sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Responsável por vários sucessos em todas as faixas, Walcyr Carrasco é o autor mais versátil da Globo

Ele é praticamente uma fábrica de fazer novelas e um conquistador de sucessos. Walcyr Carrasco foi o responsável pelo maior êxito da Globo em 2015, uma vez que "Verdades Secretas", recém-terminada --- primeira trama inédita da faixa das 23h e com média geral de 20 pontos ---, foi o produto de maior audiência e repercussão da emissora no ano. E essa primorosa novela apenas evidenciou o que já estava claro há alguns anos: o autor é o mais versátil da emissora.


Walcyr já escreveu para todas as faixas da líder e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que costuma ocorrer com seus colegas, que têm um período de férias um pouco mais longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor, é praticamente uma novela a cada dois anos (vale citar que de 2011 a 2013 foram três em três anos), um intervalo bem curto de uma produção para a outra, ainda mais em se tratando de teledramaturgia que fica no mínimo quatro meses no ar.

"Verdades Secretas" é o quinto sucesso seguido do autor, o que explica o interesse da Globo em sempre selecioná-lo para a criação de novas obras. O folhetim que abordou com maestria o submundo da moda, a prostituição, o alcoolismo, a bissexualidade, as drogas, o assédio moral e sexual, os jogos de interesse e o suspense em torno de um triângulo amoroso macabro, foi um dos melhores trabalhos do Walcyr.
Entrou, com louvor, para a história da teledramaturgia. Tanto que deve ganhar vários prêmios daqui em diante, merecidamente.

A primeira novela dele foi no SBT, em 1989, quando escreveu "Cortina de Vidro". A trama não é muito lembrada, mas foi até bem ousada para a época, uma vez que teve como elemento central a figura de um milionário (Frederico Stuart - Herson Capri), que se fazia passar por um pobretão para se aproximar da jovem bailarina Branca (Betty Gofman). Ele ainda se aproximava da operária Ângela (Sandra Annenberg, antes de virar uma conhecida jornalista), formando um triângulo amoroso. Na década de 90, foi para a TV Manchete, onde escreveu três minisséries: "Filhos do Sol", "O Guarani" e "Rosa dos Rumos".


Mas seu grande sucesso na extinta emissora foi "Xica da Silva", novela que o consagrou como autor em 1996. O folhetim era extremamente forte e apresentou a primeira protagonista negra da teledramaturgia, interpretada por Taís Araújo. Vale lembrar que Walcyr assinou a obra sob o pseudônimo de Adamo Rangel, pois era contratado do SBT na época. E, em 1998, ele escreveu para o canal de Silvio Santos outra trama de grande repercussão: "Fascinação", protagonizada por Regiane Alves (sua primeira aparição na televisão) e Marcos Damigo. Além de Regiane, a produção também lançou Mariana Ximenes.


Já em 2000, o autor foi contratado pela Globo, onde está até hoje. Sua estreia não poderia ter sido melhor. Ele simplesmente escreveu, em parceria com Mário Teixeira, um dos maiores e mais lembrados sucessos das seis: "O Cravo e a Rosa". Baseada no clássico "A Megera Domada", de William Shakespeare, a trama conquistou o público e foi brilhantemente protagonizada por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis. Catarina e Petruchio eram um casal apaixonante e hilário. A novela, aliás, foi a última do grande diretor Walter Avancini, que veio a falecer em setembro de 2001.


Depois desse grande acerto, o autor teve seu primeiro tropeço na carreira. Um dos poucos. A Globo, empolgada com o êxito da primeira novela dele na emissora, encomendou logo outro trabalho e veio "A Padroeira" (2001). O tema central foi a devoção à imagem de Nossa Senhora da Aparecida, encontrada por pescadores. Mas, protagonizada por Deborah Secco e Luigi Baricelli (que formaram um casal insosso), a história foi rejeitada pelo público e teve baixa audiência. Sofreu modificações, apresentando uma ligeira melhora nos números, mas terminou como um fracasso.


