A teledramaturgia de 2025 teve altos e baixos diante do evidente cortes de custos da Globo em suas produções, que afetam cenários, externas e até escalações, entre outros problemas visíveis de falta de criatividade nos roteiros. A longa duração das novelas também é outro fator que prejudica o desempenho de muitas histórias. Ainda assim, as produções nacionais têm inúmeras qualidades e várias cenas mereceram menção ao longo do ano. Vamos a elas.
Simplesmente hilária a cena em que a vilã canta "Tuti Frutti", tema de abertura da novela das seis de Alessandra Poggi. Foram apenas 24 segundos, mas suficientes para a gigante Lilia Cabral brilhar, como de costume.
A cena marcou a virada do mordomo da família falida da novela das sete de Cláudia Souto. A sequência em que Gigi acusou Sebastian de roubo foi brilhantemente protagonizada por Rodrigo Fagundes e Fábio Lago, sendo necessário também citar Drica Moraes, pois no mesmo momento Joyce descobriu que Sebastian era apaixonado por ela.
A sequência muito bem dirigida pela equipe de André Câmara impressionou pelo realismo e só depois o público soube que era um plano de Violeta e Osmar. A cena foi claramente inspirada no caso real que envolveu o assassinato de Maninho, um dos bicheiros mais perigosos do Rio de Janeiro em 2004. Milhem Cortaz se destacou, assim como Jéssica Ellen.
Após um tempo sendo enganada por seu melhor amigo, a mocinha descobriu todas as suas armações e o confrontou na novela das seis, o que resultou em uma cena lindamente interpretada por Duda Santos e Cauê Campos.
Maria Flor fazia muita falta nas novelas e voltou com tudo na trama das seis. O choro desolador da personagem, assim que ela viu as fotos do marido com prostitutas, mostradas pelo filho, emocionou o público. A atriz brilhou ao lado de Caio Manhente.
A cena mesclou drama e comédia com perfeição e apenas segundos de diferença. O momento em que Osmar revelou para a sobrinha que estava ótimo e tudo não passou de uma armação foi hilário, mas o ódio da Madalena diante da atitude do tio emocionou graças ao show de Jéssica Ellen e Milhem Cortaz.
Que cena emocionante de Iara Jamra e Pri Helena quando a mãe descobriu que Carla era capanga de Violeta na novela das sete. A dor e a decepção de Ana Lúcia foram expostas com maestria pela veterana, que fazia muita falta nas novelas, e o choro da filha também emocionou. Pri é uma grata revelação.
Duda Santos e Cauê Campos se destacaram na cena em que seus personagens constataram a falta de freio no carro. A equipe de efeitos especiais também merece menção por conta da ótima sequência em que o veículo perdeu o controle em uma ribanceira, capotou e caiu no mar.
Debora Ozório e Palomma Duarte fizeram uma ótima parceria em "Além da Ilusão", novella das seis da mesma autora exibida em 2022, e repetiram o feito novamente interpretando filha e mãe. Muito bonita a cena do desabafo entre as duas, após muitos anos de mágoa guardada.
Um dos pilares de qualquer bom folhetim é a reação de todos os personagens diante de algum acontecimento de impacto. Infelizmente, várias novelas vêm deixando isso de lado, o que enfraquece a narrativa. Porém, a trama das seis honrou essa importância e a sequência em que todos assistiram ao anúncio de Alfredo (Edu Sterblitch) sobre a 'morte' de Beatriz foi excelente.
Pedro Novaes conseguiu transmitir toda a dor que seu personagem sentiu quando soube, através de seu pai e seu irmão, que sua amada tinha sofrido um acidente 'fatal'. Vale citar também a emoção de Danton Mello e João Vitor Silva.
Solange Couto fazia muita falta na novelas e a sua melhor cena foi quando Carmem se assustou quando viu Beatriz e Basílio chegando em sua casa, logo após o noticiário a respeito da morte de ambos. Um choro de dor que se transformou em um pranto de alívio. Linda sequência que marcou um dos melhores ganchos da história.
