sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

Mais uma vez agradeço a presença de todos os leitores que prestigiaram esse blog e também dou boas-vindas aos que chegaram há pouco tempo. Desejo um ótimo 2012, com muita saúde, paz e sucesso. Espero continuar com a companhia de todos vocês no ano que vem! Até lá!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011 - Os destaques do ano

Vários sites, revistas, jornais, blog e afins, fizeram votações para eleger os melhores do ano. Este blog tem pouco mais de um ano de vida, e eu nunca cogitei fazer nada parecido. Com o passar do tempo, os leitores foram aumentando e fui postando mais textos. O blog continua humilde, mas é limpinho. Agradeço a vocês pelo carinho e pelos acessos. No Twitter, os leitores costumam ser mais opinativos. E foi lá que começaram a aparecer sugestões para que eu fizesse a minha retrospectiva. Resolvi seguir o conselho. Mas não teremos votação popular, ok? Farei a minha seleção dos melhores do ano. Democracia fajuta essa, não? Talvez, mas estejam à vontade para discordar de qualquer escolha minha. Então vamos deixar de papo e ir direto ao assunto? Vamos!



Melhor novela: Cordel Encantado
Não teve pra ninguém. A trama de Duca Rachi e Thelma Guedes foi um sucesso de público e crítica. A ousada e criativa história da princesa, que se apaixona pelo filho de um cangaceiro agradou a todos. A realeza e o cangaço se misturaram e o resultado foi o melhor possível. As autoras ganharam diversos prêmios até então, e muito merecidamente.



Melhor ator: Marco Ricca
Gabriel Braga Nunes foi o ator que mais ganhou prêmios pela sua atuação em "Insensato Coração", dando vida ao vilão Léo. Acho justo, mas Marco Ricca merece o reconhecimento pelo show que deu no remake de "O Astro", vivendo o terrível Samir Hayalla. Após inúmeros papéis sem a menor importância, o ator finalmente ganhou um personagem de peso e mostrou o grande profissional que é. Portanto, pelo menos nesse blog, o vencedor dessa categoria foi o Marco.





Melhor atriz: Cássia Kiss Magro
Atriz de grande talento que é, Cassia emocionou os telespectadores vivendo uma senhora humilde e que dava duro para sustentar seu filho, que tinha sérios desvios de caráter. Resultado: Dulce foi ganhando cada vez mais destaque e acabou se transformando em protagonista de "Morde & Assopra". E a cena mais marcante da novela foi o momento em que Júlia não se segura, e cai aos prantos ao contar para sua amiga que ela não tinha mais chances de vida. Adriana Esteves e Cássia mostraram o significado da palavra atriz. Cássia merece todos os prêmios possíveis. Pena que até agora só ganhou um. - Observação: Glória PiresRegina Duarte também merecem ser lembradas pelas grandes atuações que tiveram. Norma, de "Insensato Coração e Clô Hayalla, de "O Astro", foram muito bem interpretadas pelas duas grandes atrizes.


Ator revelação: Domingos Montagner
Após uma marcante participação na série "Divã", Domingos foi um dos destaques de "Cordel Encantado". Ao interpretar Herculano, o cangaceiro, pai de Jesuíno (Cauã Reymond), caiu nas graças do público. Teve uma ótima atuação, o que lhe rendeu convites para outras produções da Globo. Estará na minissérie "O Brado Retumbante", que estreia em janeiro de 2012.







Atriz revelação: Vera Mancini
Uma atriz até então desconhecida do grande público, protagonizou cenas hilárias ao lado da talentosa Jandira Martini em "Morde & Assopra". E a empregada Cleonice foi ganhando mais e mais cenas na novela de sucesso do Walcyr Carrasco, até terminar rica e casada com o amor de sua vida. Sem dúvida, a personagem foi um dos pontos altos da trama. A atriz agradou tanto, que já foi escalada para a nova novela de Elizabeth Jhin, "Amor, Estranho Amor".




Melhor atriz coadjuvante: Ana Lucia Torre
"Insensato Coração" foi uma decepção, mas teve seus pontos positivos. Um deles foi a impagável Tia Neném. A personagem era um pinguça fofoqueira e não duraria até a metade da novela. Mas Ana Lucia foi tão magistral e fez tanto sucesso, que os autores resolveram deixá-la até o fim da trama. Tia Neném tinha tiradas ótimas e recheadas de veneno. Ana Lucia Torre a interpretou divinamente. É um prazer vê-la atuar.



