Borges. Agora conto um pouco de tudo o que foi falado nesta segunda parte das entrevistas.


Todos falaram com muito carinho do clássico de Manoel Carlos e perguntei para Juliana Paes se a atriz gostou do final de sua personagem ou se mudaria algo caso fosse o autor por um dia. Estendi o questionamento aos demais, menos para Soraya e Zé Victor, pois Yvete e Viriato eram muito queridos pelo público e o final feliz do marido que tinha impotência sexual ao lado de sua esposa era o esperado. Mas os demais finais --- se você faz parte do raro grupo que nunca viu a novela, pode parar de ler porque há vários spoilers a partir deste parágrafo --- são bastante questionáveis e controversos.

Juliana me contou que no primeiro momento ficou muito triste com a morte da Rita, empregada constantemente assediada pelo patrão Danilo (Alexandre Borges). Mas depois percebeu que a repercussão foi alta e gostou. "Morrer numa novela do Maneco é uma experiência inesquecível. Porque parando para pensar, se Rita tivesse os bebês e tocasse sua vidinha não haveria grandes acontecimentos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Repleta de situações constrangedoras e personagens rasos, "Fina Estampa" não merecia qualquer reprise

A audiência prova que a Globo acertou em cheio quando escolheu "Fina Estampa" para ser reprisada no lugar de "Amor de Mãe", que teve as gravações interrompidas por conta da pandemia do coronavírus. Os elevados índices têm feito a alegria da emissora e são bem maiores que os números alcançados pela antecessora, escrita por Manuela Dias. Ainda assim não repetiu o sucesso de 2011, como aconteceu com "Êta Mundo Bom!" e "Totalmente Demais", que repetiram e até superaram as expectativas. Porém, deixando esse fator um pouco de lado, é fato que a trama de Aguinaldo Silva foi uma das piores do autor e só perde (ou talvez empate) para "O Sétimo Guardião", o último grande fracasso recente do escritor no horário nobre.


A trama central se baseia no chavão da mãe batalhadora que é humilhada pelo filho ambicioso e bonitão. A mulher em questão atende pelo nome peculiar de 'Griselda' e é interpretada pela grande Lília Cabral. Ainda entra em um triângulo amoroso com uma perua fútil e um homem educado e rico. René (Dalton Vigh) se interessa pelo lado puro da protagonista, o que provoca o ódio de sua esposa, Tereza Cristina (Christiane Torloni). E a vilã tem um mordomo (Crô - Marcelo Serrado), um gay caricato, que é tratado como um capacho. Um conjunto de clichês que costuma funcionar. Porém, nada disso se sustentou por muito tempo na época e fica possível constatar facilmente na reprise que chega ao fim nesta sexta-feira (18/09).

Tereza Cristina tentava ser engraçada em certos momentos e cruel em outros, mas nunca conseguiu. Christiane Torloni procurava fazer o que era proposto, mas sua vilã era tão irritante e sem rumo que a atriz não conseguia uma atuação digna de aplausos. Nem podia fazer milagre.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Volta de Sofia rendeu a melhor virada de "Totalmente Demais"

A volta de Sofia (Priscila Steinman) movimentou "Totalmente Demais" e promoveu uma atrativa virada na história de Rosane Svartman e Paulo Halm. A sociopata foi responsável por vários momentos tensos na novela das sete e o encerramento do ciclo dessa personagem proporcionou impactantes cenas, implicando em uma sucessão de ótimos acontecimentos que prenderam o público novamente com a reprise, que vem marcando mais audiência que os índices alcançados na época, em 2016. A morte da vilã e o sequestro de Eliza (Marina Ruy Barbosa) resultaram em sequências dignas de último capítulo.


