sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Liberdade Liberdade" foi uma boa novela, mas poderia ter sido muito melhor

Apresentando uma estreia caprichada e um desenvolvimento morno, "Liberdade, Liberdade" ficou praticamente quatro meses no ar (67 capítulos) e fechou seu ciclo com uma reta final empolgante, presenteando o telespectador com cenas muito bem realizadas. O último capítulo, exibido excepcionalmente nesta quinta-feira (04) ---- por causa do início das Olimpíadas (a Globo fará uma transmissão intensiva do evento) ----, encerrou o folhetim com dignidade, após momentos finais de tirar o fôlego, principalmente em virtude do início da revolução comandada pela protagonista e o enforcamento de seu irmão.


A novela das onze viveu uma novela própria antes de entrar em produção. Márcia Prates estrearia como autora, mas Silvio de Abreu e sua equipe observaram vários erros históricos no texto da escritora, fazendo muitas modificações. Glória Perez e Alcides Nogueira chegaram a trabalhar como supervisores, mas abandonaram a função. Outros problemas foram detectados, até a responsável pela história ser desligada do projeto, sendo utilizado apenas o seu 'argumento' para o enredo. Mário Teixeira foi chamado às pressas para assumir o controle de um trem que parecia desgovernado e a partir de então finalizaram a escalação do elenco, iniciando de vez a elaboração do folhetim.

Portanto, em virtude de todas as questões mencionadas, a expectativa em torno da novela ---- baseada no livro "Joaquina, filha de Tiradentes", de Maria José de Queiroz ---- não era animadora. Afinal, tudo se encaminhava para um produto retalhado e equivocado. A estreia serviu para diminuir essa 'preocupação', pois a trama promissora, o contexto histórico atrativo, o figurino caprichado e o grande elenco agradaram bastante. Entretanto, as constantes mudanças nos bastidores acabaram refletindo na condução do enredo.
Isso porque a sensação de ser uma produção sem 'identidade' se fez presente, muitas vezes causando a impressão de estar no 'automático'. Ou seja, durante algumas semanas, a ausência de maiores conflitos e até mesmo de situações históricas deixaram o conjunto vazio. Nem parecia que tudo se passava em 1808, pois as referências vistas no primeiro capítulo foram se dissipando.


Outro problema da novela, ambientada entre os séculos XVIII e XIX, foi a curta duração das cenas. Quase todas as sequências duravam menos de três ou quatro minutos, quebrando todo o clímax necessário até mesmo para o bom desempenho dos atores. Percebia-se com clareza que várias situações eram bruscamente interrompidas, muitas vezes encerrando momentos de grande tensão ou emoção cedo demais. Tanto que não era difícil achar que estava assistindo a um clipe da história, como costuma ocorrer quando a emissora lança na internet um compacto com cerca de 15 minutos sobre uma série ou folhetim novo para divulgação. Não é porque a trama é das onze, onde os capítulos são mais curtos, que as situações precisam ser rápidas ou cortadas. As produções anteriores da faixa, inclusive, nunca foram assim.


O autor também pecou em não explorar todo o contexto histórico em torno do Brasil e da Coroa Portuguesa ao longo da novela, deixando apenas para o final inserções interessantes, como a chegada do príncipe regente Dom João VI (Beto Vandesteen) e Carlota Joaquina (Susana Ribeiro). O escritor poderia até ter utilizado bem mais a rica personagem Maria I, que foi interpretada com brilhantismo por Lu Grimaldi no primeiro capítulo. Outro erro de Mário Teixeira foi o assassinato de Raposo (Dalton Vigh), um dos melhores personagens da história, cuja morte em nada contribuiu para o andamento do roteiro, se tornando gratuita. Dalton estava em grande momento e a trama sentiu muito a sua saída, pois a ausência do fidalgo prejudicou o núcleo principal. A falta de grandes embates e conflitos maiores ao longo do enredo também pode ser citado como ponto negativo (causando uma sensação de barriga), assim como a demora na vingança da protagonista, que acabou ficando em segundo plano ---- seria bem mais proveitoso se ela tivesse descoberto a verdadeira face do Rubião na metade da trama e não na última semana, e revelado sua identidade para Xavier bem antes também e não só no último capítulo.


