quarta-feira, 12 de setembro de 2018

"Super Chef Celebridades" segue atrativo, mas votação popular prejudica o formato

A sétima temporada do "Super Chef Celebridades" estreou no dia 20 de agosto e o formato segue proporcionando para o público ótimos momentos, mesclando dicas importantes sobre cozinha com uma divertida disputa culinária. São três semanas no ar com várias provas gastronômicas, muitos Workshops e comentários bem-humorados de Ana Maria Braga e Louro José (Tom Veiga) a respeito do desempenho dos participantes.


O time de 2018, inclusive, foi muito bem selecionado. Rainer Cadete, Rafael Cortez, Raul Gazolla, Carla Diaz, Daiane dos Santos, Françoise Forton, Maria Joana e Rafael Zulu foram os escolhidos e todos se mostraram empenhados em aprender ao longo da competição. O fato do quadro estar há seis anos no ar implica, por sinal, em uma maior facilidade na escalação de artistas mais 'famosos' para o reality. No início, naturalmente, era mais complicado levar uma atriz como a Françoise, por exemplo.

O simpático Roland Villard seguiu como chef fixo do juri e novamente se destacou com bons comentários a respeito dos pratos de cada um  dos avaliados. As provas também primaram pelos desafios criativos e complicados para os participantes, que muitas vezes se viram em situações nada tranquilas diante do tempo.
Era uma luta contra o relógio ---- como costuma ocorrer no famoso "Masterchef", da Band. O agravante do "Super Chef" é a inexperiência quase total dos integrantes.

E impressiona como o programa se adapta bem ao quadro. Não há correria para a exibição das etapas. Durante um mês, Ana Maria deixa de lado matérias sobre variedades e as suas sempre adoradas receitas para se dedicar exclusivamente ao reality. É como se o título "Mais Você" cedesse o lugar para "Super Chef Celebridades". Tanto que a disputa é um dos grandes êxitos do programa. Continuará no ar por muitos anos ainda.

Pena que o único ponto negativo da atração siga presente: a votação popular. É o único reality culinário do país que apresenta esse tipo de recurso e nunca funcionou. Pelo contrário, expõe a injustiça em torno das escolhas bastante questionáveis do telespectador. Não tem lógica uma disputa em torno dos sabores dos pratos ter como fator determinante para a eliminação do candidato a preferência de quem assiste. O público, obviamente, não come nada.

Na atual temporada, por exemplo, o beneficiado pelo telespectador foi Rafael Cortez. Sempre aquém nas provas, o participante sobreviveu a duas "Panelas de Pressão" (sinônimo do popular "Paredão" do "BBB") seguidas e não merecia. Carla Diaz e Françoise Forton, que também não se saíram bem, acabaram preteridas. Se o intuito é ter alguma interação com quem assiste, a produção poderia ao menos elaborar a mesma medida do "Jogo de Panelas", outro quadro de sucesso: transformar a preferência popular em um ponto para um determinado candidato. Esse ponto, então, seria somado ao acumulado. Pronto. Isso bastaria para ajudar ou não um candidato. Porque não é possível dar um peso de eliminação ao público que não experimenta a comida.

Vale lembrar, inclusive, que nas primeiras edições havia uma injustiça até maior: o povo escolhia o ganhador do reality na final. Esse absurdo premiou Max Fercondini, que sempre cozinhou pior que a favorita Milena Toscano em 2012. Ao menos a questão foi solucionada nas últimas temporadas: na final, a escolha do espectador vale um ponto apenas. Ou seja, não custaria nada alterar a regra em cada eliminação. Ao menos o público manteve Maria Joana quando a participante correu o risco de ser eliminada. Ela é uma das melhores competidoras.

O "Super Chef Celebridades" é um ótimo entretenimento e segue muito interessante de se acompanhar. A sétima temporada se mostrou tão atrativa quanto as anteriores, mas a insistência na votação popular continua sendo o maior defeito do reality.

8 comentários:

Heitor disse...

Concordo e nunca entendi essa insistência. Você todo ano reclama com razão.

Matheus Nogueira disse...

Sérgio,vc tem razão.até hoje,não me conformo com a Milena ter perdido pro Max em 2012.fica a pergunta e você descasca o pepino,Sérgio:caso o sistema atual tivesse sido adotado em 2012,a Milena Toscano teria ganho tranquilamente?

Anônimo disse...

Por falar em Milena Toscano, ela está já dando adeus a novela do Sbt. Que pena! Está ótima no papel. Tomara que a Thaís Melchior cumpra bem a missão de substitui-la.

Gabriella disse...

Torço pra Maria Joana e é uma pena ve-la na berlinda com a Daiane.

Sérgio Santos disse...

Exato, Heitor.

Sérgio Santos disse...

Teria, Matheus.

Sérgio Santos disse...

Achei um absurdo isso, annonimo.

Sérgio Santos disse...

Ainda bem que ela ganhou, Gabriela.