Pedro Novaes e Duda Santos formaram um lindo casal de mocinhos na novela das seis e a cena do reencontro foi uma das mais bonitas dos atores, que honraram aquele momento catártico.
Tereza Seiblitz fazia muita falta nos folhetins e uma de suas cenas mais fortes foi o aguardado momento em que Doralice descobriu que seu irmão tinha roubado o bilhete de loteria premiado de seu finado esposo. O acerto de contas foi muito bem representado pela atriz e por Milhem Cortaz.
Que gancho. A sequência que marcou a volta triunfal da mocinha, após o anúncio de sua falsa morte, e a revelação sobre sua verdadeira origem resultou em um dos melhores encerramentos da novela das seis e com direito a um show de Duda Santos, Carol Castro, Fábio Assunção, Lilia Cabral, Letícia Colin, Cauê Campos e Solange Couto.
A cena lavou a alma dos telespectadores e proporcionou um grande momento para Jéssica Ellen e Bia Santana, que brilharam na novela das sete. A indignação de Madá diante da defesa cega de Tatiana, que justificava o tempo todo o crime do tio, ocasionou uma sucessão de tapas na irmã mais nova.
Bella Piero foi uma ótima aquisição para o elenco da novela das seis. Flora movimentou a história e a parceria com Letícia Colin funcionou desde a primeira cena. A chegada da falsa Isabel foi deliciosa graças ao entrosamento da atrizes.
A cena de divórcio mais linda da teledramaturgia até hoje. Nada de barracos ou brigas. Os personagens se acolheram, assinaram e decretaram a continuidade da amizade que já os unia antes. Maria Eduarda de Carvalho e Edu Sterblitch emocionaram.
Maria Flor e Maria Eduarda de Carvalho brilharam na cena em que Teresa foi conversar com Anita para resolver tudo da melhor forma. As personagens tiveram uma conversa franca e as atrizes se destacaram.
Klara Castanho em mais uma cena em que pôde demonstrar seu talento dramático. O choro de Eugênia, pelo fim de uma relação aparentemente perfeita, representou boa parte do público que também gostava do casal.
Uma cena muito delicada de Palomma Duarte e Debora Ozório, que já tinham brilhado como mãe e filha em "Além da Ilusão", a primeira novela de Alessandra Poggi como autora solo em 2022. Celeste finalmente abriu a guarda para Lígia e as duas se abraçaram. Foi bonito.
Bete Mendes protagonizou uma ótima cena com Bella Piero, quando Flora humilhou Arlete, e logo depois brilhou novamente ao lado de Maisa, quando a personagem não segurou o choro e acabou acolhida pela Bia, sua verdadeira neta.
Que atriz é Tatiana Tibúrcio! A atriz deu um show ao lado de Danton Mello quando Vera não admitiu que Raimundo gritasse com ela, durante uma discussão em cima do namoro da filha mais nova do empresário.
Que cena delicada e bem interpretada por Pedro Goifman, Maria Flor e Caio Manhente na novela das seis. Guto finalmente criou coragem se assumiu sua homossexualidade, mas a mãe já sabia e o irmão o acolheu sem problemas. Uma obra de 1958, mas com uma abordagem condizente ao núcleo familiar dos personagens, uma vez que Anita era amiga de infância de Érico (Silvero Pereira).
Após uma linda homenagem feita a Ruth de Souza, com Eli Ferreira interpretando a saudosa atriz, a autora também aclamou o talento de Alaíde Costa, que estava presente na cena e se emocionou junto com o público. Barbara Sut foi a atriz escolhida para representá-la e foi um lindo momento.
A cena do chá revelação do bebê de Carla rendeu uma ótima catarse, quando Jão desmascarou a ex e teve a ajuda de Madalena, que expôs para todos que a vilã estava grávida de Baixinho. O momento rendeu ótimas atuações, especialmente de Jéssica Ellen e Pri Helena.
