Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os piores do ano, os melhores casais, as cenas mais marcantes e as melhores atrizes e atores de 2019, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre as produções que mais marcaram ao longo destes doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.
"Espelho da Vida":
A novela de Elizabeth Jhin enfrentou dificuldades de audiência na faixa das 18h da Globo. E o início da trama se mostrou bastante arrastado. Porém, o enredo da autora sempre teve potencial e ganhou ritmo quando chegou quase na metade. O mistério que envolvia o assassinato de Júlia Castelo despertava interesse e as viagens no tempo da mocinha foram uma ousadia da escritora que funcionou. As relações entre os personagens estavam muito bem entrelaçadas e todos tinham alguma ligação com o passado. As várias teorias sobre os rumos do folhetim dominaram as redes sociais e a repercussão foi imensa. A trama foi a mais assistida da Globo Play enquanto esteve no ar e a terceira produção mais buscada pelo Google em 2019. Um feito e tanto. O final, então, foi repleto de adrenalina e cenas emocionantes. A produção foi um acerto. Vale destacar Vitória Strada, Alinne Moraes, Irene Ravache, Felipe Camargo, Rafael Cardoso, Clara Galinari, entre tantos outros bons nomes que deram um show.
"Bom Sucesso":
A atual novela das sete de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida com maestria por Luiz Henrique Rios, é um fenômeno de audiência e todo o sucesso é merecido. Os autores, responsáveis pelas também ótimas "Malhação - Intensa" (2012), "Malhação Sonhos" (2014) e "Totalmente Demais" (2016), emplacaram outro produto de qualidade e conquistaram o público com uma história deliciosa que aborda a literatura com delicadeza, apresenta personagens bem construídos, forma casais apaixonantes e ainda explora viradas que emocionam e tiram o fôlego com boas doses de tensão. Impossível não se envolver com Paloma (Grazi Massafera), Marcos (Romulo Estrela), Alberto (Antônio Fagundes), Nana (Fabiula Nascimento), entre tantos outros bons e bem interpretados perfis. É o melhor folhetim das 19h desde "Totalmente Demais", ironicamente, também escrito por eles.
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terça-feira, 31 de dezembro de 2019
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
Retrospectiva 2019: as melhores atrizes e os melhores atores do ano
Com mais de cento e trinta cenas na retrospectiva de melhores cenas da televisão, obviamente não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, chegou a hora de listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, séries e minisséries. Vamos a eles.
Melhores Atrizes:
1- Juliana Paes.
Após o imenso sucesso como Bibi Perigosa em "A Força do Querer", exibida em 2017, a atriz ganhou a Maria da Paz de Walcyr Carrasco. A boleira foi o centro das atenções de "A Dona do Pedaço" e Juliana protagonizou várias cenas dramáticas e cômicas com facilidade. Uma avalanche de emoções lindamente expostas por uma profissional cada vez mais reconhecida. O tipo mais popular de sua carreira, segundo a própria.
2- Grazi Massafera.
É inegável que a atriz teve uma virada na carreira em "Verdades Secretas", de 2015, quando impressionou o Brasil na pele da drogada Larissa. Depois teve um papel mais apagado em "O Outro Lado do Paraíso" e agora ganhou uma mocinha brilhantemente construída por Rosane Svartman e Paulo Halm em "Bom Sucesso". A ótima novela das sete vem sendo protagonizada com brilhantismo por uma atriz que empresta seu carisma a Paloma, uma costureira que ama os filhos e luta pelos seus.
Melhores Atrizes:
1- Juliana Paes.
Após o imenso sucesso como Bibi Perigosa em "A Força do Querer", exibida em 2017, a atriz ganhou a Maria da Paz de Walcyr Carrasco. A boleira foi o centro das atenções de "A Dona do Pedaço" e Juliana protagonizou várias cenas dramáticas e cômicas com facilidade. Uma avalanche de emoções lindamente expostas por uma profissional cada vez mais reconhecida. O tipo mais popular de sua carreira, segundo a própria.
2- Grazi Massafera.
