domingo, 3 de novembro de 2024

Tudo sobre a segunda coletiva online de "Garota do Momento", a próxima novela das seis

 A Globo promoveu na terça-feira retrasada, dia 22, a segunda coletiva virtual de "Garota do Momento", a próxima novela das seis escrita por Alessandra Poggi e dirigida por Natalia Grimberg. Participaram a autora, a diretora, o diretor Jeferson De e os atores Pedro Novaes, Duda Santos, Carol Castro, Caio Manhente, Eduardo Sterblitch, Maria Eduarda de Carvalho, Flávia Reis, Sérgio Kaufmann, Arlinda di Baio, Mariah da Penha, Cauê Campos, Mariana Sena, Pedro Goifman, Felipe Abib, Danton Mello, Maria Flor e Lilia Cabral. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo.

Duda Santos falou de seu novo desafio: "Maria Santa foi um trabalho muito intenso e quando soube que daria vida a Beatriz ainda estava em 'Renascer'. São duas personagens apaixonantes e Beatriz é muito mais à frente do seu tempo do que a Maria Santa. Ela é empoderada, segura, vai até o Rio de Janeiro sozinha atrás da mãe. Acho as duas parecidas, mas muito diferentes também. Quando descobri que faria par com o Pedro Novaes fiquei muito feliz. A gente já se conhecia e sei do comprometimento dele com o trabalho, me sinto segura com ele. Beatriz é um presente, me traz um frescor. Ela é muito verdadeira e a personagem é um sonho meu porque quando era mais jovem sonhava em ver uma pessoa igual a mim na televisão. Dar isso agora para as meninas parecidas comigo, como minha irmã e minha mãe, é um lugar de muita felicidade".

Danton Mello resumiu sobre seu personagem amargurado: "Raimundo tem um amor pela mãe dos filhos e tem um drama e um peso, mas nas leituras vimos que é uma família leve e divertida. É um personagem antiquado.

Um publicitário com um pensamento antigo. A novela está linda demais. Formamos uma família de verdade. Acho que o público vai se divertir".

Pedro Novaes falou da parceria com Duda: "A gente se diverte muito em cena. Aprendo muito com a Duda Santos em cena e quando fiz os testes para o personagem já sabia que contracenaria com ela e fizemos acontecer. Dei sorte. Vou ficar com a Duda por muito tempo na trama e é importante ter uma troca boa. Está muito legal a novela inteira". 

Eduardo Sterblitch explicou como compôs o apresentador que interpretará: "Tentei fazer uma brincadeira com todos os arquétipos que já vi em um personagem só. Quero que ele se comunique de verdade com quem está assistindo. Peguei emprestado várias referências de vários apresentadores, como Hebe, Raul Gil, Mion, Silvio Santos, enfim, fico roubando detalhes para compor esse personagem. Ele é um apresentador muito popular, então ele é conhecido por todos os personagens da novela. Alfredo Onório".

Maria Eduarda de Carvalho falou da repetição da parceria com Edu, após o sucesso do remake de 'Éramos Seis', onde também viveram um casal: "O público pode esperar muitas risada porque nossa dupla já tem um lugar de humor e comemoramos muito quando soubemos que faríamos um casal. Temos agora um advento Flávia Reis que vai deixar isso ainda melhor. Esse início está sensacional e já nos entendemos rapidamente. A relação da Tereza com a Eugênia tem a questão de um trauma porque ela esqueceu uma vela acesa na casa, o que fez a filha se queimar muito em um acidente. Ela carrega essa culpa, o que a fez criar uma obsessão com a limpeza. E estar com Klara Castanho em cena me deixa emocionada".

Flávia Reis complementou a colega: "A minha personagem tem uma lógica muito própria e estou me divertindo muito. A trama é linda e a Jacira é uma pessoa fora da curva. Trabalhei como palhaça de hospital por muitos anos e trago isso pra ela, um colorido. Ela é sensível pela pureza. É dona da casa porque cuida dos patrões, da filha deles, enfim. Poder fazer uma palhaça em uma novela da Globo no momento é pura diversão. Tenho muita gratidão". 

