A segunda temporada de "Os Outros" estreou no dia 15 de agosto no Globoplay e chegou ao fim nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, após a disponibilização dos dois últimos episódios. A continuação da trama de sucesso do ano passado dividiu as opiniões e foram muitas as reclamações, ao contrário da primeira, que foi aclamada por público e crítica. No entanto, deixando as questões de roteiro para outro texto, é inegável que a nova saga foi dominada por três atores: Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin.
O autor Lucas Paraizo planejou uma trilogia de "Os Outros" através da Cibele (Adriana Esteves). O autor me contou na coletiva da série que sua intenção é buscar uma resposta no último episódio da terceira temporada, caso realmente tenha, em relação ao que aconteceu no primeiro episódio da primeira temporada, quando aquela mãe de classe média resolveu comprar uma arma. Ou seja, a personagem é o elo das três sagas e, ao menos nas duas já exibidas, apresentou cargas dramáticas bem distintas.
Na primeira temporada de "Os Outros", Cibele era quase que a representação da fúria. A expressão 'Não mexe com meu filho que viro uma leoa' coube perfeitamente para aquela mulher que virou bicho desde que Marcinho (Antônio Haddad) foi espancado por um rapaz que morava no mesmo condomínio na Barra da Tijuca.
Já na segunda, a mesma personagem enfrentou a desgraça do quase luto, que nada mais é do que a angústia de ter um parente desaparecido, sem nunca saber se está vivo ou morto. Aquela mãe raivosa deixou o ódio em segundo plano e passou a alimentar uma esperança que, apesar de incansável, brigava com um conformismo teimoso. E Adriana Esteves soube mudar o tom com uma precisão que só os grandes conseguem, ao mesmo tempo que conseguiu manter a essência daquele difícil papel. A sua emoção na cena em que reencontrou o filho --- e na sequência em que viu a tatuagem que Marcinho fez para ela --- representou muitas mães. É até injusto mencionar alguns momentos porque a veterana sempre sobressaiu em todos, mesmo com o menor destaque que teve na segunda temporada.Eduardo Sterblitch foi outro ator que veio da primeira temporada, mas agora ganhou muito mais importância. Sérgio ganhou o quase protagonismo na continuação. Ainda mais à vontade no papel, Edu se mostrou seguro em cena e imprimiu um tom mais sarcástico para o miliciano, o que rendeu alguns momentos involuntariamente cômicos. O monstruoso vilão ganhou alguns contornos, como um passado traumático nas mãos de sua avó, interpretada pela magistral Walderez de Barros. A relação de dominação que o criminoso passou a ter com Marcinho, assim como os momentos de constante tensão entre o personagem e a filha, Lorraine (Gi Fernandes) e a 'esposa', Joana (Kênia Bárbara), resultaram em cenas incômodas e complicadas de serem feitas. Mas Edu não demonstrou qualquer dificuldade e ainda fez uma ótima parceria com Letícia Colin, que é quase da sua família, já que ele é padrinho do filho dela e ela madrinha do filho dele. A obsessão que Sérgio passou a ter por Raquel elevou a temperatura da trama.
E Raquel foi a única personagem nova da segunda temporada que apresentou complexidades bem trabalhadas, o que fez de Letícia o destaque mais positivo da trama. Em meio a novos perfis que se mostraram confusos e com conflito mal trabalhados, a pastora evangélica era um tipo que flertava com a psicopatia em determinados momentos e em outros era dominada pela sua instabilidade emocional. Um tipo comum nas histórias ambientadas em Gotham, conhecida cidade do super-heroi Batman. Ela facilmente teria um lugar no Asilo Arkham. A personagem que promovia cultos em sua casa de luxo em um condomínio privado e esbanjava doçura diante de seus vizinhos, ao mesmo tempo enfrentava sérios problemas em seu casamento, tinha obsessão em engravidar e traiu seu marido com Sérgio, o vizinho por quem tanto tinha desprezo e ódio. A atriz compôs essa difícil personagem sem passar perto da caricatura, o que era quase impossível diante dos acontecimentos ao longo dos episódios. E também vale ressaltar que as interpretações de Letícia nunca se assemelham, tanto que sua atuação na série não lembrou em nada a Vanessa, de "Todas as Flores", seu último trabalho e outro perfil que tinha sérias instabilidades emocionais.
Cibele, Sérgio e Raquel foram a força motriz da segunda temporada da série de Lucas Paraizo, dirigida com brilhantismo por Luisa Lima. E os atores corresponderam em cada cena. Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin foram as três potências de "Os Outros".
15 comentários:
Foram mesmo maravilhosos em suas atuações.Tenho que terminar de assistir!
Deixo um abração, lindo fds! chica
Ainda vou assistir a essa série. De resto, fique sempre feliz quando fico sabendo que os nossos artistas tiveram desempenho mais do que satisfatório em seus trabalhos.
Beijão e bom fim de semana
Olá, Sérgio.
Comecei assistir Os Outros e eu sou muito fã da Letícia Colin que se supera a cada trabalho vide Todas As Flores, Onde Está Meu Coração e agora essa série.
Me surpreendi com o talento do Edu que consegue variar do drama a comédia em um piscar de olhos.
Já Adriana Esteves é maravilhosa, consegui sentir toda dor dela logo na primeira cena dessa nova temporada.
Ainda não terminei de assistir, mas em breve também darei minha resenha.
big beijos
Lulu on the sky
Oi!
Adoro o trabalho dos três, mas ainda não assisti Os Outros, que bom bom que eles são a força da série na temporada.
https://deiumjeito.blogspot.com/
Menino, tenho que ver esta série!
Bom fim de semana! Beijos!
Olá, tudo bem? Eduardo Sterblitch já tinha se destacado na primeira temporada de Os Outros. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
Gosto muito do trabalho da Adriana Esteves!
Beijos e Abraços,
BLOG | Instagram
Bjs, Chica
Isso é verdade, Marly.
No aguardo, Lulu.
Bjs, Gio.
Vale a pena, Ane.
Ja sim, Fabio.
Eu tb, Isabel.
Terminei de assistir na quarta agora. E fui buscar suas impressões no Twitter 🤡
( Saudades das loucuras de lá )
Concordo contigo, o trio segurou essa temporada no colo.
Esperando o que a Cibele e o Marcinho ainda vão aprontar. Será que ela entra pra Milícia?
Tirando os pontos baixos, que foram os personagens perdidos da Maria e o filho que não fariam falta se não tivessem existido, achei uma temporada justa e com ganchos emocionantes de um episódio para o outro.
Amo você Sérgio! Saudades de te acompanhar no TT
Beijão
Dái
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