A abertura agradou. Foi uma ótima sacada colocarem a cobra (o logotipo do programa) em forma de nave espacial, os integrantes comandando a mesma e aterrissando no Brasil, com passagens pelo Rio de Janeiro e Brasília. E todos em forma de marionetes (bonecos de fio). Ficou ótimo mesmo. Mas logo depois o que se viu não foi nada animador.
Claudio Manoel apareceu vestido de Luciano Huck e Beto Silva de Angélica. O objetvo era
entrevistar populares fazer perguntas a respeito do universo das celebridades, tema do primeiro programa. Aliás, essa foi uma das novidades propostas pela trupe: cada semana eles apresentarão um tema específico e irão 'a fundo' no mesmo. Voltando ao quadro, os humoristas faziam as mesmas piadas de sempre e, como de costume, eram muito bem acarinhados pelo público presente. Alguém ainda acha graça em ver uma pessoa ser chamada de corno? Pois essa foi uma das gracinhas.
Marcelo Madureira levou populares para 'visitarem' o ator Edson Celulari em sua casa. Essa era uma outra novidade. Enquanto estavam na van, a caminho, Marcelo perguntou a um senhor o que ele iria fazer na casa do galã. "Jogar uma sinuquinha", respondeu o tímido entrevistado. Ao ouvir isso, o humorista indagou: "Ah, então você vai pegar no taco do Edson Celulari?". Eram as velhas piadas sendo abordadas à exaustão novamente. Quando chegaram, houve até momentos de diversão entre o ator e todos que 'invadiram' sua residência, mas ficou só entre eles mesmo. Do outro lado da tela a situação não estava nada fácil.
Maria Melilo e Miá Mello estrearam na atração. Não entendi a presença da ex-BBB. Parecia totalmente desconfortável e ficou avulsa nas pouquissimas vezes que apareceu. Não convenceu. Miá interpretou uma apresentadora bocó, a Mona Lesa. A personagem é muito parecida com a Teena, feita por ela no programa "Legendários" da Tv Record". Na estreia, ela entrevistou Marcelo Serrado. O ator bem que tentou interagir da forma como o quadro exigia, mas ficou claro que ele não estava achando graça alguma daquilo. E pela repercussão nas redes sociais, nem o telespectador.
Mas sem dúvida o grande acerto foi a contratação do ator Gustavo Mendes, o mais talentoso imitador da presidente Dilma. Sua primeira aparição, e não poderia ser diferente, foi interpretando sua mais famosa personagem, que lhe rendeu fama graças à repercussão dos vídeos divulgados no site Kibeloco. Impossível segurar o riso com ele. Pode-se dizer que foi a única parte realmente engraçada do programa de estreia. Parabéns a ele e aos responsáveis pelo roteiro do quadro.
As paródias das novelas ficaram para trás, como eles haviam prometido. O que foi uma pena, pois era a única situação que não havia se desgastado. Porém, os cassetas falaram inúmeras vezes que as clássicas "Organizações Tabajara" também seriam extintas. Era mentira. Susana Vieira fez uma participação em um rápido quadro onde era divulgado um produto 'exterminador de paparazzi'. Em suma: a mesma fórmula de antes. A única diferença é que a conhecida vinheta final, citando a fictícia empresa, foi suprimida. Outra promessa foi abolir as paródias musicais. Logo no primeiro programa, vimos Daniel cantando uma música sobre os famosos que ficam doentes e ganham remédios de brinde. Embora sem graça, a piada foi válida pela crítica. Realmente não era uma paródia e sim uma canção 'nova', mas era praticamente a mesma situação, uma vez que paródias servem para criticar um fato ou fazer piada dele. Ou seja, uma mudança disfarçada, se é que se pode chamar assim.
Na verdade, o telespectador percebeu que eles não amadureceram durante esse período de recesso e apenas 'simularam' reformulações. Óbvio que houve mudanças, mas muito sutis, e que geraram pouquíssimo efeito. O "Casseta & Planeta" marcou a todos com seu humor sarcástico e ácido, no entanto, não tinha mais fôlego para continuar do jeito que estava. E pelas reformulações apresentadas, pelo visto, continuará sem ter.
Link relacionado: Casseta e Planeta: o acerto do término
10 comentários:
Em suma, Sérgio, o Casseta voltou com a mesma coisa de sempre. Ou pior.
