sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ótimas atuações, texto preciso e trama instigante foram as principais qualidades de "Felizes para sempre?"

As chamadas prometiam uma produção de grande qualidade e os dez capítulos exibidos entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro cumpriram a promessa com louvor. Escrita por Euclydes Marinho e dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles, "Felizes para sempre?" chegou ao fim nesta sexta-feira com um excelente e dramático capítulo, fechando o curto ciclo da microssérie, que mesclou política e relacionamentos com competência, em grande estilo.


A obra foi baseada em "Quem ama não mata" (1982), escrita pelo mesmo autor, mas apenas a essência da trama se manteve: os conflitos familiares e um crime passional. A nova história tinha a prostituta Danny Bond (Paolla Oliveira) como responsável pelas principais reviravoltas e todos os conflitos foram alterados. Já a inserção de Brasília como ambiente foi uma grande sacada para abordar as falcatruas de Cláudio (talentoso Enrique Diaz, escolha acertada de protagonista), poderoso dono de empreiteira que se envolvia em esquemas de corrupção.

E alguns personagens foram batizados com os nomes dos atores que participaram da produção da década de 80, em uma bela homenagem feita pelo autor. Os primeiros capítulos foram praticamente voltados para o casal principal, que teve seus problemas agravados depois da entrada da garota de programa.
A vida conjugal de Cláudio e Marília (Maria Fernanda Cândido), que não andava nada bem desde que o filho deles morreu afogado na piscina de casa, ficou ainda pior com a chegada de Danny Bond. O empresário e a esposa se apaixonaram pela prostituta e começaram a se envolver com ela, sem que um soubesse da aproximação do outro. A inusitada situação despertou interesse e foi um dos muitos pontos altos do enredo.

As tramas paralelas começaram a ser desenvolvidas de forma mais aprofundada a partir do quarto capítulo. Os conflitos em cima dos diferentes tipos de relacionamento se destacaram e todos se desenvolveram de forma atrativa. A obsessão e o ciúme doentio foi o foco do par mais jovem. O violento Joel (João Baldasserini) passou a perseguir e agredir a ex, Susana (Carol Abras), depois que descobriu que ela estava com outro (Buza - Rodrigo dos Santos). As cenas eram fortes e os atores brilharam, mesmo não tendo um grande destaque.

Já a mentira foi a protagonista da relação entre o engenheiro Hugo (João Miguel) e a cirurgiã plástica Tânia (Adriana Esteves). A mulher sentia desprezo pelo marido (cuja maior fraqueza era o álcool) e era extremamente ambiciosa. No passado, se envolveu com Cláudio, irmão de seu companheiro, e teve um filho com ele (Júnior - Matheus Fagundes, personagem que serviu para abordar a questão dos black blocs). Mas Hugo só descobriu a traição anos depois, quando constatou em um exame que era estéril. Foi sem dúvida a trama paralela mais atrativa da microssérie. João e Adriana tiveram uma parceria maravilhosa e os dois protagonizaram com brilhantismo várias sequências dramáticas.

O esfriamento de um casamento de 46 anos norteou o drama dos pais de Cláudio, Hugo e Joel. Dionísio (Perfeito Fortuna) e Norma (Selma Egrei) se distanciaram a partir do momento que Olga (Cássia Kis Magro), um antigo amor do passado, se reencontrou com o delegado aposentado; e quando a professora de sociologia ficou balançada pelas cantadas de um colega bem mais jovem (Guilherme - Antônio Saboia). Entretanto, apesar de muito bem construída, é preciso ressaltar que esta história não valorizou o talento dos atores. Selma, Cássia e Perfeito apareceram bem menos do que mereciam.

E em meio a todos os dramas da produção, com direito a um show do primoroso elenco, não há como negar o destaque de Paolla Oliveira. Danny Bond foi a grande sensação da história e as cenas sensuais da atriz viraram assunto principal das redes sociais e das rodas de conversa. A prostituta foi muito bem defendida pela intérprete, que aproveitou a oportunidade e se entregou em todos os momentos. Vale destacar as lindas sequências de romance protagonizadas por ela e Maria Fernanda Cândido, fazendo do casal Denise e Marília o melhor da trama. Paolla ainda brilhou na forte cena onde Danny é descoberta pela namorada (Daniela - Martha Nowill ótima) e a humilha. Ela não é só um corpo bonito, tem talento.

