O formato da atração é praticamente o mesmo que o reality apresentado pelo Rodrigo Faro na Record, mas com regras bem mais maleáveis. Não há limite de idade e o cantor pode se apresentar com uma banda ou grupo, por exemplo.
Mas o que o telespectador assiste é deprimente. O talento não é priorizado em nenhum instante. Para cada dez candidatos, pelos menos oito deles fazem apresentações constrangedoras. E pior: ainda assim algumas figuras são aprovadas e ninguém consegue entender o porquê. O programa pretende
lançar um novo sucesso, um astro, como o próprio nome diz. Mas sabe-se que isso é muito difícil de acontecer nesse tipo de atração. Ainda mais quando não se leva o objetivo a sério. O que parece é que a grande função é fazer o público rir com a maioria dos candidatos.
Para completar a cafonice, o cantor (a) aprovado (a) é colocado em um ambiente que imita uma coletiva de imprensa onde a pessoa responde às perguntas dos jornalistas. Mas tudo não passa de um efeito especial muito mal elaborado. Não há nada ali e o 'chroma key' salta aos olhos. Talvez o intuito seja exatamente esse: parecer bizarro.
Os jurados --- Arnaldo Saccomani, Carlos Miranda, Cyz Zamorano e Thomas Roth --- novamente estão responsáveis em julgar os candidatos e André Vasco é o apresentador. O mesmo time do "Qual é o seu Talento?". O quarteto também tinha a missão de aprovar e reprovar os candidatos do "Ídolos" quando o reality era exibido pelo SBT. Esse é o ponto positivo. Eles são entrosados e ficam à vontade diante das câmeras.
A audiência foi praticamente a mesma que o "QST" obtinha. Muito provavelmente pelo carisma que os quatro jurados sempre tiveram. Se esses bons resultados vão persistir durante toda a temporada não dá para saber. Mas que o programa não prima pelo bom gosto, é evidente. Resta torcer para que esses exageros sejam contornados, ou então que Silvio Santos consiga resolver a briga judicial envolvendo o "Qual é o seu Talento?" e volte a exibi-lo.
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