sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os destaques do ano

Mesmo em um ano tão doloroso, com tantas perdas e crises, foi possível elaborar uma lista de destaques do ano. A vacinação ajudou a retomar os trabalhos, mesmo que aos poucos, e no segundo semestre já há várias produções inéditas no ar. O streaming foi um mercado que cresceu muito no segundo ano de pandemia, enquanto a audiência da televisão aberta caiu com tantas reprises. Vamos para a última retrospectiva do blog: 





"BBB 21": 

Beneficiado pelo intenso período de confinamento em virtude da pandemia do novo coronavírus e por uma escalação repleta de perfis atrativos, a vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" foi um sucesso estrondoso. Logo na primeira semana o reality já caiu na boca do povo com toda a polêmica envolvendo Lucas Penteado e Karol Conká, que acabou virando a grande vilã da edição. O favoritismo de Juliette Freire só cresceu ao longo das semanas e a participante foi a vencedora com a maior porcentagem da história do reality: mais de 90% de preferência popular em uma final tripla. Tiago Leifert fez um discurso marcante para a campeã, que realmente foi um fenômeno, saindo com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (hoje já com mais de 33 milhões). Segundo dados divulgados por Boninho, 163 milhões de brasileiros estiveram em algum momento de olho nos brothers. Foi o "BBB" que mais faturou: R$ 550 milhões, 50% a mais que o do ano passado. Vale destacar ainda outros participantes que protagonizaram a edição, para o bem ou para o mal, como Gil do Vigor, Sarah, Viih Tube, Camilla de Lucas, Lumena, Carla Diaz, Projota, entre tantos. O êxito do programa foi tão grande que a Globoplay explorou até onde deu, vide os documentários de Karol Conká --- "A Vida Depois do Tombo" ---, Juliette --- "Você Nunca Esteve Sozinha" e agora no final do ano o de Gil do Vigor --- "Gil na Califórnia". 


"Salve-se Quem Puder":

O encurtamento da novela das sete da Globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, fez muito bem para o enredo de Daniel Ortiz. A retomada da produção expôs uma história mais ágil e sem enrolações. A saga das atrapalhadas Luna, Alexia e Kyra foi divertida e destacou o talento de Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, que transbordaram sintonia. A trama tinha um quê infantil e agradou o público. A reta final foi repleta de cenas de ação e emocionantes, como o 'reencontro' de Luna com sua mãe, Helena (Flávia Alessandra). O autor só tropeçou feio no excesso de triângulos amorosos com desfecho que se arrastaram até o último capítulo, o que implicou em problemas evidentes de desenvolvimento. Mas o saldo geral foi positivo e uma espécie de volta por cima de Ortiz após a fraca e criticada "Haja Coração". 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Como já mencionado na retrospectiva anterior, ano de 2021 foi o segundo com pandemia. Após o caos mundial instaurado pelo novo coronavírus em 2020, gravações foram interrompidas e o setor audiovisual foi um dos mais afetados. As reprises viraram as protagonistas da programação. A esperança veio com a chegada da vacina e o avanço da vacinação causou um impacto positivo. Embora os protocolos ainda sejam necessários, os trabalhos vão sendo retomados pouco a pouco. A Globo conseguiu finalizar as novelas interrompidas ano passado e está com três inéditas no ar no segundo semestre. A Record conseguiu produzir uma novela dividida em várias fases ao longo do ano. Vamos então aos eleitos melhores intérpretes: 





Melhores Atrizes: 





1- Regina Casé.

A Lurdes foi o maior acerto de "Amor de Mãe". Tanto que foi a única personagem que se manteve na memória do público. Tirando a procura desesperada da mãe pelo filho Domênico, quase  ninguém lembra mais do restante do enredo. Isso é fruto do carisma da personagem e do talento da atriz, que compôs uma mãe crível e de fácil identificação. Regina despertou risos e lágrimas com grande facilidade no enredo de Manuela Dias. 


 

2- Marjorie Estiano.

