Após dois anos de pandemia, o avanço da vacinação permitiu que em 2022 a vida das pessoas voltasse ao (quase) normal e assim houve o retorno da rotina das gravações de novelas e séries, realização de shows e peças teatrais, enfim. No entanto, foram muitas perdas na classe artística e vários nomes e peso deixaram o cenário cultural mais vazio e triste. Hoje se inicia a retrospectiva tradicional do blog e começando com saudade.
Batoré (1961 - 2022):
Ivanildo Gomes Nogueira, conhecido do grande público pelo seu personagem mais famoso, o Batoré, do humorístico "A Praça é Nossa", faleceu dia 10 de janeiro, aos 61 anos. Em 2016, foi para a Globo, onde atuou em "Velho Chico" como o delegado Queiroz. Em 2019, voltou para o SBT, após um afastamento de 15 anos. O ator enfrentava um câncer.
Françoise Forton (1957 - 2022):
A atriz faleceu aos 64 anos, no dia 16 de janeiro, após quatro meses de internação. Ela enfrentava um câncer pela segunda vez (a primeira foi em 1989, quando gravava "Tieta"). Com mais de 40 novelas no currículo, Françoise sempre esbanjou elegância e não por acaso acabava ganhando perfis parecidos em folhetins. Um de seus tipos mais lembrados foi a perua Meg, de "Por Amor" (1997). Sua última novela foi "Amor sem Igual", na Record, em 2019. Deixou o marido, o produtor cultural Eduardo Brata, e o filho, Guilherme Forton Viotti.
Elza Soares (1931 - 2022):
Voz rouca, potente e inesquecível. Uma das maiores cantores do país faleceu aos 91 anos, no dia 20 de janeiro, de causas naturais. Ironicamente, faleceu no mesmo dia 20 de seu grande amor: Garrincha. Elza é uma das grandes referências da classe artística e lançou 34 discos com mistura de samba, jazz, eletrônica, hip hop e funk. Casou-se obrigada aos 12 anos, virou mãe aos 13 e ficou viúva aos 21. A vida não foi fácil, mas conseguiu o sucesso com muita batalha.
Theresa Amayo (1934 - 2022):
A atriz faleceu no dia 24 de janeiro, aos 88 anos, vítima de um câncer. Viúva do polímata Mário Brasini, deixou dois filhos e uma neta. A veterana começou a atuar em 1950 e teve uma vitoriosa carreira no cinema, teatro, rádio e televisão. Na Globo, estreou em "O Rei dos Ciganos" e participou de várias novelas, como "Pecado Capital", "Senhora do Destino", "Flor do Caribe", "Além do Tempo" e "A Regra do Jogo". Sua última aparição na TV aberta foi na novela "Topíssima", da Record, em 2019.
Isaac Bardavid (1931 - 2022):
Um dos maiores dubladores brasileiros e um ator fantástico. Isaac faleceu no dia 1 de fevereiro, aos 90 anos --- faria 91 no dia 13 de fevereiro ---, vítima de um enfisema, doença degenerativa que agride os tecidos do pulmão. Estava internado para tratar a doença e não resistiu. O intérprete fez várias novelas e filmes, mas sua voz sempre foi a maior protagonista de sua vida. Vários personagens icônicos ficaram marcados por ela, como Wolverine, Tigrão, o vilão Esqueleto, Freddy Krueger, entre tantos mais. Grande perda.
Arnaldo Jabor (1941 - 2022):
Cineasta, cronista e jornalista sofreu um AVC em dezembro de 2021 e estava internado desde então. Faleceu aos 81 anos, no dia 15 de fevereiro. Responsável por vários livros e filmes de sucesso ("A Suprema Felicidade", exibido em 2010, foi seu último longa), Jabor ficou mais conhecido pelo comentários críticos e ácidos sobre as mazelas do país em vários telejornais da Globo. O "Jornal da Globo" foi o que mais contou com a participação do jornalista. Sua última aparição no jornal foi em novembro do ano passado.
