A nova novela de Rosane Svartman marca a sua estreia como autora 'solo', embora mantenha um ótimo time de roteiristas. A escritora emplacou o sucesso "Malhação - Intensa como a vida" ao lado de Glória Barreto, em 2012; a até hoje lembrada "Malhação - Sonhos" ao lado de Paulo Halm, em 2014, e os fenômenos "Totalmente Demais" (2016) e "Bom Sucesso" (2019) também junto com o parceiro Paulo. Agora, com "Vai na Fé", folhetim que estreou nesta segunda-feira (16), um novo desafio começa.
A história tem boas camadas. Bruna (Carla Cristina Cardoso) e Sol (Sheron Menezzes) são amigas desde a juventude, vizinhas em Piedade. Bruna conhece bem a amiga e está sempre ao seu lado. Teve a filha Kate (Clara Moneke), que cria sozinha, um pouco depois do nascimento de Jenifer. Com elas, o perrengue não é diferente, e Bruna se desdobra para sustentar a casa. Mas, ao contrário de Jenifer, Kate não se rende aos estudos e se aproxima de pessoas como Hugo (MC Cabelinho), um ex-namorado que escolheu entrar para o crime organizado.
Em um dia de trabalho no Centro, um cliente encomenda várias quentinhas para serem entregues em uma casa de show próxima. Sol é encarregada para a tarefa. Ao chegar lá, vê no palco Lui Lorenzo (José Loreto), cantor pop conhecido. Para a surpresa de Sol, Vitinho (Luis Lobianco), um amigo de longa data com quem perdeu contato, trabalha na produção do cantor. Na juventude, nos anos 2000, os dois, junto com Bruna, faziam sucesso nos bailes funks da Zona Norte do Rio de Janeiro, eram chamados o 'Trio do Poder'.
Sol encontra Vitinho passando um sufoco e tendo que resolver um problemão. Ele teve de demitir Érika (Leticia Salles), backing vocal da banda, porque ela traiu a confiança de Lui passando informações para o perfil de fofoca de Anthony Verão (Orlando Caldeira). Diante da situação, Vitinho vê em Sol a solução de seus problemas e a convida pra substituir Érika.Em casa, o convite cai como uma bomba. A família tem dificuldade em lidar com a novidade, mas com os pagamentos dos boletos atrasados, qual seria a opção? E eles sempre resolveram suas questões com diálogo e afeto, então, depois do choque, a expectativa de Sol é que tudo se acalme. Na igreja, o Pastor pondera que o que a move é um motivo nobre e que Sol saberá se manter íntegra. Determinada, Sol enfrenta as críticas e se apresenta com o grupo. O fato também é que ela se sente feliz no palco e logo faz sucesso com Lui & cia.
A reviravolta na vida de Sol faz com que ela reencontre Benjamin (Samuel de Assis), sua paixão na juventude, e Theo (Emilio Dantas), de quem guarda más lembranças. Os dois são amigos de infância da Zona Sul carioca e conheceram Sol no baile funk. Os caminhos deles se cruzam novamente quando o sucesso das apresentações de Sol ganha notoriedade nas redes sociais. Reviver esse passado traz consequências inimagináveis para Ben e Theo. Embora amigos de longa data, o tempo foi criando um abismo ético e moral entre os dois.
Theo é um empresário de sucesso que esconde negócios escusos. Na juventude, curtia sair das festas da elite carioca para frequentar bailes funk. Por essas andanças conheceu Orfeu (Jonathan Haagensen), hoje seu “sócio oculto” na empresa de importação e exportação, que traz mercadorias lícitas pagando menos imposto, mas ninguém sabe disso. Nem sua esposa, Clara (Regiane Alves). Insegura, ela leva uma vida cercada de futilidades, mas precisará amadurecer e encontrar forças para lidar com as dores do filho Rafa (Caio Manhente), um adolescente melancólico. Clara se sente perdida, impotente. O casamento com Théo está longe de ser uma relação bonita e saudável, e ela não percebe os danos que ele lhe causa. As relações frágeis dessa família vão justificar as consequências às quais estão predestinados.
Ben se casou com Lumiar (Carolina Dieckmann), uma colega da faculdade de Direito e advogada respeitada. Construíram uma vida profissional bem-sucedida, dividida entre o escritório de advocacia que Ben herdou do pai e o tribunal. Advogado criminalista, Ben sabe que o rapaz que foi na juventude mal reconheceria o homem que se tornou. Decidiram juntos não ter filhos, preferem viajar pelo mundo, o que é um lamento para os pais de Lumiar. Dora (Claudia Ohana) e Fábio (Zé Carlos Machado), alternativos e antíteses da filha, reclamam da falta que netos fazem em seu sítio de terapia holística em Lumiar, Região Serrana da cidade, o Refúgio Paz de Lumiar. Controladora, pragmática e metódica, Lumiar se sente completa com a relação que construiu com o marido, o trabalho no escritório de advocacia e as aulas que ministra.
Professora de Direito na faculdade, Lumiar fica próxima de Jenifer, a filha mais velha de Sol, que, da mesma forma que seus colegas de turma Yuri (Jean Paulo Campos) e Bella (Clara Serão), entrou na faculdade pelo sistema de cotas. Neste ambiente universitário de festas e também de embates, o trio forma uma rede de apoio e segurança para os conflitos que se fazem presentes no convívio com outros alunos, como Guiga (Mel Maia), Fred (Henrique Barreira) e Otavio (Gabriel Contente), de realidades completamente distintas das deles. São jovens que carregam os sonhos de um futuro melhor e mais justo, e lutam por isso, sem nunca perder a fé.