Uma atriz que brilha em todo papel. E Carolina segue como uma de suas mais densas personagens. Marjorie continuou emocionando na pele da médica na quarta temporada de "Sob Pressão" e protagonizou várias cenas ótimas com Julio Andrade e Ana Flávia Cavalcanti. A temática central da fase de 2021 foi a disputa pela guarda do filho de Evandro e sua companheira teve vital importância durante todo o processo, o que valorizou a atriz. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores cenas do ano

No segundo ano de pandemia, as produções no setor da teledramaturgia seguiram em passos lentos. Reprises dominando a programação no primeiro semestre e novas tramas gravadas em ritmo cuidadoso. No entanto, os folhetins interrompidos em 2020 por conta da pausa nos trabalhos foram finalizados e tiveram seus desfechos exibidos. Novos produtos também foram gravados e agora, no segundo semestre, a Globo já conseguiu estar com três novelas inéditas no ar. A Record conseguiu manter a inédita "Gênesis" no ar durante quase todo o ano, mas atualmente precisou apelar para a reprise da mesma trama antes de produzir a nova. Vamos então para a lista de melhores cenas do ano: 







Eva chora a morte do filho em "Gênesis":
A primeira fase da novela bíblica da Record retratou a conhecida história de Adão e Eva. O sucesso de audiência foi grande e Juliana Boller foi um acerto do elenco. A atriz brilhou como Eva e sua cena mais emocionante foi a morte de Abel (Caio Manhente), assassinado pelo irmão Caim (Eduardo Speroni). A dor daquela mãe com a perda de seu filho foi passada com muita entrega pela intérprete. 



Animais vão para a Arca de Noé em "Gênesis":
A segunda fase da novela bíblica da Record abordou a mais atrativa trama da Bíblia. E os efeitos especiais dos animais correndo para a arca construída por Noé (Oscar Magrini) ficaram muito bem feitos. A sequência emocionou e teve uma dose de adrenalina que fez toda a diferença. 


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os melhores casais do ano

 No segundo ano de pandemia, as produções dramatúrgicas seguiram com sérias dificuldades. As reprises seguiram dominando as programações. Porém, as novelas interrompidas no início de 2020 tiveram suas gravações retomadas e finalizadas. E as novas foram gravadas com todos os protocolos sanitários, estreando no segundo semestre. Embora com um número mais modesto, a lista de casais do ano, sempre elaborada na leva de retrospectivas deste blog, conseguiu ser feita. 





Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):

Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisava ser operado para não perder os movimentos da perna e ela era fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estiveram em plena sintonia e a retomada da produção, em 2021, manteve a essência do casal, ainda que o autor tenha forçado uma dúvida na reta final que só prejudicou o roteiro. 



Alan e Kyra ("Salve-se Quem Puder"):

A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Arrebataram o público. O sucesso foi tanto que o autor estendeu até o final o suspense a respeito do destino da personagem. A música tema do casal "You & me", de James TW, era a melhor da novela. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os piores do ano

 Após a tradicional e triste retrospectiva dos artistas que nos deixaram em 2021, chegou a hora da também conhecida retrô do que de pior passou pela televisão. A pandemia do novo coronavírus segue aterrorizando a vida da população mundial, embora o avanço da vacinação tenha contribuído para uma maior circulação de pessoas. No entanto, as produções televisivas ainda estão em período de dificuldades. Mas alguns produtos se mantêm equivocados com ou sem pandemia. Vamos a eles: 


"Se Joga":

O programa criado para ficar no lugar do "Vídeo Show" nunca deu certo. Nem um dia sequer. A Globo criou um formato vazio, cansativo e que misturava tudo e não apresentava nada. Érico Brás, Fabiana Karla e Fernanda Gentil nunca conseguiram um bom entrosamento e a artificialidade na apresentação predominava. A pandemia do novo coronavírus fez a emissora priorizar o jornalismo em sua programação e vários programas saíram do ar momentaneamente. Porém, a Globo insistiu no formato apenas aos sábados e tentou trazê-lo de volta. Mas apenas com Fernanda Gentil no comando e sem games. Apenas repercutindo notícias dos artistas. Pareceu um "Vídeo Show" genérico. Novamente não funcionou. Estreou em março e saiu do ar no final de julho. 