Mesmo gravadas apenas na cidade cenográfica, o que muitas vezes diminui o impacto das cenas de ação, a sequência da guerra entre Os Barros e Os Castilhos foi muito bem dirigida por André Câmara e o resultado rendeu um dos melhores momentos da novela das sete.
A vingança do melhor personagem da novela das sete se deu através do clássico feitiço se virando contra o feiticeiro. Violeta usurpou os cinco milhões que Osmar tinha furtado da família e meses depois ele se apossou de toda a fortuna dela em um golpe durante o casamento. O acerto de contas rendeu uma cena maravilhosa protagonizada por Isabel Teixeira e Milhem Cortaz, dois atores viscerais.
Durante a festa de noivado de Beto e Bia, Ronaldo interrompeu o momento em que o mocinho colocava o anel no dedo da vilã e contou que a menina não era mais virgem porque tinha se deitado com ela no dia anterior. A situação constrangedora rendeu um ótimo gancho e destacou João Vitor Silva, Lilia Cabral, Maisa e vários do elenco.
Uma cena delicada protagonizada por Ícaro Silva e Cridemar Aquino. O pai disse pro filho sempre estar alinhado e bem vestido porque dos pretos sempre esperam a pior coisa e quando eles quebram aquela expectativa fazem uma pequena rebelião. Um diálogo ainda atual.
O primeiro beijo dos personagens só aconteceu na reta final da novela, como costuma ser de praxe em romances homoafetivos, e resultou em uma linda sequência protagonizada por Bruno Fagundes e Rodrigo Fagundes, enquanto Bernardo e Gigi cantavam no Karaokê "Pessoa", de Marina Lima. Pena que depois a câmera se afastou, se escondeu atrás de uma cortina e cortaram a cena, o que também não chegou a surpreender.
A escalação da Taís Araújo para viver a protagonista foi o maior acerto do remake adaptado por Manuela Dias. A atriz dominou Raquel desde sua primeira aparição e a cena em que a mãe finalmente acordou para o verdadeiro caráter da filha foi brilhantemente defendida pela entregue atriz ao lado de Bella Campos.
A personagem ignorou todos os avisos dos amigos e resolveu apostar no romance com o perigoso bicheiro, até que virou prisioneira dele, assim como acontecia com a ex do criminoso. A sequência em que Roxelle exigiu ser solta e acabou ameaçada por Gerson foi muito bem interpretada por Isadora Cru e Enrique Diaz.
A melhor cena de Pri Helena na novela das sete. A atriz se entregou no momento em que sua personagem contou sobre seu trauma do passado. Carla matou um traficante que tentou violentá-la e desde então assumiu uma casca de mulher intimidadora para se defender. O relato emocionou e foi uma sequência forte.
A cena mais aguardada da novela das seis emocionou o público e encantou diante de um show de atuações e uma direção linda de Natália Grimberg. Carol Castro imprimiu toda a carga dramática que aquela lembrança exigia e a sequência de Clarice relembrando de tudo o que tinha apagado de sua vida sensibilizou. Destaque também para Duda Santos, irretocável como Beatriz.
Uma das melhores cenas da novela das sete de Claudia Souto. A personagem estava em um restaurante com Gerson Barros (Enrique Diaz) e, quando foi ao banheiro, fez o sinal com a mão para mulheres em situação de risco. Duas clientes viram e chamaram a polícia. Além do show de Isadora Cruz, a sequência ainda teve uma utilidade pública, pois muita gente ainda desconhece esse sinal no Brasil.
Após ter sido ameaçada por Juliano, a personagem reviveu seu maior trauma e recebeu o apoio do ex-marido, da filha e da empregada. A sequência em que Teresa vence o medo e o TOC pisando na areia e entrando no mar foi linda e destacou a sintonia de Maria Eduarda de Carvalho, Edu Sterblitch, Flávia Reis e Klara Castanho.