Paulinha Abelha (1979 - 2022):
A vocalista da banca Calcinha Preta faleceu aos 43 anos, no dia 23 de fevereiro, após uma internação, iniciada no dia 17 de fevereiro, por problemas renais. Segundo a nota do hospital, a causa da morte da cantora foi um comprometimento multissistêmico. Paula estava em um ótimo momento da carreira.
José Carlos Sanches (1955 - 2022):
O ator foi encontrado morto em sua casa, aos 67 anos, no final de fevereiro. Afastado da televisão desde 2010, quando fez uma participação na série "Afinal, o que querem as mulheres?", José era conhecido por vários participações em novelas, como "Éramos Seis", "Zazá", "O Clone" e "Senhora do Destino". Um de seus papéis mais lembrados foi o canalha Fausto, de "Por Amor", responsável por incriminar o piloto de helicóptero Nando (Du Moscovis).
Djenane Machado (1952 - 2022):
A atriz vivia reclusa há muitos anos e faleceu aos 70 anos no final de março. Conhecida como a primeira Bebel de "A Grande Família", a intérprete também marcou presença em algumas novelas da Globo, como "O Cafona", "O Primeiro Amor", "Estúpido Cupido" e "Espelho Mágico".
Lygia Fagundes Telles (1924 - 2022):
A grande dama da literatura do país, premiada autora de "Ciranda de Pedra" e "As Meninas", faleceu aos 98 anos, no dia 3 de abril, de causas naturais. Conhecida por mergulhar na análise psicológica de seus personagens, a escritora completaria 99 anos no dia 19 de abril. Formada em Direito pela USP e Procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, brilhou tanto no romance quanto nas histórias mais curtas. Uma referência.
Suzana Faini (1933 - 2022):
A atriz faleceu no dia 25 de abril, vítima de complicações do Mal de Parkinson. Suzana era uma profissional respeitada e brilhava em todo trabalho. Transformava qualquer papel pequeno em grande. Atuou em várias produções da Globo, como "Irmãos Coragem", "Selva de Pedra", "A Favorita", "Caminho das Índias" e "Salve Jorge". Querida da autora Elizabeth Jhin, esteve em "Escrito nas Estrelas" e sua última novela foi "Espelho da Vida", em 2019, quando viveu duas personagens: a Guardiã da casa de Júlia Castelo e Albertina, a avó da protagonista na vida passada. Sua última aparição na tevê foi na série "Sob Pressão".
Breno Silveira (1964 - 2022):
O respeitado cineasta morreu no dia 14 de maio, vítima de um infarto fulminante, durante as filmagens de "Dona Vitória", filme exclusivo da Globoplay, na cidade de Limoeiro, em Pernambuco. O diretor de filmes de sucesso, como "Dois Filhos de Francisco" e "Gonzaga: de pai para filho" faleceu fazendo o que mais gostava: arte. Faleceu sentado, de frente para o monitor do set de filmagem. Uma perda precoce que chocou a classe artística.
Milton Gonçalves (1933 - 2022):
Um dos primeiros contratados da Rede Globo e uma das maiores referências das artes dramáticas e do movimento negro. O ator faleceu no dia 30 de maio, aos 88 anos, vítima das sequelas adquiridas após o AVC que sofreu em 2020. Foram várias novelas, séries e filmes que contaram com seu talento, não só como ator, pois também trabalhou como diretor em muitas produções. Sua última aparição na Globo foi no especial "Juntos a Magia Acontece" em 2019.
Neila Tavares (1949 - 2022):
A atriz e escritora faleceu no dia 04 de junho, aos 73 anos. Diagnosticada com enfisema pulmonar em novembro do ano passado, foi internada quatro vezes nos últimos meses Neila atuou em "Gabriela" (1975), "Anjo Mau" (1976) e "Chega Mais" (1980). Estava afastada da televisão há muitos anos e sua última aparição foi na série "As Brasileiras", em 2012. Sua carreira no cinema rendeu ótimas atuações em filmes como "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973), "As Borboletas Também Amam" (1979) e "Cada Vez Mais Longe" (2017).
