quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Laís Yasmin foi a grande injustiçada da sétima temporada do "The Voice Brasil"

O "The Voice Brasil" chegou ao fim nesta quinta-feira (27/09) e o reality musical da Globo até tentou sair do desgaste através de algumas novidades, como o botão do bloqueio e a agilidade na competição que foi ao ar duas vezes na semana, chegando ao fim mais cedo que as temporadas anteriores. Porém, o formato precisa da renovação do juri urgentemente. E deixando essas observações a respeito do programa de lado, é preciso enfatizar a injustiça feita com Laís Yasmin, uma das melhores vozes da edição.


A verdade é que em todas as temporadas há um festival de injustiças, tanto em algumas escolhas questionáveis dos técnicos quanto na votação popular, sempre preferindo o ''mais do mesmo" e ignorando artistas completos. Ou seja, não foi uma novidade da sétima temporada. Todavia, ainda assim, surpreendeu negativamente ver uma voz como a de Laís eliminada em plena semifinal. O curioso é que o choque maior foi a eliminação de Priscila Tossan, que realmente era uma cantora diferenciada e franca favorita.

Mas Priscila se deixou levar pelo clima de "já ganhou", infelizmente. A candidata ter escolhido "O Sapo", cantiga infantil que mal tem letra, para sua apresentação em plena reta final de programa expôs isso. Para culminar, sua performance foi morna e o problema na dicção ficou mais evidente.
A resposta do público acabou vindo na semifinal, uma semana depois do ocorrido, eliminando a menina e surpreendendo todos os jurados, incluindo o apresentador Tiago Leifert. A expressão de consternação de Lulu Santos, seu técnico, foi a mais representativa. Já a eliminação de Laís foi vista com certa normalidade e não deveria.

Dona da voz mais potente e ao mesmo tempo doce da temporada, Laís fez apresentações emocionantes em todas as rodadas. Não por acaso, os técnicos sempre se embasbacavam com o desempenho da candidata, que logo virou uma das favoritas por razões óbvias. Mas, lamentavelmente, diante dos telespectadores sua aceitação não foi tão alta. Perdia constantemente nas votações populares e era salva por Michel Teló. A razão é seu estilo voltado mais para o pop romântico, um gênero que não está em alta no Brasil, vide o excesso de sertanejo e funk no cenário musical.

Não por acaso, aliás, Laís acabou eliminada para o triunfo de Léo Paim, o candidato sertanejo que venceu todas as votações nas rodadas do time de Teló e acabou campeão na final. O rapaz é talentoso e tem uma ótima voz, fato inegável. Todavia, representa o mais do mesmo. Iguais a ele já existe aos montes pelo país. Por isso mesmo foi decepcionante ver Michel dar os 20 pontos para o cantor, ao invés de premiar mais uma apresentação impecável de Laís. É verdade que essa pontuação não faria diferença no resultado final, pois Léo ainda ficaria com 1% a mais que a rival. Todavia, seria uma justiça do técnico ao talento raro da melhor integrante de seu time.

Laís Yasmin tem tudo para seguir a mesma trajetória de Lucy Alves, uma das favoritas da segunda temporada do "The Voice Brasil", em 2013. Ela não ganhou, mas foi a única participante que realmente fez sucesso em toda a história do reality. Até como atriz se firmou, atuando em "Velho Chico" (2016) e "Tempo de Amar" (2017). A música de abertura da recém-terminada "Orgulho e Paixão", inclusive, foi cantada por ela, que emprestou sua bela voz para a linda "Doce Companhia". Que Laís siga um caminho semelhante porque há competência de sobra. Infelizmente, a cantora foi a grande injustiçada da atual edição. O título de vencedora era dela.

15 comentários:

Anônimo disse...

Um absurdo essa menina perder praquele sertanejo com voz de padre.

Fernanda disse...

Também acho que ela tem tudo pra seguir a mesma trajetória da Lucy Alves!