A cena foi ao ar no dia 26 de abril, a data da fundação da Rede Globo de Televisão, e a sequência em que Roberto Marinho se encontrou com Alfredo Honório ficou ótima. Tony realmente ficou parecido com o dono da emissora e foi muito perspicaz a fala do personagem a respeito da criação da Globo e com o som inconfundível do 'plim plim'.
A sequência de ação do último capítulo da novela das sete de Claudia Souto foi muito bem realizada. E com um simbolismo em cima do universo do jogo do bicho, uma vez que Gerson levou o veículo até a Marquês de Sapucaí, cenário do maior espetáculo da Terra e tão amado pelos bicheiros que se exibem com suas escolas de samba patrocinadas. O duelo final entre Gerson e Osmar foi brilhantemente interpretado por Enrique Diaz e Milhem Cortaz, que ainda gravaram cenas do sonho dos personagens na época do Carnaval em plena avenida. O resultado foi incrível. É necessário ainda citar Jéssica Ellen, que emocionou durante o parto de Madalena em pleno ônibus.
Marco Barros matou Gerson e depois pediu colo para a mãe em sua nova mansão, herdada do irmão que ele assassinou. Não foi preciso texto. Lucinha Lins e Guilherme Weber emocionaram sem qualquer palavra.
A simbologia do bicheiro que morreu logo no início da novela indo buscar o rival e o levando para o inferno em plena Marquês de Sapucaí foi genial e uma grata surpresa do último capítulo. Rodrigo Garcia e Enrique Diaz brilharam.
O casal de bicheiros teve o seu final feliz e mérito do êxito da dupla formada por Isabel Teixeira e Milhem Cortaz. Os dois se destacaram ao longo da novela e formaram um par repleto de controvérsia. A última cena deles juntos, recebendo a aclamação do povo nas ruas, foi uma delícia.
A novela das sete foi a melhor de Claudia Souto e a sequência final de Madalena e Jão cantando para o filho "O que é, o que é?" (Gonzaguinha), em sintonia com o falecido Lindomar, foi linda. Jéssica Ellen, Fabrício Boliveira e MV Bill brilharam. Um final bem escrito e sem pontas soltas.
Quando o personagem estava prestes a ter sua homossexualidade exposta, todos os seus amigos se colocaram como 'frutinhas' em uma cena que primou pela delicadeza e destacou a emoção de Pedro Goifman, que protagonizou uma linda cena ao lado dos colegas.
A novela das sete de Rosane Svartman, dirigida por Allan Fiterman, teve um primeiro capítulo arrebatador e a melhor cena foi protagonizada por Camila Pitanga em uma luxuosa, mas muito breve participação especial. A personagem foi até o casamento de seu ex-patrão e pediu para que criasse sua filha como se fosse dele. Logo depois foi internada e faleceu. O momento comovente foi interpretado lindamente por Camila e Tony Ramos. Vale destacar também a cena em que Ellen impediu Abel de suicídio, exibida em um flashback.
A sensibilidade do texto de Rosane Svartman e a interpretação tão convincente de Clara Moneke e da pequena Elis Cabral emocionaram o público em uma sequência que exigiu um cuidado na abordagem de um tema tão delicado que é o aborto espontâneo na reta final da gravidez. Uma cena bonita e triste.
Uma cena que muita gente nem esperava na novela das sete e impactou. Vilma Melo foi visceral na hora em que sua personagem constatou que o marido não resistiu a um atropelamento. Luisão chegou com um pão doce para a esposa, mas não teve tempo para entregar. A direção de Allan Fiterman também merece destaque.
Um musical de muita sensibilidade protagonizado por grande parte do elenco, que cantou o clássico 'Ai Que Saudade D`ocê, durante a despedida do personagem. Destaque especial mais uma vez para Vilma Melo.
Que cena sensível a que Jussara pediu para Yara comer com ela o pão doce que Luisão trouxe, pouco antes de morrer. Um momento de pura emoção e protagonizado com brilhantismo por Cyda Moreno e Vilma Melo.