"Zig Zag Arena":

Fernanda Gentil não tem sorte com programas. Desde que migrou dos esportes para a área do entretenimento, a apresentadora só entrou em furada. A Globo só cria formato péssimo para sua contratada. A emissora a tirou do "Se Joga" e a enfiou em um programa de games aos domingos que se mostrou um equívoco completo. O cenário luxuoso e cheio de luzes impedia o telespectador de prestar atenção na disputa e a ideia de colocar narradores e comentaristas ---- Everaldo Marques, Hortência e Marco Luque ---- para transformar a 'diversão' em um jogo sério não funcionou. Inicialmente, os competidores seriam médicos, advogados, enfim, pessoas anônimas. Mas logo no domingo seguinte apelaram para famosos com o intuito de chamar mais atenção. Nem assim deu certo. O fracasso foi tanto que a Globo tirou o programa do ar no dia 19 de dezembro e o planejamento era mantê-lo até dia 30 de janeiro de 2022. A atração chegou a ficar em terceiro lugar de audiência. 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2021 foi tão trágico quanto o de 2020. A pandemia do novo coronavírus causou um caos mundial ano passado e seguiu provocando milhares de mortes. A esperança veio com a chegada da vacina e avanço da vacinação vem diminuindo gradativamente a quantidade de falecimentos e pessoas internadas. Mas infelizmente ainda muita gente segue vitimada pela doença e vários artistas partiram por conta dela. A retrospectiva do blog começa agora com uma homenagem a cada um que partiu. 





Genival Lacerda (1932 - 2021):
Mais uma vítima da covid-19. O querido cantor de forró pé-de-serra faleceu aos 89 anos, em janeiro, após quase dois meses internado. A consagração nacional veio com a música "Severina Xique-Xique", de 1975. O refrão "ele tá de olho é na butique dela" virou uma febre. Deixou dez filhos, além de netos e bisnetos. 




Niana Machado (1939 - 2021):
A inesquecível Bá, do seriado "Pé na Cova", faleceu em fevereiro, aos 82 anos. O autor da série, Miguel Falabella, anunciou o falecimento da artista em suas redes sociais e fez uma bela homenagem. Era Técnica de Enfermagem aposentada e entrou no meio artístico tardiamente, em 2009. Fez figuração em várias novelas da Globo e sua única personagem foi a criada por Falabella especialmente para ela. Não havia texto, apenas o bordão "Piranha". Fez tanto sucesso que virou integrante do elenco fixo. Também esteve em "Aquele Beijo" (2011) e "Brasil a Bordo" (2017), duas produções de Miguel.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Feliz Natal!




Quero desejar a todos os meus leitores um Feliz Natal. Em um segundo ano de pandemia como foi (e está sendo) 2021, ficou ainda mais doloroso seguir em frente diante de tantas mortes e tanto sofrimento. Não tem sido nada simples. A programação televisiva seguiu dominada por reprises, o que implicou na maior dificuldade de produção de textos para vocês. Apenas no segundo semestre, com o avanço da vacinação, as novas produções começaram a ir ao ar. Mas ainda assim contei com a presença dos fiéis seguidores e leitores, tanto os que apenas leem as postagens quanto os que fazem questão de comentar. Que todos tenham muita saúde, paz, vacina no braço e tudo de melhor sempre. A partir de amanhã as listas da tradicional retrospectiva do blog serão iniciadas. Até lá. 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

As 70 novelas mais marcantes da televisão brasileira

 A televisão nacional completou 70 anos no dia 18 de setembro de 2020 e foram várias comemorações através de ótimas matérias em sites, jornais, revistas, enfim. Até um delicioso "Globo Repórter" de edição dupla foi apresentado pela Globo. Mas é inegável que a popularização do aparelho de TV no Brasil se deu por conta das novelas. A nossa teledramaturgia virou referência mundial e faz sucesso em todos os países. Agora, em 2021, as novelas comemoraram 70 anos de existência no dia 21 de dezembro. Então, nada mais justo do que listar os 70 folhetins mais marcantes ao longo de tantos anos de histórias que envolveram e prenderam o público. 