Melhor ator coadjuvante: André Gonçalves
Após uma série de personagens que não aconteceram, André recebeu de Walcyr Carrasco um homossexual que fazia da caricatura a sua marca principal. O que poderia ficar irritante ou forçado, acabou transformando Áureo em um dos personagens mais queridos de "Morde & Assopra". Ele e Vanessa Giácomo formaram uma dupla e tanto. O personagem ainda teve um desfecho criativo, fugindo da igreja e terminando com Josué (Joaquim Lopes), ao lado de Elaine (Otaviano Costa) e Sargento Xavier (Anderson Di Rizzi), fazendo shows pelo país.  - Observação: Também destaco os coadjuvantes Herson Capri e Marcos Caruso, que intepretaram com o talento de sempre, o vilão Cortez de "Insensato Coração" e o engraçado prefeito Patácio de "Cordel Encantado", respectivamente.


Melhor série: Divã
Todos sabem que a série de maior sucesso, que estreou esse ano, foi "Tapas & Beijos". As premiações que a mesma tem recebido também são justas. As histórias mostrando a vida de Suely (Andrea Beltrão) e Fátima (Fernanda Torres) são muito divertidas. Mas, na minha concepção, a série que merece mais é "Divã", protagonizada por uma impecável Lilia Cabral. Após ter feito sucesso no teatro e no cinema, as dúvidas e os dilemas de Mercedez também fizeram bonito na televisão. A história conseguia misturar o drama e a comédia com uma naturalidade incrível. - Observação: A terceira temporada de "Força-Tarefa" também merece o destaque. As investigações de Wilson (Murilo Benício) e sua "trupe", prendiam o telespectador e a série tinha uma qualidade ímpar. É de se lamentar seu encerramento.


Melhor programa humorístico: nenhum
O ano de 2011 não foi nada bom para o humor. Piadas de extremo mau gosto, apelações, repetições, e criatividade escassa. Foi duro o telespectador conseguir se divertir diante da tevê. "Pânico na Tv", "CQC", "Legendários", "Zorra Total", enfim, nenhuma dessas atrações merece elogios. É verdade que o "Zorra" conseguiu muita repercussão esse ano. Janete (Thalita Carauta) e Valéria (Rodrigo Sant`Anna) fizeram, e ainda fazem muito sucesso. Mas como tudo no programa, os bordões já se esgotaram e daqui a pouco o quadro será extinto ou remodelado, como já ocorreu com Lady Kate (Katiuscia Canoro) e afins.


Melhor humorista: Márvio Lúcio
Se por um lado todos os programas de humor andam precisando urgentemente se renovar, por outro, vimos mais uma vez um humorista se destacar. Márvio é um dos pouquíssimos pontos positivos do "Pânico na Tv". Suas imitações de Jô Soares, Amaury Jr., Raul Gil, Dilma, Amim Khader, e de tantos outros que ele faz, são perfeitas. Poucos imitadores no país conseguem fazer caricaturas tão impecáveis quanto ele.


Boa surpresa (1): Amor em 4 Atos
A série divida em quatro capítulos e baseada nas canções de Chico Buarque, que estreou em janeiro, na Globo, foi muito boa. Destaque maior para os dois últimos episódios, protagonizados por Alinne Moraes e Vladimir Brichta, onde Ary se interessa por uma prostituta chamada Vera. Foi a história mais interessante e dividida em dois capítulos.







Boa surpresa (2): Oscar Freire 279
A série exibida no canal pago Multishow, é uma história óbvia, mas que prende o telespectador pela qualidade e boas atuações, de um elenco com nomes conhecidos e outros nem tanto. A trama da jovem que vira prostituta na cidade grande é atraente, e foi, merecidamente, muito elogiada pelos críticos.




Boa surpresa (3): Festival SBT 30 anos
Para comemorar seus 30 anos de vida, o SBT resolveu relembrar dos aúreos tempos em que a emissora era a vice-líder absoluta de audiência e a segunda maior do país. O resultado foi positivo. O telespectador pôde rever os clássicos programas infantis da casa, o fenômeno "Casa dos Artistas", o sucesso das novelas mexicanas ("A Usurpadora", "Marimar" e "Maria do Bairro" são algumas delas) e as boas tramas produzidas pela emissora, como "Éramos Seis", "Fascinação" e "Ossos do Barão", por exemplo.