Rosane Svartman ama musicais e suas passagens de tempo costumam ser assim. Não foi diferente na atual novela das sete com todos os personagens cantando 'Lilás', de Djavan. Lindo.
Maisa, Carol Castro e Bete Mendes brilharam na aguardada cena em que a vilã patricinha soube que seu verdadeiro nome era Isabel e que sua mãe verdadeira foi assassinada por seu pai, que nunca foi adotivo e, sim, biológico. Uma cena que exigiu das atrizes e todas convenceram.
Pedro Novaes protagonizou uma de suas melhores cenas na novela das seis quando o mocinho explodiu com a patricinha e falou o quanto ela era infeliz, cruel e má. Maisa também brilhou e a sequência lavou a alma do público nas redes sociais.
Linda cena protagonizada por Palomma Duarte e Pedro Novaes, após muitos meses de mágoas e sentimentos mal resolvidos. Os atores emocionaram quando Beto finalmente chamou Lígia de mãe e os dois se abraçaram. Foi o início de um novo tempo, marcado no relógio.
Debora Bloch mostrou a grande atriz que sempre foi quando Odete Roitman se deparou com o filho debilitado, graças a um ato de Nise, que o levou até ela. O horror daquela mãe pelo filho, que representava a perfeição antes do acidente, foi transmitido com muita veracidade. Destaque também para Teca Pereira e Guilherme Magon.
O final decepcionou o público, mas a cena foi muito bem interpretada por Letícia Colin e Fábio Assunção, que se destacaram no último confronto dos personagens e com uma redenção de Zélia. A falsa irmã de Clarice morreu fazendo uma boa ação.
A sequência foi muito bem dirigida por Natália Grimberg e interpretada com muita entrega pelos atores. Fábio Assunção e Carol Castro brilharam durante o último embate dos personagens, enquanto Pedro Novaes, Duda Santos e Rocco Pitanga também emocionaram.
Uma sacada de mestre da autora Alessandra Poggi. A vilã teve o mesmo destino de sua maior vítima: Clarice. Maristela foi atropelada e caiu desacordada, enquanto Basílio chegou e perguntou: 'Morreu?'. A mesma pergunta feita por Maristela quando viu Clarice caída há 16 anos. Lilia Cabral e Cauê Campos excelentes.
O clichê do casório dos mocinhos no último capítulo fez jus ao lindo casal formado por Pedro Novaes e Duda Santos, que tiveram química de sobra ao longo da novela. A cena de Beatriz se unindo a Beto, enquanto explicava o amor de Xangô e Oyá, foi um primor.
O melhor final da novela das seis. O malandro se aproveitou da perda de memória da vilã para fazê-la de empregada e a cena foi hilária. A última cena ainda valorizou o talento de Lilia Cabral, que quebrou a quarta parede e cantou 'Tuti Frutti', em uma referência ao meme gerado por sua cena logo no começo da trama.
Com um discurso potente sobre ser a garota do momento e querer ser a garota do futuro, a protagonista falou de todos os ideais para sociedade justa, enquanto foram exibidas imagens de manchetes do jornal O Globo sobre a aprovação do divórcio, do casamento homoafetivo e do endurecimento da lei de injúria racial. Duda Santos emocionou o público e o elenco presente na cena. Depois foi a vez dos atores e da equipe técnica dançar ao som de "Tutti Frutti", de Little Richard, encerrando o ciclo vitorioso da novela das seis.
Sequência forte e lindamente defendida por Claudia Abreu, que ainda teve uma direção precisa de Allan Fiterman, que desfocou alguns momentos da personagem para expor aquele momento de fúria e ainda emendou a abertura com a trilha incidental da cena, ao invés da música tema. A explosão de Filipa marcou o início da abordagem a respeito de sua bipolaridade.
Paolla Oliveira brilhou na longa sequência em que Heleninha bebeu no meio da rua e depois foi parar em um hotel, onde sofreu uma tentativa de estupro e depois destruiu o bar na recepção durante um surto de abstinência.