Em 2002, ele foi chamado às pressas para assumir "Esperança", trama de Benedito Ruy Barbosa que estava naufragando o horário nobre da emissora. Conseguiu melhorar os índices com as alterações no roteiro, mas não fez milagre. Só que, em 2003, Walcyr reencontrou o sucesso. E foi um acerto e tanto. Novamente de volta ao horário das seis, o autor escreveu "Chocolate com Pimenta", um delicioso folhetim, que contou a história da ingênua Ana Francisca (Mariana Ximenes), menina pura, humilhada por todos, que voltou tempos depois, milionária, para se vingar de um a um. O pano de fundo era a fábrica de chocolates Bombom e esta foi a primeira trama do escritor que abusou das guerras de comida, virando uma de suas marcas em histórias mais leves. Também marcou o início de sua tão bem-sucedida parceria com o diretor Jorge Fernando.


Dois anos depois, Walcyr conseguiu superar a si mesmo. Isso porque, se mantendo na faixa das 18h, escreveu um dos maiores fenômenos do horário: "Alma Gêmea". A novela chegou a ultrapassar os 50 pontos na reta final e sua audiência foi estrondosa ao longo dos meses. A trama espírita falava de reencarnação e arrebatou o público, que vibrou com o romance de Serena (Priscila Fantin) e Rafael (Eduardo Moscovis), amou odiar as maldades de Cristina (Flávia Alessandra) e Débora (Ana Lúcia Torre) e se divertiu com as trapalhadas na pensão da Divina (Neusa Maria Faro). Essa produção, aliás, o consagrou como o 'mago das novelas de época'. Era seu quarto trabalho na Globo ambientado por volta dos anos 20.


A princípio, parecia que Walcyr ficaria limitado ao horário das seis. Mas a Globo o transferiu para a faixa das sete, como experimentação. Não deu certo inicialmente. "Sete Pecados" (2007), cujo enredo era voltado para os sete pecados capitais, foi uma novela problemática e ele ainda teve um bloqueio criativo, pedindo ajuda ao colega Silvio de Abreu. A trama, protagonizada por Priscila Fantin, não foi um fracasso, mas passou longe de ser um sucesso. Parecia que o escritor não tinha se adaptado bem ao novo desafio. Porém, sua versatilidade começou a ser exposta dois anos depois.


"Caras & Bocas" (2009) foi um dos maiores sucessos da faixa das 19h e, na época, chegou a ter mais audiência que "Viver a Vida", trama de Manoel Carlos, exibida no horário nobre. O autor ousou ao colocar um macaco, que pintava quadros vendidos a peso de ouro, como protagonista (Xico) e conquistou o telespectador com uma comédia romântica ótima. Malvino Salvador (Gabriel) e Flávia Alessandra (Dafne) formaram o casal principal e Isabelle Drummond brilhou na pele da atrevida Bianca, cujo bordão "É a treva" caiu na boca do povo. Outro perfil que se destacou foi o afetado Cássio, melhor papel de Marco Pigossi, que vivia 'rosa chiclete'.


Em 2011, o autor emplacou outro sucesso, após um início conturbado. "Morde & Assopra" tinha uma proposta ousada, mostrando que o escritor nunca teve medo de sair da mesmice. O pano de fundo era o avanço da ciência ---- através do personagem Ícaro (Mateus Solano), que construía vários robôs, incluindo um clone da sua esposa desaparecida (Naomi - Flávia Alessandra) ---- e a pesquisa de arqueólogos em busca de fósseis de dinossauros. A trama enfrentou problemas de audiência no começo, mas, após algumas pequenas mudanças, o folhetim caiu nas graças do público ----- muito por causa do carisma da doce e ignorante Dulce (vivida magistralmente por Cássia Kiss), que virou a protagonista da história.


