quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Chay Suede interpretou o íntegro Rafael com competência e se destacou em "Babilônia"

Rafael foi um personagem que seguiu seu rumo sem maiores contratempos em "Babilônia". Um dos poucos em meio a uma trama repleta de problemas, incluindo tipos rasos e alterações no desenvolvimento de um enredo já frágil. Sua personalidade não foi alterada, a construção do perfil foi bem feita e o ator pôde se destacar ao longo da novela das nove, escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, que chega ao fim nesta semana.


A primeira aparição de Chay Suede foi no programa "Ídolos", da Record, em 2010. Ele fez sucesso na competição musical e caiu no gosto dos adolescentes. Após ter conquistado o quarto lugar na atração, o cantor foi escolhido pela emissora para protagonizar a versão brasileira de "Rebelde" (em 2011), uma vez que a trama mexicana contou com seis atores/cantores protagonizando a história. Chay ainda não podia ser considerado um ator, pois era sua primeira experiência na teledramaturgia, e o risco desta estreia ser um equívoco era grande. 

Mas não foi. Ele mostrou que sabia atuar, além de cantar, e conquistou ainda mais o público protagonizando a novela, ao lado de Arthur Aguiar, Lua Blanco, Sophia Abrahão, Micael Borges e Mel Fronckowiak. Chay Suede ainda se aventurou como apresentador na MTV, comandando "A Hora do Chay" (2013), e fez uma participação em um episódio de "Milagres de Jesus", ainda na Record.
Já em 2014, o ator/cantor foi para a Globo, onde estourou de vez na pele do comendador José Alfredo de Medeiros, na primeira fase de "Império", escrita por Aguinaldo Silva. 

Foram apenas quatro capítulos na trama das nove, mas tempo suficiente para constatar o talento do rapaz. Ele interpretou o protagonista com competência, passando o bastão para Alexandre Nero da melhor forma possível. Se ainda havia alguma dúvida a respeito da vocação do Chay, a mesma foi eliminada no início deste folhetim. Tanto que a sua escalação para viver o íntegro Rafael de "Babilônia" foi um acerto. Confiaram no talento dele, que correspondeu às expectativas e ainda teve o privilégio de contracenar com Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro, duas das maiores atrizes do país. 

O ator protagonizou lindas sequências de pura cumplicidade com as melhores professoras de artes cênicas que ele poderia ter. Ele emocionou várias vezes ao lado das damas do teatro, principalmente nos momentos em que seu personagem demonstrava um amor incondicional por aquelas mães que o criaram com tanto carinho. Rafael transbordou integridade ao longo da história e o perfil escapou da chatice, muito graças ao desempenho do intérprete, que soube mostrá-lo de uma forma agradável e cativante. 

Chay ainda teve uma ótima química com Luisa Arraes, que viveu a evangélica Laís. A menina, aliás, era um tipo extremamente irritante e os autores erraram na condução desta personagem, que demorou demais para tomar uma atitude e enfrentar sua família, deixando de ser manipulada e preconceituosa. Tanto que o romance só ficou atrativo quando a garota colocou sua cansativa indecisão de lado. Entretanto, apesar deste equívoco no desenvolvimento do casal, os atores sempre tiveram um ótimo entrosamento cênico e não faltou química. O par ganhou um belo toque de sensibilidade pouco depois da metade da novela, destacando os intérpretes. Foi, inclusive, o único casal que funcionou e poderia ter rendido muito mais, caso o erro da condução nos primeiros meses não tivesse ocorrido. 

E os autores criaram situações, nessa reta final da trama, que proporcionaram ótimos momentos para o Chay. O coma de Laís (que quase morreu depois de ter ingerido uma bebida 'batizada' a mando do próprio pai) evidenciou o amor que Rafael sente pela menina e o ator soube expressar toda a intensidade deste sentimento com maestria. As cenas em que o personagem ataca Aderbal (Marcos Palmeira) e Consuelo (Arlete Salles) no hospital foi brilhantemente interpretada por ele, assim como a sequência onde o filho de Teresa e Estela cuida da sua noiva, ainda desacordada na CTI. 