Só discordo em relação ao Gustavo Nunes: nem dele eu consegui gostar. Só a nova abertura foi acertada.
De resto, concordo. Voltou a mesma sem-graciesse dos últimos tempos. A Miá Mello reviveu a Teena, só que não gritando tanto.
Enfim, saudades do Casseta dos anos 90 e início dos 2000, ainda com Bussunda. E mesmo nos últimos tempos, as sátiras de novela eram o que salvava.
Thallys, obrigado pelo comentário. Pelas chamadas já dava pra ver que não teríamos grande coisa, né? A reestreia só confirmou isso. Gostei muito do Gustavo, mas respeito sua opinião. A abertura ficou muito boa mesmo. A Miá Mello se repetiu. Abraço!
Sergio, muito bom texto!
Assisti o programa com vergonha. Voltou mais sem graça do que saiu.
Aquela menina que era do Legendários, que fazia o personagem mais chato do programa, vai pro Casseta e faz o mesmo personagem. Quem aguenta isso?!
Achei constrangedor as participações dos atores, pois pareceu que todos estavam poucos confortáveis nelas.
Sinceramente, não entendi porque eles voltaram sem nenhuma reformulação.
Quem deixou?!
Ps: Após a participação da Suzana Vieira, ela perguntou no twitter o que os seguidores acharam. Logo depois, ela twittou que adorava a sinceridade dos seguidores.
Ou seja... rss
Nivea, obrigado pelo comentário. Só achei graça do Gustavo mesmo. De resto foi triste... As diferenças foram praticamente nulas. Simularam uma reformulação que efetivamente não aconteceu. Pois é, se a Susana disse isso é porque foi praticamente uma unanimidade a insatisfação com o programa. Beijos!
Amigo Sérgio,
SAbe que eu sou uma das poucas pessoas que curtiam o "CAsseta e Planeta" do jeito que era?
Mesmo sem fôlego em muitos quadros, ainda valia a pena assistir a certos escrachos (a imitação das novelas e as Organizações Tabajara eram fantásticas!!!!).
Não sei por que tiraram Maria Paula! Achava-a talentosa para o programa, e me fazia rir em diversos personagens que imitava ou criava... (Talvez seja questão de briga interna, que não chegou ao grande público!)
Enfim, se eles voltarem com a velha fórmula, vou adorar!
Com mais crítica ao Governo, entrevistas sarcásticas, etc.
Pra mim, não era o formato que era ruim, mas os roteiristas. Com bons textos, o "Casseta" pode se recuperar!
Abraços da Mary!:)
Oi, Mary! Tudo bem? A única coisa que não tinha perdido o fôlego no Casseta & Planeta, na minha concepção, era justamente a paródia das novelas. Me divertia muito também. Já o quadro das Organizações Tabajara achei que ficou enjoativo nos últimos tempos, embora já tenha gostado também.
Acredito que foi a própria Maria Paula que decidiu sair, mas confesso que não via graça alguma nela. Vamos ver como se sairão os próximos episódios. Beijos e obrigado pelo comentário!
O Casseta & Planeta já era. Nunca mais será o mesmo. Abraços
Obrigado pelo comentário, Guilherme. Você tem razão. Abraço.
Olá Sérgio, como vai ?
Não cheguei a ver a re-estréia, mas gostava muito do programa quando passava anteriormente, infelizmente pelo que li aqui e também por comentários que vi por aí, esta não foi um retorno bem sucedido... Que pena, mas acredito que existem algumas coisas (entre elas programas) que tem seu tempo certo e depois não adianta tentar forçar a barra na tentativa de obter o mesmo sucesso... parece que foi o caso do Casseta, talvez seja hora de renovar drasticamente, quem sabe um outro formato, etc...sou leiga para opinar, mas às vezes é melhor renovar do que manter algo que já passou até a exaustão do público ;)
Parabéns pela postagem !
Um enorme abraço e boa semana !!
Obrigado pelo comentário, Samanta! Eles infelizmente não amadureceram e preferiram fingir que renovaram alguma coisa ao invés de assumir que não teve mudança alguma. Uma pena. O desgaste continua e uma segunda temporada não é mais tão certa o quanto parecia. Beijos!
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