quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"Pega Pega" e "Os Dias Eram Assim" não fazem por merecer seus elevados índices de audiência

A Globo só tem motivos para sorrir. Está em um período de calmaria, com uma audiência excelente em absolutamente todas as suas produções. A emissora foi a única a crescer no Ibope nos primeiros sete meses de 2017. Claro que é preciso levar em consideração o desligamento do sinal analógico de Record, SBT e Rede TV!, que saíram da TV Paga de São Paulo desde março. Porém, no Painel Nacional de Televisão (que faz a média geral em todo o país), a líder também cresceu e está com índices ótimos. Ou seja, está em grande fase mesmo. E vários desses sucessos são merecidos, como "Malhação - Viva a Diferença", "Novo Mundo" e "A Força do Querer", três tramas deliciosas e bem estruturadas. Porém, há duas que têm destoado: "Pega Pega" e "Os Dias Eram Assim".


A novela das sete e a das onze (chamada agora de "supersérie") não fazem jus aos elevados índices que vêm marcando, comprovando que nem sempre audiência e qualidade caminham juntas. Curiosamente, as duas histórias são escritas por autoras estreantes. Mas, esse fato é apenas uma coincidência, pois vários escritores tiveram estreias com o pé direito na emissora. Aliás, levando em consideração apenas resultados que a Globo busca (ou seja, Ibope), elas conseguiram atingir o objetivo. Porém, no caso das três ---- Cláudia Souto, Alessandra Poggi e Angela Chaves ----, é evidente a fragilidade de seus enredos. Definitivamente, não são obras que empolgam, envolvem, divertem ou marcam.  Deixam muito a desejar.

Em "Pega Pega", a desconfiança já ficou plantada em virtude das chamadas pouco convidativas e do enredo limitado. Será que um drama baseado no roubo milionário de um hotel conseguiria se sustentar por tantos meses? A resposta é não. Por sinal, não conseguiu manter o interesse nem por um mês. Cláudia criou uma situação aparentemente atrativa, mas não soube desenrolá-la e nem criar núcleos paralelos que ajudassem a sustentar o conjunto ao longo dos meses.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Homenagem ao centenário de Chacrinha se mostrou nostálgica e acertada

No último sábado (26/08), o Canal Viva exibiu uma ótima homenagem a Abelardo Barbosa (1917-1988), cujo centenário se comemora neste ano. Através de "Chacrinha - o Eterno Guerreiro", o canal a cabo recriou a atração mais lembrada de um dos mais queridos comunicadores do país: o "Cassino do Chacrinha", exibido pela Globo entre 1982 e 1988. O programa ---- que será exibido pela Globo no dia 6 de setembro ---- ficou muito bem realizado, conseguindo provocar uma gostosa nostalgia em quem assistia.


Stepan Nercessian foi o escolhido para representar o velho guerreiro e nem tinha como ser outra pessoa, pois o ator deu um show no espetáculo "Chacrinha, o musical", dando vida a esse ícone. E novamente ele mostrou como conseguiu pegar com maestria vários trejeitos do apresentador, inclusive a maneira de se portar diante dos convidados e números musicais. Chama atenção também a forma não caricata que o ator compõe o personagem. Até porque Chacrinha já era uma grande caricatura, parecendo um carro alegórico em desfile de escola de samba. As imitações de vários humoristas descambam para o exagero e o intérprete acaba se diferenciando por isso. 

A atração recriou com riqueza o cenário do clássico "Cassino do Chacrinha", mas imprimindo características mais modernas em torno da iluminação e de detalhes do palco, naturalmente. Também ficou perceptível um maior afastamento da plateia, evitando aquela sensação de tumulto que existia no formato original. Nesse caso, poderiam ter mantido para preservar o DNA do produto. Afinal, na época era mesmo algo 'trash' (de gosto duvidoso) e extremamente popular. Outra característica que foi visivelmente alterada foi a vestimenta das chacretes.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Brilhante como Ivana em "A Força do Querer", Carol Duarte é a maior revelação do ano

A trajetória de Ivana sempre foi um dos maiores atrativos de "A Força do Querer". Isso antes mesmo da estreia da trama de Glória Perez. Afinal, a autora resolveu abordar um tema complexo, polêmico e ousado: a transexualidade. A transição de uma menina que vira menino nunca havia sido exposta na ficção e o contexto ainda despertou curiosidade em virtude da atriz escolhida: uma estreante. Portanto, tudo resultou em um chamariz para o folhetim. E o conjunto se mostrou um acerto desde o começo, sempre funcionando como um conflito de grande destaque, expondo o imenso talento de Carol Duarte.