É inegável que a atriz teve uma virada na carreira em "Verdades Secretas", de 2015, quando impressionou o Brasil na pele da drogada Larissa. Depois teve um papel mais apagado em "O Outro Lado do Paraíso" e agora ganhou uma mocinha brilhantemente construída por Rosane Svartman e Paulo Halm em "Bom Sucesso". A ótima novela das sete vem sendo protagonizada com brilhantismo por uma atriz que empresta seu carisma a Paloma, uma costureira que ama os filhos e luta pelos seus.
domingo, 29 de dezembro de 2019
Retrospectiva 2019: as melhores cenas do ano
Mais um ano está chegando ao fim e mais uma vez o telespectador foi presenteado com várias cenas grandiosas da nossa teledramaturgia. Momentos marcantes de novelas, séries e minisséries emocionaram, impactaram ou divertiram ao longo de 2019. E muitas sequências merecem menção para relembrar o show dos atores, a competência da direção e o talento dos escritores. Vamos a elas.
Margot descobre que seu filho está morto em "Espelho da Vida":
O desespero e a dor de uma mãe pôde ser sentido através da entrega de Irene Ravache. O momento em que Margot ouviu Hugo (Cadu Libonati) dizer que o filho desaparecido estava morto dilacerou o coração de quem assistiu. Que cena espetacular.
Cris confunde passado e presente em "Espelho da Vida":
Após ter sido dopada, a mocinha surtou e acabou misturando os personagens do passado de 1930 com os do presente de 2019. Vitória Strada brilhou em uma das suas cenas mais difíceis da novela de Elizabeth Jhin e a cena ainda merece elogios pela direção de Pedro Vasconcellos.
Margot descobre que seu filho está morto em "Espelho da Vida":
O desespero e a dor de uma mãe pôde ser sentido através da entrega de Irene Ravache. O momento em que Margot ouviu Hugo (Cadu Libonati) dizer que o filho desaparecido estava morto dilacerou o coração de quem assistiu. Que cena espetacular.
Cris confunde passado e presente em "Espelho da Vida":
Após ter sido dopada, a mocinha surtou e acabou misturando os personagens do passado de 1930 com os do presente de 2019. Vitória Strada brilhou em uma das suas cenas mais difíceis da novela de Elizabeth Jhin e a cena ainda merece elogios pela direção de Pedro Vasconcellos.
sábado, 28 de dezembro de 2019
Retrospectiva 2019: os melhores casais do ano
Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outra categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2019, "Espelho da Vida," "Bom Sucesso", "A Dona do Pedaço" foram algumas produções que presentearam o público com alguns ótimos pares românticos. Vamos ao casais.
Júlia e Danilo/Cris e Daniel ("Espelho da Vida"):
O amor de outras vidas raramente falha na dramaturgia. E Elizabeth Jhin apostou na química entre Vitória Strada e Rafael Cardoso nas cenas repletas de delicadeza protagonizada por eles em 1930, quando a mocinha viajava no tempo em busca da verdadeira história sobre a sua vida passada. O casal teve uma forte torcida e os mistérios em torno da trama despertaram cada vez mais interesse, incluindo o aparecimento do rapaz em 2019. A cena do mocinho salvando a mocinha do espelho, no penúltimo capítulo, então, foi de arrepiar e emocionar. Um amor infinito que deu gosto de ver.
Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm tiveram a mesma inteligência de Elizabeth Jhin, mesmo com uma trama completamente diferente. A autora apresentou o amor dos protagonistas aos poucos através de idas ao passado. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma também tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera é avassaladora e os atores estão ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso.
Júlia e Danilo/Cris e Daniel ("Espelho da Vida"):
O amor de outras vidas raramente falha na dramaturgia. E Elizabeth Jhin apostou na química entre Vitória Strada e Rafael Cardoso nas cenas repletas de delicadeza protagonizada por eles em 1930, quando a mocinha viajava no tempo em busca da verdadeira história sobre a sua vida passada. O casal teve uma forte torcida e os mistérios em torno da trama despertaram cada vez mais interesse, incluindo o aparecimento do rapaz em 2019. A cena do mocinho salvando a mocinha do espelho, no penúltimo capítulo, então, foi de arrepiar e emocionar. Um amor infinito que deu gosto de ver.
Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm tiveram a mesma inteligência de Elizabeth Jhin, mesmo com uma trama completamente diferente. A autora apresentou o amor dos protagonistas aos poucos através de idas ao passado. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma também tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera é avassaladora e os atores estão ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Retrospectiva 2019: os piores do ano
As retrospectivas de fim de ano viraram uma tradição e esse blog tem o costume de apresentá-la em partes. Após a lista de triste perdas do meio artístico em 2019, chegou a hora das listas de piores, melhores casais, atores e cenas. Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. E vamos aos selecionados.