Na última, a trama chegou ao seu ápice de tensão quando Sofia levou a irmã para jantar com o intuito de dopá-la, sequestrá-la e matá-la com a ajuda de Jacaré (Sérgio Malheiros). Enquanto o plano da sociopata seguia, Cassandra (Juliana Paiva) desmascarava a cunhada com a ajuda da irmã Débora (Olívia Torres), que confirmou todas as acusações da atrapalhada personagem através do resultado do teste feito na comida servida pela víbora no último jantar familiar ---- ela dopou a mãe, o pai, o irmão e os empregados da casa para roubar as joias guardadas no cofre da família.

Todos os acontecimentos estiveram voltados para Sofia, que encerrou o capítulo sequestrando a irmã com a ajuda do comparsa, enquanto todos já haviam constatado que a menina era uma mau-caráter. O capítulo, na época, quebrou o recorde de audiência da novela, atingindo 35 pontos em São Paulo e 39 pontos no Rio de Janeiro, índices impressionantes e que não eram obtidos desde 2012 ---- época de "Cheias de Charme", outro fenômeno das sete.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

"Amor e Sorte" tem deliciosa estreia com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres

A pandemia do novo coronavírus implicou na interrupção das gravações de todas as produções de teledramaturgia da Globo. Agora, aos poucos, as duas novelas interrompidas ("Salve-se Quem Puder" e "Amor de Mãe") retomaram os trabalhos. A emissora conseguiu boas soluções inéditas para engrandecer um pouco seu catálogo na Globoplay (durante os 6 meses de recesso) com produtos gravados na casa dos envolvidos, vide "Sinta-se em Casa", Cada Um no Seu Quadrado" e "Diário de um Confinado". Já "Amor e Sorte" foi produzida para a TV aberta e a nova série estreou nesta terça-feira (08/09).


É o primeiro produto inédito da Globo em meio ao período da pandemia. Não deixa de ser um respiro de novidade para o telespectador; afinal, a grade do setor de teledramaturgia da emissora vem utilizando reprises desde março e assim seguirá até o início de 2021 (com razão). A série é uma criação de Jorge Furtado e tem quatro episódios protagonizados por uma dupla de personagens que muda toda semana. E a ideia para garantir a segurança de todos foi a escolha do elenco: só atores que moram juntos, ou como família ou como casal. Tudo gravado na residência dos intérpretes que estão em quarentena, onde eles mesmos dividiram a função de câmera, iluminação, direção e atuação.

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro protagonizam o primeiro episódio chamado "Gilda e Lúcia" ----- os próximos são protagonizados por Lázaro Ramos e Taís Araújo ("Linha de Raciocínio"); Luisa Arraes e Caio Blat ("A Beleza Salvará o Mundo") e Emílio Dantas e Fabíula Nascimento ("Territórios").

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Tudo sobre a coletiva online de "Laços de Família" - Parte 1

Na última quinta-feira de agosto, dia 27, a Globo promoveu uma coletiva virtual, via Zoom, com parte do elenco de "Laços de Família", um dos maiores clássicos de Manoel Carlos. Fui um dos convidados e o bate-papo fluiu com facilidade. O grande sucesso do autor estreou no "Vale a Pena Ver de Novo" nesta segunda-feira, dia 7, e Tony Ramos, Carolina Dieckmann, Deborah Secco, Ana Carbatti, Regiane Alves, Luigi Barricelli e Giovanna Antonelli participaram da conversa sobre a volta de um trabalho tão marcante.


Após o sucesso de "Por Amor" (1997), Manoel Carlos precisava encarar dois difíceis desafios: emplacar uma outra grande novela no horário nobre e ainda substituir o fenômeno "Terra Nostra" (1999), de Benedito Ruy Barbosa, que estava no ar até o final de maio. Apesar da nada simples nova empreitada, a missão foi cumprida com louvor através da envolvente e bem escrita "Laços de Família", folhetim que completou 20 anos no dia 5 de junho, data de sua estreia no ano 2000. Foram 209 capítulos de um dramalhão de qualidade.