Todas as angústias daquela garota que nunca se sentiu à vontade com o próprio corpo foram exploradas com precisão pela autora, que se preocupou em fazer o público se compadecer pelos dramas da filha de Joyce (Maria Fernanda Cândido). A tristeza por não se adequar aos padrões, a indignação de ser cobrada por uma vaidade que nunca teve, o incômodo que seus seios sempre lhe causaram, o desconforto que as roupas femininas provocavam, enfim, tudo foi sendo exibido aos poucos, sem atropelos. O tempo foi fundamental para deixar a situação cada vez mais familiar para o telespectador, que foi entendendo o que estava acontecendo com ela.

E, em todos os momentos, Carol Duarte brilhava. Impressionante a sua dedicação e total entrega ao papel, valorizando cada sentimento daquela menina que procura uma identidade. Já foram muitas grandes cenas protagonizadas pela intérprete, sendo necessário destacar o instante em que Ivana se bateu e quebrou o espelho, demonstrando ódio profundo pelo que é, querendo sair de dentro do seu próprio corpo.

sábado, 26 de agosto de 2017

Elenco emociona durante a revelação da identidade do filho de Amália em "Novo Mundo"

O maior mistério de "Novo Mundo" foi revelado no final do capítulo de sexta (25/08), proporcionando cenas emocionantes, que seguiram no capítulo deste sábado (26/08). O enigma em torno da identidade do filho perdido de Amália (Vanessa Gerbelli) finalmente acabou desvendado e os autores, Alessandro Marson e Thereza Falcão, foram muito felizes na realização de todo esse aguardado momento. O resultado primou pelo capricho dos flashbacks e pela entrega do elenco, que emocionou do início ao fim.


O segredo se revelou bem amarrado pelos escritores e a resolução do mesmo ocorreu de forma muito criativa, pois só foi possível por causa da armação de Thomas (Gabriel Braga Nunes) e Sebastião (Roberto Cordovani). Os vilões descobriram que Dom João (Leo Jaime) tinha um filho bastardo e resolveram usar Hugo (César Cardadeiro) para dar um golpe no governo, aproveitando que o menino tinha a mesma idade de Dom Pedro (Caio Castro). Entretanto, Amália tinha deixado uma cruz de lorena com um rubi no bebê e graças a isso todo o plano dos canalhas ruiu.

A esposa de Sebastião, que salvou a vida da criança na época, deixou essa cruz para o menino lembrar da mãe e Joaquim acabou se identificando com a história, mostrando o símbolo para a Amália, emocionando a todos e acabando com a farsa. O primeiro abraço de mãe e filho primou pela sensibilidade, destacando a entrega de Chay Suede e Vanessa Gerbelli. Os olhares lacrimejados comoveram e passaram todo o sentimento que aquele momento pedia.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Paulo Silvino marcou o humor nacional e nunca será esquecido

Na quinta-feira passada (17/08), o Brasil perdeu um de seus mais conhecidos e queridos humoristas: Paulo Silvino. O ator, que lutava contra um câncer de estômago, morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da manhã. Segundo a família, ele chegou a ser submetido a uma cirurgia no ano passado, mas o câncer se espalhou e a opção dos familiares foi que ele fizesse o tratamento em casa.


O humorista era uma verdadeira fábrica de bordões e virou uma referência na comédia brasileira. Não tinha quem não o conhecesse e isso era fruto de uma galeria de tipos marcantes, graças ao festival de caras e bocas que fazia na hora de proferir suas pérolas em diversas atrações humorísticas. Paulo iniciou sua carreira em 1957, no filme "Sherlcok de Araque", onde surgiu como um cantor de rock, cujo pseudônimo era Dixon Savannah. Estreou na Globo em 1966, um ano após a inauguração da emissora, apresentando o "Canal Zero" (atração que satirizava a programação das emissoras) , e não demorou para ser reconhecido como o melhor comediante do ano.