Todas essas questões explicam o porquê da novela não ter sido a grande produção que tinha tudo para ser. "Liberdade, Liberdade" apresentou um conjunto que prometia fazer dela uma novela marcante e primorosa, o que infelizmente não aconteceu. Porém, a trama, como citado no início do texto, se encerrou com dignidade. No saldo geral, foi um bom folhetim e vários acertos se mostraram dignos de elogios ao longo de sua exibição. Quase todos os atores tiveram oportunidade de brilhar, os personagens eram ótimos e várias situações que cercaram os perfis se mostraram convidativas, incluindo toda a preparação dos revolucionários contra a Coroa Portuguesa, cujo clímax pôde ser visto nos momentos finais da história através de cenas de batalhas bem encenadas.


A construção da vilania de Rubião (Mateus Solano), por exemplo, foi ótima, despertando uma repulsa gradativa pelo inescrupuloso homem que entregou Tiradentes (Thiago Lacerda), assassinou Antônia (Letícia Sabatella) e matou Raposo com a mesma frieza assustadora, sem nem imaginar que Joaquina (Andreia Horta), o objeto de sua obsessão, era filha de suas vítimas. Mateus voltou às novelas em grande estilo, após o estrondoso sucesso de Félix, em "Amor à Vida" ---- seu melhor papel. Sua composição foi precisa. O mesmo vale para Andreia Horta, que merecia há tempos uma protagonista e finalmente ganhou. Joaquina era a exemplificação de uma heroína, representando ainda uma mulher à frente do seu tempo, que enfrentava todos, não aceitava a condição de 'um ser inferior' e defendia o direito dos menos favorecidos. Uma ótima personagem. Ela honrou o protagonismo, mostrando seu conhecido talento.


Andreia, aliás, também teve uma química visível com Bruno Ferrari, formando um lindo casal. O amor que unia os revolucionários fez o público torcer pelo par, que protagonizava cenas lindas e muitas vezes bem-humoradas. Bruno, inclusive, voltou à Globo em um ótimo papel, após 8 anos de Record ---- o próprio ator que pediu emprego na antiga casa (seu último trabalho havia sido a "Malhação" de 2004), tendo a iniciativa recompensada pelo heroico Xavier. Outro grande acerto foi Nathalia Dill, que se destacou na pele da descompensada Branca, uma vilã com toques cômicos irresistíveis. O perfil já pode ser considerado um de seus melhores papéis da carreira, sendo necessário ainda elogiar o sotaque mineirinho adotado pela atriz para a composição da personagem. Fez toda diferença, sem dúvida.


O sotaque, inclusive, só foi adotado por dois atores, apesar de ser uma história ambientada em Vila Rica, atual Ouro Preto (Minas Gerais). Além de Nathalia, Marco Ricca imprimiu um tom farsesco para o seu carismático Mão de Luva e o intérprete viveu seu melhor momento na televisão. O bandido mais querido da novela roubou a cena e logo no primeiro capítulo mostrou a que veio quando sequestrou Joaquina, até então vivida pela talentosa Mel Maia. Apesar de ser coadjuvante, o ator protagonizou inúmeras cenas hilárias, funcionando como o melhor alívio cômico de um enredo bem pesado. Sua parceria com Zezé Polessa ---- que esteve ótima vivendo a feiticeira Ascenção, uma verdadeira multifunção do folhetim (era médica, parteira, curandeira, previa o futuro, entre outras 'qualidades') ---- também merece menção, formando uma dupla dinâmica. Aliás, o sucesso foi tanto que o ator protagonizará um spin-off sobre o carismático bandido. Serão oito episódios no Globo Play ("A lenda do Mão de Luva"), seguindo os moldes do fenômeno "Totalmente Demais" que chegou a 3,4 milhões de acessos com "Totalmente Sem Noção Demais".


