quinta-feira, 23 de outubro de 2025

"Três Graças": o que esperar da nova novela das nove?

 Quanto vale uma vida? Até onde ir para reparar uma injustiça que atinge milhares de pessoas doentes? Em ‘Três Graças’, a nova novela das nove da TV Globo, o público começou a acompanhar, a partir do dia 20 de outubro, os desafios que movem Gerluce (Sophie Charlotte) e o dia a dia intenso dessa mulher forte, esperançosa e de pensamento positivo, numa São Paulo que abriga milhões de brasileiras como ela.


Moradora da Chacrinha, comunidade fictícia na capital paulista, Gerluce integra uma família de mães solo, as três Graças: é filha de Lígia Maria das Graças (Dira Paes) e mãe de Joélly Maria das Graças (Alana Cabral). Gerluce abdicou dos seus sonhos, entre eles o de cursar uma faculdade, para se dedicar à criação de Joélly, na tentativa de garanti-la um futuro promissor, diferente do seu e de sua mãe. Mas, quando a gravidez da adolescente se confirma, ela fará de tudo para impedir que a filha desista dos seus projetos e ambições.
 

A obra, criada e escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, com direção artística de Luiz Henrique Rios, apresenta uma trama repleta de humanidade e esperança, que mistura drama, tragédia, romance, mistério e toques de humor. Criador de histórias marcantes e personagens icônicos, como as vilãs Perpétua, de 'Tieta', e Nazaré Tedesco, de 'Senhora do Destino', de mulheres fortes, como Tieta, da novela homônima, e dos carismáticos Crô de 'Fina Estampa' e o comendador Zé Alfredo, de 'Império', entre muitos outros, Aguinaldo está de volta ao horário nobre da TV Globo após seis anos. O autor, vencedor de dois Emmys, traz nesta nova novela todas as suas vivências, referências e sua assinatura única na teledramaturgia.  
 
A inspiração para o enredo de ‘Três Graças’ veio de uma experiência de quase 20 anos. Aguinaldo escrevia ‘Duas Caras’, exibida em 2007, quando visitou uma maternidade pública. A quantidade de adolescentes grávidas no local, sem o apoio dos pais dos bebês, o marcou. Parceiros de trabalho de Aguinaldo em outros projetos, Virgílio Silva e Zé Dassilva assinam juntos pela primeira vez a autoria de uma obra. Os autores ressaltam que a novela evidencia o abismo social que existe em nosso país, no contexto ficcional da história.   
 
‘Três Graças’ apresenta uma história ambientada na maior metrópole da América Latina e propõe reflexões sobre assuntos contemporâneos, mas a proposta dos autores e do diretor artístico Luiz Henrique Rios é uma obra tragicômica, não naturalista.    
 
De origem humilde e sobrenome Maria das Graças, Gerluce (Sophie Charlotte), a mãe, Lígia (Dira Paes), e a filha, Joélly (Alana Cabral), dividem o mesmo destino: a gravidez solo na adolescência. Mulher doce, resiliente e com grande capacidade de enfrentar adversidades, Lígia encarou de cabeça erguida os desafios de criar a filha sem o apoio de Joaquim (Marcos Palmeira), um sujeito solitário, de comportamento esquisito, que nunca quis assumir a paternidade.  
 
Com o exemplo da mãe, Gerluce se tornou uma mulher batalhadora e determinada. Ainda muito nova, foi seduzida por Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), antigo chefe da facção criminosa da Chacrinha – a comunidade fictícia onde vive com sua família em São Paulo. Desse relacionamento, engravidou de Joélly, que criou apenas com a ajuda de Lígia, enquanto o pai da menina segue preso há muitos anos. Agora que a filha chegou à adolescência, a maior obsessão da vida de Gerluce não poderia ser outra: impedir que sua filha acabe por repetir a sina da mãe e da avó e se torne outra mãe solo. Mas o destino não é algo que se pode controlar. A jovem Joélly, de apenas 15 anos, tem a gravidez confirmada logo no início da história.  
 
O bebê de Joélly é fruto do romance com Raul (Paulo Mendes), rapaz rico que passou a frequentar a Chacrinha em busca de drogas e que acaba perseguido pelos traficantes locais em função de dívidas. Gerluce apoia a filha desde o primeiro exame, mas como nunca quis contar para ela quem é seu pai, Joélly, com sua personalidade forte, se sente no direito de não revelar à mãe que se envolveu com o filho da patroa dela, Arminda (Grazi Massafera). A jovem vai enfrentar momentos complicados sem dividir com a família. 
 
Enquanto Gerluce e Lígia desconhecem que Joélly vive uma situação delicada com o pai da criança,que revela não ter condições de criar um filho, Joélly encontra em Kellen (Luiza Rosa), sua melhor amiga, o apoio para lidar com a relação proibida e conturbada. 
 