Perto da universidade, está o bar de Simas (Marcos Veras), reduto dos alunos. Foi lá que ele conheceu sua namorada, Bia (Flora Camolese), uma estudante da universidade que vai trabalhar no escritório de Ben e Lumiar. Simas completa o trio de amigos com Ben e Theo, mas a sintonia que tinham quando jovens já não parece mais a mesma.
A chegada de Sol (Sheron Menezzes) ao grupo mexe com Lui Lorenzo (José Loreto). Ele fica encantado. Vira e mexe ela precisa fugir das investidas do cantor, sob o olhar atento de sua mãe Wilma (Renata Sorrah), que não acredita quando ele diz que, dessa vez, é mais do que atração. A mãe conhece bem o filho que tem. É um homem bonito e sedutor, e ele sabe disso. Infalível em suas conquistas, desconhece o que é o amor pulando de caso em caso. Isso até encontrar Sol.
Wilma passou a cuidar da carreira do filho depois que os convites para atuar desapareceram. Da carreira de grande atriz de teatro, cinema e televisão ficaram o ressentimento e as lembranças, pois com a idade, ninguém procura Wilma para novos trabalhos. Volta e meia, cita alguma fala de uma personagem que interpretou ou de um autor que admira. Lui também já não está mais no seu auge, foi-se o tempo em que enchia uma casa de shows. Hoje, só se apresenta em pequenos teatros, mas ainda é Lui quem garante o sustento da mansão em que vivem. E que mansão! Ele cresceu à sombra de uma mãe intensa e exuberante e sem a presença do pai, Fábio (Zé Carlos Machado). A fama veio após a participação em um programa de calouros, levado pela babá. Wilma, que é uma mulher egoísta, vaidosa e sem filtro, que tenta ser chique em meio à cafonice ao seu redor, nunca admirou o artista que tem em casa.
Além de Vitinho (Luis Lobianco), que também é compositor das músicas de Lui, o esquadrão do cantor é mesmo como o de um grande artista. A tiracolo estão a backing vocal Ivy (Azzy), o DJ Cidão (Alan Campos) e os seguranças Jairo (Lucas Oradovschi) e Naira (Tati Vilela). O núcleo promete tiradas de humor e descontração na trama. As músicas de Lui Lorenzo são composições originais, criadas para o personagem. A novela estreia apresentando ao público alguns dos hits da carreira de Lui, todas no estilo pop, e coreografias que fizeram sucesso na época áurea do cantor.
"Vai na Fé" é uma novela criada e escrita por Rosane Svartman e com direção artística de Paulo Silvestrini. A obra é escrita com Mário Viana, Pedro Alvarenga, Renata Corrêa, Renata Sofia e Sabrina Rosa. A produção é de Mariana Pinheiro e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
12 comentários:
EU AMEI SÉRGIO!!!!
O que eu vi achei ok, nada que me prendesse. Os diálogos pecaram no didatismo, Loreto é ruim demais, extremamente forçado, assim como essas participações especiais de Aléxia Máximo de Salve-se quem puder e William de Bom sucesso, dois personagens chatos e irritantes que ninguém pediu. A fórmula me parece ser a mesma das novelas anteriores da mesma autora, e se o nível de previsibilidade for mantido, a mocinha ficará com o descamisado (Lui Lorenzo) e o cara branco (Otávio) com a filha birracial da mocinha (Jenifer).
Um justo e merecido sucesso, com todos os ingredientes de um folhetim que não se envergonha de sê-lo, e evidenciando o carisma dos personagens diversos e tão bem construídos por Rosane Svartman.
Guilherme
Gostei do primeiro capítulo! Estou ansiosa para descobrir se existirá Sol e Ben!!!! Amei a personagem da Carolina Dieckman. Espero que Guiga seja aquela patricinha esnobe que no fundo tem bom coração! hahahaha
Sergio Santosqual é a melhor novela da Rosane contando com Malhação Intensa, Malhação Sonhos, Totalmente de Demais e Bom Sucesso?
Sergio Santos qual o seu top 15 de casais que vc mais gosta das novelas da Rosane entre os que citei.
Vitor e Lia
Dinho e Lia
Gil e Ju
Fatinha e Bruno
Duca e Bianca
Duca e Nat
João e Bianca
Cobra e Jade
Karina e Pedro
Gael e Dandara
Jonatas e Eliza
Eliza e Arthur
Arthur e Carolina
Germano e Lili
Paloma e Marcos
eu gostei do primeiro capítulo, da abertura. vou continuar assistindo. beijos, pedrita
Sérgio, sua narrativa ame fez ficar com vontade de assistir a novela, que parece muito boa. Os personagens podem crescer ou estagnar, vai depender do desenrolar da trama!
Gratíssima por essa aula inicial de estreia amigo!!
Maravilhosa semana! :))))
A novela promete já que a autora conseguiu dois sucessos anteriores: Totalmente Demais e Bom Sucesso.
Estou com pesquisa de público no blog se puder responder, eu agradeço.
Absurdo pelo que tenho lido que a Rosane trouxe personagem de outra novela e destruiu o final deles para colocar na história. Bola fora total.
Qual é o melhor mocinho e mocinha da Rosane.
Mocinhos:
Vitor
Duca
Pedro
Jonatas
Marcos
Mocinha:
Lia
Bianca
Karina
Eliza
Paloma
Parece que vai ser bem interessante. Gostei da personagem da protagonista.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
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