Edvana Carvalho foi uma figurante de luxo no remake. Um desperdício de talento. No entanto, a atriz teve uma cena em que foi valorizada e aproveitou cada minuto. O momento em que Eunice foi até a mansão da vilã para defender a filha destacou a intérprete, assim como Debora Bloch, que também se destacou. Odete foi racista e recebeu a resposta que merecia.
O filho desabafou com o pai sobre a falta de liberdade e explicou que não teve adolescência, ao contrário do irmão. Isso porque o pai o flagrou fazendo uma festinha em plena padaria. Manuel entendeu e emocionou com Peter. Uma cena bonita e muito bem interpretada por Ernani Moraes e Pedro Fernandes.
Em meio a tantos acidentes pessimamente realizados na teledramaturgia da Globo por conta do uso excessivo de IA e corte de custos, a sequência que marcou a morte do personagem mais amado da novela das sete mereceu elogios. A direção de Allan Fiterman fez diferença e toda a construção do acidente impactou, tanto na hora do carro fora de controle no túnel, quanto sendo atingido por um ônibus e caindo no mar.
O sonho da mãe dando adeus ao seu filho predileto foi de cortar o coração e teve uma direção brilhante de Allan Fiterman, que utilizou a luz do banheiro como uma analogia ao falecimento de Abel e sua ida ao 'céu'. Já a mensagem de gratidão do personagem emocionou, assim como o último abraço dado em Rosa. Tony Ramos e Suely Francos gigantes.
Armando Babaioff e a pequena Elis Cabral protagonizaram uma cena forte e tensa na trama das sete. O vilão sequestrou a filha, mas não conseguiu receber o dinheiro porque Abel morreu antes de entregá-lo. Totalmente desorientado, ainda mais depois do telefonema em que Jaques o acusou do crime, Vanderson expulsou a filha do carro e a deixou sozinha em um matagal escuro. Baita cena.
A bipolaridade da personagem teve uma construção habilidosa e Claudia Abreu conseguiu aproveitar todas as nuances do desequilíbrio emocional de Filipa. A cena em que a esposa de Abel descobriu que o marido estava desaparecido foi dilacerante e com uma atuação magistral da atriz.
Juan Paiva só ganha personagens sofredores e não foi diferente na novela das sete. Após a perda do pai, Samuel enfrentou Jaques e ameaçou o vilão em uma cena muito bem interpretada pelo ator junto de Marcello Novaes.
Que espetáculo de Suely Franco! Toda a sequência foi um primor, mas a hora em que Rosa vê a imagem de Abel e os dois choram enquanto começa a tocar 'Se eu quiser falar com Deus', cantada por Gilberto Gil, dilacerou o público. Até porque o cantor perdeu dois filhos e a morte de Preta Gil não tinha completado nem um mês. Vale destacar todas as pequenas cenas durante a execução da música, todas de extrema delicadeza.
Uma cena simples, mas muito significativa sobre o luto. Sofia quis ficar quieta pensando no pai e recebeu a companhia dos três irmãos, da babá e da avó. Cena linda de Elis Cabral, Clara Moneke, Rafa Vitti, Suely Franco, Juan Paiva e Bel Lima.
A vilã fez um comentário racista para a protagonista e recebeu o que merecia. Raquel deu um tapa em Odete e fez questão de humilhá-la. O texto foi ruim e curto, mas atrizes como Debora Bloch e Taís Araújo conseguem driblar esse tipo de problema com facilidade e entregaram uma ótima cena.
Humberto Carrão e Bella Campos protagonizaram a melhor cena deles na novela. O ator demonstrou toda a raiva do seu personagem, que descobriu a traição da esposa, e a atriz conseguiu expressar o desespero e o ódio de Fátima diante da ruína de seus planos.
