terça-feira, 2 de maio de 2017

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" repetiu todos os erros de "Malhação - Seu Lugar No Mundo"

A vigésima quarta temporada de "Malhação" chega ao fim nesta quarta (03/05), em virtude do novo esquema equivocado da Globo em encerrar produções no meio da semana por causa de uns míseros números a mais de audiência --- muitas vezes pouco eficaz. As únicas tramas que vêm escapando dessa estratégia equivocada são as do horário nobre. Ao menos a próxima fase começará na segunda-feira, como tem que ser. E "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" quebrou uma tradição que já vinha sendo adotada pelo seriado adolescente há alguns anos: a de mudar os autores e o elenco a cada temporada. A história recém-terminada foi escrita pelo mesmo Emanuel Jacobina, que foi o responsável por "Malhação - Seu Lugar No Mundo" e fez questão de manter alguns personagens de seu enredo passado. Infelizmente, a experiência foi decepcionante. Ele conseguiu repetir todas as falhas da temporada anterior.


"Malhação - Seu Lugar No Mundo" apresentou um começo interessante, mas logo depois começou a se perder em meio a conflitos bobos, personagens superficiais e situações forçadas. Para culminar, houve ainda uma gritante falha na abordagem de questões relevantes, como a AIDS, por exemplo. O saldo final foi o pior possível, colocando a trama na lista das piores temporadas do seriado. A audiência foi satisfatória, mas o conjunto nunca fez por merece-la. Ou seja, o fato de continuar no comando do seriado adolescente era a chance que o autor tinha para se redimir, apresentando uma nova fase com tudo o que não teve na outra, corrigindo seus erros e apresentando um enredo de qualidade ---- como o que foi escrito por ele em 2010, quando o público se encantou por tipos carismáticos como Catarina (Daniela Carvalho), Maicon (Marcelo Mello Jr.), Raquel (Ariela Massoti), Pedro (Bruno Gissoni), entre outros.

E o começo de "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" foi muito promissor. Realmente parecia que Emanuel Jacobina estava disposto a apresentar um roteiro bem melhor estruturado para o telespectador, repleto de tipos bem mais densos. A trama central era bem interessante e girava em torno da família de Ricardo (Marcos Pasquim), dono da Academia Forma, que era pai justamente dos três melhores perfis femininos: Bárbara (Bárbara França), Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo).
A relação conflituada dos quatro ---- em função da morte da mãe delas em um acidente de moto, provocando a culpa do viúvo e acusações do cunhado Caio (Thiago Fragoso) ---- despertava atenção, assim como a saga da mocinha Joana (Aline Dias), que veio ao Rio de Janeiro em busca do seu pai biológico (o mesmo dono da academia). As situações se interligavam de forma competente.


Os dramas individuais de cada filha eram mais um êxito da produção. Bárbara era uma vilã complexa que não media consequências para ficar com o mocinho Gabriel (fraco Felipe Roque) e ainda fazia de tudo para chamar atenção do pai, expondo sua carência. Juliana era uma menina extrovertida que sofria com um amor platônico por Giovani (Ricardo Vianna), ao mesmo tempo que se envolvia com o grafiteiro Lucas (Bruno Guedes) em uma relação entre tapas e beijos ardentes. Manu era uma menina introvertida que descontava toda sua raiva na luta e acabou iniciando uma rivalidade com o implicante Fábio (Caio Manhente), protagonizando divertidas cenas de gato e rato com o colega de escola. Já a luta de Joana em provar que Ricardo era seu pai também funcionava, assim como sua inimizade imediata com Bárbara.


Até mesmo a permanência de Nanda (Amanda de Godoi) e Jéssica (Laryssa Ayres), oriundas da temporada passada, se mostrava um acerto, pois ambas ganharam o destaque que sempre mereceram e não tiveram em "Malhação - Seu Lugar No Mundo". Uma se recuperava do baque da morte de Filipe (Francisco Vitti) através de um novo amor e a outra mergulhava em um relacionamento de pura implicância com Belloto (Sérgio Malheiros), protagonizando momentos bem engraçados. Os erros ---- como a permanência do colégio Dom Fernão (que ficou sem função no enredo) e dos personagens irritantes Cleiton (Nego do Borel), Krica (Cynthia Senek) e Arthur (Gabriel Kaufmann); além da fraca interpretação de Felipe Roque como Gabriel e da falta de enredo do mocinho ---- ficavam menores diante dos acertos. Mas, lamentavelmente, ao longo dos meses, todos os êxitos da produção foram ficando no passado, se transformando em falhas e se juntando aos equívocos já observados no começo.