Depois de ter emplacado sucessos da faixa das seis e das sete, o autor foi escolhido pela Globo para escrever o remake de "Gabriela", sendo a segunda novela da até então nova faixa das onze. Missão novamente cumprida. A produção foi um grande acerto e teve excelente repercussão. Porém, a personagem-título, vivida por Juliana Paes (que não convenceu neste trabalho), foi ofuscada por tipos como Dona Dorotéia (Laura Cardoso em um de seus melhores momentos na carreira), Coronel Jesuíno (saudoso José Wilker), Mundinho Falcão (Mateus Solano) e Lindinalva (Giovanna Lancellotti). A produção teve 19 pontos de média e foi a primeira ótima parceria do autor com o diretor Mauro Mendonça Filho, que se repetiu nos dois trabalhos posteriores.


Em 2013, Walcyr estreou no horário nobre e honrou a confiança da emissora. "Amor à Vida" foi um grande sucesso e ousou com a presença de um grande vilão gay, que foi o melhor papel da carreira de Mateus Solano, vencedor de todos os prêmios referentes ao cativante Félix. O personagem acabou se regenerando, em função da torcida do público para que ele ficasse com Niko (Thiago Fragoso). O casal acabou virando o par principal da novela e o beijo protagonizado por eles entrou para a história, quebrando um tabu de anos. O autismo de Linda (Bruna Linzmeyer) também arrebatou o público, assim como as trapalhadas da periguete Valdirene (Tatá Werneck) e de sua mãe Márcia (Elizabeth Savalla). A vilania de Aline (Vanessa Giácomo) foi outro acerto, assim como a homofobia de César (Antônio Fagundes, que fez a cena mais linda do folhetim no último capítulo, ao lado de Mateus Solano). A novela tem a maior média de audiência do horário nobre (36 pontos), após o fenômeno "Avenida Brasil".


E, após o grande êxito de "Verdades Secretas" em 2015 e de todos os sucessos já citados, o autor tem uma nova missão pela frente. Ele está escrevendo "Candinho" (agora chamada de "Eta Mundo Bom"), nova novela das seis que estreia em janeiro de 2016, substituindo "Além do Tempo". A trama, segundo a Globo, terá toques de "O Cravo e a Rosa" e "Chocolate com Pimenta", sendo ambientada nos anos 40. Débora Nascimento e Sérgio Guizé serão os protagonistas, Flávia Alessandra fará a grande vilã e o elenco ainda conta com nomes como Camila Queiroz, Elizabeth Savalla, Arthur Aguiar, Ary Fontoura, Jandira Martini, Ana Lúcia Torre, Guilhermina Guinle, entre outros. Ou seja, tem tudo para ser mais um novo acerto em sua carreira.


A imensa versatilidade de Walcyr Carrasco é incontestável e seu currículo é a prova. Foram vários sucessos e muitas novelas bem escritas, repletas de conflitos e personagens atrativos. A grande repercussão de "Verdades Secretas" neste ano apenas comprovou que o autor é o verdadeiro coringa da Globo, principalmente em tempos de dificuldades de audiência. Todo este reconhecimento é merecido e sua capacidade para criar novas histórias, em um curto intervalo de tempo, impressiona. Vida longa a ele!

48 comentários:

Anônimo disse...

Alguem que criou um personagem multifacetado e complexo como o Félix só pode mesmo ser um autor maravilhoso.

William O. disse...

Ele é o mais versátil mesmo. Até oa mais talentosos autores acabaram mantendo um certo DNA que marca as obras, mas o Walcyr consegue fazer uma novela das seis romântica, uma das sete divertida, uma das nove misturando temas pesados e leves, e uma das onze repleta de suspense. Acho que ele é o único autor mesmo que escreveu para todas as faixas da Globo. Maneco fez das seis e das nove, Aguinaldo só das nove, Gloria das seis e das nove, Silvio de Abreu das sete e das nove, João Emanuel das sete e das nove, enfim... Das seis, sete, nove e onze só ele mesmo. Ótimo texto.

Letícia disse...

Não tinha conhecimento mesmo dessa Cortina de Vidro. Mas de todas as outras sim e a única que não gostei foi Sete Pecados. Até de A Padroeira eu gostei, embora concorde que o casal principal era insosso mesmo.Mas Verdades Secretas, O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea são as tops. Xica eu achava violenta demais.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

concordo com tudo ,ele é um dos melhores autores da globo e eu gostei de sete pecados(que a audiencia de sete pecados pros dias de hoje seria um fenomeno)

Ulisses disse...