Que cena delicada protagonizada por Dhu Moraes e Jeniffer Nascimento na novela de Walcyr Carrasco e agora escrita por Mauro Wilson. A continuação é um sucesso de audiência, mas até agora se mostra desnecessária diante da ausência de maiores conflitos. No entanto, o elenco é merecedor de elogios e há cenas muito boas, como essa.
Uma cena profundamente triste e muito comum em tantas famílias. Juan Paiva emocionou com o choro de seu personagem assim que ele percebeu que sua avó não tinha prestado atenção em nada do que ele falou por causa do Alzheimer e Suely Franco brilhou com uma expressão assustadoramente perfeita de uma senhora que não estava mais ali presente.
Em meio a um amontoado de equívocos e superficialidades, Humberto Carrão e Alice Wegmann emocionaram na cena que mesclou tristeza e alegria. Afonso contou para Solange que estava com um câncer agressivo e não pretendia se tratar, mas ouviu que os gêmeos que ela estava esperando eram dele. Os atores brilharam.
O único momento de fragilidade da vilã no remake. A hora em que Odete se viu sozinha com o filho e não conseguiu qualquer tipo de ajuda primou pela sensibilidade, graças ao talento de Debora Bloch e Guilherme Magon. A personagem sempre tratou o filho como uma coisa desde que o rapaz ficou com sérios problemas de mobilidade e cognição, mas se emocionou quando percebeu que ele a reconheceu.
A cena mais impactante da novela das sete proporcionou os melhores desdobramentos cênicos para Giovanna Lancellotti, que protagonizou uma sucessão de sequências dilacerantes. A maior delas foi a pós-violência, quando a personagem chega em casa, chora diante do espelho e tenta se limpar daquilo tudo no banho. Logo depois, conta para Leona (Clara Moneke) sobre o estupro aos prantos. Forte.
Uma sequência deliciosa que foi iniciada com os personagens atravessando a rua no melhor estilo "Beattles" e entrando na Boaz para a posse das ações de Sofia, transferidas pela avó. A cereja do bolo foi a menina dizendo 'Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta', a frase icônica de Clara Tavares em "O Outro Lado do Paraíso". Elis Cabral é a maior revelação mirim em muito tempo.
A cena em que a personagem se deparou com Ana Clara (Samantha Jones) morta e viu seu irmão foi muito bem interpretada por Paolla Oliveira, que conseguiu transmitir o choque e o misto de sentimentos que a Heleninha sentiu naquele instante. Destaque também para Guilherme Magon, que emocionou no reencontro, mesmo sem poder dizer uma só palavra.
A sequência resultou no melhor gancho da novela. O único acerto do remake foi essa alteração em cima do Leonardo, que morreu na original. Mantê-lo vivo, mesmo cercado de situações absurdas, rendeu uma a maior catarse da trama e com show de Guilherme Magon, Paolla Oliveira, Debora Bloch e Malu Galli.
A estreia da nova novela das nove foi com o pé direito. Aguinaldo Silva, Virgilio Silva e Zé Dassilva apresentaram um primeiro capítulo envolvente e a melhor cena foi quando a mocinha descobriu que sua filha estava grávida, repetindo a sua sina. Que show de Sophie Charlotte e Alana Cabral.
A personagem perdeu a memória, após uma pancada na cabeça que levou de Ernesto e ficou desaparecida por alguns dias. Mesmo desmemoriada, no entanto, Estela lembrou que tinha uma filha quando Anabela ficou em sua frente. Ela só não lembrou que finge que a menina é sua irmã. Uma cena emocionante protagonizada por Larissa Manoela e Isabelly Carvalho.
Toda a sequência da polícia invadindo a Barreira foi primorosa. A direção de Allan Fiterman esbanjou realismo e todas as cenas impactaram, até por serem reflexo da rotina de muitos brasileiros. Já o enfrentamento entre os amigos de infância fechou o conjunto de forma arrebatadora.. Show de Humberto Morais e L7nnon.
