Nesta sexta-feira, dia 3, Elizângela do Amaral Vergueiro, conhecida artisticamente apenas como Elizângela, faleceu aos 68 anos em Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro. Segundo a prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com uma PCR (parada cardiorrespiratória), depois de ser pronto atendida pelas equipes do SAMU. Houve tentativa de reanimação, mas sem êxito. É mais uma dura perda para o mundo das artes.
A atriz já tinha sido internada no mesmo hospital em 2022 com graves sequelas respiratórias da Covid. Segundo a assessoria da prefeitura, Elizângela se mostrou radicalmente contra a vacinação e não tomou nenhuma dose. Infelizmente, o seu negacionismo ficou amplamente conhecido pelo público durante da pandemia e por não ter se vacinado acabou perdendo um papel em "Travessia", escrita por Gloria Perez, uma autora que sempre fazia questão de tê-la em seus folhetins.
Elizângela era uma atriz de imenso talento, tanto no drama quanto na comédia. Não por acaso, fazia de suas coadjuvantes um sucesso e tinha forte presença em cena. Começou a trabalhar como atriz aos 7 anos de idade, na TV Excelcior, fazendo comerciais ao vivo. Em 1966, saiu da Excelcior e foi trabalhar na Globo, onde acabou escalada para viver a assistente do saudoso Pietro Mário, em "Capitão Furacão", que tinha estreado em 1965.
Ela ainda era uma atriz-mirim, mas ajudava na condução do programa infantil ao vivo e a dupla caiu no gosto das crianças. Aos 15 anos, foi convidada para sua primeira novela e entro para o elenco de "O Cafona", trama de Bráulio Pedroso exibida em 1971. Desde então, nunca mais parou e foi emendando uma produção na outra, incluindo filmes e peças teatrais.Tantas novelas contaram com seu talento que é impossível citar todas, mesmo se fossem incluídas apenas as mais marcantes. A atriz fez parte do elenco da primeira versão de "Roque Santeiro" (1975), que acabou censurada pela Ditadura Militar, e viveria a filha de Sinhozinho Malta (Lima Duarte). Mas a trama acabou sendo produzida dez anos depois e Elizângela foi novamente convidada, mas para outro papel: Marilda. Em "Pecado Capital" (1975) viveu Emilene, personagem que tinha esse nome por conta da rivalidade entre as cantoras Emilinha e Marlene. "O Casarão" (1976); "Plumas & Paetês" (1980); "Paraíso" (1982); e "Pedra Sobre Pedra" (1992) foram alguns outros folhetins que engrandeceram seu currículo. A intérprete saiu da Globo no final de 1993 e participou do remake de "Éramos Seis" no SBT em 1994 e esteve em "As Pupilas do Senhor Reitor" no mesmo ano. Em 1996, voltou à Globo em "Malhação". Já em 1997, brilhou na pele da fogosa Magnólia em "Por Amor", onde fez uma ótima dupla com Tonico Pereira.
A atriz viveu uma de suas personagens mais marcante em "Senhora do Destino", de 2004, mesmo com uma participação curta no fenômeno de Aguinaldo Silva. A prostituta Djenane, colega e rival de Nazaré (Renata Sorrah), divertiu o público e se despediu da trama em uma cena antológica quando a 171 caiu da escada acidentalmente. O autor João Emanuel Carneiro escalou a atriz para duas novelas suas e em ambas com destaque: "Cobras & Lagartos", de 2006, na pele da interesseira Shirley, e "A Favorita", de 2008, onde brilhou como Cilene. Em 2011, também esteve ótima no remake de "Ti Ti Ti", mas ironicamente sua personagem virou meme mais de dez anos depois quando viralizou nas redes sociais um erro de gravação que o diretor Jorge Fernando deixou ir ao ar: Nicole esbofeteava Stéfany, mas o tapa veio antes de Sophie Charlotte engolir o pão que estava mastigando, o que despertou uma risada discreta da atriz.
Vale citar ainda mais algumas novelas que fazem parte da história de Elizângela, como "O Clone" (2001); "Aquele Beijo" (2011); "Salve Jorge" (2012); e "Império" (2014). Em 2016, teve uma breve passagem pela Record, onde atuou em "A Terra Prometida". Já em 2017, voltou para a Globo e ganhou a personagem mais densa de sua carreira: Aurora, a mãe de Bibi Perigosa em "A Força do Querer", escrita por Glória Perez. A sua parceria com Juliana Paes foi arrebatadora, enquanto sua sintonia com o pequeno João Bravo, o Dedé, era linda. A última aparição da atriz na televisão foi uma pequena participação em "A Dona do Pedaço", fenômeno de Walcyr Carrasco exibido em 2019. Uma triste perda que se torna ainda maior por conta das circunstâncias. Tinha tudo para trabalhar e brilhar muito mais.