A versatilidade dele é clara mesmo, Sérgio. E incrível como conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Mais incrível ainda é que de todas as novelas que ele escreveu só duas não foram sucesso, isso é raro.Gostei muito desse post.

Fabíola disse...

Olá, Sérgio, confesso que tenho uma forte simpatia por pessoas versáteis e sem medo de ousar.

Acho que o grande segredo do êxito da Globo frente às suas concorrentes é saber contratar os profissionais certos como o Walcyr, por exemplo. A Record, por exemplo, não tem essa façanha. Particularmente considero as contratações dessa emissora em sua maioria bastante equivocadas.

Parece que vive de contratar aquilo que não serve mais para as outras emissoras como a Xuxa. Um dos poucos acertos dela foi o Rodrigo Faro.

Para mim, Walcyr é um gênio da teledramaturgia. Claro que ele também teve seus fracassos em algumas obras como foi bem exposto pelo post, mas isso não o desmerece em absolutamente nada, pois qualquer pessoas, por melhor profissional que seja, comete lá seus tropeços. Afinal de contas, a gente nunca está completo. Depois que a rotatividade das obras desse autor na líder é muito grande.

Então é natural que a criatividade dele fique limitada em alguns momentos, mas o cara é muito bom mesmo e também inovador.

Ele inovou bastante em Verdades Secretas. Foi uma ótima sacada criar uma personagem com ares de mocinha para só depois revelar que ela era o verdadeiro demônio da trama.

Sem contar que, ao contrário dos demais folhetins, ele não falou de homossexualidade, mas de bissexualidade, tema pouco visto nas novelas; colocando, dessa forma, a homossexualidade como algo tão natural a ponto de ser perfeitamente possível alguém se relacionar tanto com homens quanto com mulheres como se a homossexualidade, para o Walcyr, fosse apenas mais uma forma de se viver a própria sexualidade.

O final em aberto também foi legal... Mas sei lá... A novela parecia mais uma série. Acho que o final dá um gancho até para uma continuação... A gente sabe, por exemplo, que a Giovana conseguiu ir para Paris, mas será mesmo que tudo deu certo para ela e o Anthonny lá...? Eles conseguiram viver bem a três? Apesar de ter vários conflitos com o pai, ela parecia gostar dele. perceba que ausência dele a incomodava bastante. Então como ela recebeu a notícia da morte do pai lá?

A Angel e o Gui foram felizes para sempre? E a Fábia na casa de repouso?

Acho que a Globo daqui a um tempo, deveria fazer um Verdades Secretas 2... Seria interessante, acho... Beijos, Sérgio!

Xaiene disse...

Depois tem gente que não sabe porque a Globo tá sempre pedindo novela pra ele. Esse post explica.

Vitor disse...

Walcyr não é meu autor favorito e também não gosto do texto dele. Mas reconheço que ele traz audiência pra Globo e isso é muito importante para Globo (principalmente nos dias atuais) e também acho que ele deve fazer novela todo ano por que ele consegue distinguir bem as tramas

Unknown disse...

Reconheço que Walcyr Carrasco é versátil, mas nem sempre seu texto é sutil.Às vezes, beira a vulgaridade, Sergio.

Bruna disse...

Verdades Secretas é mais um sucesso que entrou pro currículo do Walcyr. Estou sentindo falta da novela até hoje e de todas essas que vc citou eu só não gostei de Sete Pecados. Xica da Silva e Cortina de Vidro eu não vi, mas a primeira foi mt elogiada.

Gabriel disse...