"O Sétimo Guardião":
Tudo de pior que poderia acontecer com uma novela aconteceu com a trama de Aguinaldo Silva. Antes mesmo de estrear, o autor já enfrentava um processo de seus alunos da Masterclass que exigiam a co-autoria da obra. Como se não bastasse o entrevero jurídico, o folhetim não caiu nas graças do público e o enredo sobre uma fonte da juventude e um homem que se transformava em gato preto foi um imenso fracasso. A volta do realismo fantástico não deu certo e o gênero nem foi muito utilizado pelo escritor. Os personagens eram mal construídos e sem carisma. O desenvolvimento se mostrou confuso e o roteiro se arrastou. Para culminar, houve um escândalo envolvendo a traição de José Loreto, um dos atores do elenco, com uma colega de núcleo (Marina Ruy Barbosa teve o nome citado pela agora ex do rapaz, Débora Nascimento, e negou com indignação). Todos queriam saber mais sobre essa fofoca do que sobre a novela. Uma produção para ser enterrada em uma cova bem funda.
"Órfãos da Terra":
A novela de Duca Rachid e Thelma Guedes teve um começo avassalador e arrebatou público e crítica com uma atrativa história sobre refugiados envolvendo um romance impossível entre Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes). Mas as autoras queimaram todos os cartuchos nas primeiras semanas e a morte do principal vilão, Aziz Abdallah (Herso Capri), iniciou uma sucessão de equívocos que não cessaram até o final. Não havia enredo para mais de um mês e a obsessão de Dalila (Alice Wegmann) pelo mocinho e por uma vingança que nunca fez o menor sentido se arrastou por longos meses. A trama teve êxito na audiência, mas a repercussão foi nula e infinitamente menor que a trama anterior, "Espelho da Vida", que gerou muito mais burburinho e não repetiu o feito nos números do Ibope, ironicamente.
"O Sétimo Guardião":
Tudo de pior que poderia acontecer com uma novela aconteceu com a trama de Aguinaldo Silva. Antes mesmo de estrear, o autor já enfrentava um processo de seus alunos da Masterclass que exigiam a co-autoria da obra. Como se não bastasse o entrevero jurídico, o folhetim não caiu nas graças do público e o enredo sobre uma fonte da juventude e um homem que se transformava em gato preto foi um imenso fracasso. A volta do realismo fantástico não deu certo e o gênero nem foi muito utilizado pelo escritor. Os personagens eram mal construídos e sem carisma. O desenvolvimento se mostrou confuso e o roteiro se arrastou. Para culminar, houve um escândalo envolvendo a traição de José Loreto, um dos atores do elenco, com uma colega de núcleo (Marina Ruy Barbosa teve o nome citado pela agora ex do rapaz, Débora Nascimento, e negou com indignação). Todos queriam saber mais sobre essa fofoca do que sobre a novela. Uma produção para ser enterrada em uma cova bem funda.
"Órfãos da Terra":
A novela de Duca Rachid e Thelma Guedes teve um começo avassalador e arrebatou público e crítica com uma atrativa história sobre refugiados envolvendo um romance impossível entre Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes). Mas as autoras queimaram todos os cartuchos nas primeiras semanas e a morte do principal vilão, Aziz Abdallah (Herso Capri), iniciou uma sucessão de equívocos que não cessaram até o final. Não havia enredo para mais de um mês e a obsessão de Dalila (Alice Wegmann) pelo mocinho e por uma vingança que nunca fez o menor sentido se arrastou por longos meses. A trama teve êxito na audiência, mas a repercussão foi nula e infinitamente menor que a trama anterior, "Espelho da Vida", que gerou muito mais burburinho e não repetiu o feito nos números do Ibope, ironicamente.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Retrospectiva 2019: os artistas que deixaram saudades
O ano de 2019 foi marcado por tragédias. Muitos famosos morreram de forma totalmente inesperada e até chocante. Acidentes de carro, queda de avião e de helicóptero, acidente doméstico, enfim... O Brasil ficou de luto em várias ocasiões e foi difícil encarar tantas perdas. É hora de lembrar e homenagear essas pessoas.