E Lília Cabral mais uma vez conseguiu brilhar, mesmo em um papel menor. A cafetina Virgínia foi brilhantemente defendida pela grande atriz, que protagonizou cenas emocionantes ao longo do folhetim, principalmente ao lado de Andreia Horta, Mateus Solano e Bruno Ferrari. O núcleo do bordel, aliás, foi um acerto. Além de Lília, Yanna Lavigne se destacou com sua sonhadora Mimi, Hanna Romanazzi convenceu na pele da venenosa Gironda e Yasmin Gomlevsky defendeu bem a leal Vidinha ---- o trio de prostitutas era cuidado pela dona do lugar. Dois atores que acabaram participando bastante dessa trama, e brilharam, foram Caio Blat e Ricardo Pereira, intérpretes de André e Tolentino. Os dois, impossível não citar, foram os responsáveis pela delicada cena da transa dos personagens, representando um avanço na teledramaturgia.


O núcleo da família Raposo também se mostrou como um dos êxitos da produção. Dalton Vigh fez do Raposo um dos perfis mais atrativos da história e a relação de cumplicidade que o rabugento fidalgo tinha com os filhos, principalmente Rosa, era muito bem construída. A dubiedade da fria Dionísia (Maitê Proença excelente) proporcionou bons momentos, onde uma das melhores cenas foi o momento em que a mulher matou o marido Terenciano (Jackson Antunes) e o emparedou vivo. A mulher que maltratava os escravos, chegando até a ordenar o espancamento de Virgínia, no fundo era uma pessoa dilacerada por dentro, após anos sendo constantemente agredida e violentada pelo esposo ---- situação que merecia ser melhor explorada, diga-se. Sheron Menezzes ainda emocionou com a sua Bertoleza (uma negra alforriada) e o já citado André foi mais um bom personagem. É preciso citar o carismático Gabriel Palhares, que encantou com o seu travesso Caju. O menino vai longe.


Outros perfis que foram bem defendidos pelos intérpretes merecem menção: Alexandra e Dimas (falso padre Vizeu), vividos por Juliana Carneiro da Cunha e Marcos Oliveira. A atriz, uma figura rara nos folhetins e que brilhou ao lado de Regina Duarte em "Sete Vidas", se destacou nas duas fases da personagem ----- quando a rica senhora se mostrou uma pessoa íntegra, sendo a favor da revolução, e quando se revelou uma golpista, cujo intuito era usar os revolucionários para dar um golpe em Portugal e entregar o comando do Brasil para a Coroa Espanhola. Já o ator, após divertir na pele do inesquecível Beiçola por quase 14 anos em "A Grande Família", voltou aos folhetins em ótima forma, protagonizando hilárias cenas como o falso padre integrante do grupo dos revoltosos. No caso de Alexandra, aliás, é de se lamentar apenas o desfecho corrido em torno da golpista, cuja cena de seu desmascaramento ---- juntamente com o Duque de Egas (Gabriel Braga Nunes) ---- deixou bastante a desejar. Além deles, vale citar mais alguns bons nomes, como Chris Couto (Luzia), Genésio de Barros (Diogo), Joana Solnado (Anita), Heloisa Jorge (Luanda), Mariana Nunes (Blandina), Rômulo Estrela (Gaspar), Bruce Gomlevsky (Malveiro), Bukassa Kabengele (Omar), Dani Ornellas (Jacinta) Olívia Araújo (Celeste), Rita Clemente (Brites) e Vitor Thiré (Ventura) ---- Letícia Isnard (a portuguesa Simoa) e Jairo Matos (Caldeira) são ótimos, mas não tiveram o destaque que mereciam e ficaram avulsos.


A reta final da novela apresentou várias cenas dignas de elogios, proporcionando atrativos embates e deixando os últimos momentos empolgantes. A morte de Branca foi um clássico folhetinesco, onde a vilã tentou envenenar a mocinha e acabou provando do próprio veneno literalmente ---- impossível, inclusive, não ter lembrado de "Escrava Isaura" e "Alma Gêmea". Nathalia Dill fechou sua ótima participação em grande estilo. Já a sequência em que Rubião descobre que Joaquina é filha de Tiradentes e ela, por sua vez, consegue enxergar a verdadeira face do vilão, foi primorosa. A aguardada e forte cena ---- ele chega a apontar uma arma para a esposa e ainda a estupra friamente ----fez jus à espera, destacando Andreia Horta e Mateus Solano que foram simplesmente magistrais. O momento em que Rubião espanca covardemente Xavier na cadeia, sendo ainda assim enfrentado pelo rapaz, é outra cena que merece aplausos.