Em meio a uma rotina exaustiva, que encara com otimismo, Gerluce faz o possível para proteger e incentivar a filha a cursar uma faculdade. E como Ligia precisou se afastar do trabalho como cuidadora de Josefa (Arlete Salles), por causa de uma doença pulmonar grave, Gerluce assumiu o posto da mãe na mansão de Arminda, filha da idosa. Lá será onde, por uma coincidência do destino, vai descobrir que sua mãe é vítima de um esquema de falsificação de remédios em que a Arminda está envolvida.   
 
O trajeto da fictícia Chacrinha, na Zona Norte de São Paulo, para o trabalho, na Aclimação – bairro nobre da região central da cidade -, é longo. Gerluce (Sophie Charlotte) precisa pegar dois ônibus para chegar ao destino e, se atrasar cinco minutos, leva uma chamada de Arminda (Grazi Massafera). A madame, do tipo que sente o mundo girar em torno dela, acha que todos devem servi-la. Expressa desprezo por qualquer pessoa de classe social inferior e até pela família. O que faz Gerluce aguentar o temperamento de “dona cobra”, como Arminda é intitulada pelos empregados, é seu apreço por Josefa (Arlete Salles), uma senhora espirituosa, que sofre de lapsos de memória, mas tem lembranças que costumam deixar a filha em maus lençóis. Ela cuida da idosa durante o dia e é rendida por Claudia (Lorrana Moussinho) no turno da noite. Busca proteger Josefa da negligência da megera, que também não poupa o filho Raul (Paulo Mendes) de seu desprezo e humilhações. O rapaz é fruto do casamento de Arminda com Rogério, um homem que sumiu em circunstâncias misteriosas.  

Na rotina dessa casa de ambiente disfuncional, Gerluce descobre que existe um quarto misterioso, que fica sempre fechado. Um dia, ela percebe que a porta do local está entreaberta, se depara com escultura As Três Graças – obra neoclássica que retrata deusas da mitologia grega – e fica fascinada com tanta beleza. Em seguida, encontra no quarto uma sacola de supermercado com maços de dinheiro, quando Arminda chega e a flagra no local, mas não consegue ter certeza do que a cuidadora realmente viu. Gerluce não tira a cena da cabeça e descobre que a obra de arte vale um milhão de dólares. A partir deste episódio, ela começa a refletir sobre a injustiça de existir tanto dinheiro nas mãos de poucos, enquanto milhares de pessoas passam necessidade a sua volta.    
 
As sacolas de supermercado com dinheiro chegam à mansão de Arminda (Grazi Massafera) pelas mãos de seu amante Santiago Ferette (Murilo Benício), um falso benfeitor. Homem acima de qualquer suspeita, poderoso e respeitado, é referência no assistencialismo aos mais necessitados. Recebe homenagens pelo trabalho social que realiza na Fundação Ferette, da qual Rogério, o marido desaparecido da madame, era sócio. O dinheiro, que esconde dentro da escultura As Três Graças, vem de um esquema criminoso e muito lucrativo envolvendo remédios de alto custo, distribuídos gratuitamente a pessoas carentes. Quando Arminda conta a Ferette que Gerluce (Sophie Charlotte) entrou no quarto da estátua, ele se preocupa e passa perseguir a jovem. 
 
A fundação do vilão recebe verbas milionárias para adquirir os medicamentos e entregar gratuitamente em suas farmácias. Porém, os remédios são revendidos no mercado clandestino por um valor abaixo da tabela e com pagamento em dinheiro vivo – daí as sacolas cheias de notas que são guardadas dentro da obra de arte. Para realizar a distribuição dos medicamentos à população carente, Ferette montou uma fábrica, onde produz os placebos feitos de farinha que substituem os comprimidos de verdade. O local é comandando por Vicente (Marcello Escorel), e o criminoso conta com Macedo (Rodrigo Garcia) e Edilberto (Júlio Rocha) para sua segurança e todo o tipo de trabalho ilegal. Na fundação, os funcionários desconhecem o esquema da Casa de Farinha e acreditam que fazem parte da equipe de uma entidade respeitada. Nem Xênica (Carla Marins), que cuida de diversos assuntos, nem a chef de cozinha da instituição, Samira (Fernanda Vasconcellos), desconfiam de nada.   
 
A esposa de Ferette, Zenilda (Andreia Horta), admira profundamente a dedicação dele ao trabalho social e se orgulha da família que construíram. O casamento de mais de 20 anos gerou dois filhos, Leonardo (Pedro Novaes) e Lorena (Alanis Guillen). Zenilda é muito dedicada ao lar, um apartamento de alto luxo próximo ao centro financeiro de São Paulo, e ao bem-estar de todos. Ela acredita no amor de Ferette, mas chega a desconfiar de que ele vive uma história paralela. Contudo, procura não pensar nisso, e jamais passa por sua cabeça que ele possa ter um caso com Arminda, sua amiga inseparável desde a juventude.    
 