Sérgio Kaufmann resumiu sobre o seu papel: "Meu personagem sonha em fazer a TV acontecer. Sergio Amorim é um sonhador que junto com o Alfredo quer crescer. O Edu é um ator fantástico e um parceiro incrível.  Estou feliz e agradecido". 

Lilia Cabral diferenciou sua nova vilã de seu papel mais emblemático: "A Marta, de 'Páginas da Vida', não era vilã, era amargurada, sofrida e invejosa. Ela olhava o que os outros tinham e não o que ela podia fazer por ela mesma. Ainda tinha um marido que chamava de banana. Agora não. Agora eu faço uma vilã mesmo. Uma vilã deliciosa porque está dentro de um contexto que nunca vivi. Como se comportar em 1958? A novela mostra que muita coisa, infelizmente, não mudou. E só mudou o comportamento porque antigamente éramos mais comedidos e agora é tudo mais escancarado, mais agressivo. Antes ficava tudo no subtexto, agora é tudo mostrado. Minha personagem vai fazer muita gente entender o que vale a pena e o que não vale. É mais uma vilã na minha carreira? Não, não é mais uma vilã. Ela está lá para fazer o público sempre querer saber o que vai acontecer no capítulo seguinte. A novela da Alessandra está se colocando diante daquilo que é uma novela, ou seja, um grande melodrama. Quando você lê a história você sabe exatamente quem é quem. Estou me divertindo e emocionada. Amo fazer novela. Quando vejo aquelas araras com os figurinos fico muito feliz. A televisão é isso. A equipe está muito empenhada. A gente não sabe se vai ser sucesso ou não, mas a gente faz tudo para ser. Agradeço e adorei essa personagem. Estou me degladiando com minhas cenas e quanto mais tenho desconforto, mais tenho vontade de acertar. Já fiz muitos personagens divertidos e agora tento provar que nossa história faz parte da nossa cultura e quero muito que ela se perpetue. Nossa história é bonita demais e merece ser assistida", declarou a maravilhosa atriz.

Mariah da Penha adiantou um pouco sobe sua personagem: "Venho de um histórico de fofocas na televisão e em 1958 não existia rede social. Tinha a revista Mexerico. Aparecida e Conceição estão na janela vendo tudo acontecer. A minha Aparecida ainda está acontecendo. É uma homenagem a 'Estúpido Cupido', que tinha a dupla Danadinha e Papudinha. Adoro as personagens femininas dessa novela e a trama vai abafar. Fiz a Manuela em 'Além da Ilusão' e tinha o bordão 'Comigo não tem lorota'. Agora vem outro aí que é 'Cala-te boca'. Minha segunda novela com a Alessandra Poggi e novela de época tem um carisma diferente. Fico feliz quando os jovens vêm falar comigo na praça de alimentação na Globo dizendo que cresceram me vendo no ar porque sempre estive em novelas, mesmo com papeis pequenos". 

Arlinda di Baio complementou o comentário da colega: "Minha parceria com a Mariah é maravilhosa. As personagens têm uma maldade, mas também uma inocência no que estão fazendo. É um grande prazer. Falo que as duas não são fofoqueiras, são comentaristas. Quero ser a alegria junto com a Mariah. Aparecida e Conceição estão chegando para deixar o público informado do que está acontecendo. É uma novela dentro da novela".

Cauê Campos se emocionou falando de seu personagem: "Grande Otelo foi uma das minhas referências, mas a maior referência para o Basílio foi meu avô, seu Carlito Campos, que não está mais aqui. Um malandro apaixonado por samba. Não pude conhecer meu avô, mas pergunto tudo para minha avó e sempre me fala dele com um brilho no olhar. Quero agradecer a Alessandra Poggi porque podemos conhecer meu avô por esse personagem. Primeira vez que interpreto um adulto, uma pessoa com a minha idade". 

Mariana Sena diferenciou sua nova personagem de seu trabalho em 'Mar do Sertão', onde também interpretou a melhor amiga da protagonista: "Lorena era muito reativa, era muito intensa. Glorinha é o oposto, ela sabe bem o que fala, pensa bem e calcula as ações dela. É organizada e estudiosa. A semelhança é serem muito alegres e grandes parceiras. Glorinha tem um sonho e traça o objetivo de abrir um salão de cabeleireiro. Tem um discurso de empoderamento das mulheres pretas porque fica com o seu cabelo natural, o que era quase impensável naquela época. E Glorinha é uma amiga fiel da Beatriz". 