Entre idas e vindas nas Globo, o ator fez parte de vários programas consagrados e até hoje lembrados com carinho pelo público, como "Balança Mas Não Cai" (1968), "Faça Humor, Não Faça Guerra" (1970), "Uau, a Companhia" (1972), "Satiricom" (1973), "Planeta dos Homens" (1976), e "Viva o Gordo" (1981). Também participou da "Escolinha do Professor Raimundo" (1993 - 1995), interpretando um gari malicioso que vivia reciclando o lixo dos políticos.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Luisa Arraes e Drica Moraes fizeram um trabalho de composição primoroso em "A Fórmula"

"A Fórmula" se mostrou uma produção despretensiosa, cujo maior objetivo era exibir uma comédia romântica deliciosa de se ver. A história escrita por Marcelo Saback e Mauro Wilson, dirigida por Flávia Lacerda e Patrícia Pedrosa, cumpriu a missão com méritos. Foram apenas dois meses no ar, sempre deixando um gostinho de quero mais a cada final de episódio. E um dos grandes feitos dessa série foi o trabalho primoroso de composição de Luisa Arraes e Drica Moraes.


A empreitada das duas era dificílima: interpretar a mesma personagem com idades distintas, mas sem a facilitação da passagem de tempo para imprimir as devidas características. Isso porque o enredo da série era uma criativa fantasia em torno de uma fórmula milagrosa do rejuvenescimento instantâneo, que durava apenas algumas horas depois de aplicada. Ou seja, a protagonista rejuvenescia e envelhecia a todo momento. Imprimir um tom verossímil em cima de uma proposta tão surreal não era nada simples, mas elas conseguiram graças ao talento.

O resultado ficou impressionante. Primeiramente, em virtude da equipe de caracterização, deixando as atrizes com cortes de cabelo idênticos, assim como maquiagem e figurinos. Já o restante ficou a cargo da dedicação delas, que se prepararam bastante para a composição das características de Angélica.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Julia Dalavia se entrega e protagoniza dilacerantes cenas em "Os Dias Eram Assim"

Arrepiante. Impactante. Emocionante. Dilacerante. Enfim, descrever a sequência em que Nanda descobre que é portadora do vírus da AIDS não é fácil. Foi uma mistura de sensações que permeou todo o capítulo de "Os Dias Eram Assim", destacando a total entrega de Julia Dalavia. Foi de chorar do início ao fim. Tanto no momento em que a personagem soube da doença, quanto na hora em que desabou em lágrimas no banheiro e ainda revelou a verdade para a família. Difícil não ter se envolvido.


Essa virada na trama de Nanda era a mais aguardada da história, até porque o resto segue andando em círculos em torno do cansativo imbróglio envolvendo Alice (Sophie Charlotte), Renato (Renato Góes) e Vitor (Daniel de Oliveira). E a longa espera, ao menos, valeu a pena. A personagem estava apenas servindo para ouvir os desabafos da irmã, destacando a boa sintonia das atrizes. O romance com Caíque (Felipe Simas) acabou não deslanchando como se imaginava e os conflitos com a mãe tiveram menos destaque do que mereciam. Mas, agora, chegou a vez dela mostrar a grande atriz que virou.

Após um período apresentando sintomas de fraqueza, mal estar e alguns desmaios, Nanda finalmente descobriu o que tem: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. E, como é sabido, na década de 80 a AIDS era uma doença aterrorizante e desconhecida, matando todos os portadores. O único objetivo do tratamento era aumentar um pouco a sobrevivência do paciente.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

"Criança Esperança" se encontrou no seu novo formato

Em 2015, o "Criança Esperança" mudou o seu formato e abandonou aquele esquema de shows no estilo do conhecido "Show da Virada", exibido todo dia 31 de dezembro. As apresentações frias e repetitivas cederam espaço para matérias sobre questões sociais, mescladas com números musicais inspirados e interações com os artistas que atendem os telefonemas dos telespectadores. Desde então, o programa se encontrou e a edição de 2017 só comprovou isso.