Dirigida por Ricardo Waddington, a novela conta a história do amor incondicional que uma mãe tem por sua filha. A mãe foi mais uma Helena do autor e interpretada muito bem por Vera Fisher. Já a filha, a mimada Camila, foi vivida por Carolina Dieckmann. A trama, ambientada no bairro do Leblon, começa às vésperas do Réveillon de 2000, com um pequeno acidente de trânsito envolvendo a protagonista e Edu (Reynaldo Gianecchini estreando na televisão), um médico recém-formado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Rosi Campos se destacou merecidamente em "Êta Mundo Bom!"

Uma das qualidades de Walcyr Carrasco é a valorização dos atores experientes. Eles são destacados em todas as suas novelas e o autor sempre faz questão de presenteá-los com bons papéis. Tanto que os casais de 'veteranos' costumam ter uma boa importância nas suas histórias, protagonizando cenas sensíveis e bem escritas. Baseado no histórico mencionado, a escalação de Rosi Campos para "Êta Mundo Bom!" foi uma ótima notícia. E, assim que o folhetim estreou, ficou perceptível que a intérprete seria valorizada como merecia.


A atriz ganhou a carismática Eponina ---- que havia sido escrita para a também talentosa Jandira Martini (que não pôde aceitar em virtude de compromissos com o teatro) ----, praticamente uma Cinderela que passou da idade de viver o primeiro amor e encontrar seu príncipe. Ingênua, atrapalhada e com um forte sotaque caipira, a personagem é uma das principais do ótimo núcleo da fazenda e um dos grandes destaques da novela. Considerada um estorvo na família, a irmã de Quinzinho (Arty Fontoura) não tem uma relação amistosa com a cunhada Cunegundes (Elizabeth Savalla), mas foi praticamente a mãe postiça de Candinho (Sérgio Guizé) e Mafalda (Camila Queiroz), tendo ainda um imenso carinho por Filó (Débora Nascimento) e Quincas (Miguel Rômulo).

A virginal senhora ainda é apaixonada pelas rádio-novelas e tem uma autoestima bastante elevada, pois sempre achava que os homens que iam à fazenda estavam interessados em seu decote e suas 'ancas'. Rosi Campos sempre foi uma ótima comediante e incorporou uma caipira pura brilhantemente, se adaptando ao texto do autor, com quem trabalhava pela primeira vez.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Valeu a pena rever o show de Eliane Giardini em "Êta Mundo Bom!"

A reprise de "Êta Mundo Bom!" está quase encerrando seu ciclo. Entre os muitos acertos da novela de Walcyr Carrasco (dirigida por Jorge Fernando), exibida pela primeira vez em 2016, vale destacar a escalação do elenco, repleto de talentos em sua grande maioria, tendo apenas umas três ou quatro exceções. Muitos atores tiveram a oportunidade de brilhar durante a trama. E uma das melhores atrizes do time foi Eliane Giardini, que ganhou um grande papel, cuja importância pôde ser acompanhada ao longo de oito meses de novela.


Anastácia é um dos perfis mais íntegros da história e mãe de Candinho (Sérgio Guizé), o protagonista do folhetim. No início, o telespectador acompanhou a saga da dona da fábrica de sabonetes Aroma em busca do filho. Isso porque seu autoritário pai tirou o bebê de seus braços assim que nasceu e mandou matá-lo. Mas uma empregada se recusou a executar o serviço e acabou colocando a criança em um rio. Tudo foi acompanhado no primeiro capítulo, aumentando o envolvimento do telespectador com aquele tocante e folhetinesco enredo.

Ao contrário do que se imaginava, o reencontro de mãe e filho não demorou muito e ocorreu antes da metade da novela. Eliane e Sérgio protagonizaram a cena mais linda da trama e emocionaram. A partir de então, a personagem entrou em uma nova fase, desta vez ao lado de Candinho e iniciando um romance com o professor Pancrácio (Marco Nanini).