Com certeza um grande autor!
Eu não consigo escolher qual das novelas dele eu mais gosto, até por serem tão diferentes, Walcyr consegue ir do humor pastelão, ao suspense com sucesso.
Acho todas as novelas das seis dele perfeitas, impossível ter preferência por uma só.
No horário das sete é mais fácil, não gosto muito de sete pecados e apesar de melhorar um pouco mais para frente tbm não curti morde e assopra. Mas Caras e bocas foi realmente mt boa, personagens carismáticos, bordões q ficavam na cabeça, e ainda tinha o Xico, para mim a melhor dele no horario.
De novela das nove por enquanto só tem uma e de grande qualidade a ultima novela das 21h q eu realmente acompanhei.
No horário das 23h com certeza verdades secretas entra para a história, apesar de gostar mt tbm do remake dele de Gabriela.
Já espero a nova novela com expectativa, mas esse título novo de Eta mundo bom é terrível espero q até a estreia arranjem algo melhor ou voltem a chamar de Candinho mesmo.

Vane M. disse...

Olá, Sérgio! Nossa, quantas novelas!!!! Isso porque eu nem sabia das anteriores no tempo do SBT! Chocolate com pimenta, em minha opinião, foi a melhor. E Verdades Secretas, por ser uma trama diferente da usual, embora pesada. Abraços!

Vera Lúcia disse...


Olá Sérgio,

Que bela e completa retrospectiva das novelas de Walcyr Carrasco. Não vi todas e nem sabia que ele foi autor de todas as novelas mencionadas. Não costumo assistir às novelas das seis e da sete, salvo exceções, mas cheguei a ver "O Cravo e a Rosa". 'Amor à Vida' foi demais. Até hoje sinto saudades do Félix-rsrs. E 'Verdades Secretas' foi um novelaço. Com certeza, trata-se de um autor consagrado. Que continue a nos encantar com os seus folhetins.

Abraço.

Karina disse...

Walcyr é um dos meus autores prediletos e essa sua postagem explica o porquê da minha preferência. Vi quase todas as novelas dele, uma seleção de sucessos, e me envolvi com todas. E a Verdades Secretas foi o maior sucesso de 2015 com méritos. Estou sentindo falta até hoje, principalmente porque não tem outra novela tão boa no ar.

Anônimo disse...

Um autor de sucessos mesmo e muitos ainda o subestimam e o criticam de forma rasa, meramente por implicância.

Melina disse...

Sérgio, querido, é um dos meus autores favoritos e adorei essa postagem. Vc fez um da Lícia Manzo após Sete Vidas e agora um dele depois de Verdades Secretas. Super merecido. As melhores novelas dele pra mim são Xica da Silva, O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta, Alma Gêmea, Caras & Bocas, Amor à Vida e, lógico, Verdades Secretas. Que autor talentoso! AMO. Que venha Eta Mundo Bom! Um beijo.

Anônimo disse...

Além de ser o coringa da Globo, que sempre emplaca sucessos, ainda é o rei do Vale a pena ver de novo. Todas as suas novelas são reprisadas e mais de uma vez.

Andressa Mattos M. disse...

Ele, Lícia Manzo e João Emanuel Carneiro são os grandes autores da Globo na atualidade. Verdades Secretas foi uma marco e o sucesso que fez foi merecido.Adorei todos os capítulos e não imaginava que eu gostava tanto do autor assim. Confirmei lendo esse seu texto e constatando que assisti e gostei de praticamente todas as novelas dele, incluindo Fascinação, do SBT, que nem sabia que era dele. Amei!

Unknown disse...

O Walcyr Carrasco é o meu autor favorito junto com o JEC, não consigo escolher um melhor. E realmente ele é uma fábrica de sucessos. Não vi as novelas dele fora da Globo mas na Globo eu vi todas e a única que eu achei chata foi A Padroeira. Até Sete Pecados que foi muito criticada eu gostei bastante. A minha novela favorita dele é Chocolate com Pimenta, seguida de Morde & Assopra e Verdades Secretas. Também gostei muito de O Cravo e a Rosa, Alma Gêmea, Caras & Bocas e Gabriela. Amor à Vida eu achava mais ou menos. Fiquei muito feliz de saber que a próxima novela das 6 é dele, por que as novelas dele nesse horário sempre foram maravilhosas. E do jeito que ele faz sucesso, não duvido nada do horário das 6 batendo 30 pontos de novo. Nunca esqueci os 50 de Alma Gêmea.
Abraços

Lulu on the sky disse...

