quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Tudo sobre a coletiva de "Betinho: No Fio da Navalha", nova série do Globoplay

 A série Original Globoplay "Betinho: No Fio da Navalha" estreia nesta sexta-feira, dia 1º de dezembro, mergulhando na trajetória do sociólogo Herbert de Souza. Na noite desta terça, 28 de novembro, o protagonista Julio Andrade, Andreia Horta, Ravel Andrade, Leandra Leal, Humberto Carrão e grande elenco se reuniram com convidados no Kinoplex Leblon Globoplay, no Rio de Janeiro, para conferir a pré-estreia, com uma exibição especial da produção. A cada sexta, dois episódios inéditos chegam ao streaming da Globo. 


A emoção tomou conta do evento e Julio Andrade revelou como foi interpretar Betinho: "É a história de um brasileiro que tinha uma utopia de um Brasil mais justo, solidário. O Betinho é uma pessoa que tinha uma saúde frágil, mas que era um samurai, que lutou muito para um país mais justo. Viver o Betinho foi uma das maiores emoções da minha vida", contou. O artista também compartilhou como foi contracenar pela primeira vez com seu irmão, Ravel Andrade, e levar a experiência dessa parceria da vida real para a ficção: "Já tínhamos feito trabalho juntos, sempre como o mesmo personagem, onde ele interpretava a pessoa mais nova e eu mais velha. O legal é que o Chico Mário erra irmão caçula de Betinho e o Ravel também é meu irmão caçula. Foi muito emocionante". 

Julio Andrade ainda ressalta a importância da história do sociólogo ganhar uma série biográfica. "Betinho me trouxe o que há de mais puro e básico do ser humano. Me ensinou a enxergar esse outro Brasil que às vezes não olhamos.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

"Fim" é uma série de qualidades inquestionáveis

 A nova série do Globoplay estreou cercada de expetativas porque é baseada no livro homônimo de imenso sucesso, escrito por Fernanda Torres, lançado em 2013. A autora sempre teve a intenção de adaptar para o audiovisual por achar sua obra um dramalhão típico de folhetim e conseguiu dez anos depois. A produção estreou dois episódios no dia 25 de outubro e disponibilizou mais dois a cada semana de um total de dez. A história é envolvente e captura a atenção do telespectador. 


"Fim" é uma série sobre a vida e a certeza da finitude. Mesclando momentos solares com outros mais soturnos, a obra é uma tragicomédia que acompanha a jornada de nove protagonistas, um grupo de amigos do Rio de Janeiro que faz parte de uma geração que acreditava em um "felizes para sempre", mas foi atropelada pela revolução de costumes dos anos 1970. A trama se passa em um período entre 1968 e 2012 e é dividida em quatro fases que abrangem a juventude, a maturidade e a velhice dos personagens. Ao longo das décadas, eles compartilham amores, traições, mágoas, alegrias, manias, loucuras e frustrações. 

A história começa com a partida de Ciro (Fábio Assunção), o mais admirado do grupo, que morre sozinho na cama de um hospital. Nos tempos dourados, se apaixonou perdidamente por Ruth (Marjorie Estiano), com quem se casou.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

"Angélica: 50 & Tanto" é um programa que merece ser visto

 Neste domingo, dia 26, os cinco episódios de um programa comemorativo em homenagem aos 50 anos de Angélica foram disponibilizados no Globoplay. Em paralelo, a atração irá ao ar semanalmente no canal a cabo GNT a partir do dia 30 (data do aniversário da anfitriã), às 22h15, e como quadro no "Fantástico" com uma duração mais reduzida. Com o título de "Angélica: 50 & Tanto", o formato consiste em um bate-papo na sala da apresentadora, sempre com três convidadas por edição. 


O programa aborda a trajetória de Angélica através de imagens de arquivo enquanto a apresentadora conta um pouco da sua vida para o público e suas convidadas. Ao contrário do que parece, a atração não soa egocêntrica porque Angélica mescla muito bem as suas vivências com as histórias de suas 'visitas'. Isso porque as experiências da dona da casa são usadas para incentivar cada uma a expor suas intimidades e funciona. Claro que o fato de todas as escolhidas para o especial serem amigas de Angélica ajuda bastante na desenvoltura do papo, mas ainda assim havia o risco de parecer algo artificial ou até piegas. 