Flávio Canto, Leandra Leal, Dira Paes e Lázaro Ramos se firmaram como comandantes da atração e mais uma vez foram muito bem, sabendo conduzir o formato com competência, mesmo não sendo apresentadores (com exceção do Flávio, que esteve no "Esporte Espetacular"). Em uma hora e meia aproximadamente, o público acompanhou apresentações musicais arrepiantes, relatos importantes sobre racismo, preconceito e desigualdade social, interações divertidas com a bancada dos atores e alertas sobre a importância dessa doação.

Foi um ótimo programa, sendo necessário destacar o número musical de Silvero Pereira (uma das revelações de "A Força do Querer", atual sucesso das nove) e Sandy, cantando "Somos Quem Podemos Ser", bela canção que virou hit com a banda Engenheiros do Hawaii. Um dos mais lindos momentos da atração, que também contou com Luan Santana cantando com Ana Vilela a sensível "Trem-Bala", em uma outra grande apresentação.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Sucesso da reprise de "Tieta" no Viva reforça as qualidades de um clássico da teledramaturgia

Na última segunda-feira (14/08), a estreia de "Tieta" completou 28 anos. O Viva começou a reprisá-la no dia 1º de maio e desde então tem feito a alegria dos telespectadores. A trama de Aguinaldo Silva, escrita com Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn ---- dirigida pelo saudoso Paulo Ubiratan ----, era uma das mais pedidas pelo público do canal a cabo. E a prova da longa espera dos noveleiros saudosistas é o resultado da audiência: é o maior sucesso do canal, desde a sua inauguração, em 2010. Mas, basta rever esse delicioso folhetim para constatar os vários motivos desse êxito.


A novela foi um marco da teledramaturgia e um dos maiores sucessos da Globo ---- exibida entre agosto de 1989 e março de 1990 ----, consagrando Aguinaldo Silva como novelista. O enredo foi uma livre adaptação do romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, publicado em 1977. Mas, apenas o mote inicial e o perfil dos personagens foram utilizados com fidelidade, pois a liberdade dos autores foi total, transformando o conjunto em um folhetim original, repleto de tiradas cômicas e situações polêmicas, onde a onda do politicamente correto ainda não existia.

O foco principal é um dos maiores clichês da ficção: a vingança. No primeiro capítulo, Tieta, vivida por Cláudia Ohana, é escorraçada de casa pelo pai, o conservador José Esteves (Sebastião Vasconcelos), que não tolera o comportamento 'libertino' da protagonista e ainda é influenciado pelas intrigas da outra filha, a amargurada Perpétua.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Agatha Moreira se destaca com a derrocada de Domitila em "Novo Mundo"

A atual novela das seis da Globo está a pouco menos de dois meses de seu final. E um dos momentos mais aguardados da trama foi finalmente ao ar nesta quarta-feira (16/08): a queda de Domitila (Agatha Moreira). A amante de Dom Pedro (Caio Castro), conhecida nos livros de História como a Marquesa de Santos, acabou mais vilanizada pelos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, privilegiando o bom folhetim, criando assim uma maior rivalidade com a doce princesa Leopoldina (Letícia Colin). A estratégia se mostrou um acerto e o desmascaramento da personagem destacou a atriz.


Inicialmente, Domitila parecia uma vítima sofredora, padecendo com as agressões do marido violento (Felício - Bruce Gomlesvky) e sofrendo nas mãos da irmã, a interesseira Benedita (Larissa Bracher). O início de seu  romance com Chalaça (Rômulo Estrela), por sinal, rendia cenas delicadas para o casal. Entretanto, aos poucos, a verdadeira face da mulher foi sendo exposta para o público através de atitudes egoístas e traiçoeiras. O lado maquiavélico se firmou desde que ela adotou como principal meta a sua aproximação de Dom Pedro, com o intuito de se livrar do marido e conseguir a guarda dos filhos.