A história foi se perdendo nitidamente. Após provar que Ricardo era seu pai, Joana passou a renegá-lo e nem mais o nome em sua certidão queria. Ou seja, a situação ficou irreal depois de tanta batalha para encontrar o pai. Ela e Bárbara, por sinal, começaram a protagonizar frequentes cenas de briga que no início eram ótimas, mas depois ficaram repetitivas, até mesmo no texto proferido pelas duas. Todo capítulo tinha alguma discussão entre as irmãs e chega até a assustar constatar que as personagens brigaram ininterruptamente desde agosto de 2016. Onze meses discutindo pelas mesmas coisas. Infelizmente, essa situação ainda fez Bárbara perder toda a sua complexidade inicial, virando uma vilã descontrolada e que transbordava agressividade gratuitamente. Seria muito mais benéfico para o perfil ter seu lado humano explorado, como pôde ser visto nos primeiros meses quando demonstrava amor pelas irmãs e carência pela atenção do pai. Mas tudo foi esquecido pelo autor sem maiores explicações.


Outra mudança que arruinou o enredo foi o término da relação promissora e cheia de química entre Juliana e Lucas. Jacobina resolveu juntá-la com o até então arrogante Jabá (Fábio Scalon) e ainda fez o grafiteiro se apaixonar subitamente por Luíza (Bárbara Maia). Os dois novos pares foram insossos e acabaram fazendo os atores perderem destaque. Viraram meros figurantes. Para culminar, criou-se um enredo estapafúrdio em torno da gravidez de Martinha (Malu Pizzato), transformando Lucas no pai do bebê, sendo que os dois nunca tiveram qualquer tipo  de relação. A própria Martinha teve sua personalidade alterada, virando uma menina obcecada pelo pai do seu filho ---- levando em consideração, ainda, que até pouco tempo era apaixonada por Jabá. Aliás, essa temporada se superou em tratando de mudança súbita de comportamento. Não foram poucos os perfis bruscamente alterados, deixando a coerência de lado.


Além dos citados, incluindo Jabá, o mais gritante foi Caio. Thiago Fragoso novamente mostrou seu talento, mas acabou prejudicado em virtude da falta de lógica que cercou seu personagem. Nos primeiros meses, o tio de Bárbara, Juliana e Manu era um treinador rígido e tinha uma forte mágoa do cunhado por causada morte da irmã em um acidente de moto. Ele sempre culpou Ricardo pela tragédia e a relação deles era péssima. Entretanto, o perfil tinha um carinho verdadeiro pelas meninas, principalmente por Manu. E não tinha falha de caráter. Era um sujeito íntegro. Mas, sem maiores explicações, o autor resolveu transformá-lo em um psicopata nos últimos meses, culminando até em várias tentativas de assassinato ---- Caio tentou matar o cunhado várias vezes no hospital enquanto Ricardo estava em coma. O treinador, por sinal, virou mesmo um assassino, pois matou Tita (Paula Possani), ex de Ricardo, sumindo com seu corpo. Situações que soaram forçadas e sem o menor nexo.


Nanda foi outra vítima do autor. A melhor personagem da temporada passada, após um bom começo na nova fase, virou uma sonsa e as idas e vindas com Romulo (inexpressivo Juliano Laham) cansaram rapidamente. O casal também não funcionou, fazendo o autor criar uma trama piegas envolvendo Renato (Jayme Matarazzo), personagem que entrou depois da metade da história dizendo que tinha recebido o coração de Filipe (Francisco Vitti) em um transplante. Mas o par também não despertou interesse, prejudicando um enredo que já estava falho. Para piorar tudo, inseriram o fantasma do Fil para aconselhar Nanda e 'assombrar' Romulo, protagonizando momentos constrangedores. Até a Jéssica acabou prejudicada, pois seu enredo com Belloto se diluiu, apagando os perfis ao longo do tempo. A única situação que chegou a agradar por um tempo foi a aproximação de Romulo e Sula (Malu Falangola, ótima surpresa do elenco), mas o escritor preferiu juntá-lo com Nanda no final, romantizando ainda a traição do rapaz, que foi desleal com a menina que sempre o apoiou.