O penúltimo capítulo foi repleto de ação, destacando a fuga de Joaquina da casa de Rubião e o início da revolução liderada por ela. Um dos melhores momentos, inclusive, foi quando a protagonista fala para Caju, com Virgínia e Mão de Luva complementando o incentivo: "Conto com você. Um menino!" "Um bandoleiro!" "Uma prostituta!" "E a filha de um traidor. Nós vamos lutar juntos!".
Essa cena se mostrou perfeita para anteceder a batalha que veio logo depois, expondo o cuidado da direção de Vinícius Coimbra com os embates entre revoltosos e os soldados. Foram sequências muito bem feitas e que imprimiram toda a adrenalina necessária ao momento. O enforcamento de André, diante de um acovardado Tolentino, também engrandeceu os instantes finais, sendo necessário citar o desespero de Xavier na tentativa de salvar o amigo, sem sucesso. Caio Blat, Ricardo Pereira e Bruno Ferrari excelentes. Andreia Horta ainda deu um show de emoção na hora em que Rosa se depara com o corpo de seu irmão pendurado na corda. Deu para sentir a dor da heroína.


Já o último capítulo ficou muito corrido, evidenciando o erro do autor em ter demorado para desenvolver algumas tramas, principalmente em torno da protagonista --- vários personagens, inclusive, ficaram sem uma conclusão e o público nem soube o que aconteceu, sendo outro erro do escritor. Porém, foi um final com grandes cenas. O senão mais grave foi a morte de Rubião. A saga de vingança de Joaquina foi jogada no lixo quando Mário decidiu colocar Anita como assassina do canalha. Quando a heroína chegou para matá-lo, ele já estava morto e ela nem pôde vomitar tudo o que estava engasgado, ainda mais depois que soube por Tolentino que o intendente matou não só Raposo, como sua mãe e Tiradentes. O aguardado confronto entre os dois não foi exibido. Para culminar, Rosa foi condenada à forca por um crime que nem cometeu. A frustração se fez presente, deixando toda a situação decepcionante. Valeu apenas pelo destaque de Joana Solnado, muito bem em cena. O que tinha tudo para ser o clímax do encerramento, representou apenas um banho de água fria no público. Enfraqueceu até mesmo a figura de heroína destemida da mocinha, afinal, ela não fez absolutamente nada contra o sujeito que matou três pessoas da sua família. Uma lástima.


Entretanto, apesar do equívoco na morte de Rubião (aliás, o telespectador nem viu ele ser morto), vale elogiar a linda cena protagonizada por Ricardo Pereira no momento em que Tolentino se despede de André e expõe a sua covardia. Outra grandiosa sequência foi o instante em que Mimi descobre que o filho de Raposo foi morto, chorando copiosamente. O 'velório' do rapaz cujo único crime cometido foi ter amado também emocionou. E Andreia Horta protagonizou a cena mais arrepiante do final: quando Joaquina gritou "Liberdade" enquanto ouvia o seu julgamento diante da forca, sendo acompanhada por toda a população. Já o instante em que a heroína é salva por Xavier e se despede de Virginia e Dionísia primou pela delicadeza, nem precisando de texto. Além de Andreia, Lília Cabral e Maitê Proença impecáveis. A última sequência também se mostrou muito bonita, com Joaquina e Xavier em um navio em direção a Lisboa, falando sobre a liberdade deles e se seriam ou não felizes.