Mas, na verdade, Domitila sempre quis uma vida luxuosa e a posição de princesa do Brasil. Tanto que assim que conseguiu a guarda das crianças, as internou em um colégio. Também não pensou duas vezes antes de trair Chalaça, fazendo o amante odiar seu até então melhor amigo.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Química, personagens humanos e boas atuações fazem de 'Cabibi' e 'Jeizeca' os melhores casais de "A Força do Querer"

"A Força do Querer" segue fazendo sucesso e angariando merecidos elogios. Glória Perez tem conseguido prender o telespectador através de bons dramas e personagens bem construídos. Mas, curiosamente, não é um folhetim com muitos romances. São poucos os casais que protagonizam momentos românticos no enredo. Ainda assim, a autora criou dois pares muito interessantes e que se beneficiam da imensa química entre os atores: Jeiza (Paolla Oliveira) e Zeca (Marco Pigossi), e Caio (Rodrigo Lombardi) e Bibi (Juliana Paes).


O primeiro par arrebatou logo na primeira cena. O clássico jogo do "Gato e Rato" quase nunca falha na ficção. A ideia de juntar um sujeito machista com uma mulher empoderada foi uma ótima sacada da autora. O bronco Zeca é da fictícia Parazinho e teve uma criação em torno da 'valorização' da 'macheza', enxergando a mulher como uma figura frágil. Ou seja, algo inaceitável nos dias de hoje. Porém, o caminhoneiro é um sujeito íntegro. Mas, a passionalidade sempre foi seu maior defeito. Já Jeiza é uma mulher que luta MMA, trabalha como policial militar, sustenta a mãe e não aceita homem lhe impondo regras. Nada melhor, portanto, do que juntar esses opostos.

Glória fez exatamente isso logo no começo e acertou em cheio, deixando os dois como casal principal do enredo. Aliás, eles acabaram assumindo a função dos mocinhos da novela. Até porque Jeiza é a representação da heroína moderna, quase uma Mulher Maravilha. O início do relacionamento foi bastante conturbado em virtude do extremo machismo do rapaz, que não tolerava uma namorada lutadora e se indignava com a falta de tempo que ela tinha para o namoro por causa da profissão de PM.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Ótima como Sandra Helena, Nanda Costa rouba a cena em "Pega Pega"

A atual novela das sete da Globo é um sucesso. Porém, não tem feito por merecer os elevados números de audiência. A trama da estreante Cláudia Souto, dirigida por Luiz Henrique Rios, vem se mostrando boba, sem conflitos interessantes e com um enredo raso demais, recheado de perfis insossos. É um conjunto desanimador. Entretanto, uma personagem vem crescendo cada vez mais na novela e roubando todas as cenas: Sandra Helena (Nanda Costa).


O aumento da importância da periguete não é por acaso. Desde o início, Nanda Costa tem se destacado na trama, dando vida a um dos poucos perfis carismáticos do enredo. O crescimento de sua participação era uma questão de tempo. E agora a intérprete está no auge em virtude da herança que a camareira do Carioca Palace ganhou de uma hóspede, após um longo tempo de forte ligação afetiva que ambas tiveram. Com a morte de Dona Marieta (Camila Amado), a personagem ficou ainda mais milionária.

Afinal, Sandra Helena roubou 40 milhões de dólares da venda do hotel, juntamente com os parceiros Malagueta (Marcelo Serrado), Júlio (Thiago Martins) e Agnaldo (João Baldasserini). Esse, inclusive, deveria ser o mote do enredo, mas acabou se diluindo rapidamente, deixando evidente a limitação da premissa elaborada pela autora.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Apagada em "Os Dias Eram Assim", Letícia Spiller não vem tendo sorte em seus últimos trabalhos na televisão

Ela surgiu na televisão em 1989 como paquita da Xuxa e ficou no programa até 1992. Depois desses quatro anos vivendo a Pituxa Pastel, a linda dançarina começou a se aventurar nas artes cênicas, até virar uma versátil atriz, cuja carreira se mostra estabilizada e bem-sucedida. A pessoa em questão é Letícia Spiller, uma profissional que conquistou seu espaço graças a muito trabalho e dedicação. A intérprete já fez 17 filmes, participou de vários seriados da Globo e "Os Dias Eram Assim" é sua 17ª novela.