A única história que chegou a ter um desenvolvimento razoável foi a protagonizada pela grande Joana Fomm, intérprete da querida Dona Cleo. O Alzheimer da personagem foi piorando e a atriz viveu alguns momentos tocantes que valorizaram seu talento, apesar de ter sido quase uma figurante em vários momentos. Foi bom ver uma das atrizes que marcaram a história da televisão de volta. Mas, sem dúvida alguma, o maior êxito da temporada foi Bárbara França. Ela foi a maior revelação da trama e carregou o enredo nas costas do início ao fim. Mesmo diante dos vários equívocos do enredo e das alterações feitas em sua vilã, a atriz brilhou e mostrou que vai muito longe na carreira. Seu rosto estará nas próximas novelas da Globo com certeza. Todas as cenas exigiram muito dela dramaticamente, que segurou bem. Outros ótimos nomes do elenco, além dos já mencionados, foram Milena Melo, Giulia Gayoso, Amanda de Godoi e Laryssa Ayres.


Outro problema do autor foi o seu texto, vide a desastrosa fala de Giovane para Joana, dizendo que a namorada deveria engordar para ninguém assediá-la. Para culminar, a mocinha disse que jamais engordaria porque senão ele iria largá-la. O politicamente correto é péssimo para a teledramaturgia e limita os enredos, mas esse caso foi grave porque Jacobina colocou a fala em um perfil íntegro. Se fosse um vilão ou vilã dizendo, por exemplo, não teria problema. A conversa repercutiu tão mal que semanas depois inseriram uma personagem gorda na trama, cuja popularidade era alta e sua autoestima bem elevada, vivida por Raquel Fabbri. Mas além desse equívoco, vale lembrar o caso de xenofobia no texto de Sula, quando a cearense disse que no Rio de Janeiro tinha tanta gente bonita que ela estava com saudade de ver gente feia.


A última semana da trama se mostrou ainda mais estapafúrdia, abusando de situações que subestimaram a inteligência do telespectador. A separação de Lucas e Luíza, por exemplo, foi gratuita e ele ainda fez uma declaração de amor para Martinha que não fez o menor sentido para o público que acompanhou o enredo desde o início. O autor ainda premiou a traição, pois o rapaz chifrou a até então namorada com a mãe de seu filho. Todo o contexto envolvendo a psicopatia de Caio também ficou irreal, principalmente quando o 'vilão' fingiu para Manuela que ele e Tita 'brincavam' assim que a menina flagrou o corpo da madrasta coberto por um lençol. Além dela ter acreditado, ninguém mais sentiu a ausência de Tita. Só mesmo nos últimos capítulos que Tânia (Deborah Secco) o desmascarou. O único bom momento na reta final foi o desespero de Bárbara descobrindo que não era filha biológica de Ricardo, virando a bastarda que ela tanto desprezava ao xingar Joana. Bárbara França brilhou como de costume.


"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" teve um início animador e um desenvolvimento decepcionante. Todos os erros da temporada anterior foram repetidos por Emanuel Jacobina, incluindo até mesmo o subtítulo da trama. Afinal, o "Seu Lugar No Mundo" da fase passada nunca teve correlação com o que era mostrado, assim como o não houve nada de "dia nascendo feliz" na atual história. Muito pelo contrário, eram dias de constantes discussões e repetitivas brigas. A audiência foi ótima, mas não fez jus ao que foi apresentado ao público. Os números elevados não refletiram a qualidade. O enredo chegou ao fim com vários problemas de condução e com uma sensação de dever não cumprido. Já vai tarde!

47 comentários:

Anônimo disse...

Tava esperando mesmo esse texto final e tu lacrou!!!!!

Odilon disse...

Que texto fantástico. Todas as falhas detalhadamente expostas e bem argumentadas. Já vai tarde e que esse autor se aposente!

Quércia disse...

Falaste absolutamente TUDO o que eu penso sobre essa temporada horrorosa!

Anônimo disse...

PARABÉNS! ASSINO EMBAIXO!

Gustavo Nogueira disse...