1- "Sua Vida me Pertence" (Tupi/1951):
A primeira telenovela brasileira. Produzida pela extinta TV Tupi em 1951. Escrita e dirigida por Walter Forster, que também protagonizou a novela ao lado de Vida Alves. Lia de Aguiar interpretava a antagonista e o casal principal foi o primeiro a beijar na televisão. O toque de lábios provocou um alvoroço na época e grande parte do público ficou escandalizado, afinal, era a primeira vez que viam algo tão íntimo ser exposto. Vida, falecida em 2017, entrou para a história da teledramaturgia e sempre dava entrevistas contando sobre esse tão conhecido pioneirismo na TV. 


2- "2-599 Ocupado" (Excelsior/1963):
Até 1963, as novelas não eram exibidas diariamente. Tudo mudou quando a TV Excelsior lançou a trama protagonizada por Tarcísio Meira e Glória Menezes. A trama era uma adaptação de Dulce Santucci do enredo de um autor argentino. Glória era uma telefonista de um presídio e o personagem de Tarcísio se apaixonava por sua voz em um único contato telefônico. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

"Passaporte Para Liberdade": uma minissérie que esbanja capricho

 No dia 20 de dezembro, a Globo estreou, pouco depois da meia noite, uma de suas produções de mais alto padrão: "Passaporte para Liberdade". Chamada anteriormente de "O Anjo de Hamburgo", a minissérie de oito capítulos precisou interromper suas gravações por conta da pandemia do novo coronavírus e retomar quase um ano depois para a finalização. A trama marca a primeira parceria entre a emissora e a Sony Pictures, que produziram tudo em conjunto e o canal internacional é o responsável pela venda para o mercado exterior. 

A minissérie mergulha na história de Aracy de Carvalho (Sophie Charlotte), uma mulher forte, determinada e, acima de tudo, justa. À primeira vista, ela passaria despercebida à maioria dos olhos. Simples e sem holofotes, Aracy nunca buscou por títulos ou reconhecimentos. Em 1935, a brasileira, divorciada de seu primeiro marido e com um filho pequeno, Eduardo Carvalho, vai para a Alemanha em busca de trabalho e não tarda em conseguir um cargo no consulado brasileiro em Hamburgo, no setor de passaportes. Foi ali que ela conseguiu salvar muitos judeus da prisão e do Holocausto ao facilitar a emissão de vistos para o Brasil ---- ignorando restrições e driblando empecilhos. 

A trama se desenvolve a partir da convocação de João Guimarães Rosa (Rodrigo Lombardi) para ocupar o cargo de cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo. Logo em seu primeiro dia de trabalho na nova cidade, o brasileiro recém-chegado conhece Aracy e se encanta por ela na mesma hora.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Tiago Leifert saiu da Globo no auge, mas quis um breve retorno aos holofotes da pior forma possível

 No dia 9 de setembro, a Globo anunciou a saída de Tiago Leifert da emissora. A notícia pegou todos de surpresa, incluindo jornalistas que cobrem televisão. Afinal, o apresentador estava no auge da carreira e tinha acabado de substituir Faustão no comando da "Super Dança dos Famosos", o que gerou muitos elogios de público e crítica. Pouco tempo depois, Tiago confirmou a informação e disse que o "The Voice Brasil" seria sua despedida. Mas nem isso foi. 

A décima temporada do desgastado formato nem serviu para Tiago aproveitar seus últimos meses na Globo. Isso porque o apresentador esteve no ar apenas nas primeiras semanas de programa e precisou se ausentar por razões familiares até hoje não esclarecidas. Acabou substituído por André Marques. No entanto, a decisão foi dele, o que deixou todos ainda mais surpresos. Após uma avalanche de críticas no comando do "Big Brother Brasil", Leifert, que assumiu o reality em 2017, substituindo o aclamado Pedro Bial, conseguiu imprimir sua marca no programa e teve seu melhor desempenho no "BBB 21", que culminou em um discurso emblemático para a campeã Juliette Freire. Parecia uma consagração para o apresentador. Finalmente tinha se encontrado. 