Além de todos os acertos já mencionados, é necessário aplaudir a direção impecável de Fernando Meirelles, que extraiu o melhor dos atores e ainda presenteou o telespectador com imagens cinematográficas do Palácio do Planalto, Palácio Itamaraty, Chapada dos Veadeiros, Universidade de Brasília, Parque da Cidade, entre outros belos locais. Outro grande êxito da microssérie foi a presença de clipes musicais (todo final de capítulo havia um), enquanto eram mostradas as ações dos personagens. E os reflexivos questionamentos ---- vide "Quem ama, não trai?", "Filhos, melhor não tê-los?" "Adianta mentir?" "Quem precisa desse amor?", "Onde colocar o desejo?", "Quem ama, não mata?", entre tantos outros ---- também enriqueciam os episódios.

O penúltimo capítulo surpreendeu o telespectador com a revelação do acordo feito entre Danny Bond e Joel para destruir Cláudio. As cenas foram densas e prenderam a atenção. Já o último capítulo surpreendeu com a morte de Dionísio e os momentos derradeiros foram voltados para o assassinato da garota de programa (curiosamente o crime só aconteceu no final da trama e não no começo ou no meio, como costuma ocorrer em produções do gênero), encerrando a história da melhor forma possível.

A tensão predominou e fez o enredo chegar ao seu ápice com a sequência em que Cláudio e Marília vão em direção ao carro onde Danny Bond está apontando uma arma para Joel. A ex-prostituta (que largou a antiga vida por Marília) leva um tiro e morre. Mas, aparentemente, não se sabe quem a matou ----- entretanto, se observar os detalhes, fica claro que o autor do tiro foi Cláudio, que vê o alvo assim que chega, pela esquerda (de onde veio o tiro, pois o sangue espirrou no vidro), enquanto Marília permanece atônita. O casal é preso suspeito do crime e Joel consegue escapar. A história se encerra com a emblemática imagem da bandeira do Brasil em preto e branco.

"Felizes para sempre?" foi uma microssérie de inúmeras qualidades e Euclydes Marinho soube criar dramas envolventes, mesclando com competência relacionamentos, problemas familiares, sexo e corrupção. O texto retratou muito bem todas as questões abordadas pelo autor e o elenco esteve impecável. Levando em consideração as maravilhosas produções dos dois anos anteriores ("O Canto da Sereia" e "Amores Roubados"), pode-se constatar que a obra de 2015 da Globo, coproduzida pela O2 Filmes, já entrou para a lista dos grandes trabalhos da emissora.

52 comentários:

Andressa Mattos M. disse...

Sérgio, a cena final foi maravilhosa. Que direção do Fernando Meirelles! E você é muito observador. Achei que tinha sido a Marília, mas revi a cena prestando atenção nisso tudo que vc mencionou e tá certíssimo. Foi ele. E ainda lembro do canalha falando que mataria as duas se elas tivessem um caso. Ele quase que mata a Marília depois. Final magnífico. Mas concordo que Selma Egrei, Cássia Kiss e Perfeito Fortuna foram figurantes de luxo. Mereciam ter aparecido muito mais. Ainda prefiro Amores Roubados de longe, mas essa produção foi maravilhosa. Perfeita crítica!

Anônimo disse...

Achei a série fraca no começo mas depois ficou boa. E foi o Cláudio mesmo que matou. O final ficou em aberto pra quem não prestou atenção, quem prestou viu que foi ele pelas dicas da cena. Só não gostei do Joel ficar impune. Já basta a realidade.

Yasmin disse...

História maravilhosa. E quando a black bloc foi flagrada recebendo propina do político? Dedo na ferida mesmo! E Danny Bond foi a dona da série, chamou todas as atenções pra ela. Ficou maior que a história, inclusive e isso é uma pena pq a produção teve qualidade. Gostei de ler suas impressões detetivescas pq vc é bom nisso. Ainda lembro de vc explicitando como o Jorginho matou o Max em Avenida Brasil, quando todo mundo achava que era a Carminha. E foi o Cláudio mesmo. Revendo tudo fica mais nítido. A imagem da bandeira em preto e branco foi um tapa na cara! Amei!

Thales Zanatelli disse...