O formato deu muito certo. A sensação é de observar tudo o que é falado pelo buraco da fechadura, como se fosse quase um reality. Angélica está tão à vontade que deixa todas as convidadas igualmente relaxadas a ponto de contarem situações que até hoje não falaram em entrevistas.

domingo, 26 de novembro de 2023

Tudo sobre a coletiva online de "50 & Tanto", novo programa de Angélica

 O Globoplay promoveu na quarta-feira passada, dia 22, uma coletiva virtual de "50 & Tanto", novo programa de Angélica que estreou seus cinco episódios no domingo na plataforma de streaming e terá versões reduzidas em um quadro no "Fantástico". Participaram a apresentadora e os diretores Chico Felitti e Isabel Nascimento. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Angélica não escondeu a empolgação: "Foi um projeto que me fez refletir bastante sobre os meus 50 anos. Várias imagens de arquivo eram de coisas que eu nem lembrava. Acaba sendo uma terapia reviver tudo. Está sendo ótimo falar disso. E todos os convidados vieram no clima mesmo de celebrar, conversar, trocar. Foi leve, algo muito gostoso. Teve muita verdade nas conversas onde a minha história foi o fio condutor. Pessoas se identificam até porque as histórias são semelhantes. A gente tem muito material, mas a ideia não foi fazer um documentário, embora desse para fazer. A ideia era fazer uma coisa que tivesse a ver com o momento que estou vivendo hoje. Fazer um balanço. Quanta coisa boa eu deixei. Se tivesse que viver tudo outra vez, eu viveria", analisou. 

O diretor Chico Felitti fez questão de enfatizar: "Comemorar 50 anos de um ícone pop. Televisão, mercado fonográfico, cinema, enfim, é difícil ver algo que a Angélica tenha se aventurado e que não tenha ido bem. A gente junto construiu esse programa que é um misto de conversa com outras mulheres extraordinárias e com uma troca para despertar empatia e emoção. Você chora e dá gargalhada.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Débora Falabella e Tatá Werneck emocionam e provam o acerto da escalação em "Terra e Paixão"

 O processo de escalação muitas vezes pode consagrar ou arruinar uma novela. É preciso muito cuidado na hora de selecionar atores ou atrizes para determinados papéis, ainda mais se forem personagens com vínculos familiares. E desde o início de "Terra e Paixão" ficou claro que houve um acerto muito grande na escolha de Débora Falabella e Tatá Werneck para interpretarem irmãs na trama de Walcyr Carrasco, que agora conta com a ajuda de Thelma Guedes. 


As personagens, principalmente no começo da história, representavam situações bem diferentes. Anely (Tatá Werneck) era a responsável pelas cenas cômicas através de suas aventuras pelo site que faz uma alusão ao famoso 'Onlyfans', enquanto Lucinda (Débora Falabella) enfrentava um casamento falido com Andrade (Ângelo Antônio) e sofria constantes violências, tanto físicas quanto psicológicas. Apesar das situações quase opostas, as duas moram juntas e quando conversavam havia uma espécie de migração de sentimentos, onde Anely deixava a irmã um pouco mais feliz com suas brincadeiras, ao mesmo tempo que ficava mais triste vendo Lucinda naquela vida. 

Ao longo da novela, a vida das duas foi mudando. Anely acabou se apaixonando por Luigi (Rainer Cadete), ficou com peso na consciência por ser a amante do então novo namorado, e Lucinda criou coragem para dar um basta em seu casamento, denunciando o então marido por violência doméstica e pedindo o divórcio, a deixando livre para viver um novo relacionamento ao lado de Marino (Leandro Lima).

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Tudo sobre a coletiva de "Rio Connection", nova série do Globoplay

 A pré-estreia de "Rio Connection", série internacional Original Globoplay em produção com a Sony Pictures Television e Floresta, aconteceu na noite desta terça-feira, dia 21, no cinema Kinoplex Leblon Globoplay, no Rio de Janeiro. Diretamente da França, os protagonistas Aksel Ustun e Raphael Kahn se juntaram ao criador, escritor e diretor Mauro Lima e ao elenco brasileiro formado por Marina Ruy Barbosa, Bruno Gissoni, Carla Salle, Maria Casadevall, Rômulo Arantes Neto, Nicolas Prattes, Júlia Konrad, entre outros, para celebrar o lançamento da obra. 

