Luiz Lira é o grande campeão do ‘Chef de Alto Nível’, consagrado no episódio desta quinta-feira, dia 21, depois de uma disputa com Arika Messa e Allan Mamede. Cozinheiro profissional, Lira integrou o time de Alex Atala e se destacou, ao longo da temporada, com a entrega de pratos sempre elogiados. O chef leva para casa o prêmio de meio milhão de reais, uma mentoria exclusiva com Alex Atala, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda, uma viagem para os Estados Unidos para conhecer a sede do Outback, além de uma imersão pela rede no Brasil, e o inédito título de ‘Chef de Alto Nível’.
Com o desafio de entregar um menu campeão, com entrada e pratos de peixe e carne, a prova final foi realizada nas três cozinhas, começando pelo porão, com mentoria de Renata Vanzetto. Jefferson Rueda e Alex Atala conduziram, respectivamente, as provas no meio e no topo. Como entrada, feita no porão, Lira apresentou um creme de couve-flor, ostras frescas, redução de balsâmico e salada de brotos pétalas. Do meio, o cozinheiro entregou um robalo grelhado na manteiga, alcachofras, bottarga, coentro frito e redução de tucupi. Fechando o menu que lhe deu o título de ‘Chef de Alto Nível’, o representante de Brasília preparou, na cozinha do topo, um carré de cordeiro em persillade, com molho vin jaune, molho de vinho branco, molho de pimentão amarelo e laranja tostada. Lira, de 35 anos, nasceu na cidade de São Paulo e mora em Brasília, Distrito Federal. Consultor técnico de gastronomia, já atuou em cozinhas do Brasil, França e Espanha, trabalhando ao lado de chefs renomados e em restaurantes estrelados. Sua paixão pela cozinha vem de família: a avó Quitéria trabalhou por muitos anos com Ana Maria Braga, e ele chegou a acompanhá-la em algumas gravações. Lira já participou de um reality na Argentina e chegou ao ‘Chef de Alto Nível’ com a missão de valorizar a culinária brasileira por meio de ingredientes ainda pouco explorados.
Após a exibição do resultado final ---- que antes teve uma gafe de Ana Maria Braga, que mostrou sem querer a placa com o resultado da votação, antes de anunciar o ganhador ----, ficou perceptível a decepção de Mamede, que foi consolado pelos demais participantes. E deu para entendê-lo. Ele sempre foi um favorito ao lado de Lira e o mais querido nas redes sociais. Também foi bom ver as emoções daquelas pessoas e faltou isso ao longo da temporada. Como a correria foi o grande DNA do reality, ficou difícil se apegar a alguém ou até conhecer melhor os competidores. Não houve tempo. E isso merecia uma maior atenção na segunda temporada, já anunciada para o ano que vem. Embora o formato original impeça maiores mudanças, mostrar com mais detalhes cada prova é algo bem-vindo. O tempo de cada programa pode até aumentar porque muitas vezes a edição acabou antes das 23h30, após ter iniciado depois das 22h20. Não precisa ser tão curto.
Outra alteração que precisa ser pensada é sobre a presença de Ana Maria Braga. O formato original não tem apresentador e não faz falta, assim como o "Master Chef" atual não sente a ausência de Ana Paula Padrão, que deixou a Band e o reality em 2025. Mas a escolha da apresentadora teve dois objetivos: atrair audiência e anunciantes, o que foi devidamente atingido. Então, é necessário honrar a trajetória dela na atração. Deixá-la apenas conversando rapidamente com os jurados e participantes é pouco. Virou figuração de luxo. Ana tem experiência na cozinha e pode provar e analisar os pratos juntos com os chefs, além de merecer o direito a voto, ainda que provoque algum empate --- problema que pode ser resolvido com a decisão conjunta dos três mentores em ocasiões específicas.
O "Chef de Alto Nível" se mostrou um bom reality culinário e despertou bem mais atenção do que o insosso "Mestre do Sabor" e o bobinho "Minha Mãe Cozinha Melhor que a Sua", ambos projetos fracassados da Globo. Só precisa mesmo desses ajustes para uma melhor trajetória em 2026. Resta aguardar.
Um comentário:
Não conheço, mas pela análise parece ser um excelente programa. Que consiga alcançar grandes audiências.
Abraços
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