É bem verdade que a 'novidade' não é nada de nova. O jogo consiste na disputa entre dois trios (ou duplas) de convidados (normalmente integrantes dos elencos da Globo) e os times precisam adivinhar quem está atrás das sete portas, após ouvirem 20 segundos de uma melodia. Ou seja, é uma 'adaptação' de um dos famosos quadros do extinto "Qual é a música?", do SBT, embora seja um formato comprado de um fornecedor inglês. Vale mencionar ainda que o formato estreou no início de 2015 e era bem desinteressante, pois os cantores que ficavam escondidos eram covers e não os originais --- algumas vezes, inclusive, as apresentações dos imitadores eram constrangedoras de tão ruins.
Mas tudo mudou quando Faustão fez uma importante alteração no quadro, trazendo os artistas para o palco, cada vez que uma porta se abria. Primeiramente, funcionava apenas como edições especiais. Porém, não demorou para o apresentador fixar a mudança, trazendo todos os cantores originais. A iniciativa foi um golpe de mestre, pois muitos deles já estão 'esquecidos' ou então não têm mais oportunidade em outros programas de televisão.
Além disso, a atração acaba presenteando o telespectador com momentos de pura nostalgia, uma vez que várias músicas fizeram parte da trilha de novelas antigas ou de épocas que marcaram o público.
Vários artistas consagrados e que, infelizmente, perderam espaço na mídia já participaram da atração, matando as saudades do público. Fat Family, KLB, Tihuana, Raimundos, Patrícia Marx, Os Morenos, Peninha, Uns e Outros, Kiko Zambianchi, Kaoma, Gilliard, Luiz Ayrão, Fundo de Quintal, Roberta Miranda, Braga Boys, Hanoi-hanoi, Sérgio Reis, Jerry Adriani, Genival Lacerda, Maurício Manieri, Beto Barbosa e Demônios da Garoa foram alguns dos grupos e cantores que estiveram no quadro, promovendo uma verdadeira volta ao tempo.
A nostalgia é tão grande que muitas vezes a disputa dos times convidados pouco importa, pois a maior importância do formato é justamente ter a possibilidade de ouvir e prestigiar novamente tantos talentos ---- sendo que muitos foram sumindo por pura falta de oportunidade, em virtude da proliferação dos mesmos ritmos e gêneros que passaram a dominar o mercado musical. É importante mencionar, ainda, que Faustão procura fazer uma mescla dos sucessos antigos com os atuais, ou seja, também há espaço para cantores que estão com suas músicas 'estouradas', vide Valesca, Simone e Simaria, MC Koringa, Projota, Pablo, João Neto e Frederico, Tiê, entre outros.
O sucesso do quadro sem os covers foi tão grande que houve uma mudança de planos. A temporada seria encerrada no último dia 12, mas foi estendida e não há previsão de quando terminará. O tempo é que mudará, pois passará de quase uma hora e meia de duração para em torno de cinquenta minutos, e com duas portas a menos. O intuito é não deixá-lo cansativo e não tomar tanto o tempo do "Domingão", que agora estreou a segunda temporada de "Iluminados" ---- quadro de disputa de vozes, semelhante ao "The Voice Brasil", onde cada candidato tem que cantar a música do ponto em que o adversário parou. O formato mais curto já pôde ser visto neste domingo (19/06).
O "Ding Dong" foi um grande acerto do "Domingão do Faustão", que estava mesmo precisando de um bom quadro novo. Fausto merece elogios pela adaptação feita, trazendo de volta cantores e bandas que marcaram época e que merecem ter espaço na mídia depois de tantos anos de sucessos. Vida longa ao formato. Os artistas e o público agradecem.
12 comentários:
Também acho.Muitos cantores bons voltaram por causa disso.E fica evidente como antigamente a música tinha muito mais qualidade.
Concordo com o texto.
Parece milagre elogiar o Faustão, mas endosso a crítica.
Ficou muito melhor com artistas originais cantando as músicas.
big beijos
blog Lulu on the sky
É verdade, Fabiana!
Obrigado, anonimo.
Que bom, Valentina! bj
Mt melhor, Lulu. bjs
Gostei desse quadro e nem sabia que antes era só com covers. Ainda bem que não peguei essa época.Fiquei saudoso quando vi lá a Kaoma!
Também achei. Tanto cantor e banda boa que estavam esquecidos!
Não perdeu nada, Renato.
Exato, Samara!
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