A escolha para substituir Faustão às pressas não foi por acaso. Teve muito a ver com sua elogiada performance no comando da vigésima primeira edição do "BBB". Mas também é verdade que o fato expôs a 'overdose' de Tiago na televisão. Ficou a impressão que a Globo só tinha ele. E também é natural que o apresentador tenha sentido uma exaustão.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

"70 anos esta Noite" fez uma divertida e emocionante viagem pela história da teledramaturgia nacional

A Globo exibiu o especial "70 anos esta Noite" nesta terça-feira para homenagear os 70 anos de teledramaturgia no Brasil, comemorados dia 21 de dezembro. Ano passado, vale lembrar, a emissora também produziu um especial para homenagear os 50 anos da televisão no país. O programa contou com a presença de várias estrelas do canal que protagonizaram momentos emblemáticos ao longo destes anos. Claro que muita coisa ficou de fora, mas é até difícil qualquer tipo de cobrança em cima de uma atração que tentou resumir 70 anos em uma hora de duração. 


Boas histórias devem ser celebradas e contadas. E há 70 anos é isso que a novela faz. Verdadeira paixão nacional, as novelas se transformaram em patrimônio cultural e um dos principais produtos de entretenimento do Brasil. Elas divertem, emocionam e fazem um convite à reflexão sobre as transformações sociais e culturais do país. A estreia de "Sua Vida Me Pertence", na TV Tupi, em 1951, abriu os caminhos para os folhetins brasileiros. Em 1965, era a vez de a TV Globo colocar no ar sua primeira obra e, desde então, mais de 300 novelas já foram produzidas – muitas com lugar garantido na história da teledramaturgia brasileira. 

A Globo ajudou a popularizar o gênero no país e pelo mundo: ao longo desse tempo as novelas romperam as fronteiras e conquistaram mais de 150 países, traduzidas em 70 idiomas, levando a excelência da produção nacional para o mundo. São inúmeros prêmios, inclusive oito Emmys Internacionais, algo que nenhuma outra emissora possui.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

"A Fazenda 13" não repetiu o sucesso da temporada passada, mas consagrou a vitória do protagonista da edição

 A décima terceira edição de "A Fazenda" não conseguiu repetir o sucesso da temporada de 2020. O reality de 2021 teve repercussão tímida e uma audiência bem abaixo da esperada. Curiosamente, nem foi por uma ausência de barracos, pois muitas brigas aconteceram ao longo dos meses, mas o elenco fracassou no quesito carisma. Foram poucas as figuras realmente relevantes ao longo do jogo e ao menos a justiça foi feita na final com a vitória de Rico Melquíades, o protagonista de todas as tretas da atração. 

O participante do "De Férias com o ex", reality de 'pegação' da MTV, entrou odiado em "A Fazenda 13". Isso porque era a figura mais polêmica do outro programa e protagonizou diversos barracos, onde a razão estava com os outros e não com ele. Mas sua redenção não demorou a acontecer no novo reality. Com adversários fracos e muitas vezes hipócritas, Rico não se intimidava com ninguém e falava tudo o que achava dos adversários cara a cara. Já seus 'inimigos' falavam por trás, mas mudavam o discurso pela frente. 