Final épico, jamais esquecerei. no conjunto preferi Amores Roubados, mas com certeza o melhor final é o de Felizes para Sempre?. Elenco foi ótimo, todos brilharam. Será ótimo ver Selma em Sete Vidas. Queria que Maria Fernanda fosse mais valorizada. Até agora não entendo a critica que a Susana Vieira fez a ela, mas enfim a microsérie foi ótima. Fernando Meirelles comprovou que é o melhor e que a série não seria a mesma sem a sua competente direção.

Denner disse...

Final de cair o queixo. E fiquei com medo que vc não fizesse crítica final porque queria muito comentar, mas ainda bem que fez! Concordo com todos os elogios e com a crítica a falta de destaque desses 3 atores fantásticos. No mais, tudo perfeito. Série boa e o texto estava inspirado. Crítica ácida a toda a nojeira do nosso país e ainda abordou questões familiares válidas. E foi o Cláudio mesmo o assassino.

Pedro Bertoldi disse...

Oi Sérgio!
As minisséries de Janeiro da Globo têm sido nos últimos anos as grandes produções do ano, muitas vezes sendo melhor escritas e dirigidas do que as novelas, e por consequência têm muito mais repercussão.
Felizes para sempre? mostrou que Euclydes Marinho sabe se reciclar e recriar sua própria história como poucos. Recriar uma história que já foi sucesso (mesmo que não tão lembrado pelo público) é um risco, mas o autor sabia disso e não o temeu. Escreveu uma história que desmancha completamente a ideia de casamentos e relações perfeitas e mostrou que todas as família têm seus esqueletos no baú. Mostrou também que sabe se atualizar: mesmo com a anunciada diminuição das cenas de Marília e Danny juntas, foi interessantes termos um casal lésbico como protagonista;outro aspecto que chama atenção é que mais uma vez a Globo estreia uma obra em um momento propício, mostrando a corrupção das empreiteiras que muito faz lembrar os escândalo Petrobrás.
Euclydes Marinho é um dramaturgo nato e faz falta nas novelas. Aliás seria muito bom se Felizes para sempre? fosse uma novela das 11: substituiria O Rebu com mérito.
Quanto ao último capítulo foi interessante notar que o autor utilizou um recurso semelhante ao de Quem ama não mata, mesmo com a mudança: Na primeira versão, a morte do primeiro capítulo não deixava claro se quem morria era Marília ou Claudio. Já nesta versão a dúvida fica no "Quem Matou?" Mostra mais uma vez a inteligência do autor que faz com que sua obra consiga um feito raro na nossa teledramaturgia atual: fazer com que sua obra cause discussão mesmo depois de seu fim, afinal quem matou? Marília ou Claudio? Pode apostar que não faltarão hipóteses.

Thiciane Diniz disse...

Com certeza já está entre as melhores produções da Globo nos últimos anos..uma produção da melhor qualidade..tudo em plena sintonia: Direção, fotografia, roteiro, atuações, trilha..tudo brilhantemente encaixado! E realmente foi uma brilhante sacada a inserção de Brasília como ambiente e pano de fundo para toda essa história!

Já Está entre as minhas séries favoritas, juntamente com 'Amores Roubados e 'O Canto da Sereia'. Curiosamente, todas essas produções têm em comum a morte do personagem central de forma trágica. em 'Amores Roubados' ainda vejo mais semelhanças com toda a história de paixões, desejos e traições, e Leandro que se apaixonou por Antônia e resolveu recomeçar uma vida com ela..mesma coisa com Denise que se apaixonou por Marília e estava disposta a recomeçar uma nova vida ao lado dela! Aliás, palmas e mais palmas para a maravilhosa química de Paolla e Maria Fernanda. As atrizes mostraram absoluta cumplicidade em cena, fazendo com que todos se apaixonassem pelo casal e torcessem por um final feliz para as duas.

E que direção MARAVILHOSA de Fernando Meirelles! Realmente impecável!

Paolla Oliveira teve em mãos o papel mais marcante de sua carreira até o momento, e defendeu o papel com a mais absoluta entrega! Com certeza Denise/Danny Bond já está eternizada na memória do público!

E sim, foi Claudio quem atirou..basta rever a cena, pois tudo está nos detalhes! A direção em que ele vem, e como ele pára logo antes de atirar.

Anônimo disse...