Rubens Caribé (1966 - 2022):
O ator faleceu no dia 5 de junho, aos 56 anos, em São Paulo. Ele sofreu uma parada cardíaca. Rubens enfrentava um câncer de boca e estava fazendo tratamento há alguns anos. Era casado com o produtor musical Ricardo Severo desde 2018. Galã da década de 90, o intérprete participou de várias novelas, entre elas "Fera Ferida" (1993), "Sangue do Meu Sangue" (1995), "Os Ossos do Barão" (1997) e "Malhação" (1995). Distante da TV desde 2014, quando fez uma participação na série "O Negócio", da HBO, o ator se dedicava ao teatro.
Maria Lucia Dahl (1942 - 2022):
A atriz faleceu aos 80 anos, no dia 16 de junho, e sofria de Alzheimer. Não resistiu a uma complicação nos rins. Morava no Retiro dos Artistas há dois anos. Musa da televisão nos anos 80 e 90, Maria ficou conhecida por suas participações em novelas e minisséries como "Anos Rebeldes", "Salsa e Merengue, "Bambolê, "Torre de Babel", entre outras. Sua última aparição na TV foi em "Aquele Beijo", exibida em 2011. Era irmã da figurinista Marília Carneiro e mãe da também atriz Joana Medeiros.
Ilka Soares (1932 - 2022):
A veterana faleceu aos 89 anos, no dia 18 de junho, em decorrência de um câncer no pulmão. A atriz atuou em mais de 15 minisséries, programas de humor, e novelas como "Anjo Mau", "Elas por Elas", "Te Contei?", "Top Model", "Mandala", "Barriga de Aluguel" e "Pecado Capital". Sua última aparição em folhetins foi uma breve participação em "Cobras & Lagartos", exibida em 2006. No mesmo ano também participou de um episódio da série "A Diarista". Deixou três filhos, netos e bisnetos.
Marilu Bueno (1940 -2022):
A querida atriz faleceu no dia 22 de junho aos 82 anos, após complicações de uma cirurgia no abdômen. Marilu sabia transformar qualquer coadjuvante em sucesso. Entre suas personagens mais memoráveis estão a empregada Olívia, de "Guerra dos Sexos", a dona Tetê, de "A Gata Comeu", e a Fada Margarida do infantil "Caça-Talentos". Sua última novela foi "Salve-se Quem Puder", em 2020.
Danuza Leão (1933 - 2022):
A jornalista, escritora, modelo e atriz faleceu aos 88 anos, no dia 22 de junho, vítima de insuficiência respiratória. Ela sofria de enfisema pulmonar. Fez história como modelo e ditou comportamento em livro de etiquetas. Deu início em sua carreira como modelo na década de 50, quando se tornou uma das primeiras brasileiras a desfilar no exterior. Irma da cantora Nara Leão, acompanhou o nascimento da Bossa Nova. Também foi jurada de programa de TV, dona de boutique, produtora de arte, promoter de boates no Rio e colunista de jornal.
Sergio Paulo Rouanet (1934 - 2022):
O diplomata e ex-ministro da cultura faleceu, aos 88 anos, no dia 4 de julho, vítima de complicações da Síndrome de Parkinson. Autor da Lei de Incentivo à Cultura no Brasil, chamada de Rouanet, foi o responsável por uma revolução no setor cultural do país que até hoje colhe frutos de sua iniciativa. Muitos que criticam a lei não têm a menor noção de como funciona. Sergio deixou a mulher, a filósofa alemã Barbara Freitag e três filhos: Marcelo, Luiz Paulo e Adriana.
Nádia Carvalho (1955 - 2022):
A atriz e dubladora faleceu no dia 11 de julho, aos 67 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), sofrido alguns dias antes. Referência na dublagem nacional, Nádia foi a voz de várias personagens marcantes, como a Edna Moda, de "Os Incríveis", a mãe do Dexter, do "Laboratório de Dexter", a avó do Sid, de "A Era do Gelo", entre outras. Também foi a voz de atrizes renomadas, como Diane Keaton e Queen Latifah. Ainda brilhou em programas de humor na Globo, como a "Escolinha do Professor Raimundo", onde interpretou a personagem Santinha Pureza, cujo bordão era 'Eu goistio'.