Inspirada em fatos reais e ambientada nos anos 1970, a obra apresenta a história de três criminosos europeus ---- Tommaso Buscetta (Valerio Morigi), Fernand Legros (Raphael Kahn), Lucien Sarti (Aksel Ustun) ---- que estabeleceram no Brasil um ponto estratégico do tráfico de heroína para os Estados Unidos.

Mauro Lima enalteceu a produção e adiantou o que o público pode esperar. "Além de acontecimentos inspirados em fatos reais, a série tem uma galeria de personagens muito interessantes e uma mistura de vários elementos do Rio de Janeiro dos anos 1970 com suas cores, natureza, pessoas e sons", apontou.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Heloísa foi inocentada pelo tempo em "Mulheres Apaixonadas"?

 Novelas refletem o comportamento da sociedade e por isso algumas envelhecem mal e outras se mantêm atual. A importância da teledramaturgia para expor a evolução do comportamento das pessoas é grande. E as novelas de Manoel Carlos sempre rendem boas discussões justamente por refletirem o comportamento que o público tinha na época. Mas vale uma reflexão a respeito da condução de uma personagem: Heloísa, interpretada por Giulia Gam, na produção reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo". 


O perfil foi um dos mais emblemáticos de "Mulheres Apaixonadas". O que mais caracterizava o título da novela, por sinal. Mas hoje em dia é possível observar a forma equivocada como o conflito acabou desenvolvido pelo autor. Heloísa é uma clássica ciumenta doentia. Insegura e grosseira, a irmã de Helena (Christiane Torloni) tem um sentimento de posse pelo marido, o cafajeste Sérgio (Marcello Antony). Controladora, a personagem vive em função do esposo e até fez uma laqueadura escondida para não correr o risco de engravidar e assim dividir a atenção do companheiro, ainda que seja com um filho. 
É evidente que se trata de uma mulher psicologicamente doente. Tanto que passa de todos os limites em vários momentos. Já tentou se matar, capotou seu carro e colocou a sua vida e a de uma amiga em risco durante um surto de ciúmes e chegou até a esfaquear o marido durante uma discussão. Cenas brilhantemente defendidas por Giulia Gam.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

"Falas Negras - Histórias Impossíveis" fecha o ciclo com um episódio de impacto

 No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, foi ao ar o último episódio da série "Histórias Impossíveis". Após "Falas Femininas" (em homenagem ao Dia Internacional da Mulher), "Falas da Terra" (em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas), "Falas de Orgulho" (em homenagem ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+) e "Falas da Vida" (em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas Idosas), a Globo exibiu "Falas Negras" nesta segunda, após o último capítulo de "Todas as Flores". 

A trama propôs uma discussão sobre os estereótipos criados para personagens negros ao longo da história do audiovisual a partir de uma narrativa ficcional carregada de mistérios. No centro do enredo, Janaína (Grace Passô), uma roteirista negra, tem um encontro com a equipe de autores, todos brancos, de um novo projeto audiovisual, cuja imersão é realizada em uma fazendo do interior, herança da época colonial. Sua chegada gera desconforto tanto aos demais roteiristas ---- o que provoca conflitos na equipe ----, quanto aos funcionários da fazenda, como Benê (Neusa Borges), Justino (Leandro Firmino) e Dita (Dandara Abreu), que aos olhos de Janaína, apresentam comportamentos estranhos. 

A história, com o título de "Levante", fala sobre a representação de personagens negros na TV ao longo de várias décadas. Até porque pouco se falava do fato dos pretos só aparecem em novelas como empregados, motoristas ou porteiros.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Renata Gaspar expõe o retrocesso da Globo com a causa LGBTQIAP+

 Hoje, dia 20 de novembro, a atriz Renata Gaspar postou em seu Twitter (agora chamado de X) que sua personagem em "Terra e Paixão" não terá mais história até o final da novela escrita por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. Isso porque o lindo e até então bem construído romance entre Mara e Menah (Camilla Damião) foi simplesmente sumindo do enredo até desaparecer quase que por completo. 


As personagens despertaram interesse logo no começo da história por conta do nascimento da amizade entre elas. Mara vivia um casamento abusivo. Além de ser muito maltratada e desrespeitada, o marido (Elias - Lourinelson Vladimir) sempre costumava roubar parte do seu salário, já que ela ganha mais do que ele como motorista de caminhão. Menah é professora da escolinha da fictícia Nova Primavera e se aproximou da então conhecida justamente por conta dos desabafos a respeito de seu relacionamento. 

