A série, escrita por Cláudio Paiva e dirigida por Maurício Farias, estreou em abril de 2011 e fechou seu ciclo em setembro de 2015. Foram quase cinco anos no ar de uma produção bem-sucedida. A história protagonizada por Fátima (Fernanda Torres) e Sueli (Andrea Beltrão) teve um ótimo início e não foi difícil cativar o público. As melhores amigas (que dividiam um apartamento no Méier) sonhavam em se casar, mas nunca encontravam o homem ideal e, para aumentar a frustração compartilhada, ainda trabalhavam em uma loja (localizada em Copacabana) que vendia e alugava vestidos de noiva ---- comandada por Djalma (Otávio Muller). As desventuras da dupla divertiam e a boa sintonia entre as atrizes foi um dos acertos da série.
Ao longo do tempo, os coadjuvantes foram ganhando mais importância na trama, o que contribuiu para o fôlego do enredo. Tipos como Jurandir (Érico Brás), Seu Chalita (Flávio Migliaccio), Armane (Vladimir Brichta), Tavares (Kiko Mascarenhas, que interpretou um Santo Antônio imaginário no primeiro ano), Djalma e Flavinha (Fernanda de Freitas), Tijolo (Orã Figueiredo), PC (Daniel Boa Ventura) e Lucilene (Natália Lage) cresceram, ficando tão atrativos quanto as protagonistas.
E a entrada de Fábio Assunção, interpretando Jorge, o dono da boate "La Conga", foi outro bônus para a história. O envolvimento do personagem com Sueli funcionou muito bem e o fato de ter uma filha voluntariosa (Bia - Malu Rodrigues) deixou o conjunto ainda melhor.
Mas Seu Chalita acabou virando uma espécie de patriarca de personagens que não tinham muitos parentes. A trupe de tipos peculiares acabou se transformando em uma família torta. E o dono do restaurante "Rei do Beirute" virou um dos trunfos do seriado. O libanês é um viúvo de meia idade que quer se casar de qualquer forma. As suas aventuras em busca da noiva perfeita divertiu ao longo das temporadas e o ator inseriu um sotaque característico que deixou o perfil ainda mais cativante. Havia um ar de inocência que humanizava o papel e o ator soube usá-lo com maestria. Sua alegria com o papel também era visível, assim como o clima de harmonia do elenco.
Marcado por bons perfis coadjuvantes, Flávio Migliaccio sempre fazia o personagem até então pequeno crescer. Tanto em séries quanto em novelas. Vide o irônico Dr. Josias, de "Êta Mundo Bom!", folhetim de sucesso de Walcyr Carrasco reprisado atualmente no "Vale a Pena Ver de Novo". Em "Tapas & Beijos" não foi diferente. Seu Chalita foi um dos muitos acertos da produção e essa reprise, que entrou na grade da Globo nesta terça-feira (04/08) --- logo após a reexibição de "Cine Holliúdy" ---, funciona muito bem como uma bonita homenagem a esse ator tão querido por todos.
10 comentários:
Sinto muita falta dele, mas acho que deveriam reprisar uma série mais antiga.
Que texto bonito, Sérgio!
Disse tudo e olha que eu nao era grande fã da série.
Momento triste que vivemos, partida precoce e bela homenagem! abração, tudo de bom,chica
Que perda triste e hoje ainda perdemos Gésio Amadeu.
Isso é verdade, anonimo.
Obrigado, Yasmin!
Tb nao, anonimo.
Bjs, Chica!
Infelizmente, anonimo.
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