Rico era uma espécie de agente do caos. Quando se descontrolava, a casa ia abaixo. O maior barraco da edição foi protagonizado por ele quando jogou o café de todos no chão, logo após ter perdido sua maior aliada no jogo: Érika. Teve até guerra de creme de leite e mostarda entre Rico e Victor Pecoraro. Em um determinado momento do jogo, Rico se consagrou como favorito e ainda formou um quarteto que foi bem visto, formado por ele, Dayane, Valentina e Aline.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Tudo sobre a coletiva online de "Passaporte Para Liberdade", nova minissérie da Globo e Sony

 A Globo promoveu na última sexta-feira, dia 10, a coletiva online sobre a nova minissérie da Globo, em parceria com a Sony Pictures, "Passaporte Para Liberdade". Estiveram presentes o autor Mário Teixeira, o diretor Jayme Monjardim e os atores Sophie Charlotte, Rodrigo Lombardi, Gabi Petry e Peter Ketnath. Fui um dos convidados e conto um pouco sobre o bate-papo sobre a produção que promete impactar o telespectador através da história de Aracy de Carvalho, esposa de Guimarães Rosa, que ajudou milhares de judeus a fugir da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial.  

"São três anos que estamos envolvidos nesse trabalho. Foi muita dedicação. Um trabalho em plena pandemia. Tanto na versão brasileira quanto na versão estrangeira está um espetáculo. Tenham certeza que são muitas horas de dedicação. Começamos na Argentina, depois Brasil. E cenas que voltamos um ano depois por causa da interrupção (em virtude da pandemia). Estamos muito felizes com o resultado. Costumo dizer que as histórias procuram seus contadores. Claro que a gente procura, mas alguma coisa tem de destino. Encontrei o filho da Aracy que já estava com uns 78 anos, uma neta e uma bisneta. Quando ouvi a história fiquei tão emocionado que procurei o Silvio de Abreu e falei sobre isso. O Mário (Teixeira, autor) estava começando a fazer uma novela. Aí fizemos algumas reuniões. Cuidado com o que você pede para o destino que pode acontecer. Mais uma mulher na minha vida. Chiquinha, Olga, Maysa, as sete mulheres... Agora Aracy. Me sinto muito feliz, é uma honra. Um momento muito importante para a minha carreira. Dei um outro passo como profissional", disse Jayme Monjardim. 

"Não li toda obra de Guimarães Rosa. E todas que eu li já tinha lido. Não li por causa da série. Ele era apaixonado pela palavra. Aprendeu sozinho 23 idiomas. E temos pouco registros dele em vídeo. Seria para mim impossível construir a partir dos poucos vídeos que a gente tem. Construí por fatos. O Guimarães Rosa pelo que ele fez.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

"Maria do Bairro" completa 26 anos de sucesso entrando para o catálogo da Globoplay

 Produzida pela Televisa entre agosto de 1995 e maio de 1996, "Maria do Bairro" completou 26 anos em 2021, teve 185 capítulos e foi um estrondoso sucesso no México. Mas não só lá. Aqui, através do SBT, que a exibiu pela primeira vez em 1997, a novela se popularizou e virou um dos grandes fenômenos da emissora de Silvio Santos. Tanto que já foi reprisada diversas vezes e agora entrou para o catálogo da Globoplay, serviço de streaming da Globo.


A novela mexicana é a conclusão de uma 'trilogia' de Marias, iniciada em 1992 com "Maria Mercedez", protagonizada pela mesma atriz e cantora, a popular Thalía. Já em 1994 foi a vez da intérprete encabeçar o elenco de "Marimar", outro grande êxito que também fez sucesso no Brasil no SBT e entrou para o catálogo da Globoplay. Até chegar "Maria do Bairro", em 1995. As três produções apresentam muitas similaridades, além de terem a mesma pessoa fazendo a protagonista.

Os folhetins são remakes de tramas venezuelanas, produzidas entre a década de 70 e 80, e todos são protagonizados por uma mulher pobre e ignorante, que muda de vida quando conhece um homem rico.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Sequestro de Cobra e Jade é uma das melhores viradas de "Malhação Sonhos"

 A reprise de "Malhação Sonhos" se encaminha para sua reta final e uma das melhores viradas vem sendo reexibida. Após a tensa competição do Warriors, "Malhação Sonhos" continuou mantendo o clima de suspense em torno da vida de Cobra (Felipe Simas). Rosane Svartman e Paulo Halm ainda inseriram Jade (Anaju Dorigon) no drama do personagem, que fugiu com ela para um local isolado, escapando das investidas de Heideguer (Odilon Wagner). O casal, então, passou a protagonizar o enredo e foram o foco de todos os eletrizantes acontecimentos dos últimos dias.


