Tadeu Schmidt foi a melhor novidade do "BBB 22" e salvou a edição de um completo fiasco

 O anúncio da saída de Tiago Leifert do comando do "Big Brother Brasil" provocou uma grande repercussão. Afinal, após um início problemático e muito criticado em três edições ("BBB 17, 18 e 19"), o apresentador teve um bom desempenho no "BBB 20" e conseguiu sair consagrado do "BBB 21". Todos davam certa a presença de Marcos Mion no "BBB 22" por conta da contratação da Globo. Mas ele ficou com o "Caldeirão" e vem brilhando no comando. Tadeu Schmidt foi o escolhido para a nova missão. 

E a escolha se mostrou muito acertada. É verdade que Tadeu tem um jeito 'fofo' demais com os participantes, o que impede que haja um respeito do elenco. Os participantes sempre falam ao mesmo tempo e muitas vezes em cima das falas do apresentador, o que causa a impressão de uma sala de aula com alunos que não têm qualquer interesse nas aulas do professor. Mas é preciso ressaltar que o mesmo ocorreu com Leifert em seu primeiro ano na apresentação. 

Aliás, Pedro Bial, que virou a principal referência em se tratando de "BBB" por ter ficado no comando do "BBB 1" até o "BBB 16", também sofreu do mesmo mal. E quem não se lembrava das primeiras edições pôde ver no Canal Viva a reprise da primeira e segunda temporadas. Bial estava claramente inseguro no primeiro ano e o elenco também não o respeitava.

Ou seja, é algo comum com apresentador 'novato'. Com o tempo, Tadeu conseguirá o respeito que merece dos participantes. Porque tirando essa questão não há nada para criticar do desempenho do jornalista. 

É perceptível como Tadeu está feliz e empolgado na função. A forma como narra cada prova faz toda diferença. Mesmo quando são disputas chatas ou realizadas de forma preguiçosa pela produção ---- como duas provas do líder praticamente idênticas em duas semanas seguidas ----, o apresentador se esforça para manter a atenção do público. E não soa artificial ou constrangedor. 

Já a maior qualidade de Tadeu tem sido os discursos de eliminação. Cada jornalista tem a sua forma de escrever, mas as falas do jornalista se mostram tão boas quanto a de Bial ---- às vezes até melhores. São textos que expõem o jogo de cada participante de forma precisa para o público e desenham a dinâmica da edição. Ao mesmo tempo, Tadeu consegue confundir os competidores jogando pequenas frases no meio para evitar que tenham certeza de alguma coisa. 

No entanto, Tadeu soube se adaptar bem ao rumo que o jogo tomou. Isso porque as eliminações ficaram previsíveis e sem qualquer emoção por conta da torcida de Arthur Aguiar, a chamada padaria, que tem mandado na edição e eliminado todos que se opõem ao ator. Então, o apresentador resolveu acarinhar os eliminados. Os discursos das últimas semanas têm sido sensíveis e merecidamente acolhedores. Os discursos sobre Lucas, Linn da Quebrada, Natália e Jessi merecem até uma menção especial. Mas também há espaço para justas broncas, como a fala sobre a saída de Gustavo, deixando claro que o 'rodízio' de paredão era uma forma de não comprometimento. 

Tadeu Schmidt foi a melhor novidade do "BBB 22". Em meio a um elenco fraco, com jogo sem emoção ou disputas atrativas, tem sido um alento ver o apresentador na condução do "Big Brother Brasil". Dá gosto vê-lo e ouví-lo. Salvou a fraca temporada de um completo fiasco. Que tenha uma vida longa no comando do reality.