Leonardo trabalha com o pai na fundação e sonha ser seu sucessor, sem desconfiar de que os medicamentos doados são falsos e que pessoas morrem por causa disso. A única pessoa na família que desconfia de Ferette é Lorena (Alanis Guillen). Acredita que o pai tem uma ambição desmedida e se incomoda com a posição de passividade que a mãe ocupa na relação. São comuns os embates entre os dois em casa.     
  
Com tantos problemas e a rotina agitada, Gerluce (Sophie Charlotte) não consegue tempo para o lazer e muito menos para namorar. Até por isso sua paquera atual é o motorista de uma das linhas de ônibus que pega todos os dias. Nos trajetos longos entre a Chacrinha e o bairro da Aclimação, a cuidadora e Gilmar (Amaury Lorenzo) conversam e combinam encontros. 
 
Bonita e atraente, Gerluce chama a atenção de Paulinho Reitz (Romulo Estrela), policial honesto e íntegro, durante uma investigação no posto de saúde onde ela leva Joélly (Alana Cabral) para fazer os exames de gravidez, em situação um tanto complicada.
 
Quando descobre que Gerluce trabalha na Aclimação, Paulinho dá um jeito de estar por perto. Demonstra interesse pelos problemas que ela enfrenta e diz que pode contar com ele em diversas situações. Das conversas durante as caronas para o trabalho, os dois, aos poucos, iniciam um namoro apaixonado, que entrará em crise quando ela descobrir sobre o esquema dos remédios.  
  
Enquanto Santiago Ferette (Murilo Benício) e Arminda (Grazi Massafera) enriquecem a cada dia, os moradores da Chacrinha que tomam os medicamentos distribuídos pela farmácia da fundação Ferette sentem a piora em seu estado de saúde. Uma dessas pessoas é Lígia (Dira Paes), a mãe de Gerluce (Sophie Charlotte). Ela sofre de uma doença pulmonar grave e, percebendo-se mais fraca e debilitada com o passar do tempo, desconfia de que os remédios não façam efeito. Viviane (Gabriela Loran), a farmacêutica responsável pela distribuição na comunidade, passa a desconfiar dos remédios ao ouvir queixas de outros moradores. Chega a comentar suas desconfianças com o médico voluntário da comunidade, José Maria (Túlio Starling), mas ele defende a entidade, pois confia no trabalho de sua mãe, Xênica (Carla Marins), funcionária da Fundação Ferette. 
 
A suspeita de Viviane aumenta quando Misael (Belo) entra transtornado na farmácia, contando que a esposa, Isaura, morreu, e acusando os medicamentos de não serem verdadeiros. Misael faz um escândalo na frente do prédio em que Ferette será homenageado por seu trabalho social. Na frente de vários convidados, acusa o dono da fundação de ter matado sua mulher. Depois de ser perseguido por um capanga de Ferette, ele vai se refugiar no ferro velho desativado do amigo Joaquim (Marcos Palmeira).    
 
Percebendo que sua reputação está em perigo, Ferette tenta se livrar de Misael e proteger o sigilo do seu esquema. Ele aproxima o filho Leonardo (Pedro Novaes) de Viviane, para saber se existem as mesmas acusações de outros pacientes da Chacrinha. 
 
Mas basta um descuido de Ferette durante uma conversa com Arminda (Grazi Massafera) para que Gerluce fique sabendo que eles distribuem remédios falsos aos pobres. Com a mãe a cada dia mais doente e a notícia de mais uma morte na comunidade, ela conta para Viviane o que ouviu e decide fazer uma denúncia na delegacia da região. A esperança por justiça dura pouco: Ferette é muito poderoso e o delegado se recusa a investigar o caso. Até onde ir e o que fazer para reparar essas maldades, passa a ser, então, o dilema que vai acompanhar a protagonista ao longo dos capítulos. 
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A grande São Paulo, com seus prédios imponentes e enorme diversidade populacional é onde se passa a história de 'Três Graças'. No mês de julho, equipe e parte do elenco viajaram para a capital paulista, dando início às filmagens das primeiras cenas da obra. Os trabalhos duraram quase um mês.  
 