Com a ajuda de Edgar (Guilherme Piva), Cobra e Jade conseguiram despistar o grande mentor do esquema das lutas compradas e ficaram perdidos por um tempo em uma floresta. Os momentos protagonizados por eles lembraram o clássico filme "A Lagoa Azul", onde os mocinhos precisam encontrar meios para sobreviver em um local inóspito. Mas depois deste período de 'aventura', o par encontra uma mansão aparentemente abandonada e se instala no casarão. É a partir desta situação que um clima de thriller passa a dominar a história.

O dono do local ficou observando os dois de longe até que se apresentou, se fazendo de amigo. Haroldo (Álamo Facó) era um típico personagem de filme de terror e tinha até um gato preto de estimação, chamado Júnior. Aos poucos, foi possível perceber que aquele homem tinha sérios problemas mentais e criou uma fixação pela Jade, que foi 'escolhida' por ele para ocupar o lugar de sua falecida esposa.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Tudo sobre a coletiva online de "Gil na Califórnia", novo documentário da Globoplay

 A Globo promoveu nesta quarta-feira, dia 8, a coletiva online sobre "Gil na Califórnia", novo documentário da Globoplay, serviço de streaming da emissora. O amado ex-BBB Gilberto esteve presente, assim como as duas diretoras da produção: Patrícia Cupello (que também dirigiu os documentários de Juliette e Karol Conká) e Patrícia Carvalho (direção geral). Fui um dos convidados e conto mais detalhes sobre o divertido bate-papo.

"A história do Gil é muito bonita de ser contada. Ele tem 4 pilares: família, educação, religião e sexualidade. Nosso documentário não poderia ser diferente, é baseado nesses pilares. Trabalhamos com essas reflexões. A gente dá um mergulho na vida do Gil. A cada lugar que o Gil conhece ele tem uma reflexão e isso ajuda a mergulhar na vida dele. A gente conhece mais a vida desse menino pobre e nordestino. A educação salvou o Gil e é uma forma muito bonita de contar isso. Temos uma parte gravada no Brasil e uma grande parte na Califórnia. O que vocês vão sentir no documentário é aquele 'pré' antes dele chegar na universidade. Ele conhecendo uma nova cultura, uma nova realidade. A felicidade dele de estar realizando aquele sonho. Lá tivemos uma equipe local que captou e aqui foi umas direção severa", contou a diretora Patrícia Cupello.

"Eu to bem emocionado, ansioso e animado com o documentário. Coração a 200 por hora. O Big Brother Brasil resume os primeiros metros quadrados. Muitas vezes não conseguia me abrir tanto para as pessoas não me verem como vítima. Quando eu chego nos Estados Unidos e me deparo com dificuldades de um mundo que é novo e de uma realidade que é nova, vocês vão ver mais da realidade da minha história, da minha família.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O que deu certo e o que deu errado em "Verdades Secretas 2"

 "Indecente. Imoral. Viciante. Obscena. Violenta. Vingativa." A Globo não poupou adjetivos para a campanha de "Verdades Secretas 2", a primeira novela exclusiva da Globoplay, a plataforma de streaming da emissora. Reprisada atualmente, "Verdades Secretas" foi um fenômeno da faixa das onze, em 2015, e entrou para a lista dos muitos sucessos de Walcyr Carrasco, ainda se consagrando vencedora do Emmy Internacional. No entanto, a continuação vem dividindo opiniões. Com 40 capítulos já disponibilizados, já é possível fazer um balanço do que deu certo e o que não funcionou na trama (há spoilers). 