As duas estavam com um ótimo desenvolvimento e despertando cada vez mais atenção do público, incluindo as reações positivas nas redes sociais. Tanto que a amizade acabou originando um flerte mútuo, onde um novo sentimento se fez nitidamente presente. A aproximação cada vez maior despertou o incômodo de Jonatas (Paulo Lessa), irmão de Menah, e o ciúmes de Elias.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Tudo sobre a coletiva de "Let Love", novo reality do Globoplay e Multishow

 Já imaginou morar a dois no instante em que você conhece uma pessoa? Na intimidade, sem filtros, em busca de criar conexões reais. Essa é uma das experiências inusitadas proposta em "Let Love", novo reality de relacionamento que estreou no Globoplay e no Multishow nesta segunda- dia 13, o mesmo dia em que foi realizada a coletiva da produção. 


Inédita no país, a atração conta com apresentação de Sabrina Sato e João Vicente de Castro, um ex-casal que vem despertando burburinho desde que Sabrina se separou de Duda Nagle. O formato ITV Studios originalmente holandês é sucesso pelo mundo e, por aqui, ganhou uma adaptação com o jeitinho brasileiro, incluindo uma preocupação em escalar pessoas diversas e reais. Por incrível que pareça não há muitos 'padrões', como costuma ser visto em qualquer reality, principalmente de casais, o que já é um bom diferencial. 

"'Let Love' traz a busca pelo amor, o relacionamento com o novo, com as descobertas. É um reality que te faz aprender a amar além das aparências e do que você idealiza. Amor o outro, amar você. Um reality de sentimentos e descobertas que vão abrindo espaço a esse sentimento tão único", contou Sabrina Sato, que celebrou a parceria com João Vicente: "Foi bom mostrar um pouco da nossa relação de amizade, temos carinho e admiração um pelo outro".

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Abordagem da violência doméstica em "Mulheres Apaixonadas" foi histórica

 A reprise de "Mulheres Apaixonadas" está em plena reta final no "Vale a Pena Ver de Novo" e o fenômeno de Manoel Carlos vem repercutindo muito nas redes sociais, o que apenas comprova que o sucesso é atemporal. O autor criou um novelão da melhor qualidade e entre os muitos acertos estão as várias boas abordagens de temas importantes, como a violência doméstica. A saga de Raquel (Helena Ranaldi) foi uma das mais emblemáticas da história. 

A professora de Educação Física vivia um relacionamento abusivo com Marcos (Dan Stulbach) em uma época em que essa classificação sequer existia e havia uma tensão constante no ar antes mesmo do personagem entrar na novela. Raquel estava sempre em estado de alerta diante de qualquer movimentação estranha e tudo piorou quando o ex-marido começou a telefonar sem deixar qualquer recado. Era um enredo de suspense em um núcleo secundário dentro de um folhetim tradicional. Mas a trama ganhou ainda mais destaque com a chegada do aterrorizante homem. 

Não havia cena leve entre os dois. Até em momentos aparentemente tranquilos, o clima sombrio se fazia presente graças ao bom trabalho da direção de Ricardo Waddington e ao show dos atores. Marcos protagonizava várias sequências assustadoras e eram violências de todos os tipos: físicas, psicológicas e morais.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Débora Falabella brilha em "Terra e Paixão" e na série "Fim"

 Atrizes talentosas, por mais estranho que pareça, desafiam qualquer um que escreve sobre teledramaturgia. Afinal, como elogiar sem cair na repetição ou na obviedade? Débora Falabella representa um destes casos. A intérprete vem brilhando desde o início de "Terra e Paixão" e agora pode ser vista igualmente bem na série "Fim", estreia recente do Globoplay. 


A saga de Lucinda, na atual novela das nove de sucesso de Walcyr Carrasco, agora com colaboração de Thelma Guedes, é uma das melhores desenvolvidas na trama e proporciona para a atriz momentos muito distintos dramaticamente. Nos primeiros meses, a personagem vivia um casamento abusivo com Andrade (Ângelo Antônio) e foram muitas cenas de violência doméstica protagonizadas por Débora. Era uma mulher que raramente sorria e vivia em constante estágio de alerta e medo. A intérprete transmitia toda a angústia daquela sofredora com muita verdade. 