Maria Fernanda (1925 - 2022):
A atriz faleceu no dia 30 de julho, aos 96 anos, vítima de uma pneumonia bacteriana. Era uma das três filhas da poetisa Cecília Meirelles. Considerada uma das últimas remanescentes da primeira geração de atrizes modernas do Brasil, dedicou mais da metade de sua vida às artes cênicas. Participou de novelas históricas, como a primeira versão de "Gabriela", "Pai Heroi" e "Dona Beija". Sua última aparição naa televisão foi em 1988, na novela "Olho por Olho".
Jô Soares (1938 - 2022):
Um dos maiores gênios do país. Dramaturgo, artista plástico, apresentador, humorista, ator, escritor e artista plástico, Jô era o melhor em tudo o que se propunha a fazer. Faleceu no dia 5 de agosto e a família não divulgou a causa da morte. Uma perda gigante para a cultura nacional. Foram mais de 20 mil entrevistas e 300 personagens ao longo de sua vitoriosa trajetória.
Cláudia Jimenez (1958 - 2022):
A atriz faleceu aos 63 anos, no dia 20 de agosto, vítima de insuficiência cardíaca. Foram muitos anos enfrentando problemas no coração por conta de uma quimioterapia que o enfraqueceu, feita em 1986 para se curar de um tumor no tórax. A humorista fez história com personagens emblemáticas, como Dona Cacilda, na "Escolinha do Professor Raimundo", e a empregada Edileuza, no "Sai de Baixo". Sua morte chocou o público.
A cantora, da dupla sertaneja As Galvão, morreu no dia 24 de agosto, em São Paulo, aos 80 anos. Marilene Galvão, que sofria de Alzheimer, deixou de cantar e tocar viola ao lado da irmã, Mary Galvão, depois de mais de 70 anos de carreira. A dupla foi pioneira no universo da música caipira. As duas foram as primeiras mulheres do cenário sertanejo, na época dominado pelos homens.
Silvio Lancelotti (1944 - 2022):
Ex-comentarista de futebol internacional e especialista em gastronomia, o jornalista ficou eternizado pelas transmissões do campeonato Italiano na TV Bandeirantes ao lado do narrador Silvio Luiz. Silvio sofreu uma paarada cardíaca enquanto estava em casa e faleceu, aos 78 anos, no dia 13 de setembro.
Mário César Camargo (1947 - 2022):
Longe da televisão desde 2016, o ator sofreu uma queda em casa, aos 75 anos, no dia 10 de outubro, e não resistiu aos ferimentos. Esteve em várias tramas da Globo, como "Partido Alto", "Coração de Estudante", "Começar de Novo", "Chocolate com Pimenta", "Hoje é Dia de Maria", "Insensato Coração" e a série "Supermax", seu último trabalho na tv.
Susana Naspolini (1972 - 2022):
A repórter mais querida e amada do "RJ TV", jornal local da Globo no Rio de Janeiro, faleceu aos 49 anos, no dia 25 de outubro, após uma dura luta contra um câncer na bacia. Embora amada pelos cariocas, Susana era de Criciúma, Santa Catarina. Aos 18 anos, descobriu um câncer nas células do sistema linfático, a primeira de cinco batalhas contra a doença. Desde 2008, se revezava com outros jornalistas no quadro "RJ Móvel", mas em 2013 foi efetivada e sua vida mudou. Virou ícone do jornal e cada vez mais amada pela população. Em 2017, passou a apresentar o "Globo Comunidade" em paralelo com o quadro de sucesso. Em 2019, lançou o livro "Eu Escolho Ser Feliz", uma autobiografia sobre sua luta contra o câncer, e em 2021, "Terapia com Deus", em que revela como a fé ajudou a superar a perda do pai e o último diagnóstico de câncer.