Oi Sérgio
Gostei de algumas novelas dele. Verdades Secretas não acompanhei, passava muito tarde e eu acordo bem cedo.
Big Beijos
Lulu on the Sky

Anônimo disse...

Só sucesso mesmo. Deveriam colocá-lo no horário nobre de novo pq só ele salvaria.

BIA disse...

Não conhecia a trajetória deste autor, adorei saber mais aqui com você Sérgio! :)

Bjs

Sérgio Santos disse...

Sem dúvida, anonimo!

Sérgio Santos disse...

Ele é o único mesmo que escreveu pra todas as faixas, William. E sempre com sucessos, tirando duas exceções. É o coringa da Globo e merece todo o reconhecimento. Abçs.

Sérgio Santos disse...

Letícia, eu achei Sete Pecados regular e A Padroeira foi equivocada. Aliás, o casal principal era horrível. Mas as outras todas foram excelentes. E poucos se lembram mesmo de Cortina de Vidro. Eu não vi, mas foi bem ousada pra época.

Sérgio Santos disse...

Isso éc mesmo, anonimo. Sete Pecados deu 35 de média e isso hj em dia seria megassucesso.

Sérgio Santos disse...

Que bom, Ulisses!

Sérgio Santos disse...

Fabíola, o Walcyr é um dos meus autores favoritos e quem me acompanha sabe. Concordo mt com o seu comentário e ele não tem medo de ousar e nem de sair da mesmice. Depois de explorar a homossexualidade com maestria em Amor a Vida, ele abordou a bissexualidade com competência em Verdades Secretas. E foram muitos sucessos.

E daria tranquilamente para fazer uma segunda temporada de Verdades Secretas, embora sem Alex e Carolina fique mais complicado. Mas não terá. Não existe segunda temporada de novela. Eu queria muito que a novela fosse estendida em pelo menos duas semanas pq tinha fôlego, mas não deu. Fica a saudade. bjs

Sérgio Santos disse...

Explica mesmo, Xaiene.

Sérgio Santos disse...

Por mim ele pode continuar fazendo uma novela por ano, Vitor. Eu sou fã.

Sérgio Santos disse...

Respeito sua opinião, Elvira. bjsss

Sérgio Santos disse...

Tb sinto falta até agora de Verdades Secretas, Bruna!

Sérgio Santos disse...

Excelente comentário, Gabriel. E ele faz uma novela melhor que a outra mesmo. Amor à Vida foi o último grande sucesso do horário nobre e tb foi a última que acompanhei com entusiasmo. Eu gostei de C&B e M&A, e achei Sete Pecados mediana. As das seis, tirando A Padroeira, foram todas excepcionais. E o remake de Gabriela foi excelente e Verdades Secretas a melhor das 23h. Tb preferia Candinho a Eta Mundo Bom, que é ruim msm.

Sérgio Santos disse...

Quanta novela, né, Bia? Tb amei Chocolate com Pimenta. bjão!

Sérgio Santos disse...

Eu tb sinto mta falta do Félix, Vera. Aliás, um monte de gente sente. E ele merece o sucesso que faz. bjs

Sérgio Santos disse...

Karina, compartilho da sua opinião!

Sérgio Santos disse...

Infelizmente, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Boa memória, Melina. Fiz da Lícia Manzo depois de Sete Vidas mesmo. E agora dele. Tb adorei todas as novelas citadas por vc e que venha Eta Mundo Bom! bjs

Sérgio Santos disse...

Ainda tem isso mesmo, anonimo. Várias novelas reprisadas e mais de uma vez.

Sérgio Santos disse...

Esses três autores, Andressa, estão na minha lista de preferidos. E que bom que gostou do texto e ainda serviu pra vc descobrir a autoria de Fascinação. bjs

Sérgio Santos disse...

Os 30 será algo impossível, Ed. Hj em dia não dá mais para ter isso às 18h. Mas, ele conseguiu 50 numa época que tb era impossível, então, vai saber... Ele é uma fábrica de sucessos e eu gostei de 99% das novelas dele. Abçs

Sérgio Santos disse...