Apesar da fase inicial dramática, Lucinda tinha momentos leves com a irmã, Anely, o que resultava em uma boa sintonia entre Débora e Tatá Werneck. A atriz também emocionava ao lado do pequeno Felipe Melquíades, intérprete de Cristian, filho da personagem.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Carmen Silva e Oswaldo Louzada fizeram história em "Mulheres Apaixonadas"

 A reprise de "Mulheres Apaixonadas" no "Vale a Pena Ver de Novo" está perto do fim e um dos maiores sucessos de Manoel Carlos sempre desperta a atenção do público, independente da época em que vai ao ar. A novela é conhecida pelas tramas secundárias fortes que ofuscaram a trajetória da Helena, vivida pela ótima Christiane Torloni. E um dos enredos mais lembrados e amados pelo público é o dos avós maltratados pela neta. Um marco na teledramaturgia, sem exagero. 


Carmen Silva e Oswaldo Louzada eram atores com longa carreira no teatro e no cinema, mas pouco conhecidos dos telespectadores, mesmo após várias participações em novelas e séries, incluindo da extinta TV Tupi. Na época, estavam com 87 e 91 anos, respectivamente. Já sem muitas oportunidades nas produções, ganharam uma chance de ouro de Maneco e aproveitaram. 

A dupla caiu nas graças do público logo que surgiu na história e o núcleo protagonizado por Carlão (Marcos Caruso) foi ganhando cada vez mais importância. Isso porque tinha ali todos os ingredientes necessários para um bom folhetim: os 'mocinhos', a vilã e o perfil cômico.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

"Terra e Paixão" apresenta capítulo de tirar o fôlego com show de veteranos

 Nesta terça, dia 7, "Terra e Paixão" apresentou mais um capítulo repleto de cenas eletrizantes, após o afronte de Aline (Barbara Reis) exibido semana passada. Porém, agora foi a vez do trio veterano da trama brilhar. Tony Ramos, Gloria Pires e Eliane Giardini foram irretocáveis em uma sucessão de cenas de forte carga dramática que marcou mais uma catarse preparada muito bem por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. 


A passagem de Claudia Raia pela novela das nove foi curta, apenas dez capítulos, afinal, precisava cuidar de seu filho, Luca, de oito meses. Mas Emengarda teve uma presença cênica e tanto, o que valorizou a atriz e enriqueceu o enredo. Tanto que a golpista foi a responsável pela nova virada da história quando descobriu o caso de Irene (Gloria Pires) com Vinícius (Paulo Rocha) e vendeu a informação para Agatha (Eliane Giardini), que não pensou duas vezes antes de destruir a rival. 

A cena em que Agatha levou Antônio até o motel em que sua esposa estava com o amante foi o gancho de sábado, que rendeu uma continuação repleta de ação e embates ao longo de quase uma hora do capítulo desta segunda, que rendeu 30 pontos de pico de audiência.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Lolita Rodrigues deixou sua história na televisão brasileira

 Na madrugada deste domingo, dia 5, faleceu Lolita Rodrigues, em João Pessoa, cidade onde morava com a filha desde 2015. A veterana tinha 94 anos, estava internada no Hospital Nossa Senhora das Neves e não resistiu a uma pneumonia, diagnosticada há cerca de um mês. A atriz, cantora e apresentadora foi uma das pioneiras da TV no Brasil. 

Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite estreou na carreira artística em 1939, dez anos depois de seu nascimento, ainda na rádio. Na inauguração da televisão brasileira, em 1950, cantou o hino que homenageava o novo veículo de comunicação, substituindo a amiga Hebe Camargo, que não foi ao evento porque resolveu namorar --- o relato ficou conhecido graças ao icônico dia em que o "Programa do Jô" contou com a presença das duas e de Nair Bello, o trio de amigas mais amado do país. Muita gente mais nova só conheceu Lolita através da memorável entrevista, que se eternizou nas redes sociais.

Mas Lolita Rodrigues tem sua história misturada com a da tevê. Após o início de sua carreira artística no final da década de 1930, passou a cantar em rádio com frequência e a atuar em rádionovelas. Em 1950, estreou como atriz na novela "A Muralha, da TV Record.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Elizângela fazia das coadjuvantes um sucesso

 Nesta sexta-feira, dia 3, Elizângela do Amaral Vergueiro, conhecida artisticamente apenas como Elizângela, faleceu aos 68 anos em Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro. Segundo a prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com uma PCR (parada cardiorrespiratória), depois de ser pronto atendida pelas equipes do SAMU. Houve tentativa de reanimação, mas sem êxito. É mais uma dura perda para o mundo das artes. 

