quarta-feira, 3 de julho de 2024

Não deu para comemorar o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ na teledramaturgia atual

 Na sexta-feira passada, dia 28, foi comemorado o dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Mas não há muitos motivos para comemoração na teledramaturgia. Não há um casal homoafetivo sequer nas três novelas inéditas atuais da Globo, enquanto na concorrência qualquer romance do tipo inexiste há muitos anos. Foi uma longa jornada para que as relações gays ganhassem relevância na ficção a ponto de beijos irem para o ar sem qualquer censura. Mas houve um grave retrocesso ano passado que repercutiu muito mal na imprensa e nas redes sociais. 


Não dá para esquecer toda a polêmica envolvendo "Amor Perfeito", "Vai na Fé" e "Terra e Paixão" em 2023. As novelas da seis, sete e nove, respectivamente, tinham casais homoafetivos e sofreram censura da cúpula da Globo, que mudou os rumos de algumas histórias, embora não tenha conseguido destruir os pares que caíram na boca do povo. Na trama das 18h, houve uma clara mudança de rumo no enredo envolvendo Érico (Carmo Dalla Vechia), que era declarado gay até começar a se relacionar com Verônica (Ana Cecília Costa) e ter sua relação com o ex praticamente apagada. No fenômeno das sete, houve vários cortes nos beijos de Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman) e somente após uma pressão imensa do público que liberaram a troca de carinhos. Porém, na mesma novela, o romance de Yuri (Jean Paulo Campos) e Vini (Guthierry Sotero) acabou eliminado do roteiro. 

Já na trama das nove, o sucesso de Kelvin (Diego Martins) e Ramiro (Amaury Lorenzo) foi tão grande que a cúpula da Globo não conseguiu tirar o destaque do casal e Walcyr Carrasco foi dando cada vez mais cenas para os personagens, a ponto de dominarem o último capítulo, com direito a muitos beijos, declarações e um casamento.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Valdineia Soriano fará falta em "No Rancho Fundo"

 A morte de Dona Manuela estava prevista na sinopse de "No Rancho Fundo" e a personagem surgiu em cena já demonstrando uma condição frágil de saúde. Seu desfecho não era surpresa para ninguém. Mas, ainda assim, é uma perda para o elenco da atual novela das seis da Globo. Valdineia Soriano se despediu da trama no capítulo desta segunda-feira (01/07) com uma bonita sequência. 


A atriz baiana é integrante do Bando de Teatro Olodum desde a formação do grupo, em 1990, e tem mais de 16 anos de carreira. Brilhante em "Ó Paí, Ó" (2007), como Maria, companheira de Reginaldo (Érico Brás), a intérprete também participou da continuação do filme --- "Ó Paí, Ó 2", em 2023 ---- e esteve em outras produções, como "Tim Maia" (2014), "Café com Canela" (2018) e "O Alecrim e o Sonho" (2023). 

Porém, mesmo com tantos anos de profissão, Valdineia fez sua estreia em novelas apenas no ano passado. O fenômeno "Vai na Fé", escrito por Rosane Svartman, contou com uma pequena participação da intérprete, que ganhou uma personagem que transbordava doçura: a Mãe Ana.