Concordo e assino embaixo Sérgio.Essa temporada começou muito bem e com histórias e personagens interessantes, como a procura de Joana por seu pai, a relação conturbada de Ricardo com suas filhas, o casal Juliana e Lucas que vivia entre tapas e beijos além claro da vilã Bárbara, que no começo tinha alguma humanidade.Cheguei a acreditar por um tempo que o Emanuel Jacobina havia recuperado a mão e escreveria uma temporada interessante após aquele desastre de Malhação- Seu Lugar no Mundo.Mas tudo depois se diluiu, a mocinha Joana(talentosa Aline Dias) virou uma mala sem alça e o que foi ela negando o dinheiro de Ricardo e até seu nome na sua certidão?Igual aquela mala daquela Cristina de Império, eu não entendo porque esses autores não criam mocinhas ambiciosas, não há problema algum nisso.Felipe Roque e Ricardo Viana tiveram fracos desempenhos e foram sumindo gradativamente.Não entendi a Juliana ter ficado com o Jabá, ela e o Lucas combinavam tanto, o Emanuel Jacobina estraga seu próprio enredo.Ele juntou o Lucas com a Luiza, tudo bem e inventou essa gravidez sem noção da Martinha, mas ele vivia dizendo que amava a Luiza e negava qualquer investida de Martinha.Mas do nada ele traiu a Luiza com a Martinha e até disse que a amava(Oi????).Nanda virou uma chata e o romance de Jéssica e Beloto que eu gostava, ficou sem história e o casal apagado.Gostei da Sula, mas a história da personagem consistiu em amar o Rômulo e ser rejeitada por ele, a personagem merecia enredo mt melhor, a atriz era mt talentosa.A maior revelação dessa temporada foi mesmo a Bárbara França, ela carregou essa temporada nas costas apesar da personagem ter sido descaracterizada, ela passou a ser agressiva e ofendia todos, virou uma vilã maniqueísta.
Essa reta final foi repleta de coisas que não deu para engolir.Caio virando vilão foi mt absurdo, apesar do enorme talento do Tiago Fragoso.Por que o autor não fez isso desde o início?Valorizava até o talento de Tiago Fragoso, mas a forma como foi feita ficou mt forçado e não convenceu.Lucas traindo Luiza e a traição sendo romantizada foi lamentável.A única coisa dessa reta final que eu gostei foi a Bárbara descobrindo que não era filha do Ricardo, foi uma grande ironia do destino já que ela vivia jogando na cara da Joana que ela era bastarda.Gostei de algumas cenas da Joana Fomm com Felipe Roque e Ricardo Viana.O resto é pra esquecer.Que venha Malhação- Viva a Diferença!

Pamela Sensato disse...

Olha que texto heim Serginho e até eu que não assisto percebi o ruim da história kkkkkkkkkk

Beijinhosss ;*
Blog Resenhas da Pâm

Marta Martins disse...

Adorei o post e conhecer o blog!

Chaconerrilla disse...

Zamenzitoo, disse tudo. Até agora não me conformo com o que fizeram com o Lucas e com Jucas. Triste!

Anônimo disse...

TU É FODA. MELHORES CRÍTICAS!!!!!

Unknown disse...

Algo a comentar...

E pensar que foi o Jacobina, junto com Andréa Maltarolli, que foi o criador da "Malhação". Participou do roteiro e da concepção da 1ª até a 8ª temporadas(1995 à 2001), sendo assim, o responsável pela fase áurea da novelinha.

Voltou em 2010 apresentando "Cidade Partida e a Adolescência" e teve êxito.

Diante disso, é inexplicável que um autor com o histórico que tem, escreva dois roteiros equivocados e respectivos, que foram bem em termos de audiência...

...e talvez por causa disso, ele repetiu a empreitada.

E digo ainda mas, por causa dos números apresentados, tenho certeza que ele emplaca mais uma temporada. Infelizmente.

beijos...

Anônimo disse...

Desde o momento em que Jacobina decidiu separar Lucas e Juliana, já comecei a ficar com um pé atrás com os rumos dessa temporada (Aliás, com todas as alterações feitas no personagem Lucas, comecei a desconfiar que há uma questão pessoal entre o autor e Bruno Guedes, mas isso não vem ao caso). Não enxergo vantagem nenhuma sair com audiência alta com uma trama completamente incoerente e personagens descaracterizados. Não fará falta.
E que venha Viva a Diferença, que só pelas chamadas já chama muito mais atenção do que todos os capítulos de Pro Dia Nascer Feliz juntos.

Debora disse...

Olá Sérgio tudo bem???


Falou tudo e falou bem! Essas duas últimas temporadas de Malhação foram TERRÍVEIS...



Beijinhos;
Débora.
http://derbymotta.blogspot.com.br/

Malu disse...

