O programa era para ter sido um especial, mas, devido ao sucesso, acabou recebendo mais atenção e passou a ser exibido em regime de curtas temporadas. Regina Casé, além de boa atriz é uma ótima apresentadora. Até aí nenhuma surpresa. Basta se lembrar do seu bom desempenho em programas como o "Brasil Legal" (1995), "Muvuca" (1999), "Um pé de quê?" (2001) e "Central da Periferia" (2006). A apresentadora sabe como ninguém se comunicar com o povão, como a própria gosta de dizer.
O "Esquenta!" é uma zona em todos os sentidos que se possa imaginar. É um excesso de gente no palco, um falatório generalizado, mudanças bruscas de assunto, enfim, uma bagunça. Mesmo com tudo o que foi mencionado, Regina consegue, a seu modo, comandar aquele pessoal todo sem nenhum tipo de estresse. Ela conversa com um, depois vai correndo entrevistar outro, faz piada, ri da zorra que os convidados fazem, dança e se diverte enquanto as atrações musicais estão se apresentando, e por aí vai. Dá pra ver que ela gosta de estar ali. Um outro apresentador dificilmente conseguiria comandar o "Esquenta!" com tanta naturalidade.
Apesar de ser uma desorganização organizada, o programa não tem potencial para agradar a todos. Quem não gosta de samba, pagode e funk, por exemplo, dificilmente conseguirá assisti-lo por mais de dez minutos. E se observa com nitidez que, apesar de se considerar um programa para todo o tipo de público, o objetivo principal é atrair a nova classe média, tão citada pelos jornais esse ano.
Se o "Esquenta!" continuará na grade da emissora em 2012 ainda não se sabe. Mas que o programa serviu para dar uma renovada na enfadonha programação dominical vespertina, é um fato incontestável. Que isso sirva de exemplo para a Globo e suas concorrentes se reinventarem, e que haja novas propostas para entreter o telespectador que anda cada vez mais entediado com o que se tem visto ao longo desses anos.
2 comentários:
Gostei do blog!
Parabéns!
Abraços
Muito obrigado pelo carinho!Que bom que gostou! Abraço!
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