Durante dias frios e ensolarados, as cenas foram rodadas, em grande parte, na Brasilândia, na região Norte da cidade, onde é retratada a comunidade fictícia da obra. Foi lá que as protagonistas Sophie Charlotte, Dira Paes e Alana Cabral se encontraram pela primeira vez no set de gravação. Também gravaram na cidade Romulo Estrela (Paulinho), Murilo Benício (Ferette), Arlete Salles (Josefa), Paulo Mendes (Raul), Xamã (Bagdá), Luiza Rosa (Kellen), Guthuierry Sotero (Júnior), Lorena (Alanis Guillen), Mell Muzzillo (Maggye), entre outros. Cerca de 100 pessoas da equipe da novela e 30 figurantes locais participaram de cenas na comunidade. Ruas, vielas e espaços urbanos da região foram usados nas sequências.  
 
Os bairros Aclimação, Bela Vista, Pinheiros, Pirituba e Freguesia do Ó também estão entre as locações da novela. A fachada da Sala São Paulo, uma das mais modernas salas de concerto do mundo, no centro da cidade, foi cenário de uma das gravações mais complexas da viagem. No local foram realizadas as cenas em que Ferette (Murilo Benício), junto de sua família, chega para ser homenageado por seu trabalho social. É também o momento em que Misael (Belo) acusa o “benfeitor” de distribuir remédios sem efeito para a população carente. 
 
‘Três Graças’ aposta em uma estética pulsante e não-realista para contar sua história com o vigor e a intensidade típicos de uma tragicomédia. Todo o conceito visual foi desenvolvido pelo diretor artístico Luiz Henrique Rios em parceria com a diretora de arte May Martins. Juntos, com as equipes de cenografia, iluminação, produção de arte, figurino e caracterização, construíram uma proposta única que traduz a força dos personagens e dos espaços que habitam.  
 
Desde o início, a proposta foi criar uma novela que não disfarça sua ficção, mas a assume com força estética, segundo os criadores. A cenografia, nesse contexto, equilibra-se entre o real e o ficcional. Com referências à estética do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, a paleta de cores torna-se essencial em cada núcleo. Além do verde, as cores primárias — vermelho, azul e amarelo — e seus subtons estão presentes não apenas nos cenários, mas também nos figurinos e objetos de cena. Nos núcleos mais abastados, como o apartamento da família de Ferette (Murilo Benício), foram utilizadas cores pigmentadas e sóbrias; já na Chacrinha, a comunidade fictícia da trama, predominam tons mais abertos. A iluminação também foi pensada para dialogar com essas paletas. 
 
Também situada na fictícia Chacrinha, mas com interior construído em estúdio, a casa onde Gerluce (Sophie Charlotte) vive com a mãe Lígia (Dira Paes) e a filha Joélly (Alana Cabral) foi concebida para traduzir afeto e memória. Trata-se de uma construção orgânica, feita aos poucos, como nas comunidades. Cada cômodo tem estilo próprio, com pisos variados e puxadinhos. A fachada é amarela, com portas azuis.  
 
A novela também apresenta diversas cenas filmadas nas ruas de São Paulo, integradas ao cotidiano do transporte público rodoviário. Na fase inicial de externas, a produção de arte trabalhou com três ônibus, incluindo um elétrico, completamente adereçado para as cenas com o motorista Gilmar (Amaury Lorenzo). O trabalho envolveu adesivagem e criação de elementos como estação de cobrador, validador de cartão e câmeras de segurança. 
 
Um dos cenários da mansão, o quarto onde está a escultura As Três Graças, tem grande importância na trama. O cômodo, uma antiga biblioteca hoje desativada, é cercado por livros e móveis de outras gerações, com uma atmosfera de mistério que envolve a obra. A escultura, com 1,80m de altura, foi produzida em resina com pó de mármore na fábrica de cenários dos Estúdios Globo. Além das três figuras que representam deusas da mitologia grega, a peça tem uma base vazada, onde os vilões Arminda e Ferette (Murilo Benício) escondem dinheiro ilegal.   
 
 'Três Graças' é uma novela criada e escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, com direção artística de Luiz Henrique Rios e produção de Gustavo Rebelo e Silvana Feu. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a estreia apresentou um primeiro capítulo impecável, que apresentou todos os personagens dos núcleos centrais e no final inseriu o núcleo da pobreza com o da riqueza de forma consistente. É um bom início. 

2 comentários:

Lucimar da Silva Moreira disse...

Sérgio bom dia, ainda não comecei acompanhar essa novela, pois as vezes não dá, mas obrigado por compartilhar a história, Sérgio abraços.

Eduardo Medeiros disse...

Oi, tudo bem?
Faz tempo que não vejo uma novela da Globo. Na verdade perdi o entusiasmo de ver uma obra que leve tanto tempo para acabar e que muitas vezes, enche muita linguiça. Hoje vejo mais séries. Apesar de existir também séries longas, mas o formato é diferente. O enredo é um enredo comum que podemos encontrar em qualquer canto do Brasil mas vindo do Agnaldo Silva, pode ser que tenha coisa boaa