Paulo Jobim (1927 - 2022):
Filho de Tom Jobim, o músico faleceu aos 72 anos, no dia 4 de novembro, por complicações de um câncer de bexiga que enfrentava há dez anos. Cantor, guitarrista, arquiteto, arranjador e flautista, trabalhou ao lado de grandes músicos como Milton Nascimento, Chico Buarque, Sarah Vaughan, Astrud Gilberto, além do pai. Tinha três filhos, Daniel, Dora e Isabel.
Gal Costa (1945 - 2022):
Uma das maiores vozes do Brasil. A admirável cantora faleceu o dia 9 de novembro, aos 77 anos, e a causa não foi divulgada pela família. Foram 57 anos de carreira e muitos clássicos da MPB, como "Meu Nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu Bem, meu Mal", "Barato Total", e "Brasil", tema de abertura da novela "Vale Tudo". Sua morte chocou o país e deixou milhares de brasileiros de luto.
Rolando Boldrin (1936 - 2022):
No mesmo dia que faleceu Gal Costa, o país perdeu outra figura icônica. O ator, apresentador, cantor e compositor partiu aos 86 aos, vítima de insuficiência respiratória e renal. Estava internado há dois meses. Estava à frente do programa "Sr. Brasil", na TV Cultura, há 17 anos. Participou de diversas novelas como "A Viagem", "O Profeta", "Cara a Cara" "O Direito de Nascer", "Os Imigrantes", entre outras. Criou e apresentou a primeira versão do "Som Brasil" na Globo e outras atrações, como o "Empório Brasileiro", na Band, e o "Empório Brasil", no SBT. Uma trajetória que se misturava com a história da televisão e da música.
Roberto Guilherme (1938 - 2022):
O eterno Sargento Pincel, personagem icônico de "Os Trapalhões", faleceu no dia 10 de novembro, aos 84 anos. Ele lutava contra um câncer havia alguns anos. Roberto, além de ator, também era dublador e esteve em vários filmes ao lado de Renato Aragão e em muitas produções da Globo. Sua última aparição na tevê foi na série "Dra. Darci", no Multishow, em 2018.
Isabel Salgado (1960 - 2022):
Uma das maiores referências do vôlei brasileiro faleceu no dia 16 de novembro, aos 62 anos, vítima de uma pneumonia bacteriana. Maria Isael Barroso Salgado disputou as Olimpíadas de Moscou (1980) e Los Angeles (1984) no vôlei de quadra e depois, no início dos anos 1990, migrou para o vôlei de praia, em que foi uma das pioneiras mundiais da modalidade. Deixou cinco filhos e cinco netos.
Liziette Negreiros (1941 - 2022):
Referência do teatro negro brasileiro, a atriz faleceu no dia 17 de novembro, aos 81 anos. A artista participou de espetáculos consagrados, fez carreira na TV e trabalhava como curadora no Centro Cultural de São Paulo. Atuou na TV Tupi, Rede Record e Bandeirantes em minisséries e novelas, como "Os Imigrantes"' (1981), "Moinhos de Vento" (1983) e "Alma de Pedra" (1998).
Erasmo Carlos (1941 - 2022):
Um dos ícones da Jovem Guarda faleceu no dia 22 de novembro, aos 81 anos, vítima de paniculite complicada por sepse de origem cutânea (inflamação da camada de gordura que fica abaixo da pele). O querido cantor passou por uma covid severa que deixou sequelas. Chegou até ter alta, mas logo acabou internado novamente. Sua partida deixou o país de luto e Roberto Carlos sem seu amigo de fé, irmão camarada.
Márcia Manfredini (1960 - 2022):
A atriz faleceu no dia 5 de dezembro, aos 62 anos. Dormiu e não acordou mais. Uma partida súbita e dolorosa. Márcia ficou conhecida do público como a Dona Abigail, de "A Grande Família", mas fez inúmeras participações em séries e novelas. Um outro trabalho marcante foi no seriado "Sandy e Júnior," onde viveu a fofoqueira Irene. Estava no ar na série "Família Paraíso", na Globo, e gravaria a segunda temporada ano que vem. Triste.