Série maravilhosa e com um desfecho de alto nível! Teve gente reclamando que queria um final feliz. AH, VAI VER NOVELA!!!!

Anônimo disse...

Valeu a pena acompanhar a história por que o final foi ótimo, Sérgio. No início eu achava a série meio Zzzzz mas depois ela foi melhorando e o último capítulo foi muito bem. É verdade que a Paolla Oliveira roubou a série pra ela e ninguém vai lembrar da história e sim dela, mas isso não diminui a qualidade da produção. A Maria Fernanda Cândido faz falta em novelas, pena que ela não queira mais. Elenco ótimo, história caprichada, boa direção, enfim, mais uma grande produção mesmo.
Porém, ainda acho O Canto Da Sereia e Amores Roubados melhores, mas não tanta coisa assim.

Ed

Felisberto T. Nagata disse...

Olá, Sérgio,bom dia...
tu sabes que não sou muito de ver TV aberta, MAS, eu assisti os 10 capítulos de "Felizes para sempre?" no Gshow da Globo.com e realmente,a cena,final, da morte de Danny foi densa e tensa e como a minissérie esteve,no todo, impecável! Parabéns à direção do F.Meirelles e como disseste, além da bela atuação da bela Paolla, a grande performance do Enrique Diaz.
Bela análise final de "Felizes para sempre?"
Agradeço pelo carinho,belos dias, belo finde, abraços!

Melina disse...

Sérgio, querido, achei Amores Roubados e O Canto da Sereia bem melhores, mas essa teve muita qualidade também e teve um desfecho ótimo. Lembrei de O Rebu, onde a ambiguidade reinava entre os personagens. Histórias assim não tem como acabar com um final feliz, tinha que ser uma tragédia como foi. Engraçado que de cara achei que a Marília tinha matado, mas revendo a cena dá pra ver que foi o Cláudio mesmo. Amo essas cenas que exigem percepção do telespectador. Vc foi perfeito ao descrever o momento do tiro e como foi o Cláudio que a matou. A cena final já valeu pena série toda. Só lamento mesmo a falta de destaque de Cássia Kiss e Selma Egrei. Vamos torcer para Selma ser valorizada em Sete Vidas. Aliás, adorei o teaser. Lindo! Um beijo!

Anônimo disse...

Os atores se destacaram e os personagens foram muito bem construídos. E 10 capítulos foram poucos porque faltou desenvolver melhor a trama de Dionísio e Norma, o que implicou na falta de destaque dos atores e de Cássia Kiss. Mas o saldo é positivo.

Gustavo Nogueira disse...

Sérgio, que microssérie é essa?Foi ótima, já está na lista das melhores produções da Globo ao lado de O Rebu, Amores Roubados e O Canto da Sereia, apesar de ser inferior a essas três citadas.Lamento a falta de destaque de Cássia Kiss, Selma Egrei e Perfeito Fortuna, eles foram figurantes de luxo e tiveram seus talentos desperdiçados.Me rendo a Paolla Oliveira, no início estava com ressalvas em relação a atuação dela, mas ela esteve ótima, no último episódio destaco a cena em que ela se desfaz da vida de Danny Bond por amor a Marília e na cena em que se desespera após ser desmascarada por Marília, Paolla Oliveira se entregou totalmente, sua Dany entrou para a lista de suas melhores personagens ao lado da vilã Verônica de Cama de Gato, ela ainda teve uma ótima química com a Maria Fernanda Cândido que também esteve ótima e demonstrou muito bem a dor de sua Marília no último episódio.Outros atores que brilharam foram Enrique Diaz, João Miguel, Adriana Esteves(estou ansioso para vê-la em Babilônia), João Miguel, João Baldasserini, Carol Abras e Rodrigo dos Santos.O último episódio foi excelente, também acho que foi o Cláudio que matou a Dany Bond, a Marília ficou em choque ao vê-la morta e o Cláudio ainda tentou matá-la, mas foi impedido.Só não gostei do Joel ter ficado impune, mas é a realidade.No saldo geral a série foi ótima.

Karina disse...

Oi Sérgio!
Não tem como negar que a Paolla foi o maior destaque dessa microssérie que teve uma história simplismente fantástica. Enrique Diaz e João Miguel brilharam absolutos e eu espero que estejam logo em alguma novela e que sejam muito bem aproveitados. Adriana apesar de brilhar foi mal aproveitada (ao meu ver) ela merecia mais. Maria Fernanda teve uma química explosiva com a Paolla , tenho pra mim que o casal formado por elas foi muito melhor do que "Clarina" (apesar do talento das atrizes) espero que saia em DVD essa microssérie.