Letícia viveu seu auge na pele da Babalu em "Quatro por Quatro" (1994), divertindo com a deslumbrante mulher que encantou Raí (Marcello Novaes), e emocionou quando viveu a Giovanna Berdinazzi na primeira fase de "O Rei do Gado" (1996). Também mostrou talento na fracassada "Suave Veneno" (1998), se destacando com a caricata vilã Maria Regina. Fez muito bem a mocinha Diana, de "Sabor da Paixão" (2002), e brilhou com a interesseira Viviane em "Senhora do Destino" (2004), folhetim reprisado atualmente no "Vale a Pena Ver De Novo".

Entretanto, a atriz não vem tendo sorte em seus últimos trabalhos na televisão. Desde 2007 que Letícia vem ganhando personagens desinteressantes e em novelas ruins. Em "Duas Caras" interpretou Maria Eva, perfil pouco consistente na problemática história de Aguinaldo Silva.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Com relacionamentos para todos os gostos, "Novo Mundo" é repleta de casais cativantes

Além de mesclar a História do Brasil com um típico folhetim bem construído, "Novo Mundo", atual sucesso das 18h, conseguiu reunir uma seleção de casais cativantes. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, junto com o diretor Vinícius Coimbra, acertaram em cheio na escalação do elenco e na junção dos atores, criando pares repletos de química e com enredos bastante convidativos. Há relações para todos os gostos, começando pelas mais dramáticas e chegando até as mais leves ou cômicas.


O casal protagonista desperta torcida e os autores foram espertos na escolha de Isabelle Drummond e Chay Suede, aproveitando a química que os dois tiveram na primeira fase de "A Lei do Amor". Agora, pelo menos, o telespectador pode acompanhar a linda sintonia dos atores em uma novela inteira e não apenas em cinco capítulos, como na obra anterior. Anna e Joaquim enfrentam vários empecilhos típicos de mocinhos e recentemente protagonizaram uma ótima cena, quando os heróis fugiram em um balão, levando os filhos. Agora, ambos estão novamente nas mãos do vilão Thomas.

Outro par que funcionou desde o início foi o formado por Jacira (Giullia Buscacio) e Piatã (Rodrigo Simas). O romance dos índios começou com o típico jogo de gato e rato, até resultar em um lindo sentimento que os uniu para sempre. A construção da proximidade deles se mostrou cuidadosa, explorando a força da mulher e a fragilidade do homem.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Deliciosa participação em "A Força do Querer" expõe o talento multifacetado de Fafá de Belém

Recentemente, o elenco "A Força do Querer" ganhou uma integrante e tanto. Fafá de Belém entrou na a convite de Glória Perez, ganhando de presente da autora nada menos do que a mãe de Zeca (Marco Pigossi), o mocinho do atual sucesso das nove. Sem dúvida, é uma responsabilidade grande. Mas ela se intimidou com isso? Claro que não. Pelo contrário, topou o desafio e mergulhou de cabeça para viver Mere Star, ex-esposa de Abel (Tonico Pereira), que saiu no mundo para virar uma cantora famosa.


A personagem entrou no enredo semana passada e provocou uma boa movimentação na trama, que segue muito bem conduzida pela autora. Mere se interessou pelo ônibus "Balada Jeiza" e resolveu fazer seu show no veículo, entrando em contato com Jeiza (Paolla Oliveira) para confirmar sua presença. Sem imaginar que o veículo era de Zeca, a personagem acabou se apresentando e fazendo um imenso sucesso. Todos se encantaram por ela, menos Abel, que lembrou da 'falecida' e até desmaiou.

Mas de nada adiantou a implicância do pai de Zeca. Mere e ele acabaram se esbarrando na festa julina do bairro, implicando em um acerto de contas. Além de ter colocado o ex contra a parede, a cantora ainda descobriu que o seu Zequinha era o rapaz por quem ela já havia simpatizado.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Evaristo Costa fará muita falta no "Jornal Hoje"

Na última quinta-feira (27/07), houve a concretização de uma notícia que nenhum telespectador queria acreditar: a saída de Evaristo Costa do "Jornal Hoje." Após 14 anos apresentando o telejornal ao lado da querida Sandra Annenberg, formando uma das melhores duplas do jornalismo brasileiro, o jornalista resolveu não renovar seu contrato com a Globo, alegando a necessidade de parar por um tempo para um ano sabático com a família fora do país. Menos de duas semanas depois que essa informação foi divulgada, todos acabaram surpreendidos com ele se despedindo da colega de bancada e do público.


