terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"Escolinha do Professor Raimundo" e "The Voice Kids" fizeram uma ótima dobradinha nas tardes de domingo

Uma das gratas surpresas da Globo em 2016 foi a estreia do "The Voice Kids". O programa começou a ser exibido no primeiro domingo do ano e já mostrou a que veio, com repletas de crianças talentosas mostrando capacidade vocal. E a atração acabou formando uma boa dupla com a reprise do especial em homenagem ao, até hoje lembrado, sucesso da "Escolinha do Professor Raimundo", lançado em novembro no Canal Viva. Os dois produtos fizeram muito bem para a grade vespertina da Globo aos domingos.


A faixa, antes ocupada pelo "Esquenta!" ---- que entrou de férias ----, mantinha uma média de 10 a 12 pontos. A reprise da "Nova Escolinha" chegou a alavancar para 16 pontos, enquanto o "The Voice Kids" chegou a 18. E, ao longo dos domingos, esses índices não se modificaram muito, mantendo o horário em alta. Ou seja, a estratégia da Globo deu muito certo e as atrações, apesar de completamente distintas, acabaram sendo benéficas uma para a outra. A boa dobradinha, aliás, fez lembrar a época em que o "The Voice Brasil" e o "Amor & Sexo" eram exibidos em sequência, durante todas as noites de quinta-feira, obtendo o mesmo êxito.

A nova geração da "Escolinha do Professor Raimundo" chegou ao fim no último domingo (24/01), após sete semanas no ar. A emissora reprisou os cinco episódios já exibidos no Viva entre novembro e dezembro, e ainda colocou dois inéditos no ar, reservados justamente com esse objetivo. A Globo e o canal a cabo entraram em um acordo e fizeram uma produção em conjunto, assim como já haviam feito na época do ótimo especial do "Sai de Baixo", em 2013.
E se ficou provado que a homenagem ao mais famoso humorístico de Chico Anysio foi um grande acerto quando o Viva transmitiu, pode-se constatar que a comprovação veio com a exibição no canal aberto.

O humor do programa se mostrou atemporal, principalmente pelas piadas internas feitas entre os atores. Claro que as brincadeiras eram muito maiores na escolinha original em virtude da intimidade do elenco, porém, foi nítida a boa sintonia da 'nova geração'. E o fator surpresa fez toda a diferença, pois, mantendo o que já ocorria na atração anos atrás, ninguém sabia o texto do outro; ou seja, os risos eram sinceros. Foi uma conjunção de acertos que resultou em uma nova leva de episódios, já encomendada pela Globo, mas cuja previsão de estreia ainda é indefinida. Tudo leva a crer que serão produzidos ainda este ano.

Entre os destaques, é preciso citar o show de Marcos Caruso como Seu Peru e a performance irretocável de Mateus Solano como Zé Bonitinho. Dani Calabresa vivendo a Dona Catifunda e Marcelo Adnet de Rolando Lero são outros que primaram pela perfeição, se preocupando com todos os trejeitos dos personagens originais. Otávio Muller de Baltazar da Rocha, Marco Ricca de Pedro Pedreira, Betty Gofman de Dona Bela, Fabiana Karla de Dona Cacilda e Lúcio Mauro Filho de Aldemar Vigário foram outros merecedores de elogios. Alguns deles, aliás, não devem estar na nova leva de episódios por conta de compromissos profissionais --- vários estão sempre fazendo novelas e séries.

Já o "The Voice Kids" está a cada rodada mais envolvente e o nível dos candidatos mirins impressiona. As crianças vêm dando um verdadeiro show e a temporada infantil tem conseguido se mostrar bem mais superior, em comparação com a terceira e a quarta da versão adulta, onde poucos participantes se destacaram. O repertório de qualidade da grande maioria dos meninos e meninas é uma grata surpresa e a desenvoltura das crianças serve de bônus para esse tipo de atração, uma vez que não faltam tiradas espontâneas e gafes. Uma menina chegou a dizer que não sabia o que era "lancha" (do verbo lanchar), por exemplo, enquanto outra chamou Ivete de Claudinha, provocando um constrangimento geral.

Os jurados, inclusive, estão muito bem e não tentam aparecer mais que os candidatos. Até Carlinhos Brown ficou menos 'over' com os novos colegas. Ivete Sangalo apagou a má impressão causada na época que foi jurada no "SuperStar" (onde, insegura, fazia comentários irrelevantes, achando todos ótimos sempre) e agora está bem mais à vontade, interagindo com as crianças e fazendo análises boas sobre as apresentações. A dupla Victor e Leo, que funciona como uma escolha só, também está entrosada com os demais e os dois fazem comentários pertinentes ---- comparando, são bem melhores que Daniel e Michel Teló na versão adulta. Ou seja, os acertos ficam evidentes o tempo todo.

A nova geração da "Escolinha do Professor Raimundo" e o "The Voice Kids" são dois excelentes produtos e os programas fizeram uma ótima dobradinha na grade vespertina da Globo, levantando a audiência da emissora aos domingos. Agora, com o fim do humorístico, a missão fica apenas nas 'mãos' da competição musical, que honrará a responsabilidade, como já vem fazendo desde que estreou.

30 comentários:

Ulisses disse...

Concordo. Não tive a oportunidade de ver esse especial da Escolinha no Viva, então vi alguns na Globo. E esse The Voice infantil tá muito melhor que os dois últimos adultos.

Anônimo disse...

TAMBÉM ADOREI. PENA QUE ACABOU A ESCOLINHA.