Anônimo disse...

Meu Pedacinho de Chão, O Rebu, Felizes para sempre?, Amores Roubados e O Canto da Sereia foram as últimas produções primorosas da Rede Globo. Todas primaram pela qualidade e grande elenco.

Kauê disse...

Ótima crítica Sérgio! Eu gostei muito de "Felizes para sempre?" desde a indagação do título ao último capítulo da microsérie que foi sensacional. Concordo que os três atores citados não tiveram destaque merecido, mas já valeu pela digníssima atuação dos atores envolvidos que deram show em cena. Paolla Oliveira estava fantástica, esse personagem caiu como uma luva mesmo, mostrando que ela é versátil e que em nada lembra as mocinhas que até então consta em seu currículo. Achei mais que acertada a escalação do Enrique Diaz, deu o tom certo ao personagem e suas expressões foram magníficas, ótimo ator! Fernando Meirelles também merece menção pela primorosa direção, por ter ousado e se arriscado, valeu a pena. Já o texto afiadíssimo tb foi um dos pontos altos, cheios de tiradas maravilhosas, que infelizmente tem a ver com a nossa realidade. Brasília como pano de fundo foi incrível, os clipes no finalzinho dos capítulos tb foram geniais. Antes do último eu até cogitei o fato da Marília matar a Danny Bond no final, mas foi quase isso... Analisando os detalhes da cena ficou claro mesmo que foi o Cláudio o autor do disparo, acho mt legal esse final, na verdade pra um bom telespectador todas as dicas estavam ali só não viu quem não quis... E que química entre Marília e Denise hein!!! ouso a dizer que deram um banho em muitos casais de novelas por aí. Atrizes em estado de graça, é uma pena que Maria Fernanda Cândido prefira se dedicar aos trabalhos bem menores, faz falta nas novelas. No geral o saldo final é mais que positivo.

Marcos disse...

Parabéns pela crítica! Concordo com tudo e adorei a minissérie!

Anônimo disse...

Confesso que eu queria um final feliz pra Danny e Marília, mas imaginei que não teria porque assim como O Rebu a tragédia estava clara desde o começo. Mas adorei a microssérie e me envolvi mesmo com a história. Ainda achei ótimo o autor tocar na ferida da corrupção com um texto ferino. A black bloc hipócrita que ganhava dinheiro de político era aquela Sininho, com certeza. E o Daniel Kastro disse que foi Marília que matou Denise, o que só mostra que ele nem prestou atenção no final como vc. Quem matou foi o Cláudio mesmo. Beijos.


Thamires

Gustavo disse...

A série começou monótona e demorou uns 4 dias pra engrenar, mas quando engrenou ficou ótima. O final foi grandioso e a cena final com o assassinato, a prisão do casal e depois a imagem de Brasília em preto e branco fechou a série com chave de ouro. Parabéns para a equipe. E sua crítica ficou exemplar!

Amanda Ventura disse...

Estou impressionada com a sua capacidade de observação, Sérgio. Fiquei na dúvida sobre qual dos dois seria o assassino de Danny. Não revi a cena.
Achei o último capítulo perfeito, coerente com tudo o que foi apresentado. No fim, todos se deram mal, ninguém foi "feliz pra sempre". Mesmo Joel, que ficou impune e com o dinheiro sujo do irmão, estava muito longe de ser feliz - perdeu a mulher por quem era apaixonado (ou melhor, obcecado) e voltou a usar drogas.
Produções com tramas mais realistas e com uma linguagem mais próxima do cinema tem agradado ao público. Que venham outras obras como Felizes pra Sempre?, Amores Roubados, O Rebu, Dupla Identidade, O Canto da Sereia.

Anônimo disse...

Enquanto eu assistia alguns episódios (não acompanhei por completa) a única coisa que eu pensava era: nem mesmo Fernando Meirelles consegue arrancar uma boa atuação de alguns atores (Paola Oliveira, péssima) e olha que o Meirelles é um excepcional diretor, mas ... alguns atores não ajudam, por outro lado o texto estava ótimo mesmo.

