A história sempre se baseou na vida de duas solteironas que são vendedoras de uma loja de vestido de noivas. Ambas se envolviam em relacionamentos sem futuro e viviam frustradas, pois nunca conseguiam achar a alma gêmea; havendo assim um contraponto em relação ao fato de trabalharem em um local que se sustenta graças aos casamentos de terceiros. Porém, no final da primeira temporada, Fátima (Fernanda Torres) e Sueli (Andrea Beltrão) se casaram com seus respectivos namorados. Assim, na segunda, em 2012, a série mudou o foco, e passou a retratar os conflitos da vida conjugal que ambas enfrentavam.
No início, parecia que haviam acertado em cheio ao apresentar essa novidade ao telespectador. No entanto, com o passar dos episódios, se pôde notar que as alterações não foram benéficas para a série. A entrada de Fábio Assunção (Jorge) foi ótima, mas, infelizmente, acabou ofuscando personagens que já tinham ocupado um considerável espaço na história; Seu Chalita e Jurandir. Flávio Migliaccio e Érico Brás viraram
meros figurantes e perderam totalmente a importância. Malu Rodrigues, a intérprete de Bia, filha do Jorge, entrou na série logo depois de Fábio, mas pouco acrescentou à trama. No início era uma jovem rebelde e que implicava com Sueli, porém, com o tempo, virou namorada do Jurandir e foi ficando avulsa. Os pontos positivos dessa temporada ficam por conta do aumento da participação do Kiko Mascarenhas --- ex-Santo Antônio e atual Tavares, advogado da ex-mulher de Armane (Vladimir Brichta) --- e a entrada de Orã Figueiredo, vivendo o Tijolo.
meros figurantes e perderam totalmente a importância. Malu Rodrigues, a intérprete de Bia, filha do Jorge, entrou na série logo depois de Fábio, mas pouco acrescentou à trama. No início era uma jovem rebelde e que implicava com Sueli, porém, com o tempo, virou namorada do Jurandir e foi ficando avulsa. Os pontos positivos dessa temporada ficam por conta do aumento da participação do Kiko Mascarenhas --- ex-Santo Antônio e atual Tavares, advogado da ex-mulher de Armane (Vladimir Brichta) --- e a entrada de Orã Figueiredo, vivendo o Tijolo.
Já os conflitos vividos pelas protagonistas acabaram se resumindo exclusivamente aos respectivos casamentos. Talvez por isso que os demais personagens, incluindo Flavinha (Fernanda de Freitas) e Djalma (Otávio Muller), tenham ficado tão avulsos e sem história. Claro que o elenco todo continua aparecendo e tendo até maiores participações em alguns episódios, mas raramente esse fato ocorre.
Verificando que a atual história não estava agradando, o autor resolveu causar uma crise nos casamentos. Assim, Fátima se separou de Armane e Sueli de Jorge. Segundo o próprio Cláudio Paiva, na terceira temporada, que irá ao ar ano que vem, as protagonistas voltarão a morar juntas e estarão solteiras novamente. Fato que mostra uma preocupação pela volta do DNA da produção.
"Tapas & Beijos" continua sendo uma boa série e a audiência ainda corresponde. Andrea Beltrão e Fernanda Torres têm uma ótima parceria cênica e Fabio Assunção, ao lado de Vladimir Brichta, também protagoniza cenas divertidas. Entretanto, é notório que a atração perdeu sua essência. Algumas vezes até fez lembrar "A Grande Família", fato que acabou sinalizando a necessidade de mudanças. Em 2013, o seriado de Cláudio Paiva terá que voltar às origens e reencontrar a identidade perdida. Se conseguir, terá fôlego para permanecer no ar por um bom tempo.
30 comentários:
Ótimo texto, Sérgio. A atual temporada foi fraca e poucos episódios (como aquele repleto de referências a Avenida Brasil) atraíram interesse.
A nova abertura ficou mais bem-feita, mas os casamentos das protagonistas "desvirtuaram" o DNA da série, que pretende ser resgatado a partir da temporada que vem.