Carol Castro falou um pouco de uma experiência pessoal na comparação com sua nova personagem: "Sofri um acidente de bicicleta quando tinha 16 anos e sofri de amnésia pós-traumática. Senti o que é ver tudo branco. Esqueci onde morava, como atravessei a rua. A pessoa responsável pelo acidente não parou para me ajudar. Foi à noite na Lagoa (bairro da zona sul do Rio de Janeiro). Então tenho uma experiência com isso. Mas mergulhei no texto da novela e o primeiros capítulos são um deleite. Clarice começa a novela em 1942 e em 1958 é outra mulher. Ela perdeu a memória, mas não perdeu a essência. Ela tem um senso de justiça forte e o pai da Beatriz morreu porque foi confundido com um bandido. Clarice tem coragem de bater de frente com a Maristela, é a única que tem essa coragem. É uma personagem que é um sol no início e tentam apagar esse sol. Ela tem forte dores de cabeça, toma remédios, enfim... E fico me imaginando quando ela descobrir toda a verdade. Um prato cheio para qualquer atriz". 

Maria Flor também adiantou sobre seu novo papel: "Faço uma dona de casa típica da época. É casada com o Nelson, vivido pelo Felipe Abib, e tem dois filhos. Ela não trabalha, cuida da casa, e é feliz com a família que tem. Tem orgulho dos filhos e leva o casamento da forma que acredita. Anita é uma sonhadora, tem esperança e amor pela vida. Está tentando fazer daquele copo meio vazio um copo meio cheio. Não vou dar spoiler, mas ao longo do tempo vai realizar os sonhos dela. Ela vai ser a pioneira em ensinar receitas na televisão e não tenho os talentos culinários da minha personagem".

Felipe Abib analisou seu personagem: "Nelson acredita que os filhos não têm o direito de tranformá-lo. É um sujeito machista e permeia entre a vilania e aquela coisa retrógada de uma pessoa que realmente existe. Ele acha que pode fazer o que quiser. Tem até uma mitomania. É uma representação vanguardista da época e bem representativas. Um retrato de uma família branca classe média baixa". 

Caio Manhente comparou seu novo personagem com seu papel de sucesso em 'Vai na Fé': "O Rafa foi um personagem muito especial e agora, fazendo o Edu, tem as coisas parecidas e diferentes. O que era ser um jovem em 1958 é diferente de ser um jovem hoje. São dois personagens românticos sonhadores, mas o Rafa tinha depressão e o Edu é cheio de vida. É um cara progressista para a época, estudioso, ligado em poesia e nas estrelas. Quando me chamaram para esse personagem eu tinha acabado de me mudar e tinha colocado na porta da minha entrada um poema do Olavo Bilac das estrelas. É curioso isso. Edu vê o relacionamento dos pais como algo muito tóxico, ainda que na época fosse algo naturalizado. Ele é apaixonado pela mãe e a aconselha muito. Meu personagem terá um romance com a Celeste, vivida pela Debora Ozório, e os dois começam a se comunicar com cartas. É uma maneira bonita de viver uma juventude que eu não vivi". 

Pedro Goifman falou sobre sua estreia na teledramaturgia: "Estou estreando minha primeira novela. Uma linguagem nova que não estou acostumado. O Guto é um personagem que quer prestar medicina e foca nos estudos, ao mesmo tempo que faz parte da gangue da lambreta. Ele causa muitas coisas. Mas é um cara determinado e está inserido em uma família de sonhadores. Nelson sonha em ter mais grana, o Edu com as estrelas e a Anita também sonha. O Guto é um menino muito sensível e junto com o irmão têm uns embates com o pai. Está sendo muito gostoso fazer essa novela de época", finalizou.

"Garota do Momento" estreia nesta segunda-feira, dia 4 de novembro. 

Um comentário:

Marly disse...

Como eu disse no post anterior, esta novela tem tudo para fisgar o espectador: é ambientada nos glamorosos anos 50; muitas pessoas que viveram na época irão se recordar da conjuntura, do lado bom daqueles anos e também do lado menos bom. Enfim, torço para que seja um sucesso!

Beijão