Ricardo Boechat (1952 - 2019):
O respeitado e querido jornalista faleceu em um trágico acidente de helicóptero. Amado pelos ouvintes da Band News, era uma companhia constante para os motoristas que saiam para trabalhar. Também brilhava como âncora do "Jornal da Band". Sua morte deixou o país em choque e todas as emissoras homenagearam o colega. Faleceu em fevereiro. Tinha 67 anos.
Caio Junqueira (1976 - 2019):
O talentoso ator não resistiu ao forte impacto de seu carro em uma árvore. Caio dirigia pelo Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e perdeu o controle do veículo. O acidente ceifou a vida do intérprete, que tinha apenas 43 anos e trabalhava na Record, após muitas novelas na Globo. Nos deixou em fevereiro.
Ricardo Boechat (1952 - 2019):
O respeitado e querido jornalista faleceu em um trágico acidente de helicóptero. Amado pelos ouvintes da Band News, era uma companhia constante para os motoristas que saiam para trabalhar. Também brilhava como âncora do "Jornal da Band". Sua morte deixou o país em choque e todas as emissoras homenagearam o colega. Faleceu em fevereiro. Tinha 67 anos.
Caio Junqueira (1976 - 2019):
O talentoso ator não resistiu ao forte impacto de seu carro em uma árvore. Caio dirigia pelo Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e perdeu o controle do veículo. O acidente ceifou a vida do intérprete, que tinha apenas 43 anos e trabalhava na Record, após muitas novelas na Globo. Nos deixou em fevereiro.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Globo emociona com "Juntos a Magia Acontece"
Em um passado não tão distante, a Globo promovia uma leva de especiais de Natal maravilhosos e vários deles acabavam virando série fixa no ano seguinte. Funcionava também como uma experimentação. Infelizmente, a emissora não faz mais isso já há um certo tempo em virtude da contenção de despesas. Porém, alguns poucos especiais ainda resistem. Ano passado foi exibido o lindo "O Natal Perfeito", escrito por Priscilla Steinman. E em 2019 foi ao ar "Juntos a Magia Acontece".
Escrita por Cleissa Regina Martins, dirigida por Maria de Médicis, a trama tem uma mensagem simples e eficiente sobre a magia do Natal e ainda expõe a questão da representatividade negra, com um elenco composto por atores negros em sua grande maioria. A primeira cena da felicidade de Orlando (Milton Gonçalves) e Neuza (Zezé Motta) comoveu, enquanto a morte da matriarca da família sensibilizou logo na sequência seguinte. E nem foi necessária a imagem do falecimento. Um enfeite de Natal se quebrando foi o suficiente.
Ao longo do enredo, o público se envolve com a iniciativa da neta de Orlando, a carismática Letícia (Gabriely Mota), que resolve provar para todos seus amigos que Papai Noel existe e acaba envolvendo sua família na complicada missão.
Morte de Elias destaca a boa direção de "Bom Sucesso"
A atual novela das sete da Globo é um sucesso e colhe muitos elogios merecidamente. Rosane Svartman e Paulo Halm estão inspirados e criaram uma ótima história. Mas "Bom Sucesso" tem outra qualidade que merece ser citada: a direção de Luiz Henrique Rios e sua equipe. Esse trabalho, embora seja observado desde a estreia, ficou ainda mais evidente com todas as sequências envolvendo a fuga de Elias (Marcelo Faria).
A entrada do vilão movimentou a novela e promoveu uma tensa virada na vida de Paloma (Grazi Massafera), afetando todo o núcleo central. O acidente sofrido por Gabriela (Giovanna Coimbra), enquanto salvava a vida de Alberto (Antônio Fagundes), implicou em uma transfusão de sangue, mas o tipo sanguíneo da menina era muito raro e somente o pai (dado como morto) era compatível. Graças ao fato todos descobriram, através de padre Paulo (Guti Fraga), que Elias estava vivo.
A cena do acidente mencionado já expôs com mais nitidez o preciso trabalho da direção, principalmente durante a queda do refletor que quase atingiu o dono da Prado Monteiro. Pareceu mesmo que o objeto estava quase caindo na cabeça do personagem.
A entrada do vilão movimentou a novela e promoveu uma tensa virada na vida de Paloma (Grazi Massafera), afetando todo o núcleo central. O acidente sofrido por Gabriela (Giovanna Coimbra), enquanto salvava a vida de Alberto (Antônio Fagundes), implicou em uma transfusão de sangue, mas o tipo sanguíneo da menina era muito raro e somente o pai (dado como morto) era compatível. Graças ao fato todos descobriram, através de padre Paulo (Guti Fraga), que Elias estava vivo.