"Liberdade, Liberdade", apesar da repercussão quase nula, foi uma produção de muitas qualidades levando em consideração o capricho do figurino, o detalhismo das caracterizações (havendo a preocupação em amarelar os dentes, deixando também todos os atores sujos e as mulheres com pelos nas axilas), a escalação acertada do elenco e os ótimos personagens. Porém, o folhetim pecou no desenvolvimento da história, que era muito rica e poderia ter sido bem melhor explorada. A missão de Mário Teixeira, entrando em um barco já em movimento, não era nada fácil e a dificuldade pôde ser observada; afinal, o autor não tinha criado nada daquilo e precisou pegar tudo para si. Ainda assim, ele poderia ter feito muito melhor. A produção das 23h (cuja média geral foi de 18 pontos, dois a menos que o fenômeno "Verdades Secretas") teve um saldo geral positivo, mas poderia ter sido primorosa e acabou sendo 'apenas' uma boa novela. Ainda assim, valeu a pena ter acompanhado.

48 comentários:

Leandro disse...

Pra variar, a melhor resenha final de todas! FIM

Anônimo disse...

NOSSA, ESTOU INDIGNADA COM O FINAL DO RUBIÃO! COMO ASSIM???? TANTA ESPERA PRA NADA??? NUNCA MAIS VEJO NOVELA DESSE AUTOR!!!!!!!!

Denise disse...

Eu achei a novela boa, mas as mortes foram mt superficiais e o desfecho do Rubião foi uma das maiores frustrações que eu vi.O telespectador foi feito de palhaço. Se ele não queria que a mocinha matasse, que ao menos deixasse um último embate entre eles. Nem isso tivemos. Ele morreu sem saber que ela já sabia de tudo. E nem vimos ele receber a facada da Anita. COMO ASSIM???? O AUTOR BEBEU?

Fernanda disse...

Concordo integralmente com o texto. Minha único discordância é com os elogios para as cenas do último capítulo. Não achei a morte ridícula do Rubião como único senão. Achei tudo corrido e mal feito. O que aconteceu a Mimi e seu filho? E a Virginia? A mãe do Xavier ficou lá na cadeia? A Anita foi presa??? Pra onde ela foi???? E Vila Rica ficou como???? Tudo foi feito porcamente. Enrolaram tanto pra no final ficar essa correria inacabada. Achei essa novela bem mediana e olhe lá.

Anônimo disse...

Como jogar uma novela boa no lixo com um último capítulo ridículo! Esse autor que eu nunca tinha ouvido falar sabe.

chica disse...

Sempre ricas em detalhes tuas resenhas!Beleza! abração,chica

Sol disse...

Achei um absurdo o final do Rubião. Tanta espera pra nada.E não podia esperar coisa diferente do autor daquela porcaria de I love Paraisópolis.Decepção é a palavra.

Andressa Mattos M. disse...

Tava esperando essa sua crítica final só pra ler vc desabafando pela gente. E acertei. Assino embaixo do final ridículo do Rubião.O telespectador foi feito de palhaço.E a heroína Joaquina no final das contas não fez porcaria nenhuma, no final virou a mocinha indefesa salva pelo herói.Toda a construção feita em cima da sua postura foi destruída.E ela ficou trinando aquela luta de espadas com o Raposo pra que???? Para nada? E o autor escreveu aquele texto piegas no final com a Joaquina dizendo que mesmo com tudo ela jamais mataria o Rubião. Oras, por muito menos ela matou o Tolentino. Será que ele esqueceu disso??? Saudades de Verdades Secretas e O Rebu!

Lulu on the sky disse...

Oi Sérgio,
Fiquei decepcionada com final de Rubião. Ninguém merece aquela morte por facada.
Tb teve muitas cenas fortes na novela que nem precisava sabe? A Joaquina que era a mocinha da novela deveria ter matado o vilão e fugia com o Xavier, pronto.
Big Beijos,
Lulu
www.luluonthesky.com

Pâmela disse...

Foi uma novela mediana, teve seus bons momentos e só. Agora seu elenco foi um capítulo a parte. Andréia Horta, Mateus Solano, Bruno Ferrari, Lília Cabral, Ricardo Pereira, Caio Blat, Vítor Thiré, sempre, sempre maravilhosos. Claro que não poderia esquecer do Dalton Vigh com o inesquecível "Raposo"; erro total dos autores em tirá - lo de cena.

Marcia Pimentel disse...

Olá,
Uma resenha perfeita sobre toda a novela.
Abrçs.