Boa surpresa (4): A Vida da Gente
Em sua primeira novela, a autora, Lícia Manzo, substituiu a bem-sucedida "Cordel Encantado"  nos apresentando uma trama tão boa quando a anterior, embora com um estilo totalmente diferente. Considerada a nova discípula do Manoel Carlos, Lícia conseguiu um feito e tanto: envolver todos os telespectadores através de uma história bem escrita e com uma sensibilidade rara. O núcleo principal arrebatou torcidas fervorosas. Manuela, Ana e Rodrigo despertaram paixões e fanatismo. Embora a audiência ainda não esteja a todo vapor, uma coisa é certa: a autora tem um futuro promissor na Globo.


Melhor apresentador: Silvio Santos
Silvio continua sendo uma referência para os demais apresentadores do país. Com uma desenvoltura que poucos conseguem ter, o apresentador mais uma vez se destacou. Com ótimas tiradas --- que algumas vezes beiraram a grosseria, diga-se ---, Silvio faz do "Programa Silvio Santos" uma ótima opção para as noites de domingo. Não foi por acaso, que a atração conseguiu atingir várias vezes a liderança no horário.



Melhor programa: Profissão Repórter
O programa, comandado pelo jornalista Caco Barcellos, continua sendo uma das melhores atrações jornalísticas da Globo. Apesar de curto e do horário ingrato, a atração sempre nos apresenta ótimas reportagens e os repórteres "estagiários" são, quase sempre, seguros e competentes. O "Profissão Repórter" é tudo o que o "Globo Repórter" deveria ser, mas não é, infelizmente. Se há tempos atrás o jornalístico comandado por Sérgio Chapelin era voltado mais para o lado investigativo, hoje prefere só falar de animais e saúde, com raras exceções.


Bem, tentei fazer um resumo do que de melhor eu vi esse ano na televisão brasileira. Sem dúvida, vários atores e atrizes talentosos acabaram ficando de fora. Novamente eu repito: estejam à vontade para discordar e apontar o que ficou faltando ou o que não foi mencionado. Nos vemos em 2012.

Links relacionados: Esquenta!: uma desorganização organizada
                              Portugal é aqui
                              A deselegância de Aguinaldo Silva
                              Lara com Z não agrada
                              Vídeo Show não é mais o mesmo
                              Supernanny nunca teve a atenção adequada do SBT
                              A consagração de Regina Duarte

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A consagração de Regina Duarte

O último "Domingão do Faustão", exibido no domingo passado, nem parecia o programa enfadonho e com cada vez menos criatividade que o telespectador está acostumado a ver. É bem verdade, que a atração comandada por Fausto Silva, sempre prima pela qualidade em dois momentos específicos: quando há a entrega do Troféu Mario Lago e no especial dos Melhores do Ano. E essa regra mais uma vez se confirmou. A homenagem feita para a eterna namoradinha do Brasil foi perfeita.

Nada mais justo que homenagear a grande Regina Duarte, no ano em que as telenovelas completam sessenta anos de vida. Em meio a tantos prêmios, que parecem ter como único objetivo frustrar o telespectador mais exigente, dando estatuetas a atores que tiveram interpretações totalmente equivocadas, para não dizer péssimas, foi um prazer assistirmos a uma premiação tão merecida.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Quero desejar um Feliz Natal a todos os leitores que acompanham esse blog. Tenham muita saúde, paz, alegrias e realizações. E obrigado por prestigiarem esse espaço.

A Vida da Gente: uma novela em que o homem não tem vez

A trama da talentosa Lícia Manzo continua ótima de se ver. Difícil não se envolver com os personagens. A autora escreve uma história tão realista e humana, que acabou criando torcedores fervorosos que defedem Ana e Manuela com unhas e dentes. Mas a novela tem pecado em um ponto: há um favorecimento explícito das figuras femininas e desvalorização clara das figuras masculinas.