O ponto bom disso tudo, além dos que vc menciona, foi ver o Fábio Assunção retomando a carreira depois do problema que o fez sair de Insensato Coração.
É torcer pra que a série se renove ano que vem e, como é produto relativamente novo, tem boas chances de acontecer. Abç!
Eu discordo, pois estava gostando desses últimos episódios e tinha começado a achar a série "engraçada"
A série desandou justamente com a entrada do Fábio Assunção. Claro que o público, principalmente o feminino (só ver os comentários), adorou a entrada dele pelos problemas pessoais e pela beleza, mas o cara não é bom na comédia. As piadas dele perdem metade da graça, que poderiam ser melhores com um outro ator, como o Brichta, que também faz o estilo "galã", mas é engraçado. O Fábio viria pra somar, e segundo os autores em uma coluna, acho que do Flávio Ricco, o Fábio não tomaria o lugar do Érico Brás, vimos o oposto. Para piorar, o personagem do Érico, que é um ator bom na comédia, foi "obrigado" a fica com a atriz que faz a Bia, que é sem sal, e isso apagou o Jurandir. Fábio é bom nas novelas, lá quando seus personagens são irônicos, funcionam. Agora pra fazer rir de forma intencional ele fica devendo.
O casamento para mim não seria problema desde que não ficasse limitado a ciúmes e gritarias. Me diga um episódio desse ano que não tenha ocorrido isso? Foram 38 episódios com a mesma temática de um humor feminista (nunca tinha reparado nisso, até ler em algum lugar, o engraçado é que é escrita por um homem rs). Outro problema é que as duas casaram juntas, separaram juntas... Qual será a próxima? Irão &%$#@ juntas? (vai da criatividade de cada um rs).
Essa semelhança com A Grande Família mostra não apenas limitação do autor (que também escreveu a série da família Silva), como também o porque de fazer sucesso. Não estou tirando os créditos da série atual, mas tem muito personagem igual, começando pelas protagonistas, que na verdade são uma mistura de Marilda e Vani, essa última dos Normais. Mas lá também tem um Beiçola (o Chalita, que é libanês, enquanto o outro é português, que percebemos quando se transforma na mãe); Agostinho (o Armani. Veja as roupas dele, e o jeito malandro de enrolar a sua Bebel, opa quero dizer Fátima); Tijolo (versão sem graça do bandido Remela feito pelo Diogo Vilela em participações especiais. Não vejo graça no Orã). Até algumas cenas são parecidas como as brigas no final e teve uma no ano passado em que a Sueli ficava presa na cama com algemas assim como a Bebel já ficou em A Grande Família. Isso já passou do nível "homenagem"...
Tudo isso, acredito que tenha sido a razão da queda nos índices, que em seu segundo ano perdeu 2 pontos em relação ao ano passado (se eu não me engano, mas perdeu). Também acrescentaria o excesso de cenas de "tarja preta", pra forçar riso, nessa queda. Mas também, com tanto assunto parecido, pra não falar igual... O único episódio que gostei, foi o baseado no filme "Se beber não case", esse da "Avenida" o pessoal gostou por causa da novela, porque o episódio em si nem foi engraçado, foi aquele velho papo de ciúme + briga + mulheres com razão e se dando bem no final.
Não acredito que o ano que vem seja muito diferente, porque elas já voltaram para os maridos, se teve separação foi só no papel, porque elas já estavam de agarração com seus pares no episódio final de 2012.
Abraço
Concordo! O foco se perdeu com as solteironas se casando! A essência era justamente o contrário do teve nesta segunda temporada!
Falando no episódio que fez referências à Avenida Brasil, alguém sabe dizer onde eu posso encontrá-lo pra assistir? Perdi esse episódio e não sei onde achar agora! Agradeço desde já se alguém souber!
Abraços!