Tainá disse...

Eu gostei também, mas preferia que o The Voice entrasse no ar mais tarde. Duas horas é cedo demais. Podia ficar no horário do Faustão e davam férias pra ele como fizeram com o Esquenta.

Italo disse...

Também achei a ideia muito boa e curti, mas concordo com Tainá. Horário mt cedo. Poderia ser até aos sábados no lugar do Zorra.

Anônimo disse...

Foi uma boa dupla mesmo e nem sabia que a Escolinha tinha acabado. Já achava que teria mais semana que vem. Fiquei triste agora.

Denise disse...

Eu sinceramente não gostei da escolinha. Acho que como homenagem é válido, mas pra encomendar mais programas um pouco demais. É até desrespeitoso pq há vários atores que ainda estão vivos, não sendo necessário serem substituídos. Já o The Voice Kids tá muito gostoso e dá gosto de ver.

Anônimo disse...

Foi uma grata surpresa. E o domingo tava precisando pq só tem porcaria na televisão.

Anônimo disse...

Meu Deus, esse tal de Sergio Santos não é desse planeta. O cara ate no domingo fica enfurnado em casa assistindo a chatissima programação da globo, como que aguenta? Você não sai nunca? Não vai ao clube, a praia, almoçar fora, nada?
E cá pra nós, você pode ser um fanático da rede globo mas não tem feedback nenhum de televisão, essa escolinha nova é um verdadeiro horror. Pegaram aqueles malas do zorra total e um bando de atores que não são humoristas pra fazer essa m... Só sinto vergonha alheia assistindo. Quer dizer que agora além de estragar as novelas boas que fez no passado com remakes péssimos a globo(A DONA DO CANAL VIVA) vai começar a fazer remakes dos humorísticos clássicos também? Se bem que esse tá no ar do mala do Adnet é uma tentativa de fazer humor na linha do TV Pirata mas com esses "humoristas" não dá!!!

Paula disse...

Eu fiquei impressionada com a elevação da audiência. Mas foi a prova de que o público só estava querendo uma programação de qualidade nas tardes. Pq no SBT tem a Eliana fazendo namoro fake, na Band programa evangélico e na Record aquele Geraldo Luis sensacionalista com um dos piores programas já feitos.

rodrigo lima disse...

Assistir esses programas de criança cantando ninguém merece, ainda mais em pleno domingo a tarde. Mas parece que esses "realities" dão uma bela grana pros cofrinhos da globo, então...

Unknown disse...

Como esse Marcelo Adnet é sem graça, credo. Odiei essa escolinha nova, os verdadeiros alunos devem estar se revirando no tumulo. Só assisti por curiosidade mesmo. E o the voice kids é muito chato, um porre.

mineiro disse...

Ficar em casa em pleno domingo a tarde pra ver essas chatices é dose pra leão, mas cada um sabe de si.

cantinhovirtualdarita disse...

Serginho querido boa noite, gostei da escolinha sim, achei bem interessante a homenagem, pq de domingo a tarde não tem nada de bom na TV...pelo menos a gente ri um pouco....se deu audiência pq é bom


Abraços com carinho!

└──●► *Rita!!

Kika disse...

Dobradinha boa demais e boa lembrança dos velhos tempos com o The Voice Brasil (QUANDO AINDA VALIA A PENA) com o Amor e Sexo. Agora a versão infantil do The Voice tá bem melhor que a adulta de 2015 e esse remake da Escolinha foi nostalgia pura.

Unknown disse...

Assino embaixo do seu ótimo comentário, Sérgio.

Unknown disse...

Algo a comentar...

De fato uma grata surpresa!

Uma das melhores coisas que a Globo fez nos últimos anos foi essa ideia genial de exibir programas por temporadas. Essa é uma das formas de evitar o desgaste dos programas. Com a pausa, a equipe de produção e a direção artística das atrações tem tempo pra buscar novas ideias e um jeito novo de apresentar o que todos já conhece. Alguns fazem isso, como a equipe do "Amor e Sexo", outros não, como a equipe do "The voice Brazil" que precisa aproveitar essa pausa e inovar.

O Esquenta era um ótimo programa quando era exibido por temporadas, mas tiveram a infeliz ideia de colocá-lo fixo na grade e o resultado foi o desgaste natural e a consequente queda nos números.

Concordo plenamente que a dobradinha foi uma ótima sacada, e torço Sérgio, para que eles mantenham esse padrão. O padrão de apresentação de programas e séries por temporadas. Além de não cansar a grade, pode proporcionar ótimas oportunidades para outros artistas apresentarem seus trabalhos.

Tomara... abraços...

Sérgio Santos disse...

Exato, Ulisses.

Sérgio Santos disse...

Pena mesmo.

Sérgio Santos disse...

Isso eu concordo plenamente, Tainá.

Sérgio Santos disse...

Seria bom também, Italo.

Sérgio Santos disse...

Acabou, anonimo. Mas já vão gravar novas pro fim do ano.

Sérgio Santos disse...

Entendo, Denise.

Sérgio Santos disse...

Tava precisando sim.

Sérgio Santos disse...

Isso é, Paula.

Sérgio Santos disse...

Ok, Luiz.

Sérgio Santos disse...

Beijão, Rita.

Sérgio Santos disse...

Fato, Kika.

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Elvira.

Sérgio Santos disse...

Tb acho que o regime de temporadas é mt mais benéfico, F Silva. Concordo plenamente com vc.bjs

Sérgio Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.