Rafael foi um personagem rico dramaticamente ---- ele ainda sofreu de homofobia em virtude da sua forte amizade com Ivan (Marcello Melo Jr.), além de ter sido criado por duas mulheres ---- e a reta final de "Babilônia" destacou ainda mais o talento de Chay Suede. Embora tenha começado a carreira como cantor, é fato que o rapaz tem as artes cênicas no sangue. Com apenas três novelas no currículo, o ator já é um dos jovens mais requisitados da Globo. Tanto que já está escalado para uma nova série da emissora, além de outra novela. Reconhecimento merecido. 

25 comentários:

Ulisses disse...

O elenco em sua maioria foi muito bom, mas a novela é que foi uma droga. E esse Chay tem talento mesmo, principalmente levando em consideração que nem ator era.

Anônimo disse...

O núcleo dele foi o único que funcionou e ainda assim não tão bem porque a Laís e a mãe dela foram idiotas a novela INTEIRA, só acordando agora.

chica disse...

Realmente ele foi muito bem em seu papel! abração,chica

Gabriella disse...

Gosto desse menino. É mt melhor que aquele Caio Castro que agora tá sendo considerado o novo Tony Ramos por alguns idiotas só porque tá fazendo um traficante bonzinho.

Heitor disse...

Ele se destacou mesmo. Concordo com o texto. Mas a novela foi uma das piores já feitas. Gilberto Braga, SE APOSENTE!

Anônimo disse...

Pra mim, o núcleo deles incluindo Aderbal, Consuelo, foi o melhor da novela. O casal foi o que mais conquistou fãs e pra mim vai deixar saudades, justamente pela verdade e sensibilidade que Chay e Luisa, que também é muito talentosa, conseguiram passar. O resto da novela pode apagar kkkkk

Tainá disse...

Chay é esforçado e merece o reconhecimento. Seu Rafael foi mesmo um dos poucos perfis que tiveram um caminho retilíneo. A Laís mesma começou idiota e foi mudada no final. Bom texto.

Larissa disse...

Não conhecia o trabalho dele porque não vi essa Rebelde e nem Idolos, mas achei mt talentoso na primeira fase de Império. E agora foi muito bem nesse papel que tinha tudo pra ser um chato. Bom, Sérgio, que vc criticou muito essa novela, com razão, mas soube também valorizar o que deu certo.

Anônimo disse...

Acho incrível que mesmo essa novelinha sendo uma das piores coisas já feitas nos 50 anos de historia da globo ainda é possível perceber que bastante gente a assiste, mesmo admitindo que é ruim. Só acho.

Chaconerrilla disse...

Boa noite, Sérgio! Ótimo texto, o Chay é de fato muito talentoso e pra mim ele e Laís e a família de ambos foram os únicos que se salvaram desta novela medonha... Você esqueceu de citar a Mel Fronckoviak, ela também fez parte do sexteto dos rebeldes e era uma das protagonistas do remake. Beijos, até a próxima!

Lulu on the sky disse...

Esse menino vai longe, gosto também do Arthur Aguiar
Boa noite pra vc.
Big Beijos
Lulu on the Sky

Unknown disse...

Chay Suede, na minha opinião, brilhou mais em Império, devido ao forte personagem construído pelo autor, Aguinaldo Silva. Em Babilônia, ele também convenceu,embora o papel exigisse menos dele.

Sérgio Santos disse...

Concordo, Ulisses.

Sérgio Santos disse...

Isso é, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Bjs, Chica.

Sérgio Santos disse...

Concordo, Gabriella.

Sérgio Santos disse...

Foi uma das mais fracas msm, Heitor.

Sérgio Santos disse...

Pode apagar msm, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Tainá.

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Larissa. bjs

Sérgio Santos disse...

Obrigado pela lembrança, porlapazyporlavida lc. Acrescentei pq tinha me esquecido mesmo. Foi o único acerto dessa novela. bjs

Sérgio Santos disse...

Tb gosto do Arthur, Lulu.

Sérgio Santos disse...

A primeira fase de Império exigiu mt dele mesmo, Elvira, mas numa novela inteira ele poderia mostrar limitações, o que não foi o caso. bjs

Isabela disse...

Ele foi ótimo mesmo.

Sérgio Santos disse...

Foi sim, Isabela.