Oi, Sérgio. Olha, o negócio da AIDS na verdade foi temporada passada mas merchan social malfeito é o que não falta nessa temporada também (gordofobia, racismo, etc). Não vi o começo dessa temporada, mas concordo que pelo menos a história da Joana com o pai e as irmãs tinha um ótimo potencial. Também acho que Jéssica e Nanda, apesar das atrizes serem boas, poderiam ter rendido muito mais. Joana, Bárbara e Nanda foram injustamente pareadas com homens completamente insossos e inexpressivos (falo dos personagens e dos atores tbm) e acabaram pagando por isso. Já os casais que poderiam dar certo, como Jéssica e Belloto, foram perdendo destaque em detrimento de besteiras como a turma da Martinha e cia, o povo do hostel, etc. Lucas e Luiza, apesar de terem sido pessimamente construídos, ainda eram um casal que eu gostava, mas com essa história de gravidez tudo perdeu o sentido e a personalidade de alguns deles mudou drasticamente do nada – aliás pela milésima vez. Fábio e Manuela também era super fofo e o Jacobina jogou fora, enfim. A briga entre Bárbara e Joana era justificável e legal no começo, mas sinceramente, se vc ficasse um mês sem ver e ligasse a tv novamente veria a mesma cena sempre, não sei como as atrizes aguentaram. Quando elas partiram para o tapa, parecia um ponto de mudança, mas não, tudo continuou igual. Enfim, tem muito mais coisa, mas, sinceramente exausta de reclamar dessa joça.

Bell disse...

Não gostei.
Casais separando, uma trama que é para ser gostosa até sequestro teve.
Se é para o publico jovem tem que ter mais leveza.

bjokas=)

Anônimo disse...

Já eu acho que ele juntou Jabá e Juliana a pedido da Giulia ou por ver que ela e o Fabio estavam namorando na vida real. Mas porque vc acha que é briga entre ele e o Bruno?

Rafa disse...

Essa temporada foi péssima, não vai fazer falta mesmo. Algo que você esqueceu de comentar Sérgio, foi a também mudança do Renato. O autor deu a entender que o personagem era um sociopata que pesquisou sobre toda a vida da Nanda e do Fil (ele ate teve duas cenas sendo agressivo e ameaçando o Rômulo), e do nada o personagem voltou a ser o cara amoroso do início.

Sem contar a abordagem ridícula de gravidez na adolescência que ele fez duas vezes seguidas. Não sei como a Globo deixou isso acontecer. E o proprio Jacobina, em vista da boa abordagem do tema com a Júlia da temporada "Cidade Partida".

Anônimo disse...

Em resposta ao anônimo sobre a questão Bruno x Jacobina, na verdade foi um devaneio meu, uma possibilidade que descartei minutos depois de ter pensado kkkkk.
O que importa é que infelizmente a burrada já foi feita e, infelizmente não há mais como consertar.

Smareis disse...

Boa noite Sérgio.
Pelo horário a malhação deveria ter uma pegada mais leve. Essas últimas temporadas não tenho assistido.
Excelente postagem como sempre. Você é um bom critico, e escreve muitoooo.
Uma ótima semana!
Um ótimo mês
Um abraço, e um sorriso!
Blog da Smareis

Leitora disse...

Parabéns pelo seu texto. Você escreve tão bem que nos faz ter vontade de ler mesmo que o programa em questão não seja do nosso interesse. O Jacobina fez a pior coisa que um autor pode fazer brincou com os personagens e o enredo ao seu bel-prazer. Tanto personagens quanto enredo podem sim mudar, mas no entanto toda mudança tem uma coerência o que não foi o caso, afinal de contas ninguém vai dormir integro e acorda canalha e mesmo quando ocorre uma mudança (justificada) a essência da pessoa (Personagem) continua lá e o plot se mantem vivo. Subestimar a inteligencia do telespectador foi outra tremenda falta de respeito é como nos dar um atestado de burrice e ainda achar que esta nos presenteando. E o texto foi só mais um tiro errado. Malhação e eu temos quase a mesma idade eu cresci com o seriado e vê essa situação é decepcionante.

Juan A. disse...

Concordo Sergio, achei essa temporada muito fraca e o Jacobina repetiu todos os erros da temporada passada. Uma pena, pois a historia tinha potencial. Gabriel é um dos protagonista mais insignificantes da historia da Malhação, ele não teve enredo. Mas taí uma coisa que eu não entendi e gostaria de saber sua opinião. Tudo bem que o Felipe Roque é bem fraquinho e o Gabriel era um péssimo mocinho, mas porque diabos o autor não investiu no casal protagonista ? Eles não tiveram historia nenhuma, deram um beijo e nada mais. Tudo bem, que eles podiam não ter química, mas é muito estranho, na sinopse pelo menos devia ter alguma historia a ser desenvolvida para o casal, imagino eu. O que você acha que houve, o autor simplesmente desistiu do casal e juntou ela com o Giovane. Achei muito esquisito. Abração Sergio, acompanho sempre o seu trabalho.

Sérgio Santos disse...

Obrigado, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Fico feliz que tenha gostado, Odilon.

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Quercia.

Sérgio Santos disse...