Blog: Autora Marcia Pimentel

Anônimo disse...

E aquele final da Ascenção constrangedor???????

Unknown disse...

Não teve um fechamento da trama, como saber o que se deu com a fortuna roubada do Raposo, o que aconteceu com a família da Branca, o Caju sumiu da trama sem qualquer explicação. E a cena em que Virginia entra na sala com a Anita na mesa com o Rubião? Como assim? O falso padre pede para avisá-la do fato, pela confissão da Anita e ela chega antes? A novela começou muito bem, mas o final deixou muito a desejar. Também não mostraram como o falso padre saiu da prisão, não mostrou a mãe do Xavier se saiu ou não, a Dionísia não teve um desfecho…quem governará vila Rica, que será ou não independente, ….o que acontecerá com Joaquina e Xavier, qual o destino do ouro do Raposão, e o bando do mão de luva, e do próprio com Dionisia….e Virginia, o filho de Mmi, Anita…tudo sumido/cortado do final da história…

Unknown disse...

Entende-se que o roteiro pretendia chocar o publico ao mostrar a forma como rubiao morreu, mas a cena não teve a densidade esperada, e chega mesmo a ser ridículo que um personagem tao esperto e que fez mal a tanta gente tenha sido morto dessa maneira rasa. Se a própria mãe o matasse, teríamos tido surpresa melhor. alem disso, conceber que os revolucionários tenham posto apenas dois homens (e ainda visivelmente “apagados”) para escoltar um coronel como tolentino é pedir para que ele fuja, não? Até parece q Joaquina conseguiria entrar na casa do Rubião depois de tudo q aconteceu sem ser vista por ninguém. Até parece q ela e Xavier conseguiram embarcar para a Europa assim numa boa. Todo mundo correndo para não “estourar” o tempo. Porém houveram cenas que lembram Nelson Rodrigues (Velório no bordel) e Franco Zefirelli (Joaquina abraçada ao irmão morto). Dentre outras que se desenrolaram durante toda a novela.
a trama da Liberdade, Liberdade conseguiu mesmo me prender e fazer ” embarcar ” no drama, senti mesmo angústia e tristeza nas cenas da morte do André e qdo a irmã o pega no colo (tadinho, ele nunca tinha feito mal pra ninguém e acabou morrendo cedo e condenado pela sociedade daquele jeito) … morri de dó dos pais do Xavier, tudo o que eles fizeram era pensar e querer o melhor pro filho e ele não valorizou (ainda por cima deixou a mãe viúva e totalmente desamparada no final do enredo, egoísta, só pensou nele e na Joaquina) … tomara que a Globo faça mais minisséries legais e bem feitas como esta !!!! nem o Jesus Cristo agradou a todos , e até o Diabo e adorado por uns , quem sou eu pra julgar alguma coisa

Unknown disse...

Joaquina não teve julgamento, ela por ser descendente de Tiradentes foi condenada na mesma sentença na qual foi morto o pai. Por isso foi tão rápido. Ela sabia que se sua identidade fosse revelada ela morreria sumariamente.
Outra coisa ruim nas novelas da globo: eles deixam tudo pro final e tem que correr com as cenas do último capítulo. Foi assim em Verdades Secretas já na produção O Rebu, A Teia, Gabriela foi diferente.

Anônimo disse...

O final foi corrido e vários fatos que aconteceram nessas ultimas 3 semanas poderiam ter rendido bem mais, pois a novela enrolou demais.
Esse aliás foi o grande erro, porque quando o autor tem uma trama repleta de ótimos personagens e uma história que realmente parecia promissora, era de se esperar uma trama ágil e ficou apenas no morno.

Em relação ao elenco, a maior parte este muito bem com destaque para Andréia Horta,Mateus Solano, Lilia Cabral, Nathalia Dill, Marco Ricca e Maitê Proença.

A história focou no núcleo principal e deixou de lado os personagens paralelos. Uma pena ver Olivia Araujo, Zezé Polessa e Dani Ornelas terem sido mal aproveitadas, ainda mais quando elas tinham ótimos personagens.