Karen disse...

Foi uma ótima microssérie e mereceu os elogios que recebeu. O final foi de alto nível e exigiu atenção do telespectador. Destaque pra Maria Fernanda Cândido, Enrique Diaz, Paola Oliveira, João Miguel, Adriana Esteves, João Baldasserini, Carol Abras, Selma Egrei, Perfeito Fortuna e Cássia Kiss, sendo que os três últimos realmente não tiveram o destaque que mereciam.

Thallys Bruno Almeida disse...

Adorei a série. Esperava ansioso por sua estreia, metade pela história em si, metada pra ver a Paolla Oliveira numa personagem bem diferente. Valeu demais a pena acompanhar toda essa história. O impacto das tramas, a ousadia das cenas e do texto, a riqueza dos personagens (Danny Bond principalmente, a mais rica de todas pra mim), as soluções de fotografia de Brasília e a trilha sonora mesclando versões cult (Como Vês - Alice Caymmi e Juízo Final - Arnaldo Antunes) e pop (até Ex My Love colocaram).

Mas mesmo a série tendo sido maravilhosa, tenho ressalvas que poderiam tê-la tornado ainda melhor.
1 - Quando assisti o clipe, imaginava que as tramas dos cinco casais fossem como principais, como o clipe deu a entender. Na série, o destaque ficou maior para a trama de Cláudio/Denise/Marília, e logo em seguida a trama de Tânia/Hugo. O casal veterano foi o menos explorado (o envolvimento da Norma - Selma Egrei - com o cara jovem só teve umas duas míseras cenas) e o casal mais jovem só foi ter algumas cenas ao longo dos outros capítulos.

2 - Li no Fefito, no R7, que algumas cenas mais ousadas/de impacto foram cortadas e senti isso na história de Denise/Daniela. Achei que ficou faltando uma maior exploração dessa história, que tb considero promissora. A própria Martha Nowill disse que chegou a gravar algumas cenas, mas nem foram ao ar.

3 - Eu achei que a Globo tivesse aprendido com o exemplo de O Rebu. Mas não. Ter que esperar futebol pra ver 15 míseros minutos de capítulo? Pelo amor de Deus. Isso é pior do que pegar o BBB.

4 - As cenas ousadas da Paolla tiveram um lado ótimo: ela deixou de ser vista como a "mosca morta sem sal" pra passar a ser vista como a musa da vez. E vê-la encarando um tipo ousado foi bom demais. Mas isso nem era tão surpresa pra mim, eu já a achava uma deusa depois que a tinha visto no Entre Lençois. Porém, o povão (o populacho mesmo) parece que só enxergou o corpo dela nas cenas mais quentes. Ela sempre foi mais que isso, era uma personagem riquíssima e uma atuação maravilhosa, de uma entrega cheia de verdade. O corpo dela acabou chamando mais atenção do que a série toda. Li até o Fernando Meirelles declarar que se soubesse que a sequência do fio dental chamaria atenção dessa forma, ele cortaria.

Ressalvas feitas, adorei as atuações de todos, mas em especial de Paolla Oliveira (o maior destaque da série pra mim), Enrique Diaz, Maria Fernanda Cândido, Adriana Esteves e João Miguel. Juntamente a Selma, Cássia e Perfeito, acrescento Martha Nowill como também pouco aproveitada.

Fico feliz também com as ambientações diferenciadas que as séries têm apresentado, pelo menos desde O Brado Retumbante, do mesmo Euclydes (que também foi em Brasília); Sereia (na Bahia) e Amores (no sertão pernambucano).

No fim das contas, o saldo é positivo, adorei cada capítulo e foi uma das melhores séries que vi. Mesmo com as ressalvas que fiz que poderiam deixar a série ainda melhor, foi um trabalho grandioso e valeu demais a pena.

Torço para que no lançamento em DVD as cenas cortadas venham como extra.

Unknown disse...

