A Globo vem reprisando "História de Amor", sucesso de Manoel Carlos, exibido na faixa das seis em 1995, e "A Viagem", fenômeno de Ivani Ribeiro, exibido na faixa das sete em 1994. E as duas novelas repletas de qualidades têm Yara Cortes brilhando do início ao fim. A atriz era uma figura frequente nos folhetins e sempre engrandecia das produções com seu carisma e talento.
A veterana emendou "A Viagem" com "História de Amor" e foram as últimas novelas que contaram com seu talento. A atriz ainda participou de três episódios de "Você Decide", entre 1997 e 1998, mas não retornou aos folhetins e nem à televisão. Ela faleceu em 2002, aos 81 anos, vítima de insuficiência respiratória, e viveu seus últimos momentos cercadas por seus passarinhos em seu apartamento, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
As tramas atualmente reprisadas marcaram a despedida da intérprete das telinhas com duas personagens que fizeram jus ao seu talento. Não por acaso, viraram as mais emblemáticas de sua carreira, tão longeva e com mais de 20 novelas.
Ambas eram coadjuvantes, mas tinham muito destaque e importância para o desenvolvimento das histórias. Também eram perfis muito diferentes, o que possibilitou para Yara demonstrar a sua tão conhecida versatilidade. Viraram figuras muito queridas pelo público e até hoje lembradas com carinho. O fato da Globo reexibir os folhetins ao mesmo tempo foi uma feliz coincidência, ainda que semana que vem isso acabe ---- "História de Amor" chegará ao fim.Dona Olga Moretti Miranda era uma senhora sábia, elegante e responsável por um humor ferino deliciosamente desenhado pelo texto irretocável de Manoel Carlos em "História de Amor". Suas cenas eram sóbrias e sempre enriquecedoras. Já Dona Maroca era vovó uma machista, rabugenta e ao mesmo tempo engraçada. Sua preferência pela filha Diná (Christiane Torloni), em detrimento de Estela (Lucinha Lins) e Raul (Miguel Falabella), era escancarada, ao mesmo tempo que a personagem também demonstrava total compreensão para as atitudes do genro Theo (Maurício Mattar), que vivia uma relação tóxica com a protagonista. É aquele típico papel que provoca raiva no público, mas também diverte em determinados momentos e ainda emociona. Vale lembrar que a veterana protagoniza uma das sequências mais aclamadas e lindas do remake de Ivani Ribeiro no último capítulo, quando Maroca morre e se encontra com Diná e Otávio (Antônio Fagundes) no 'céu'.
Yara Cortes teve outros trabalhos marcantes em seu currículo, como a Dona Xepa, protagonista da novela homônima da novela de 1977; a Madame Clô em "Marron Glacê" (1979); Delegada Chica em "O Bem Amado" (1980-1984); Júlia Spina em "Ti Ti Ti" (1985); Filomena em "Felicidade" (1991), entre tantos mais. A atriz faz muita falta, ainda mais atualmente, onde o etarismo domina grande parte da teledramaturgia. Muito bom poder rever dois de seus trabalhos tão marcantes nas tardes da Globo. Que saudades dela.
11 comentários:
Yara Cortes era maravilhosa de verdade! Bom lembrá-la! abração praiano, tuuuuuuuudo de bom,chica
Que saudade de Yara Cortes! É incrível como suas histórias e momentos continuam vivos na memória de quem gosta de boas lembranças. 🌸
Com amor,
Daniela Silva 🦋
alma-leveblog.blogspot.com — espero pela tua visita no meu blog
nossa, nem me fale, que saudade. bejios, pedrita
Que boa lembrança essa sua. De fato, a Yara Cortes é incomparável. Seu blog é muito interessante. Abraço
Que texto lindo e merecido! Yara Cortes realmente era uma atriz única, capaz de transformar qualquer personagem, mesmo coadjuvante, em alguém inesquecível. É emocionante lembrar de sua versatilidade ora elegante e sábia, ora rabugenta e divertida e perceber como seu talento marcava presença em cada cena. As reprises de ‘História de Amor’ e ‘A Viagem’ nos permitem reviver a grandeza de sua carreira e sentir novamente aquela saudade que nunca passa. Realmente, o etarismo na teledramaturgia faz falta de atrizes como ela, capazes de encantar sem esforço e deixar uma marca eterna no público. Que memória preciosa!
Parabéns pelo o post
Fernanda
Era una buena actriz. te mando un beso.
Eu também sinto muita falta de Yara cortes. É um privilégio assistir ao desempenho de um ótimo artista, que era o caso dela.
Beijo
Em História de Amor, ela parece mais jovial do que em A Viagem memso sendo de um ano para o outro. Prefiro a Vovó Olga.
Olá, tudo bem? Com certeza. Memória afetiva tocada com sucesso. Abs, Fabio blogfabiotv.blogspot.com.br
Me enche de nostalgia ler sobre uma atriz que marcou minha infância e adolescência com seus personagens. A arte é uma coisa incrível, de certa forma eterniza as pessoas.
Também me lembro muito bem dessa atriz e da sua voz bem caraterística.
Grande senhora da arte de representar.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
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