Valeu, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Concordo integralmente com seu ótimo comentário, Gustavo.

Sérgio Santos disse...

Pois é, Pam... rsrs

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Marta!

Sérgio Santos disse...

Nem eu, porlapazyporlavida lc! bjsss

Sérgio Santos disse...

Valeu, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Pois é, F Silva, inacreditável...

Sérgio Santos disse...

Idem, anonimo. Tanto que depois foi ladeira abaixo...

Sérgio Santos disse...

Terríveis msm, Debora. bjks

Sérgio Santos disse...

Maseu me referi ao caso da AIDS como erro da temporada passada msm, Malu. Tanto que usei isso pra reforçar os erros dessa, que foi msm gordofobia,etc...

Sérgio Santos disse...

E tudo inverossímil, Bell... bjs

Sérgio Santos disse...

É verdade, Rafa. Foi tanto erro na temporada que acabei deixando passar mais esses...

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado pelo elogio, Smareis. Bjão!!!

Sérgio Santos disse...

Leitora, muito muito obrigado. Faço pra vocês mesmo e fico feliz que goste. Bjão!!!

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Juan. Venha sempre! O ator era péssimo e o casal idem, mas foi realmente estranho esse sumiço total do papel. Não entendi.

Amanda disse...

O que falar de uma malhação aonde o casal principal foi formado pelo núcleo adulto com ricardo e tânia? Não que a debora e o marcos não mereçam esse destaque, mas me deu impressão de estar assistindo uma novela das 7.
Espero ver a barbara, giulia, fabio e bruno em futuras novelas com tramas e história que realmente valorizem seus talentos, fora a amanda e a laryssa que já tinham se destacado na outra temporada

Anônimo disse...

Acompanhei as duas temporadas e vi coisas que me deixaram de cabelo em pé, meu saldo positivo disso tudo é poder ter visto o trabalho da Amanda e do Francisco, que eram um casal ótimo em seu lugar no mundo e eu até hoje me pergunto por que cargas d'agua ele resolveu matar o Filipe, era muito mais jogo ter posto ele em coma no hospital ou ter deixado o menino vivo e ele é a Nanda sairiam felizes da temporada anterior. Casais fraquíssimos, textos sem pé e nem cabeça deram o tom do que foi a temporada inteira. Juro que as vezes me perguntava por que meu Deus ele tinha se perdido tanto. No mais espero que ele não pegue mais temporada nenhuma de malhação

Sérgio Santos disse...

Pois é, Amanda... Triste.

Sérgio Santos disse...

Concordo, anonimo. Ele assassinou suas duas temporadas com crueldade.

Unknown disse...

(Zamenza, vou ter que dividir meu comentário em dois ou tres pq ficou enorme, tenho muita coisa entalada haushuahs)

Excelente texto, não podia esperar menos de ti, né?

Agora se prepara pro meu texto também haushauhsuahs

No começo eu tava amando, sério, tinha tudo pra ser uma temporada boa, mais acertos do que erros, como você mesmo disse, minha fé na temporada era tanta que mesmo esse ano depois do autor já ter começado a repetir os erros da anterior, eu ainda tinha esperança de que pelo menos os personagens e casais que eu gostava se salvariam das merdas do Jacolouco, então fui tombada uma vez depois da outra, vendo a chuva de chorume no roteiro só engrossar... Vou falar tudo que me incomodou:

Joana - Eu tava amando ela como protagonista desde o primeiro episódio, me sentia muito representada nela por tudo isso da busca pelo pai no Rio e de ter um padrasto péssimo... Amava o fato dela ser guerreira, da luta dela contra o racismo e o machismo de cada dia, de mesmo estando apaixonada não perder o foco do seu objetivo principal que a fez ir pro RJ. Amei o fato de Jobiel ter ido pra casa do caralho, e mesmo o Giovane não sendo perfeito e nem tendo um intérprete tão bom quanto a Aline (mas que era sim, melhor que o Felipe), os dois tinham química, consegui shippar e Jovane funcionou melhor sim, que bom que pelo menos isso o autor enxergou. As cenas dela com a Bárbara França eram ótimas, mas as brigas repetitivas foram me cansando. As cenas dela com a Manu e tentando se aproximar da Ju eram lindas e eu acho que deveriam ter dado mais cenas assim pra Aline, e mais cenas emocionais onde ela mostrava todo o seu potencial e brilhava mais, teriam aproveitado melhor a atriz. Outra coisa que odiei, claro, foi o diálogo gordofóbico, não só por ela não ser a vilã, mas por ser a protagonista, que por meses lutou contra preconceitos, aquele diálogo ficou muito bosta e sem cabimento, que triste. E daí foi ladeira abaixo e ela foi virando uma sonsa cuja principal função era brigar com a Bárbara e vice versa.