A cena do acidente mencionado já expôs com mais nitidez o preciso trabalho da direção, principalmente durante a queda do refletor que quase atingiu o dono da Prado Monteiro. Pareceu mesmo que o objeto estava quase caindo na cabeça do personagem.
Feliz Natal!
Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Não recebo ajuda de ninguém para mantê-lo e conto só com os que acessam essa página mesmo. São mais de setenta mil seguidores no Twitter, mais de dezenove mil no Facebook e em torno de 1800 no Instagram recém-criado. Obrigado. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto nos últimos tempos. Felicidades a todos!
domingo, 22 de dezembro de 2019
Auditório aniquila chance de Dandara Mariana na "Dança dos Famosos"
A décima sexta temporada da "Dança dos Famosos" chegou ao fim neste domingo (22/12) e o formato do "Domingão do Faustão" segue vitorioso. Embora a edição de 2019 não tenha repercutido tanto quanto as anteriores, teve bons participantes e alguns destaques que brilharam ao longo das semanas. A final com Dandara Mariana, Kaysar e Jonathan Azevedo foi justa em virtude da evolução do trio. Porém, a plateia manchou a beleza dessa final.
Giovanna Lancellotti, Regiane Alves, Luiza Tomé, Junior Cigano, Fernanda Abreu, Luisa Sonza, Bruno Montaleone e Luis Lobianco foram os outros participantes. Todos tiveram um desempenho mediano, com exceção de Matheus. O ator fez ótimas apresentações, mas acabou injustiçado pelo juri, técnico e artístico, que sempre tiraram décimos preciosos do rapaz. Talvez em virtude de não ser tão conhecido, embora tenha brilhado na minissérie "Dois Irmãos" e em "Malhação - Viva a Diferença". Pena que o critério 'fama' conte para parte dos jurados.
Aliás, Matheus só conseguiu ir um pouco mais adiante na competição por causa de um problema de saúde de Cigano, que acabou indo para a repescagem direto. Mas nem assim chegou perto da final. Já Luiza Tomé era a pior candidata. Totalmente sem ritmo, não se saiu bem em nenhuma rodada.
Giovanna Lancellotti, Regiane Alves, Luiza Tomé, Junior Cigano, Fernanda Abreu, Luisa Sonza, Bruno Montaleone e Luis Lobianco foram os outros participantes. Todos tiveram um desempenho mediano, com exceção de Matheus. O ator fez ótimas apresentações, mas acabou injustiçado pelo juri, técnico e artístico, que sempre tiraram décimos preciosos do rapaz. Talvez em virtude de não ser tão conhecido, embora tenha brilhado na minissérie "Dois Irmãos" e em "Malhação - Viva a Diferença". Pena que o critério 'fama' conte para parte dos jurados.
Aliás, Matheus só conseguiu ir um pouco mais adiante na competição por causa de um problema de saúde de Cigano, que acabou indo para a repescagem direto. Mas nem assim chegou perto da final. Já Luiza Tomé era a pior candidata. Totalmente sem ritmo, não se saiu bem em nenhuma rodada.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Emanuel Jacobina destrói personagens e tira credibilidade de "Malhação - Toda Forma de Amar"
A atual temporada de "Malhação" teve um ótimo início, com elenco bem escalado, história promissora e personagens convidativos. Emanuel Jacobina parecia inspirado. Porém, a trama passou a andar em círculos meses depois e não avançava. Após um período de estagnação, o enredo aparentou uma revigorada. Parecia retomar a qualidade vista inicialmente. Todavia, os novos desdobramentos de "Malhação - Toda Forma de Amar" vêm expondo uma total perda de rumo do autor.
Os conflitos criados recentemente por Jacobina para simular uma movimentação no roteiro deixaram o conjunto sem um pingo de verossimilhança. A entrada de Rui (Romulo Arantes Neto), pai da filha de Rita (Alanis Guillen), tinha tudo para provocar uma boa dose de tensão na história e promover uma virada. Mas não aconteceu. O personagem acabou enfraquecendo toda a narrativa bem construída pela mocinha até agora.
O ex da protagonista nem tinha o nome citado em virtude do tamanho do horror que Rita sentia do garoto. Até mentiu em juízo, se prejudicando no processo de guarda da menina, por causa do medo de relembrar o passado.