Helena Xavier (1930 - 2022):
A veterana faleceu aos 92 anos, no dia 5 de dezembro, de causas naturais, em casa. Na década de 50, participou de atrações como o "Teatro Trol", "Grande Teatro Tupi" e "Câmera Um". A atriz tinha uma longa carreira no teatro e atuou em novelas da Record, como "Caminhos do Coração", "Os Mutantes", e "Promessas de Amor". Na Globo, atuou na série "Caso Especial".
Betito Tavares (1980 - 2022):
O ator faleceu no dia 15 de dezembro, aos 42 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família. Betito pode ser visto atualmente na reprise de "Coração de Estudante", no Canal Viva, onde viveu seu momento de maior destaque na carreira na pele do divertido Cardosinho. Ele também esteve em "Malhação" e estava afastado da televisão há muitos anos. Se dedicava mais ao teatro.
Nélida Piñon (1937 - 2022):
A primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras em cem anos faleceu no dia 17 de dezembro, aos 85 anos. Seu primeiro romance foi publicado em 1961. Referência da literatura brasileira, acadêmica tem obra reconhecida por dezenas de prêmios e traduzida em 30 países. Morreu em Lisboa, vítima de complicações de um pós-operatório por conta de problemas nas vias biliares.
Pedro Paulo Rangel (1948 - 2022):
Um dos mais queridos atores nacionais e conhecido pelos colegas como Pepê, o ator faleceu no dia 21 de dezembro, após um período internado para tratar de um sério problema pulmonar que enfrentava há mais de 40 anos. Integrou o elenco de várias novelas e séries da Globo, como "Gabriela", "Saramandaia", "Vale Tudo", "Pedra sobre Pedra", "A Indomada", "Os Aspones" e "Belíssima". O seu papel mais marcante foi o hilário Calixto, de "O Cravo e a Rosa". Seu último papel na tevê foi na série "Independências", exibida este ano pela TV Cultura.
Reynaldo Boury (1932 - 2022):
O diretor faleceu no dia 25 de dezembro, aos 90 anos, vítima de um choque séptico. O veterano assinou mais de 50 trabalhos nas TVs Tupi, Excelsior, Globo e SBT. "Irmãos Coragem", "Selva de Pedra" e "O Sítio do Pica-Pau Amarelo" estão entre as produções que contaram com sua direção. Seu último trabalho foi dirigindo "As Aventuras de Poliana", remake exibido entre 2018 e 2020, no SBT. Na emissora de Silvio Santos também dirigiu os remakes de "Carrossel", "Chiquititas" e "Cúmplices de um Resgate".
O rei do futebol faleceu, aos 82 anos, no dia 29 de dezembro. O maior jogador da história e que fez o Brasil ser conhecido mundialmente como o país do futebol lutava contra um câncer no cólon desde 2021. Já estava com cuidados paliativos há algumas semanas. Foram 3 copas no currículo e um legado extraordinário que será sempre uma inspiração para os atletas de todo o mundo. A comoção pelo falecimento do rei provocou uma leva de homenagens.
Várias personalidades queridas pelo público partiram. O legado de cada um, porém, é eterno, assim como a saudade. Que fiquem em paz.
8 comentários:
Vários talentos brasileiros das artes nos deixaram neste ano de 2022 com um legado maravilhoso e invejável como o de pessoas do ramo que se despediram em anos anteriores. Que descansem em paz e os respectivos familiares e amigos tenham os corações confortados por Deus.
Guilherme
Foram muitas perdas! Ele3s estão descansando e esperemos, estejam bem! abração,chica
Muitos famosos se foram neste ano...
E também me dói o coração quando sei de jovens, principalmente desportistas, que neste ano partiram subitamente, e que têm sido tantos!
RIP
Que 2023 seja melhor para todas as pessoas do mundo!
Que seja um Novo Ano Bom!
Muita gente talentosa, carismática e querida nos deixou neste ano. Mas eu desconfio que se formos pesquisar, descobriremos que nos anos anteriores um número igual (ou aproximado) de pessoas se foram. É a vida sempre nos lembrando que é breve.
Beijão
Verdade, Guilherme.
Bjs, Chica.
Boa lembrança, Fá.
Pois é, Marly.
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