"A Fazenda 13" não repetiu o sucesso da temporada passada, mas consagrou a vitória do protagonista da edição

 A décima terceira edição de "A Fazenda" não conseguiu repetir o sucesso da temporada de 2020. O reality de 2021 teve repercussão tímida e uma audiência bem abaixo da esperada. Curiosamente, nem foi por uma ausência de barracos, pois muitas brigas aconteceram ao longo dos meses, mas o elenco fracassou no quesito carisma. Foram poucas as figuras realmente relevantes ao longo do jogo e ao menos a justiça foi feita na final com a vitória de Rico Melquíades, o protagonista de todas as tretas da atração. 

O participante do "De Férias com o ex", reality de 'pegação' da MTV, entrou odiado em "A Fazenda 13". Isso porque era a figura mais polêmica do outro programa e protagonizou diversos barracos, onde a razão estava com os outros e não com ele. Mas sua redenção não demorou a acontecer no novo reality. Com adversários fracos e muitas vezes hipócritas, Rico não se intimidava com ninguém e falava tudo o que achava dos adversários cara a cara. Já seus 'inimigos' falavam por trás, mas mudavam o discurso pela frente. 

Rico era uma espécie de agente do caos. Quando se descontrolava, a casa ia abaixo. O maior barraco da edição foi protagonizado por ele quando jogou o café de todos no chão, logo após ter perdido sua maior aliada no jogo: Érika. Teve até guerra de creme de leite e mostarda entre Rico e Victor Pecoraro. Em um determinado momento do jogo, Rico se consagrou como favorito e ainda formou um quarteto que foi bem visto, formado por ele, Dayane, Valentina e Aline.

Mas a aliança durou pouco e Dayane acabou virando sua principal adversária. O quarteto implodiu, Rico ficou isolado e Day se juntou aos inimigos dele. Tudo só o favoreceu, até porque Dayane incorporou a grande vilã da edição. O momento de maior catarse dessa rivalidade foi quando Rico a apelidou de Cobra Caninana e a chamou dessa forma na hora da formação de uma roça. 

Aliás, Rico foi o maior protagonista do jogo, mas é preciso ser justo: Dayane teve vital importância para o crescimento de Rico. Até porque a maior polêmica da temporada foi quando a ex-Gran Fratello pegou uma faca e rasgou a jaqueta do inimigo após uma forte discussão entre eles. Só Valentina e Bil viram a ação da modelo e o suspense em torno da revelação do ato virou uma novela dentro do reality. E na novela, Rico era o mocinho que precisava descobrir a atitude da vilã. A catarse só ocorreu quando Aline voltou da roça e Bil contou o que havia acontecido. Ou seja, Dayane tentou prejudicar o rival, mas só o beneficiou. E apesar de todas as frases problemáticas da modelo, que mereceram todas as críticas feitas ao longo do reality, é fato que ela foi um dos raros destaques da competição. Arrumava briga o tempo todo, não media suas palavras da hora do voto, criava e desfazia alianças sem qualquer peso na consciência, enfim, movimentou o jogo. 

Mas além de Rico e Dayane, é preciso destacar Solange Gomes. A ex-banheira do Gugu protagonizou várias tretas ao longo da disputa e nunca fugia da discussão durante os 'jogos da discórdia' ou na hora da votação. Não por acaso, a primeira briga da temporada foi dela com Rico, quando os xingamentos "velha" e "feio" viraram meme nas redes sociais. Marina, Mileide, MC Gui, Gui Araújo e Dynho foram alguns outros alvos de Sol durante seus ataques de fúria. Ela fez por merecer a final do jogo e merecia a vice colocação no lugar de Bil, que nada acrescentou em seu terceiro reality. A verdade é que o elenco muito mal escalado afetou bastante o resultado da décima terceira edição do reality e a temporada teria sido ainda pior se Rico, Dayane e Solange não tivessem participado. Apesar dos pesares, também é necessário elogiar o desempenho de Adriana Galisteu no comando do reality. Substituir Marcos Mion não era uma missão simples, mas ao longo dos meses a apresentadora foi se firmando e ficando mais à vontade. 

"A Fazenda 13" não deixará saudades, mas um dos poucos êxitos da temporada de 2021 foi a consagração de Rico como campeão, após uma sucessão de barracos protagonizados pelo participante que não teve medo de se jogar de cabeça, sem receio de 'cancelamentos' ou desaprovações.