Os conflitos criados recentemente por Jacobina para simular uma movimentação no roteiro deixaram o conjunto sem um pingo de verossimilhança. A entrada de Rui (Romulo Arantes Neto), pai da filha de Rita (Alanis Guillen), tinha tudo para provocar uma boa dose de tensão na história e promover uma virada. Mas não aconteceu. O personagem acabou enfraquecendo toda a narrativa bem construída pela mocinha até agora.
O ex da protagonista nem tinha o nome citado em virtude do tamanho do horror que Rita sentia do garoto. Até mentiu em juízo, se prejudicando no processo de guarda da menina, por causa do medo de relembrar o passado.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
Volta de Elias movimenta "Bom Sucesso"
Paloma (Grazi Massafera) é uma ótima protagonista e os conflitos que permeiam a personagem sustentam bem "Bom Sucesso", atual novela das sete da Globo. Mas o passado da mocinha com seu segundo marido nunca foi muito explicado. Após o fim de seu romance com Ramon (David Junior), que a abandonou com a filha recém-nascida (Alice - Bruna Inocêncio), a batalhadora costureira se casou com Elias e teve mais dois filhos: Gabriela (Giovanna Coimbra) e Peter (João Bravo). A única informação era a respeito de sua morte.
Portanto, era óbvio que esse personagem enigmático apareceria vivinho da silva em algum momento. E apareceu graças a um trágico acidente sofrido por Gabriela, que se feriu gravemente com o estilhaço de um refletor, que caiu durante o primeiro desfile oficial da grife de Paloma. A menina salvou a vida de Alberto (Antônio Fagundes) e ficou em estado crítico no hospital. Seu sangue é raro (falso O) e somente o pai é compatível. Padre Paulo (Guti Fraga) era o único que sabia o segredo sobre Elias por causa da confissão do então marido de Paloma na época.
Elias assaltou um banco com um comparsa, mas sofreu um acidente e precisou fugir para não ser preso junto com o outro bandido. Conseguiu se passar por morto e foi viver longe. Mas, em virtude da gravidade da situação, o padre foi atrás do homem para pedir ajuda. Só não imaginava que o 171 exigiria dinheiro para salvar a vida da filha.
Portanto, era óbvio que esse personagem enigmático apareceria vivinho da silva em algum momento. E apareceu graças a um trágico acidente sofrido por Gabriela, que se feriu gravemente com o estilhaço de um refletor, que caiu durante o primeiro desfile oficial da grife de Paloma. A menina salvou a vida de Alberto (Antônio Fagundes) e ficou em estado crítico no hospital. Seu sangue é raro (falso O) e somente o pai é compatível. Padre Paulo (Guti Fraga) era o único que sabia o segredo sobre Elias por causa da confissão do então marido de Paloma na época.
Elias assaltou um banco com um comparsa, mas sofreu um acidente e precisou fugir para não ser preso junto com o outro bandido. Conseguiu se passar por morto e foi viver longe. Mas, em virtude da gravidade da situação, o padre foi atrás do homem para pedir ajuda. Só não imaginava que o 171 exigiria dinheiro para salvar a vida da filha.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
"MasterChef - A Revanche" foi uma boa ideia da Band
Não é segredo que a Band fez do "MasterChef" o seu grande trunfo em uma programação bastante deficiente de bons programas. Há um bom tempo que a emissora enfrenta problemas em virtude da crise financeira que provocou inúmeras perdas em sua grade, como os direitos da transmissão do futebol. E o desgaste do formato foi inevitável. Afinal, exibir duas temporadas por ano acaba cansando. Mas ao mesmo tempo é preciso reconhecer a boa ideia do canal com a criação do "MasterChef - A Revanche".
A temporada estreou em outubro e chegou ao fim nesta terça-feira (17/12). A produção fez uma boa seleção de participantes que marcaram a história do programa, tanto positiva quanto negativamente. Ana Luiza (4ª temporada), Aristeu (5ª), Bianca (1ª), Cecília (1ª), Estefano (1ª), Fábio (3ª), Fernando Cavinato (3ª), Fernando Kawasaki (2ª), Haila (6ª), Helton (6ª), Juliana (6ª), Iranete (2ª), Katleen (5ª), Mirian (4ª), Raquel (3ª), Sabrina (2ª), Thiago (5ª), Valter (4ª), Vanessa (3ª) e Vitor (4ª) foram os escolhidos e logo no início vários foram eliminados em duelos emocionantes. Ousaram com um começo mais disputado e funcionou.