Foi excelente, Lulu. bjs

Sérgio Santos disse...

Poderiam mesmo, Anonimo.

Clau disse...

Oi Sérgio,
Walcyr Carrasco é sinônimo de
inteligência, talento e sucesso.
Algumas de suas obras eu aprecio.
Gostei do seu texto relembrando
a trajetória dele até aqui.
Ainda tem muito pela frente e certamente
muitas histórias incríveis ainda virão!
Beijos \o/

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Clau. E com certeza virão. bjs

Unknown disse...

A Padroeira, por exemplo, foi uma novela de Walcyr Carrasco, das 18h, exibida no início dos anos 2000, e que lutou, durante todo o tempo de exibição, para ter uma boa audiência, inclusive mudando perfil de personagens, incluindo novos personagens, transformando uma novela que seria um drama – pesado – numa trama quase cômica! Só para se ter uma ideia, a personagem de Elizabeth Savalla, que só vestia preto, devido a sua forte e intransigente personalidade, chega num momento da trama que só usa vermelho, e seu perfil, de severo, toma ares burlescos, beirando, de fato, o ridículo. Era para que o público se sentisse agradado. Não deu muito certo. A ideia era repetir a dobradinha Walcyr Carrasco (no roteiro) e Walter Avancini (na direção), responsáveis pelo sucesso de “O Cravo e a Rosa”, que havia terminado apenas três meses antes. Havia uma certa urgência em levar a nova produção ao ar, já que Avancini estava com sua saúde abalada. Mas, infelizmente, o diretor não chegou a ver sua obra concluída: Walter Avancini foi afastado um mês após a estreia de “A Padroeira”, vindo a falecer em 26 de setembro de 2001.É... na verdade. Com a morte de Avancini, o diretor Roberto Talma assumiu a novela e, por conta dos baixos índices de audiência, a reformulou por completo.A Padroeira não foi somente repetir a dobradinha de O Cravo e a Rosa como tmb foi uma tentativa do autor resgatar o tom mais adulto e sombrio de Xica da Silva, tmb escrito por ele e dirigido por Avancini. Claro que o público rejeitou, primeiro prq a faixa das 18h não comporta a abordagem dramática que ele queria e segundo porque estamos falando da Globo. Me lembro que a novela começou muito forte, a personagem Imaculada (Elizabeth Savalla) era uma vilã maldosa tanto quanto foi Violante (Drica Moraes) em Xica da Silva. Dois meses depois a personagem de Elizabeth deixou de ser vilã para virar uma coadjuvante pastelona cheia de tiques nervosos, além de terem incluido a personagem de Suzana Vieira, que não existia no material original, para incrementar o núcleo cômico e elevar a audiência. As mudanças foram vergonhosas, e daí pra frente Walcyr esqueceu como se faz novela boa e dramática. A Padroeira deveria ter sido uma macrossérie de início de ano (no estilo A Muralha, A Casa das Sete Mulheres). Neste horário, a proposta original teria funcionado bem e não teria sido descaracterizada virando uma chanchada...Se ñ fosse Taumaturgo Ferreira p/apagar o incêndio, o fracasso teria sido bem maior.

Unknown disse...

Morde & Assopra, mesmo que pareça - não tenho culpa, ele não colabora. A novela é um erro e tenho certeza que ele deve achar isso também, mesmo que não admita publicamente, rs. A prova é que ele próprio, percebendo a caca, foi apagando todos os núcleos da história e deixou a luz em cima apenas da Cássia Kis, que brilhou e tirou leite de pedra daquele texto horroroso. Ninguém queria saber de ossos de dinossauros ou robôs, o público queria mesmo era ver a Dulce chorando...as grandes atrizes (Adriana Esteves e Cássia Kiss) dando uma aula de interpretação na mais linda, profunda e tocante cena que deixa o público emocionado é no momento em que Júlia começa a chorar triste na hora que Dulce pergunta a ela se vai morrer.