Sérgio, gostei tanto de Felizes para Sempre? quanto de Amores Roubados e O Canto da Sereia. Todos os atores de Felizes...tiveram oportunidade de se destacar, mas achei pequena a participação de Cassia Kis Magro. O penúltimo capítulo foi sensacional, mas o último, por concentrar muitas ações, achei confuso e um tanto atabalhoado. Dionísio não precisava ter contado para Norma que teve um caso com Olga, porque a esposa saiu magoada com ele, que logo foi vítima de um ataque do coração fulminante e ela acabou carregando este remorso do último encontro com ele. Quanto ao assassinato de Danny Bond, fiquei na dúvida se o assassino foi Claudio ou Marília. Achei que foi ela, pela dupla traição. Eu torcia por um final feliz para Marília, uma personagem do Bem, envolvida numa trama sórdida pelo marido, o inescrupuloso Claudio. Magnífica interpretação de Enrique Díaz, excelente direção de Fernando Meirelles, belas cenas de Brasília. Saldo final positivo.

Vera Lúcia disse...


Olá Sérgio,

Estive aqui ontem à noite, conferindo suas postagens. Comecei a comentar aqui, mas desisti porque estava no tablet e seu blog fica com as páginas dançando-rsrs. Quando vou começar a escrever a página sai do lugar. O que será isso?

Assisti essa microssérie, pois não resisti às chamadas. Perdi alguma coisa, mas nada que comprometesse o entendimento e a avaliação da qualidade da mesma e do bom desempenho dos atores. Ótima trama. Bem envolvente. Não havia percebido a autoria do tiro que matou Danny Bond. Fiquei em dúvida e acreditando ter sido da arma de Marília. Paolla esteve incrível.
Parabéns pela excelência de sua análise/crítica.

Abraço.

Unknown disse...

Felizes para sempre?, foi uma microssérie maravilhosa, com grandes atuações. A Paolla de Oliveira estava muito bem e pôde mostrar ainda mais o seu talento. Foi muito bom ver a Maria Fernanda Cândido atuando novamente. O Enrique dias, João Miguel, Adriana Esteves estavam maravilhosos em suas atuações. Acho que essa trama tinha história suficiente para não acabar agora. Que pena que durou tão pouco, já estou com saudades.
Adoraria ver o João Miguel em uma novela, ele é sensacional. Bjssss

Sérgio Santos disse...

Oi Andressa. Pois é, eu tb pensei que tinha sido a Marília, mas eu revi a cena várias vezes depois e prestei atenção em tudo. A série foi maravilhosa. bjs

Sérgio Santos disse...

Anônimo, o Joel impune é um retrato fiel do nosso país, mas ele voltou a se drogar, então pressupõe-se que não teve um bom final.

Sérgio Santos disse...

Yasmin, é verdade, a Paolla ficou maior que a série. Pena mesmo pq a produção teve mta qualidade. E boa lembrança a sua, aquele final de Av. Brasil deixou uma mensagem subliminar clara do envolvimento do Jorginho. Nesse caso tb ficou claro que foi o Cláudio. Até pq Marília não tinha habilidade com arma, pra acertar tão longe era difícil. Ele não, tinha experiência.

Sérgio Santos disse...

Thales, o final foi maravilhoso mesmo. Mas a Maria Fernanda é valorizada, o problema é que ela opta por não fazer novelas pq toma muito tempo e ela quer cuidar do filho. Por isso que só a vemos em séries. Selma Egrei em Sete Vidas será maravilhoso. E não soube disso da Susana falando da Maria, não. Estou boiando. Abçs

Sérgio Santos disse...

Não tinha como deixar de fazer, Denner. A produção merecia. E é uma pena mesmo que Cássia, Selma e Perfeito não tenham sido valorizados como merecem. abçs

Sérgio Santos disse...

Concordo, Pedro. E tb acho que se fosse uma novela das 23h substituiria a impecável O Rebu com muito mérito. O Euclydes escreveu uma microssérie instigante e mesclou relacionamentos e poder com competência. Foi mt bom ter acompanhado. E numa primeira vista parece a Marília matando, mas vendo os detalhes da cena, já fica mais claro que foi o Claudio. E adorei ele ter feito o espectador pensar no fim. Mt bom.

Sérgio Santos disse...

Exatamente, Thiciane. E concordo com seu comentário, a produção foi muito boa e a trama despertou atenção. Paolla e Maria tiveram uma baita química mesmo e o Cláudio a matou. Aliás, boa comparaçao que vc fez com Amores Roubados e O Canto da Sereia, que realmente tb perderam o principal personagem (sedutor) de forma trágica. A diferença é que nas duas anteriores, ocorreu no começo da trama, e essa no final.

Sérgio Santos disse...