A atriz já tinha sido internada no mesmo hospital em 2022 com graves sequelas respiratórias da Covid. Segundo a assessoria da prefeitura, Elizângela se mostrou radicalmente contra a vacinação e não tomou nenhuma dose. Infelizmente, o seu negacionismo ficou amplamente conhecido pelo público durante da pandemia e por não ter se vacinado acabou perdendo um papel em "Travessia", escrita por Gloria Perez, uma autora que sempre fazia questão de tê-la em seus folhetins. 

Elizângela era uma atriz de imenso talento, tanto no drama quanto na comédia. Não por acaso, fazia de suas coadjuvantes um sucesso e tinha forte presença em cena. Começou a trabalhar como atriz aos 7 anos de idade, na TV Excelcior, fazendo comerciais ao vivo. Em 1966, saiu da Excelcior e foi trabalhar na Globo, onde acabou escalada para viver a assistente do saudoso Pietro Mário, em "Capitão Furacão", que tinha estreado em 1965.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Isabel Teixeira e Rayssa Bratillieri brilham no primeiro grande embate de Helena e Ísis em "Elas por Elas"

 O final do capítulo desta quarta-feira (01/11) surpreendeu pela intensidade dramática da cena que representou o início oficial da guerra entre Helena (Isabel Teixeira) e Ísis (Rayssa Bratillieri) em "Elas por Elas", releitura da obra original de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982 e agora adaptada por Thereza Falcão e Alessandro Marson, dirigida por Amora Mautner. 

As personagens se odiaram à primeira vista logo no segundo capítulo da novela e ali já tinha ficado claro que a rivalidade seria um dos maiores trunfos do remake. Na obra original, Helena nem pode ser considerada uma vilã de fato. Há muito mais sutileza em tudo. Agora as tintas são bem mais carregadas, o que provoca uma maior tensão no enredo, principalmente por conta do ar de superioridade da ricaça e pela forma como trata todos ao seu redor. 

Outra mudança na trama de 1982 é a respeito do principal plot envolvendo a duas. Isso porque Cassiano criou uma troca de bebês na maternidade promovida por Sérgio (antes Mário Lago e agora Marcos Caruso), já que o dono da empresa queria um sucessor e não uma sucessora. Mas há 41 anos não existia ultrassom, portanto, a situação era cabível diante da troca de Ísis e Giovani (Filipe Bragança).

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Capítulo de "Terra e Paixão" destaca o talento de Barbara Reis

 Nesta terça-feira, "Terra e Paixão" chegou a 30 pontos de pico e a novela de Walcyr Carrasco, com colaboração de Thelma Guedes, apresentou um de seus melhores capítulos até o momento. Recheado de tensão e momentos catárticos, o enredo promoveu uma virada envolvendo uma tragédia provocada por Antônio La Selva (Tony Ramos). Mas desta vez Aline teve o destaque que sempre mereceu e Barbara Reis honrou todas as difíceis cenas. 


O início da atual trama das nove foi conturbado porque a audiência não explodiu o tanto que a Globo queria, após o imenso fracasso de "Travessia". Embora tenha elevado os índices desde a estreia, o folhetim de Walcyr apresentou um começo mais lento por conta da quantidade de capítulos (até o momento 221). E todos sabem que o autor nunca se conforma com qualquer tipo de rejeição do público e não poupa esforços para apostar no que está dando certo. Como o conflito envolvendo a mocinha andava em círculos e o romance com Daniel (Johnny Massaro), construído sem qualquer profundidade, não agradou, Walcyr antecipou a morte do personagem  promoveu várias viradas com outros personagens, dando muito mais destaque ao time de vilões.  

A estratégia funcionou e a audiência passou a ser crescente, a ponto de agora ser a única novela inédita da Globo que não está fracassando nos números. Com uma grade atualmente em baixa, Walcyr mais uma vez se mostrou o coringa da emissora. Mas diante das alterações no roteiro, é inegável que Aline saiu perdendo. A protagonista foi sumindo da história a ponto de praticamente nem ter mais relevância. E Barbara Reis nunca mereceu.