Ao longo da edição também houve êxito na escolha de ótimas provas, entre elas algumas das mais difíceis e marcantes das temporadas passadas que aterrorizaram os participantes. E, claro, Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin continuaram entrosados e afiados como de costume.
A temporada estreou em outubro e chegou ao fim nesta terça-feira (17/12). A produção fez uma boa seleção de participantes que marcaram a história do programa, tanto positiva quanto negativamente. Ana Luiza (4ª temporada), Aristeu (5ª), Bianca (1ª), Cecília (1ª), Estefano (1ª), Fábio (3ª), Fernando Cavinato (3ª), Fernando Kawasaki (2ª), Haila (6ª), Helton (6ª), Juliana (6ª), Iranete (2ª), Katleen (5ª), Mirian (4ª), Raquel (3ª), Sabrina (2ª), Thiago (5ª), Valter (4ª), Vanessa (3ª) e Vitor (4ª) foram os escolhidos e logo no início vários foram eliminados em duelos emocionantes. Ousaram com um começo mais disputado e funcionou.
Ao longo da edição também houve êxito na escolha de ótimas provas, entre elas algumas das mais difíceis e marcantes das temporadas passadas que aterrorizaram os participantes. E, claro, Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin continuaram entrosados e afiados como de costume.
domingo, 15 de dezembro de 2019
Os vencedores e os injustiçados do "Melhores do Ano" de 2019
Injustiça em premiação é quase uma rotina. São raros os eventos do tipo onde o merecimento ocorre em todas as categorias. E o "Melhores do Ano", costumeiramente exibido no "Domingão do Faustão" em dezembro, não foge à regra. O fato de cada categoria permitir apenas três indicados contribui muito para isso. E em 2019 as controvérsias ficaram evidentes em muitos momentos. Todavia, ao menos, houve um certo equilíbrio nas indicações e muitos dos vencedores fizeram por merecer. E mais uma vez algumas observações merecem ser feitas.
A ausência de "Espelho da Vida" em todas as indicações foi o maior absurdo da premiação, embora nada surpreendente. Como não foi um sucesso de audiência e ainda terminou no início do ano (em abril), o folhetim primoroso de Elizabeth Jhin foi ignorado. E a categoria que mais despertou indignação foi a de Ator/Atriz Mirim. A escolha de João Bravo e Valentina Vieira, por Peter e Sofia em "Bom Sucesso", foi muito justo. Porém, a seleção de Maria Alice Guedes, por "Malhação - Vidas Brasileiras" se mostrou um despautério. A criança nem teve falas. Como podem ter ignorado o show de Clara Galinari como Priscila/Teresa? E Maria Luiza Galhano pelo seu desempenho como Florzinha? Ao menos João foi o vencedor com mérito, mas Valentina merecia mais pela dramaticidade de Sofia.
O esquecimento de Vitória Strada e Alinne Moraes, que brilharam como Cris/Júlia Castelo e Isabel/Dora em "Espelho da Vida", na indicação de Melhor Atriz foi outra injustiça. Porém, ao menos houve um bom equilíbrio nas seleções e as três escolhidas foram merecedoras. Juliana Paes fez jus ao protagonismo de Maria da Paz em "A Dona do Pedaço" e foi sua personagem mais popular da carreira, segundo a própria, que venceu e se emocionou na hora do agradecimento.
A ausência de "Espelho da Vida" em todas as indicações foi o maior absurdo da premiação, embora nada surpreendente. Como não foi um sucesso de audiência e ainda terminou no início do ano (em abril), o folhetim primoroso de Elizabeth Jhin foi ignorado. E a categoria que mais despertou indignação foi a de Ator/Atriz Mirim. A escolha de João Bravo e Valentina Vieira, por Peter e Sofia em "Bom Sucesso", foi muito justo. Porém, a seleção de Maria Alice Guedes, por "Malhação - Vidas Brasileiras" se mostrou um despautério. A criança nem teve falas. Como podem ter ignorado o show de Clara Galinari como Priscila/Teresa? E Maria Luiza Galhano pelo seu desempenho como Florzinha? Ao menos João foi o vencedor com mérito, mas Valentina merecia mais pela dramaticidade de Sofia.