Bárbara - Era a vilã que eu amava odiar, a atriz tava excelente, brilhou nas cenas de embate e descontrole, mas a obsessão dela com o Gabriel foi triste de ver, o personagem é um bosta total, nem ele nem o intérprete estão a altura dela, Barbiel é um casal bem pombo. E ela foi outra afetada pelas mudanças loucas, pq apesar de todas as suas falhas de caráter, ela amava as irmãs e nunca iria fazer tudo que fez e botar a Manu em perigo como fez na reta final. A reconciliação dela com a Joana era esperada e foi bonita, mas eu não consegui me emocionar assistindo (na verdade, nenhuma cena de choro nesse último capítulo me emocionou), pq depois de meses cheia de ódio, xenofobia e racismo, DO NADA, EM UMA CENA HIPER CURTA, ela se regenerou e virou uma santa arrependida que ama a Joana como irmã e não tem qualquer rastro de preconceito (aliás, todas as cenas nesse último dia foram hiper curtas, até a edição tava um cu). Fora que casar com o Gabriel e ter um filho dele é castigo pela vida inteira, confesso que senti pena. E aquele pai que brotou do éter? Não, apenas não.

Manu - Era uma personagem bem legal, atriz ótima também, um frescor de personagem mirim depois dos dois embustes da temporada passada, poderia fazer um casal mirim lindo com o Fábio, mas foram apagados e esquecidos num churrasco e ela virou uma bobinha, que acreditou naquela história absurda do Caio falando que tava brincando com a Tita e não tinha matado ela.+

Unknown disse...

+Juliana - Era maravilhosa, amava a rebeldia dela que era natural, mas também escondia a insegurança de não ser correspondida ao gostar de um cara mais velho, e depois, Jucas tinha tudo pra ser um casal foda, mas aí resolveram deixar ela com o machista que a beijava a força (boatos de que na vida real ela e o Fábio começaram um namoro, aí ela quis que desistissem de Jucas e fizessem Jubá acontecer mesmo) e depois disso, ela e o idiota com quem ficou viraram meros figurantes e quando aparecia ela ficava irritante, desde que forçou a barra com esse amor súbito pelo Jabá. Era uma das minhas personagens favoritas, outro tombo.

Lucas - Ele era um dos poucos personagens masculinos que gostei (e que teve um dos únicos intérpretes masculinos bons), um dos favoritos da temporada, era íntegro, talentoso, responsável, já gostei de cara. Depois de Jucas não dar certo, apesar da construção do segundo casal ter sido muito apressada, eu passei a shippar Luicas, e peguei um certo carinho pela Luiza, pq ela (assim como a Sula) gostava de um cara que tava a fim de outra, só via ela como amiga e mesmo assim não desistiu de conquistar ele quando a oportunidade surgiu, ela não teve medo de tomar atitude e se declarar, os dois fizeram um casal fofo, mas claro, quando se pensa que Jacobina resolveu voltar a acertar ele vai e caga tudo mais ainda, pq a Martinha ficou grávida DO NADA, E DO LUCAS, sendo que eles nunca demonstraram interesse um no outro. E ele resistiu a princípio, mas resolveu assumir esse filho, aí ela, que era uma personagem super legal, divertida e leve, resolveu virar uma louca que perdeu a sanidade no século passado achando que o cara era obrigado a ficar com ela só pq ela tava grávida dele, afinal, filho segura homem, né? E Luiza tentou se afastar, mas o cara foi atrás dela e jurou que Martinha nunca seria mais que uma amiga e que a amava, não sossegou o rabo enquanto ela não voltou com ele. Aí depois de meses da Luiza aguentando as infantilidades da Martinha e ficando ao lado dele, ele a trai com a mãe do filho e do nada diz que é pq na verdade sempre a amou e espera que a menina que foi feita de idiota e traída entenda sua atitude canalha numa boa. E no final, ainda colocam a menina pra sorrir ao lado dos dois como uma tonta feliz que perdoou tudo em pouquíssimo tempo. Força mais que tá pouco. Destruíram o Lucas. Coitada da Luiza. Fora que romantizaram traição, deu nojo.