Liberdade, Liberdade foi uma novela muito boa, mas que pecou pelo péssimo desenvolvimento e a falta de envolvimento com os fatos históricos da época.

Anônimo disse...

oq o rubião tinha de sinistro Mateus tem de simpatia

Anônimo disse...

É tão bom ver atores como Bruno Ferri, Marco Pitombo, Sérgio Guizé e João Baldasserini em papéis de destaque.
Todos que citei estão e estavam ótimos em suas respectivas novelas.
É gratificante,até porque ninguém merece Malvino Salvador,Caio Castro,Cauã Reymond,Eriberto Leão entre outros que são péssimos e ganham papéis atrás de papéis.

Liberdade,Liberdade acertou na escolha do representante de Xavier e no restante do elenco que foi ótimo.

Anônimo disse...

*Bruno Ferrari oops...

Márcia disse...

Comecei assistindo essa novela numa má vontade... assisti só pra ver a Andréia mesmo. Tava apostando que seria um flop. Acabei curtindo demais foi uma das novelas que mais curti. Quando é assim, quebrar a cara é bom demais.

Zilani Célia disse...

OI SÉRGIO!
COMO SEMPRE, UM TEXTO PERFEITO, ABRANGESTE TUDO, CONCORDO PLENAMENTE COM OS PRÓS E OS CONTRAS TÃO BEM OBSERVADOS E AQUI EXPOSTOS POR TI.
ABRÇS E BOA NOITE
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Vane M. disse...

Sérgio, fico encantada com a sua capacidade de observar e dissertar sobre programas e novelas com tanta propriedade... até eu que não acompanhei de perto toda a novela (somente em partes) fiquei indignada com o final do Rubião, kkk! E com tantos atores bons... nesse horário acho difícil alguma bater a famosa "Verdades Secretas". Abraços!

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Leandro.

Sérgio Santos disse...

Foi ridículo msm, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Decepcionante mesmo, Denise. Compartilho da sua frustração.

Sérgio Santos disse...

Entendo perfeitamente, Fernanda. E foi tudo corrido no fim mesmo, assim como a ausência do desfecho de vários personagens. No geral, achei uma boa novela, mas com defeitos e um final que deixou a desejar.

Sérgio Santos disse...

Entendo a revolta, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Chica!

Sérgio Santos disse...

Tb achei um absurdo, Sol!

Sérgio Santos disse...

Boa lembrança, Andressa. No fundo, aqueles treinos com Raposo de nada serviram mesmo. E a vingança dela foi jogada fora. Virou uma mera mocinha indefesa. E tb achei essas duas novelas as melhores da faixa. Saudades.

Sérgio Santos disse...

Todo mundo ficou, Lulu. Foi uma decepção geral mesmo. Lamentável o rumo que o autor deu.

Sérgio Santos disse...

Assino embaixo, Pâmela! bjss

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Márcia!

Sérgio Santos disse...

Tb não gostei, anonimo. Ainda mais depois de tudo o que ela fez ao longo da trama.

Sérgio Santos disse...

Cleanskin, assino embaixo dos seus ótimos comentários. Concordo com tudo. Só discordo sobre Verdade Secretas pq o final não teve nada de corrido, ao contrário dessa. E todos os perfis tiveram desfecho na época.

Sérgio Santos disse...

Excelente comentário, anonimo!

Sérgio Santos disse...

Sem dúvida, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Tb acho esses 4 atores talentosos, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Isso é, Márcia.

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Zilani! bjsss

Sérgio Santos disse...

Fico honrado, Bia. =) E todo mundo ficou revoltado com o fim do Rubião. Mais do que compreensível, né... rs E será difícil mesmo superar Verdades Secretas. bjs

Unknown disse...

