A história é simples: a Piorá Linhas Aéreas é uma empresa prestes a falir que consegue a autorização de um juiz para continuar funcionando, desde que passe o poder a um conselho de funcionários. A dona do 'negócio' é a plastificada e fútil Berna (Arlete Salles) e seu marido, o bon vivant Otávio (Luis Gustavo), era o presidente da companhia. A família chegou a viver tempos de luxo no passado, mas agora precisa lidar com contensão de custos (vide a mansão caindo aos pedaços e com reformas inacabadas).
Quase todos os funcionários são integrantes da própria família, como os cunhados Vadeco (Miguel Falabella) e Durval (Marcos Caruso), os comandantes do único avião da empresa. Os dois são separados e moradores da mansão. Um vive buscando cinquentonas na internet e o outro dorme com uma boneca inflável.
Os filhos deles, sobrinhos de Berna e comissários, também vivem lá: a afetada e cleptomaníaca Caravelle (Maria Eduarda de Carvalho) --- filha de Vadeco e casada com o péssimo músico Johnny Beatiful (Magno Bandarz) --- e Decenove (Frank Borges), filho de Durval e esposo de Camilinho (Rafael Canedo). Já Jacira (Andrea Dantas) é a empregada 'faz-tudo' da casa. Fechando o time, há São José (Maria Vieira), Shaniqua (Mary Sheila) e Almira (Stella Miranda), as comissárias da Piorá e as únicas que não moram com os demais.
A estrutura da série é exatamente a mesma da divertida "Pé na Cova", também de Falabella. Os nomes estranhos seguem ali, assim como a família cheia de tipos esdrúxulos e fracassados. A ausência de ação ou conflitos, abrindo espaço apenas para as tiradas dos personagens, é outra similaridade. Até a icônica Bá (Niana Machado) está presente, gritando "Piranha", como fazia na produção anterior. Porém, ao contrário do inspirado seriado, o atual se mostra sem graça e repetitivo. As situações apresentadas ao longo dos episódios logo se esgotam e o texto (repleto de 'causos' contados pelos personagens) só consegue despertar alguns raros sorrisos amarelos.
O que era um diferencial em "Pé na Cova" acabou virando uma mesmice na atual trama. Ao menos o elenco é excelente e muitos são figuras frequentes nos trabalhos de Miguel. Arlete Salles está maravilhosa e Maria Eduarda de Carvalho é um dos destaques, enquanto a ótima Maria Vieira consegue brilhar com suas caras e bocas ----- a atriz portuguesa é uma grata revelação de Falabella, que a trouxe para o Brasil nas suas duas últimas novelas: "Negócio da China" (2008) e "Aquele Beijo" (2011). Marcos Caruso, Luis Gustavo, Stella Miranda e Mary Sheilla são outros bons nomes. Pena que nem os talentosos atores conseguem deixar a produção convidativa.
"Brasil a Bordo" tem uma boa premissa, mas peca na execução. A série, dirigida por Cininha de Paula, tinha tudo para ser mais uma produção divertida de Miguel Falabella (escrita com Artur Xexéo, Flávio Marinho, Antônia Pelegrino e Ana Quintana), mas tropeça nas repetições e nos diálogos pouco inspirados. Embora tenha uma duração curta (cerca de 35 minutos), o tempo parece não passar. Não entretém e nem desperta interesse em continuar acompanhando as 'confusões' da família. Acabou resultando em um amontado de bobagens nada engraçadas. Pena.
20 comentários:
Adorei você ácido no Twitter perguntando cadê os criticos do texto chulo e rasteiro comentando a série. Se fosse do Walcyr já tavam vomitando ódio, mas um texto que fala que o gay SENTA nao teve ninguém pra criticar. ESSA GENTE SÓ PASSA VERGONHA. Depois o parcial é vocÊ.. KKKKKKK RINDO ATÉ 2090!!!!!
Eu já odiava Pé na Cova e aquele negócio de Negas, imagine se verei isso...
A pessoa que fala "aquele negócio de negas" já não tem mais moral pra nada
Queridinha amada, o título de uma dessas porcarias dele era não sei oque das Negas. Não lembro o título de tão ruim que foi.Reclame com o autor!!!!!!!!!!
Eu tava bem animado com a série mas a estreia me decepcionou.Nem aguentei ver até o final e a parte da mansão parecia interminável.
Olha, pra mim já é a pior série do Falabella de longe. Nunca vi algo de tanto mau gosto!
Oie Sérgio
Puxa olha que eu gosto bastante do Falabella viu? Mas é muito, muito ruim, ou eu sou muito ruim para entender esse tipo de humor, porque fiquei com cara de: hã?
Totalmente dispensável :(
Caraca sou eu implicante ou o Marcos Caruso, que tb gosto demaisssss, tem feito sempreee o mesmo papel??
Preguiça viu hihihihi
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
Já que não assisto, resta desejar ótimo fds e um abração! chica
Verdade, Sérgio. Não é possível que a Globo não perceba que séries como essa e Mister Brau já não fazem mais tanto sucesso. Enquanto séries/minisséries como Justiça e Sob Pressão ou novelas das 11 como Verdades Secretas e Liberdade, Liberdade são sucessos tanto de público como de crítica. Eles podiam investir mais nessas produções de qualidade e deixar o humor só pro Tá no Ar mesmo.
Paula
Miguel Falabella é talentoso. Isso não se discute. Acontece que acho que ele deveria se arriscar em outros gêneros. Pq não uma série mais dramática? Ou com cenas mais ousadas? Seria bacana conhecer esse outro lado dele.
PS: Marcos Caruso precisa urgente descansar a imagem .
Olá Sérgio tudo bem???
essa série passa aqui em Portugal e na 1º vez que assisti achei estranho, pois não tinha ouvido falar dela no Brasil...
A série é bem chata e boba...
Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/
Pois é, Joana, ONDE ESTÃO? Só rindo...
Pé na Cova eu gostava, anonimo, mas esse não dá.
Tb me decepcionou, Leandro.
Mt ruim mesmo, Bruna.
Tb gosto mtt do Falabella, Luli. Mas dessa vez ele não foi feliz. Dá até pra entender pq o Ney Latorraca pediu pra sair da série. Aí entrou o Marcos Caruso... rs bjssss
Pra vc tb, Chica.
Boa observação, Paula! É verdade...
Ele tentou em A Vida Alheia, Débora. E eu gostei muito. Mas parece que desistiu depois disso, pena. Tb acho que o Caruso tá emendando trabalho demais.
É chata e boba mesmo, Débora. bjss
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