Caio - meu segundo personagem masculino favorito, Fragoso estava ótimo. Era um homem bom, porém era rígido por ser amargurado e até solitário, dava para ver seu lado sensível com as sobrinhas, especialmente com a Manu, tinham uma amizade bonita. Aliás, torcia para a Joana ser filha dele, sempre detestei o babaca do Ricardo, e acho que a paternidade mostraria ainda mais seu lado humano, e renderia lindas cenas dele com a Joana, com quem inclusive antes do teste parecia ter uma ligação se formando. Mas Jacobina preferiu não fazer isso acontecer e depois transformá-lo em alguém cheio de ódio gratuito (quando começou a tratar mal o Fábio e aquele garoto da escola que trabalhava na academia) que depois piorou e virou um psicopata completo, capaz de matar e ameaçar a vida da Manu... Virou um diabo do nada. E aquela história da conta conjunta com o Ricardo foi outra bosta.

Jéssica - Teve um certo destaque, era a amiga que todo mundo queria ter, ganhou um par legal, e depois de um tempo foi apagada.

Nanda - teve lindos momentos tentando reconstruir sua vida pós-luto, mas o romance com o Rômulo me irritava, apesar da história com o Renato ter sido rasa, pelo menos o ator era bom, ela tinha mais química com ele e as lembranças do Felipe e ver o Renato ali com o coração dele transplantado, aprender a amar ele, teriam rendido lindos momentos, mas virou tudo uma bagunça e não deu em nada, e ela voltou a mirar no Rômulo e virou uma sonsa.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

+Sula - maravilhosa, ela e Joana eram um SISTP lindo, mas demorou muito mais do que deveria pra ela ir pro Rio. Apesar do Laham ser uma tristeza, ela e ele tinham química e o casal era legal, mas no final ele ficou conversando com o fantasminha camarada do Fil (aliás, toda cena que o fantasma aparecia eu sentia vontade de voltar pro útero de vergonha alheia) e voltou com a Nanda. Romantizaram traição de novo, puta merda. Coitada da Sula. E ainda botaram ela pra ficar com um cara (feito por outro ator péssimo, aliás) que pediu ela em namoro assim que conheceu, cacete, a coerência foi jogada pro espaço.

Krica, Cleyton e o outro que esqueci o nome nem deviam ter ficado nessa temporada, por favor Jacobina, me respeita.

Gabriel - PIOR PROTAGONISTA, ator ruim de doer a alma. Tanto que o irmão foi mais protagonista do que ele e ficou com a mocinha. Aliás, que lixo de perfil de mocinho, fica com a Barbara e continua correndo atrás da Joana mesmo a menina cansando de dizer não, vá ser escroto assim no inferno! Aliás, não suportei nem ele nem o Ricardo que primeiro brincou com a mulher e a mãe da Joana, depois com a Tita e a Tânia... Uma vez um escroto, sempre um escroto!

Aliás, o tanto de ator péssimo e inexpressivo que tem aparecido nas novelas da Globo chega a assustar. Tá na hora de Felipe Roque, Juliano Laham, Nego do Borel, Caio Castro, Romulo Neto, Gabriel Braga Nunes e Fiuk serem banidos da emissora.

O que essa Malhação me ensinou: Gravidez na adolescência/juventude é tudo de bom; filho segura homem; traição pode ser linda, aplauda e shippe; transe no resguardo; se você for traída perdoe o canalha e a amante e esqueça a sua dor e o seu papel de trouxa (afinal você está errada em sofrer e tem que aceitar tudo de boa, não tem nem o direito de dar um tapa na cara do embuste que te chifrou); tudo bem fazer comentários gordofóbicos e machistas em pleno 2017; seu tio amargurado mas que sempre foi amoroso contigo pode virar um psicopata que te sequestra e joga o carro em cima de viaturas pra tentar fugir; se esse mesmo tio estiver tentando esconder um corpo sem vida mas te disser (com uma cara de maluco) que é tudo brincadeira, acredite; e muitas outras coisas absur- quero dizer, lindas e que fazem todo o sentido (:

Quanto aos destaques, espero ver Aline, Barbara, Malu, Larissa, Amanda, Milena, Giulia, e Bruno em outras produções, mostrando todo seu talento com um roteiro bom e consistente, afinal, já temos provas de que livres da mente louca do Jacobina, tem atores que finalmente conseguem brilhar e ser bem aproveitados.

Se leu até aqui, perdoa o meu desabafo gigante e não desiste de mim... O fato é que essa temporada bosta já foi tarde, aleluia!

Sérgio Santos disse...

Li tudinho, Vittoria. E pode comentar quantas vezes e quantas partes quiser em qualquer texto. O espaço é pra isso. Aliás, assino embaixo de todas as suas colocações. É isso mesmo. Decepção. bjsss