Praticamente todos os homens da novela são inferiores às mulheres. Jonas, por exemplo, vivido pelo talentoso Paulo Betti, já demonstrou que a honestidade não é muito a sua praia. Além, claro, de ignorar seus filhos e toda a sua família. Seu fiel escudeiro, Klebber (Tadeu di Pietro), é um bocó. Mas é importante destacar que as cenas protagonizadas pelos atores são muito divertidas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Esquenta!: uma desorganização organizada

Desde a ida de Fausto Silva para a Globo, que a emissora tinha o cada vez mais desgastado "Domingão do Faustão" como o único programa de auditório aos domingos. Mas com o crescimento da tão falada classe C, a empresa acabou investindo em uma atração que foi criada claramente para esse público: o "Esquenta!".

O programa era para ter sido um especial, mas, devido ao sucesso, acabou recebendo mais atenção e passou a ser exibido em regime de curtas temporadas. Regina Casé, além de boa atriz é uma ótima apresentadora. Até aí nenhuma surpresa. Basta se lembrar do seu bom desempenho em programas como o "Brasil Legal" (1995), "Muvuca" (1999), "Um pé de quê?" (2001) e "Central da Periferia" (2006). A apresentadora sabe como ninguém se comunicar com o povão, como a própria gosta de dizer.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Portugal é aqui

Que o Brasil é o país das novelas, todos sabemos. É referência em todo o mundo e merecidamente, diga-se. Um dos países que mais admiram e consomem a nossa teledramaturgia é Portugal. Os portugueses as acompanham graças a um acordo da Rede Globo (principal produtora do gênero) com a SIC --- emissora portuguesa que também tem um núcleo de dramaturgia. E por isso mesmo não é por acaso que temos visto vários atores portugueses marcando presença em nossas produções.

É bem verdade que essas participações acontecem há muito tempo. Em 1970 --- época em que a SIC nem sonhava em existir (foi criada em 1994) --- , os atores portugueses Laura Soveral e Tony Correira participaram da novela "O Casarão" (Globo). O ator ainda marcou presença em outras novelas como "Locomotivas" na Globo e "Aritana" na Tv Tupi, até voltar para Portugal e só retornar ao Brasil anos depois em pequenas participações.

domingo, 11 de dezembro de 2011

As paixões que A Vida da Gente desperta

Apesar de ainda enfrentar dificuldades nos números de audiência (embora tenham apresentado uma boa melhora, os índices andam abaixo do esperado), "A Vida da Gente" conseguiu um feito e tanto através de sua história bem contada: envolver os telespectadores e despertar uma paixão que muitas vezes beira o fanatismo.


Com o despertar de Ana (Fernanda Vasconcellos), a relação de Manuela (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso) ficou estremecida. A história central da novela viveu seu ápice nos últimos capítulos quando a ex-tenista descobre através de Eva (Ana Beatriz Nogueira) que sua irmã estava casada com o amor de sua vida.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Está na hora de Aquele Beijo mostrar a que veio

A novela do talentoso Miguel Falabella ainda não atingiu a meta para o horário das 19h. Vem marcando em torno dos 27/28 pontos. Nada de desesperador, uma vez que essa dificuldade inicial ocorre em quase todas as obras. O que chama atenção até agora é a falta de acontecimentos de grande relevância na trama. A novela está longe de ser arrastada, mas os núcleos parecem não sair do lugar.

O envolvimento do casal protagonista até agora não aconteceu. Cláudia e Vicente estão comprometidos com seus respectivos parceiros e os conflitos que os rodeiam não são muito empolgantes. Giovanna Antonelli está ótima no papel e Ricardo Pereira tem apresentado seu melhor desempenho até então, mas boas atuações não se garantem sozinhas sem uma situação que realmente desperte um interesse.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Oscar Freire 279: ótima opção para uma segunda-feira à noite

Faz algum tempo que o canal pago Multishow tem optado pela exibição de várias séries nacionais e a maioria voltada para o humor. Algumas são interessantes, como "Adorável Psicose", estrelada pela talentosa Natália Klein (a Nikita de "Macho Man"), por exemplo, e outras nem tanto, como a já encerrada "Será que faz sentido?" protagonizada pelo Felipe Neto.

Mas a série produzida pela emissora que tem se destacado pela qualidade é "Oscar Freire 279". Não é uma história cômica, ao contrário da maioria das produções da casa, e sim um drama vivido pela protagonista Dora (Livia de Bueno, uma grata revelação e totalmente entregue ao papel).