Anônimo, nem tinha como ter um final feliz. Era uma tragédia anunciada e produções onde os tipos ambíguos predominam, como O Rebu e Felizes para sempre?, o fim é sempre impactante.

Sérgio Santos disse...

Ed, eu tb coloco essas duas microsséries primorosas acima dessa, mas ela vem logo atrás. E o ritmo não foi acelerado msm pq o foco era a relação, não a ação em si. E o final prendeu o fôlego. Valeu a pena ter visto.

Sérgio Santos disse...

Que bom que vc viu toda, Felis. Tinha certeza que gostaria. E a cena final foi impactante, assim como a própria Danny Bond. Abçs

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Melina. E tb achei essas duas melhores, mas a do Euclydes foi mt boa. O final foi impactante e fechou o ciclo em grande estilo. A cena do assassinato exigiu atenção. Eu revi várias vezes. E eu tb achei o teaser de Sete Vidas lindo. Já viu o clipe? Tá melhor ainda. bj

Sérgio Santos disse...

Pois é, anonimo, acabou sendo pouco pra desenvolver essa parte da trama msm. Mas o saldo é mt positivo.

Sérgio Santos disse...

Ótimo comentário, Gustavo. Está msm na lista de grande produções da Globo, embora abaixo das três citadas por vc. E tb estou ansioso pra ver a Adriana em Babilônia. Concordo com todo o seu comentário. abçs

Sérgio Santos disse...

Oi Karina. Paolla foi msm o grande destaque e tb achei esse casal infinitamente melhor que o Clrina. Eu achei que a Adriana teve um bom destaque com o João. A trama dela não era a principal e ainda assim proporcionou bons momentos pra ela. Já Cássia, Selma e Perfeito não tiveram a mesma sorte.

Sérgio Santos disse...

Concordo, anônimo, todas essas produções foram excelentes.

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Kauê. E concordo plenamente com todo o seu comentário. A série foi repleta de qualidades, incluindo atuação do elenco, o texto e as relações. Tb achei o Enrique preciso no papel, assim como Paolla e todo o resto do time. O final aparentemente foi ambíguo, mas ao observar os dtalhes, tudo era revelado. Abçsss

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Marcos!

Sérgio Santos disse...

Thamires, eu vi que o Daniel disse isso mas ele deveria ter observado os detalhes. E eu tb queria um final feliz pra elas, óbvio, mas não tinha como. Tudo era uma tragédia anunciada. O final assim fica mt mais emblemático. Bjssss

Sérgio Santos disse...

Valeu, Gustavo!

Sérgio Santos disse...

Oi Amanda. Desculpe a demora em responder. Eu demoro, mas respondo sempre. Obrigado. Olha, se puder, reveja a cena pra olhar esses detalhes. Vale a pena. E é verdade, ninguém foi feliz no final, nem mesmo o Joel pq voltou a se drogas e do jeito que estava não duraria mt tempo. Que venham mesmo mais produções do nível dessa, de O Rebu, O Canto da Serei e Amores Roubados.bjsss

Sérgio Santos disse...

Chris, não achei a Paolla péssima, mas respeito sua concepção. E o Fernando Meirelles é genial msm. abçs

Sérgio Santos disse...

Concordo, Karen.

Sérgio Santos disse...

Sim, Thallys, foi uma série ótima. O Fernando disse uma bobagem sobre cortar a cena pq foi linda e teve todo um contexto. Já não basta todas que já foram cortadas.

Sérgio Santos disse...

Tb gostei mt, Elvira. Mas reveja a cena e observa os detalhes que vc verá que foi o Cláudio que matou. Eu achei o último capítulo excelente. Gostei do Dionísio ter contado pq não gostaria da trama chegar ao fim com a Norma sendo feita de trouxa. E tb queria um final feliz pra Marília, mas era uma desgraça anunciada.

Sérgio Santos disse...

Vera, que bom vê-la de volta! Olha, eu não tenho ideia do que seja isso. :(
Mas que bom que conseguiu comentar depois. Essa produção foi excelente e fiquei feliz em saber que vc conseguiu ver. Foi muito boa mesmo e obrigado pelo carinho. bjs

Sérgio Santos disse...

Juliana, tb acho que tinha fôlego para mais alguns capítulos. E todos esses atores mereceram elogios. Foi uma produção boa demais. bjs