O plano de marketing foi muito bem elaborado. A divulgação é constante, tanto nas chamadas da Globo, quanto nas redes sociais. Sempre fazendo questão de focar nas cenas de sexo intensas que a trama tem (os estoques de tapa-sexo se esgotaram nas gravações). Claro que a intenção é provocar um burburinho pela elevada temperatura de várias sequências. A prova é a intenção de deixar um gostinho de quero mais no público por conta da forma como os capítulos são liberados. A novela tem 50 capítulos e dez são colocados na Globoplay a cada 15 dias, apenas para assinantes. Os dez últimos irão ao ar no dia 15 de dezembro. 

O primeiro capítulo foi disponibilizado em uma live, no dia 20 de outubro, aberta para não-assinantes. Uma ótima estratégia para alcançar um novo público. E deu certo. A produção já é a mais assistida da história da Globoplay, com mais de 26 milhões de horas consumidas no serviço de streaming.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Bebel e Olavo roubaram a cena em "Paraíso Tropical"

 A reprise de "Paraíso Tropical" no Viva tem reforçado todas as qualidades da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho. A trama teve muitos acertos e impressiona rever como o rodízio dos núcleos eram bem realizados, proporcionando um destaque de todos. Mas o folhetim não ficou na memória do grande público. A história sofreu uma rejeição inicial em 2007 e os autores só conseguiram reverter a situação com algumas mudanças no enredo, entre elas o maior destaque para o casal Bebel e Olavo. 

Os vilões acabaram tomando o lugar dos mocinhos, que fracassaram logo no início por conta da construção equivocada e muito apressada do romance. Fábio Assunção e Alessandra Negrini tiveram um ótimo desempenho e a culpa do fiasco do amor de Daniel e Paula não foi deles. Mas os intérpretes foram inevitavelmente ofuscados por Camila Pitanga e Wagner Moura. Até porque Gilberto e Ricardo foram muito mais hábeis no envolvimento do grande vilão da história com a garota de programa que sempre sonhou com uma vida de luxo. 

Olavo foi inicialmente apresentado como um típico malvado maniqueísta. Não havia um contexto para a personalidade egocêntrica e arrogante do sujeito que sempre quis destruir Daniel na empresa de Antenor Cavalcante (Tony Ramos). O empresário nutria inveja pelo rival, principalmente por conta da relação de carinho que Antenor e Ana Luísa (Renée de Vielmond) tinham com o 'filho do caseiro'.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Globo acerta ao apostar no sucesso "O Cravo e a Rosa" para alavancar sua audiência vespertina

 A Globo ainda não tem ideia do que fazer com sua grade vespertina após o injusto cancelamento de "Malhação". Nem mesmo sabem o que colocar no lugar. No entanto, a emissora resolveu voltar com o tempo normal do "Jornal Hoje" a partir do dia 6 de dezembro. O telejornal ganhou uma extensão durante o período da pandemia, iniciado em 2020. Com isso, o horário do extinto "Vídeo Show" e "Se Joga" fica novamente vago. E o canal usará a brecha para iniciar um teste: uma nova faixa de reprise para novelas. Não se preocuparam em criar um título, já que o "Vale a Pena ver de Novo" segue no ar. A trama escolhida foi "O Cravo e a Rosa". 


Novamente a Globo apela para Walcyr Carrasco para alavancar sua audiência, uma vez que a faixa enfrenta dificuldades há anos com o quadro "A Hora da Venenosa", comandado por Fabíola Reipert, no "Balanço Geral", da Record. E o folhetim é realmente irresistível. Não por acaso está na lista das melhores tramas do Walcyr. A história era baseada na peça "A Megera Domada", de William Shakespeare, e com algumas referências das novelas "A Indomável", de Ivani Ribeiro, e "O Machão", de Sérgio Jockman. Dirigida pelo saudoso Walter Avancini, a trama era uma comédia romântica da melhor qualidade e ambientada em São Paulo, no ano de 1920. Portanto, de época, que sempre foi uma especialidade do autor.

A novela exibiu o tumultuado romance entre Petruchio, um caipira rude e dono de uma fazenda produtora de queijo, e Catarina, filha de um poderoso banqueiro (Nicanor Batista - Luis Melo), que tinha ideias feministas e era extremamente geniosa ----- colocava todos seus pretendentes para correr.