No início, não dava nada por essa novela, justamente por ter tido tantos problemas antes da estreia. Gostei do primeiro capítulo mas fui me desinteressando ao longo da trama, ficando vários capítulos sem acompanhar. Só voltei a ver depois que o Raposo morreu, uma morte gratuita e sem sentido algum. Achei a reta final ótima mas o final foi feito às pressas. Nunca vi na vida uma novela deixar tantos personagens sem final. Virgínia, Dionísia, Mão de Luva, Anita, Mimi, a mãe do Xavier, Ascensão, Caju, que fim esse povo levou? Obviamente eu detestei o final do Rubião, apesar de já imaginar que isso poderia acontecer. O Rubião apronta horrores pra Joaquina a trama inteira e nem sequer sofre pra pagar por isso? Por que nem apareceu ele levando a facada, o que seria o mínimo pra compensar tantas atrocidades. Joaquina nunca pode acertar as contas com ele, infelizmente. E sinceramente não entendi a fala dela no final dizendo que jamais mataria o Rubião. Quando ela entrou na cidade pra resgatar o André do enforcamento, saiu dando tiro e espadada em tudo que é homem e matou o Tolentino no final, qual o sentido disso? Enfim, achei a novela mais ou menos, com a reta final boa mas creio que não sentirei falta, por que Justiça vem aí e promete ser uma série incrível.
Abraços

Unknown disse...

a personagem de Maitê é descrita como uma senhora de respeito, bastante conservadora e irmã de Raposo (Dalton Vigh), que resgata a pequena Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), após a morte de Tiradentes (Thiago Lacerda). Mas o que Dionísia curtia mesmo é passar a noite com seu escravo, Saviano, papel de David Junior. Ela o considera sua propriedade, seu objeto sexual, cabendo a ele satisfazer os seus desejos. Quero salientar esse ponto para que as pessoas conheçam o outro viés da nossa história, onde não só as mulheres sofriam abuso sexual mas os homens também.

Unknown disse...

Puxa, muitíssimo obrigado por refletir, analisar e acolher minhas observações na obra de liberdade, liberdade. Sobre Verdades Secretas devo esclarecer que já apresentei no seu blog os pontos que ficaram soltos na trama. Por isso, solicito que veja no texto e refletir a respeito nas pontas soltas que trata da trama.

Unknown disse...

Oi Zamenza, achei o texto ótimo. Liberdade, Liberdade foi uma novela boa mesmo, ela e Êta Mundo Bom foram as únicas a que eu dedicava algum tempo para acompanhar. Andreia Horta, Mateus Solano, Lilia Cabral, Marco Ricca, Bruno Ferrari, Caio Blat e todo o restante do elenco brilharam, uma das coisas que mais gostei foi o fato do elenco não ter sido tão óbvio assim, Horta e Ferrari foram ótimos alívios em meio a tanta repetição e mesmice de atores. Mas claro que a novela teve também alguns defeitos que por pouco não a tornaram uma novela péssima. Como você bem mencionou, tivemos os cortes bruscos das cenas, apesar que ter adorado Joaquina confesso que eu esperava mais uma mocinha ativa, a próprio início da novela indicava que teríamos uma mocinha assim, mas independente disso Horta brilhou. A morte de Rubião foi uma total catástrofe e podemos dizer que, de uma certa forma, esse final jogou no lixo tudo que o Mateus Solano construiu, eu aguardava um final mais impactante. Houve momentos que eu considerei Rubião o melhor papel de Solano junto de Félix mas depois desse final fico até em dúvida. Achei estranho também Joaquina dizer que não teria coragem de matar Rubião, ela matou Tolentino e outros soldados durante a invasão, Rubião seria apenas um a mais. Independente desses erros o elenco foi muito bem. Agora só nos resta agora continuar acompanhando Eta Mundo Bom, tenho certeza que Walcyr Carrasco não irá decepcionar no último capítulo. Não estou botando fé nas próximas novelas das seis e das sete, mas espero que Justiça e A Lei do Amor sejam ótimas, essas sim me animam muito.

Sérgio Santos disse...

Ed, mais uma vez um comentário onde eu concordo com absolutamente tudo. Assino embaixo. abçs

Sérgio Santos disse...

De nada, Cleanskin. E sobre Verdades Secretas, já disse que discordo dos seus pontos.

Sérgio Santos disse...

Liveware lu, onde eu assino? Concordo com tudinho. E tb só aposto minhas fichas em A Lei do Amor e Justiça. E sentirei falta de Eta Mundo Bom. bjsssss