Olá, Sérgio!
ResponderExcluirInfelizmente o mundo das artes perde mais um talento: Elisângela.
Eu amei a atuação dela quando fez a Aurora, mãe da Bibi em A Força do Querer.
big beijos
www.luluonthesky.com
Então ela era contra a vacina....e não tomou...aí a COVID pegou...
ResponderExcluirGrande perda e também fiquei pasma que NENHUMA VACINA ela tinha feito!
ResponderExcluirQue coisa! abraços praianos, chica
Triste que ela tenha morrido e estou chocada que ela ficou contra a vacina da COVID, lamentável
ResponderExcluirSobre ela recusar a vacina da COVID, me lembra do caso do dublador americano Billy West (dublador anterior do Pernalonga e Hortelino dos Looney Tunes nos EUA), assim como a Elizângela, apesarem de ser talentosos, infelizmente são contra a vacina do Coronavírus e negacionistas. Pelo que eu vi, ele foi criticado por apoiar a falsa cura da Ivermectina como cura da COVID-19 ao invés da vacina em 2021, há dois anos atrás e ele tentou se "defender" das críticas contra sua posição contra a vacina em nesse post que mostra o apoio dele á Ivermectina e chegou a retweetar um comentário de um usuário apoiando o negacionismo dele: https://twitter.com/Ed_Rial/status/1439348177635774464
E por causa disso, ambos Elizângela e Billy pegaram a COVID-19 e não se vacinaram contra o vírus
Voltando á Elizângela, era uma ótima atriz e talentosa por sinal, mas seja uma pena por causa de seu negacionismo, perdeu um papel em Travessia. Que ela descanse em paz...
Olá, tudo bem? Elizângela deixou sua marca na teledramaturgia brasileira. Descanse em paz. Trabalho marcante em A Força do Querer. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirInfelizmente há muitas pessoas que ficaram com graves problemas de saúde como sequelas do covid, devido a não terem apanhado as vacinas. Todas as decisões, acabam têm as suas consequências, umas vezes boas, outras não.
ResponderExcluirLamento a sua morte, que descanse em paz.
Abraços
É triste perder uma atriz talentosa e mais ainda nesta situação de negacionismo puro! Como você disse, ela poderia ainda está viva e trabalhando!
ResponderExcluirBoa semana!
Ane/De Outro Mundo 🌺😘
Tirando o fato de ter recusado ser vacinada contra a Covid-19, Elizângela se destacou merecidamente no meio das artes cênicas mesmo em papéis de coadjuvantes. Que fique em paz.
ResponderExcluirGuilherme
A Elizângela realmente construiu uma carreira peculiar, com o destaque de ter começado muito cedo. Devido ao talento ela conquistou a merecida admiração e respeito.
ResponderExcluirQue pena ela ter 'embarcado' na onda do negacionismo.
Beijo e boa semana
Sei que não tem nada. Vi seu twitter sobre Além do Horizonte. Nem lembrava que tinha dez anos. Mas acho que o publico é muito apressado em querer descobrir todos os mistérios bem antes da novela terminar e por isso as pessoas não gostavam. Mas a historia era bem simples. Geral ia a comunidade achando que iria encontrar a felicidade e quando chegava lá percebia que tinha alguma coisa errada no local. Só que o LC, Tereza e Hermes eram bandidos que enganavam as pessoas e quem fugia era morto pelo Kleber. Enredo bem simples. Os casais não eram excelentes e quando juntou Celina e William e Marlon e Lili a historia evoluiu.
ResponderExcluirUma perda irreparável. Uma atriz que fará falta na teledramaturgia.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
ResponderExcluirMais uma triste perda.
RIP
Sou a mesma pessoa da postagem do Além do Horizonte. Sete anos de Rock Story. Como o tempo passa rápido. Uma das novelas que mais gostei nos últimos tempos!
ResponderExcluirEu tb, Lulu!
ResponderExcluirsIM, ANONIMO...
ResponderExcluirQue coisa mesmo, Chica...
ResponderExcluirNao sabia sobre esse dublador,. Maria... Triste.
ResponderExcluirSim, Fabio.
ResponderExcluirÉ isso, Maria...
ResponderExcluirÉ m,t triste, Ane.
ResponderExcluirÉ verdade, Guilherme.
ResponderExcluirPena mesmo, Marly!
ResponderExcluirTb gostei mt das duas novelas, anonimo.
ResponderExcluirAbçs, Emerson.
ResponderExcluirAbçs, Fá!
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