Eu me desapeguei das séries, mas quando vejo, ainda é o Agostinho que me arranca risadas. Pra mim é dos melhores personagens já criados. Em Tapas e Beijos, adorava quando o Jurandir tinha mais destaque e o Armane é massa, como tudo que o Brichta faz.
Texto bem bacana, pra variar.
Beijo, Sérgio!
Oi Thallys, obrigado! Gostei do Fábio como o Jorge, mas não souberam moderar e o elevaram muito, ofuscando os que já estavam na série há mais tempo. E a essência se perdeu. Tomara que melhore msm. Abraço!
Oi Marcelo. Obrigado pelo comentário. Respeito sua opinião. Abraços.
Carlos, eu acho que foi um conjunto. Nada tenho contra o Fabio na comédia, até que me surpreendi com ele. O Vladimir sempre foi bom nisso, assim como o Érico. Mas os personagens que já estavam na série foram minguando e esse quarteto foi praticamente dominando tudo. Cansou.
Concordo com essas semelhanças citadas por você a respeito dos personagens. O Cláudio parece não ter se livrado mesmo dos anos passados atrás de A Grande Família. Mas, ao contrário de você, gosto do Orã e nada tenho contra a atriz que vive a Bia.
Assim como o Thallys, achei ótimo o episódio sobre Avenida Brasil, com direito até aos congelamentos no final de cada bloco. Também gostei desse fazendo referência ao ótimo "Se Beber não case". Mas não posso falar sobre todos os episódios porque muitos eu nem vi.
Vamos ver se melhora ano que vem. Também vi o último episódio exibido hoje e realmente os casais reataram. Espero que o autor não mude de ideia e não as deixem separadas em 2013. A série precisa retomar a identidade. Ainda acho a produção bacana, mas não é mais o que era. Abraços.
Oi Marcos. Exato. A situação peculiar da série era justamente essa; solteironas trabalhando numa loja de noivas.
Olha, já tentou no site da própria série na Globo.com? Não sei onde posso achar a série completa. :( Abraços!
Oi Milene, obrigado. O Agostinho continua sendo uma das principais figuras de A Grande Família. Tá até interessante essa fase do personagem na cadeia, contracenando com o Serjão Loroza.
O Brichta é muito bom na comédia e o Armane é realmente engraçado. O Érico perdeu muito espaço, o que é uma lástima. Beijos!!!
Gostei do texto.
Gosto muito da série e sempre rio bastante.
Beijos
Acabei perdendo o ultimo episódio da temporada, mas sempre assisto e nos últimos acontecimentos achei que a Série está perdida mesmo, meio sem assunto, enchendo linguiça com os conflitos das relações, sei não, penso que terão que rebolar em 2013 rsrsr Abraçoss
Olá Sérgio,
Já gostei da série, mas confesso que não tenho mais motivação para assisti-la. Ontem cheguei até a ver a cena da dança na boate, mas, em seguida, mudei o canal. Não questiono o brilho do atores, mas a série era mais engraçada em sua primeira fase.
Ótimas considerações, Sérgio, como sempre.
Beijo.
Concordo com o texto, Sérgio. Apesar de tudo, gosto de "Tapas & Beijos", mais de alguns episódios do que de outros, e o programa continua sendo um dos melhores humorísticos no ar.
Vi muito pouco da série esse ano, então pouco posso falar, mas quando via, sempre dava boas gargalhadas. Espero que volte com tudo em 2013.
Abraços
Gosto de ler a análise que você faz dos programas. E concordo, plenamente. Tenho preferência pela Grande Família, em matéria de séries. Essa, foi muito melhor na fase em que as duas sofriam por amor (hehehehe). Bjs.
Concordo com você, Sérgio, eu assisto a série, mas nem sempre os episódios são lá grandes coisas, tanto que tem episódios que nem assisto. beijos e linda tarde.
Oi Sérgio! Outro dia estava comentando o quanto eu gostava desse seriado. Faz parte da minha diversão na noite de terça-feira. Adoro as histórias principais e paralelas. Acredito que a química entre eles é perfeita... beijão!