Guilherme disse...

Temporada absurda, recheada de injustiças e com um vencedor ridículo. Esse programa só tá servindo pra uma coisa ultimamente: demonstrar o quanto a música brasileira caiu de qualidade e a eleição de um cantorzinho sem noção como vencedor é só a constatação disso.

Anônimo disse...

Foi até melhor a Laís não ganhar. Isso só indica que a carreira dela vai decolar daqui pra frente. O vencedor raramente faz sucesso mesmo.

Malu disse...

Na hora de citar a Lucy, você esqueceu de citar o Bruno Gadiol, que também não ganhou mas fez mais sucesso que os vencedores. No mais, realmente uma injustiça com a Laís. Priscila tem uma voz legal, mas não me agradavam muito suas apresentações, sempre achei que faltava sal, e a história do "xapo" foi realmente constrangedora, ainda mais porque o próprio Lulu a tratava como vencedora, ignorando as outras vozes de seu time na cara dura. Já os técnicos, urge uma renovação total, ou então Teló vai continuar ganhando todas, sem importar quem seja seu representante na final. Além disso, vamos combinar, estamos cansados dessa chatice de Ajaiô, deveriam deixar o Brown só no Kids e renovar as quatro cadeiras do adulto.

Unknown disse...

Olá Sérgio!!
Consegui assistir a esse The Voice mais do que os outros, foi uma ideia muito feliz colocar o programa duas vezes na semana e antecipá-lo (assim as fases ao vivo não foram prejudicadas pelo horário de verão). Apesar disso, confesso que não desenvolvi torcida por nenhum participante, embora gostasse da Laís e da outra semifinalista do time do Teló (que, mesmo assim, esqueci o nome, desculpe!). Não tenho nada contra o Léo, que venceu, mas concordo que ele é mais do mesmo e estava torcendo pelo Kevin. E não consegui gostar de nenhuma apresentação da Priscila, aquele estilo nunca me agradou, e confesso que achei muito engraçado a perplexidade de todo mundo quando ela foi eliminada, tinham certeza que ela iam vencer e foram tombados rs.
Por fim, queria destacar a cara de pau do Tiago Leifert dizendo que essa era a melhor temporada do programa. Acho que ele esqueceu da segunda temporada, onde os quatro finalistas eram talentosos, carismáticos e tinham torcida de sobra, sendo lembrados até hoje...
No mais, é isso. Abraços!!

Anônimo disse...

Se nem o "The Voice" dos EUA desperta interesse, que dirá o "The Voice Brasil"... Parece que a safra de temporadas de alguns programas da Rede Globo anda tenebrosa, na minha opinião: além do próprio "The Voice Brasil", destaco o "Big Brother Brasil" (desde o BBB 8 até o BBB 18, no momento) e "Malhação" (que, de 23 temporadas produzidas, apenas 4 se sobressaíram até hoje: as de 2004, 2012, 2014 e 2017).

Sérgio Santos disse...

Tomara, Fernanda.

Sérgio Santos disse...

Infelizmente, Guilherme.

Sérgio Santos disse...

Torço por isso, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Malu, é verdade, mas eu não citei o Bruno pq ele só fez realmente sucesso quando entrou em Malhação vivendo o Guto. Tanto que agora ele sumiu novamente, uma pena. E torço para Laís triunfar. Tb acho que já deu desse juri e já passou da hora de renovar tudo. Chega.

Sérgio Santos disse...

O Leifert sempre diz isso, Germana...Nem acrredite..kkk

Sérgio Santos disse...

O The Voice desperta interesse como entretenimento, anonimo, não para lançar talentos pq eles somem.

Anônimo disse...

Mas, a meu ver, até na missão de entreter o "The Voice Brasil" falha.

Fábio disse...

Infelizmente o programa retrata a nossa fase musical vamos ter Michel Teló vencendo por um bom tempo. E podia ser pior já imaginaram um candidato funkeiro vencendo?