A surpresa se deu, claro, pelo fato da Globo nem ter esperado o contrato do jornalista acabar (em setembro), além de uma natural esperança das notícias dessa saída serem inverídicas. Mas, infelizmente, não eram. O seu último 'boa tarde' na bancada do jornal veio no meio de uma mensagem final sucinta: "A edição do Jornal Hoje dessa quinta-feira, 27 de julho, fica por aqui e eu também me despeço do Jornal Hoje e de todos vocês. Essa foi minha última apresentação de tantas, ao longo dos 14 anos que estive com vocês. Muito obrigado pelo carinho nesse tempo todo e até breve. Obrigado também, Sandra, pela parceria."

Depois, o jornalista ainda gravou um vídeo e postou na internet, fazendo uma outra despedida, também curta. Toda a repercussão que essa saída provocou não foi exagerada ou gratuita. É apenas fruto do grande trabalho de Evaristo ao longo de 14 anos ocupando um dos maiores postos do jornalismo da Globo, no terceiro maior jornal da emissora e do país.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

"MasterChef" é o melhor reality culinário do país

O "MasterChef" estreou no Brasil no dia 2 de setembro de 2014 e desde então já apresentou quatro temporadas com participantes amadores, uma com crianças e outra com profissionais (tendo uma segunda já prestes a estrear). O programa não demorou para se tornar um imenso sucesso e o maior êxito da Band dos últimos anos. Se firmou como o melhor reality culinário do país com larga vantagem, tendo ainda atingido a marca de 100 edições na atual temporada, no último dia 11 de julho.


O primeiro programa marcou 3,6 pontos de audiência, ficando em quarto lugar. Para o padrão da Band não é ruim. Mas, aos poucos, o formato foi conquistando cada vez mais admiradores até atingir picos de 9 pontos, brigando pela vice-liderança com Record e SBT, conseguindo algumas vezes ultrapassar até a Globo, se mantendo no topo por até meia hora. É um resultado extraordinário que nem os mais otimistas esperavam. Tanto que a emissora transformou a atração em sua galinha dos ovos de ouro.

A Bandeirantes não para de emendar temporadas desde que estreou o formato ---- baseado no original de mesmo nome da BBC, no Reino Unido ---- em 2014. Essa atitude costuma arruinar qualquer produção, por mais vitoriosa que seja. Afinal há um natural desgaste e a melhor estratégia é sempre deixar um gostinho de quero mais para o ano seguinte.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Belaventura" é um conto de fadas despretensioso e bem apresentado

A Record estreou a sua nova novela das sete na terça passada (25/07), substituindo a terceira reprise do remake de "A Escrava Isaura", que, ironicamente, vinha marcando mais audiência que a inédita "O Rico e Lázaro", exibida logo depois. "Belaventura" é uma história escrita por Gustavo Reiz, responsável pela ótima "Escrava Mãe", que inaugurou essa nova faixa de teledramaturgia da emissora em 2016, e dirigida por Ivan Zettel.


O enredo se passa no final da Idade Média, por volta do século XV, e, segundo o próprio autor, é um romance de capa e espada. Ambientada na fictícia e linda região conhecida como Belaventura, a história é um típico conto de fadas, com direito a reis, rainhas, príncipes e plebeias. Tanto que o casal protagonista representa vários clássicos da Disney, como "Cinderela". O príncipe Enrico (Bernardo Velasco) e a camponesa Pietra (Rayanne Morais) se apaixonam na infância, mas, 15 anos depois, vivem esse amor em segredo por ele ser herdeiro do trono e ela uma simples plebeia.

Fruto de mais uma parceria entre a Record e a produtora Casablanca, a novela se mostra bem cuidada, tanto nos cenários quanto nos figurinos. Lembra a produção de "Escrava Mãe", que rendeu merecidos elogios. Ficou perceptível a qualidade logo no primeiro capítulo, que se mostrou bem realizado e com os mocinhos ainda crianças. A passagem de tempo ocorreu perto do final da estreia.