Sérgio,
apesar de gostar bastante da atuação Fernanda Torres e da Andrea Beltrão não acompanho o programa.
Abraços,
Carol
www.umblogsimples.com
Sérgio,
só discordo de uma coisa. Dizer que o programa ficou chato por causa do casamento. Se a série durasse vários anos, vocês acham mesmo que seria legal elas sempre solteiras por causa de essência? Isso seria mesmice. O problema é que as duas fizeram tudo juntas (procuraram homens juntas, casaram juntas, separaram juntas, etc) e pior, casaram muito rápido. O programa não precisava dessa mudança cedo, ainda cheira a leite rs. A Sueli encontrou o Jorge no meio do ano e casou em dezembro, enquanto a outra casou com um galinha e pior ela sabia disso. Se só a Fátima casasse, ok, seria estranho, mas seria compreensível por ela ser mais impulsiva e querer isso faz tempo, mesmo sabendo dos riscos. Faltou um pouco de cautela por parte do autor nesse tema. Ele foi bem infeliz, só retratou o lado ruim do casamento, os momentos bons só ficou nos beijos rs.
Pra mim, o programa era sobre mulheres solteiras que sonham com um príncipe, mas que só encontram sapos, mas um dia esse príncipe chegaria e pra mim, o casamento não deveria ser o final. Elas poderiam até ter um casamento infeliz no meio, mas foi tudo cedo, as duas foram impulsivas, as duas tomaram as mesmas atitudes. O tema casamento é bem mais amplo e poderia ser mostrado de uma forma diferente, com uma se dando bem e a outra mal, as duas brigando por uma estar com inveja da outra, um casal passando por situações constrangedoras, mas unidos (tipo Os Normais) e o outro só brigando... Parece que o autor resolveu pegar só o "Tapas" do título.
Conclusão: Acho que o grave mesmo foi todo o resto que nós já falamos e não elas terem chegado ao altar, entretanto o altar veio cedo, muito cedo.
Abraço
Oi Luciana, obrigado. Bjs
Oi Kellen. Também acho que o desafio para 2013 não será fácil para a equipe. O último episódio foi fraco na minha opinião. Não perdeu nada. Bjs
Oi Vera, muito obrigado. O que você fez foi o reflexo do que a série despertou esse ano. Desânimo no público, embora ainda seja uma boa atração. Bjssss
Oi Elvira. A queda de qualidade nessa temporada foi bastante perceptível, mas, realmente, ainda continua sendo uma atração bacana. Não o considero mais como um dos melhores humorísticos que estão no ar, mas respeito sua opinião. Bjss
Oi Rafael, obrigado pelo comentário. Vamos ver se eles voltarão com tudo. Torço pra isso. Abraços.
Oi Marilene, obrigado. Quando elas sofriam era melhor mesmo e os conflitos não ficavam tão semelhantes quanto os da A Grande Familia. Beijos!!!
Oi Barbie. Em 2011, eu vi quase todos, mas nesse ano vi bem pouco. Não me animei muito. Bjs!
Oi Ju. O seriado fez um baita sucesso logo de cara. Eu também gostava muito e a química das protagonista é perfeita. Aliás, isso não se alterou na segunda temporada. Mas a criatividade dos episódios piorou muito. Bjs
Oi Carol, obrigado pelo comentário. Beijos.
Mas Carlos, aí seria diferente. Seria necessária essa reformulação. A questão é que nem deram tempo ao tempo e também não souberam dosar as coisas. Poderiam enfatizar o relacionamento delas, claro, mas sem precisar 'jogar fora' os demais personagens como fizeram.
Também acho que a Fátima se casando com o Armane, mas Sueli ficando solteira seria mais interessante. Pelo menos iria inovar, sem tirar a essência da série. E combinaria mais mesmo, porque a Sueli nunca foi de rompantes, ao contrário da amiga. As duas juntas acabou rendendo situações repetidas para ambas. Quase sempre os conflitos eram os mesmos e os respectivos maridos faziam as mesmas bobagens. Abração.
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