Jeff (Faiska) foi vítima de uma bala perdida durante a invasão da polícia no morro e sua mãe se desesperou. Uma cena extremamente real e defendida com brilhantismo por Marília Carneiro, que até então era apenas uma participação muito pequena em alguns capítulos da novela. Que tenha mais oportunidades.
A cena foi muito curtinha, mas Guthierry Sotero emocionou no desespero daquele filho perdendo a única família que tinha na novela das nove, vítima dos medicamentos falsos do grande vilão.
Gabriela Loran e Pedro Novaes brilharam na cena em que o playboy homofóbico e transfóbico descobriu que estava namorando uma mulher trans. Os autores escreveram um texto didático e importante para o grande público constatar como o preconceito se origina pelas coisas que você escuta em casa, como aconteceu com Leo, que sempre ouviu e concordou com as barbaridades ditas pelo seu pai. O embate entre os personagens destacou os atores e foi uma das melhores cenas da novela até agora.
Que show de Claudia Abreu e que desempenho incrível de Felipe Simas. A cena em que Filipa constatou que Jaques matou o irmão, através do silêncio de Danilo, foi defendido com muita entrega em uma sequência forte em que a personagem vomitou toda a sua indignação diante de um acovardado cúmplice do vilão.
Uma cena delicada, muito bem dirigida e que explorou toda a química entre Romulo Estrela e Sophie Charlotte, que estavam nus, mas sem expor nada, ao mesmo tempo que tudo. A primeira vez dos mocinhos honrou a expectativa do público da melhor forma possível.
A tentativa de assassinato cometida pela vilã resultou em uma sequência dirigida com excelência e protagonizada por Grazi Massafera e Andreia Horta, que se destacaram diante das respectivas ações e reações das personagens. Zenilda viu Rogério (Du Moscovis) vivo, o que implicou em um súbito nervosismo de Arminda, que aproveitou a situação para se livrar da rival e a empurrou para ser atropelada por um ônibus, que freou na hora. Tudo muito bem construído e que impactou quem assistiu.
Uma cena emocionante protagonizada por Marcello Novaes e a grandiosa Suely Franco. O vilão fez uma bonita declaração para Rosa, que não o reconhecia por conta do Alzheimer. A sequência expôs as complexidades do asqueroso sujeito e até causou propositalmente uma falsa impressão de possível redenção porque, no bloco posterior, empurrou Rosa da escada para facilitar sua fuga.
A personagem soube através dos netos que Jaques foi o responsável pela morte de Abel. A vó se manteve firme diante deles, mas pediu para ficar sozinha e desmoronou emocionalmente diante da notícia de que um irmão matou o outro. Que show de Suely Franco e que direção preciosa da cena.
Os irmãos, após muitas rusgas, resolveram desabafar, o que resultou em uma das melhores cenas da novela das nove. Lorena contou para Leonardo que está se envolvendo com uma mulher e ele revelou que está apaixonado por uma mulher trans. A naturalidade das atuações de Pedro Novaes e Alanis Guillen fez toda diferença, assim como a direção excelente e a trilha de fundo escolhida. Foi perfeito.
Uma participação luxuosa de Eliane Giardini na continuação de "Êta Mundo Bom!" rendeu uma cena emocionante da mãe contando para o filho, em sonho, que Samir (Davi Malizia) era quem ele tanto procurava. Uma linda cena da veterana com Sérgio Guizé.
Uma cena delicada e bem interpretada por Sérgio Guizé e Davi Malizia. Era o momento mais aguardado da novela das seis e os atores emocionaram com o abraço de pai e filho.
A cena foi habilmente preparada pelos autores por semanas para gerar a catarse necessária na hora da ação e funcionou. Excelente toda a sequência em que a mocinha coloca em prática o seu plano de roubar dos vilões para dar aos pobres. Todos os atores brilharam e tudo foi muito bem dirigido.
Foram 106 cenas da teledramaturgia na tevê aberta merecedoras de elogios. Que ano que vem esse número aumente mais.
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