O esquecimento de Vitória Strada e Alinne Moraes, que brilharam como Cris/Júlia Castelo e Isabel/Dora em "Espelho da Vida", na indicação de Melhor Atriz foi outra injustiça. Porém, ao menos houve um bom equilíbrio nas seleções e as três escolhidas foram merecedoras. Juliana Paes fez jus ao protagonismo de Maria da Paz em "A Dona do Pedaço" e foi sua personagem mais popular da carreira, segundo a própria, que venceu e se emocionou na hora do agradecimento.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Genial como Lurdes, Regina Casé rouba a cena em "Amor de Mãe"
Longe das novelas desde uma pequena participação no remake de "Ciranda de Pedra", em 2008, Regina Casé retornou ao gênero em "Amor de Mãe", recém-iniciada, em pleno horário nobre da Globo. E vendo o desempenho da atriz na trama de Manuela Dias, dirigida por José Luiz Villamarim, é possível afirmar com tranquilidade como fazia falta. A produção ainda está no começo e muito água vai rolar, mas Lurdes chegou iluminando a tela.
A protagonista é a que mais honra o título do folhetim. Lurdes é a típica mãe brasileira e todas as suas atitudes são facilmente identificáveis. Todos os filhos observam características de suas mães na personagem. É a mãe leoa, a mãe protetora, a mãe que dá tudo pelos filhos, a mãe que se preocupa com cada passo que o filho dá, a mãe acolhedora, a mãe amorosa, a mãe barraqueira, a mãe que enfrenta até bandido para encontrar um filho desaparecido.
Nordestina, a personagem é mãe de Magno (Juliano Cazarré), Érica (Nanda Costa), Ryan (Thiago Martins) e Camila (Jéssica Ellen), adotada pela mulher assim que a encontrou abandonada em plena estrada. Nunca perdeu a esperança de achar Domênico, filho que foi vendido pelo pai há 20 anos. Humilde, luta para sustentar seus herdeiros e conseguiu dar uma educação de qualidade a todos.
A protagonista é a que mais honra o título do folhetim. Lurdes é a típica mãe brasileira e todas as suas atitudes são facilmente identificáveis. Todos os filhos observam características de suas mães na personagem. É a mãe leoa, a mãe protetora, a mãe que dá tudo pelos filhos, a mãe que se preocupa com cada passo que o filho dá, a mãe acolhedora, a mãe amorosa, a mãe barraqueira, a mãe que enfrenta até bandido para encontrar um filho desaparecido.
Nordestina, a personagem é mãe de Magno (Juliano Cazarré), Érica (Nanda Costa), Ryan (Thiago Martins) e Camila (Jéssica Ellen), adotada pela mulher assim que a encontrou abandonada em plena estrada. Nunca perdeu a esperança de achar Domênico, filho que foi vendido pelo pai há 20 anos. Humilde, luta para sustentar seus herdeiros e conseguiu dar uma educação de qualidade a todos.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
"Amor sem Igual" não deve enfrentar dificuldade para manter a audiência de "Topíssima"
"Topíssima", recém-encerrada novela de Cristianne Fridman, não foi um grande sucesso da Record. Porém, não fez feio na audiência e sua média em torno dos oito pontos, até pelo horário que era exibida (por volta das 19h45), se mostrou satisfatória. Afinal, a emissora voltou apostar em uma novela não bíblica, após anos produzindo apenas formatos do gênero. E a autora, por falta de opção (os bispos demitiram vários escritores, como Carlos Lombardi e Gustavo Reiz), recebeu a missão de escrever outro folhetim para substituir a sua obra.
Cristianne criou, então, "Amor sem Igual", que estreou nesta terça-feira (10/12), na faixa das 20h30. Nem Walcyr Carrasco, autor mais requisitado da Globo, teve tamanha proeza: encerrar uma novela e escrever a sua substituta. No caso da Record, houve uma ideia de última hora porque as gravações de "Gênesis", trama bíblica prevista para esse horário, atrasou. E como a produção contemporânea cumpriu o objetivo, os responsáveis apelaram para a autora, que também já recebeu a ordem para escrever "Topíssima 2". Só é difícil imaginar como arranjará tempo para a realização desse outro pedido nada simples.
A nova história tem uma premissa ousada em se tratando de uma emissora evangélica. A protagonista é Angélica, uma prostituta conhecida como Poderosa, interpretada por Day Mesquita (ironicamente, a atriz viveu Maria Madalena em "Jesus"). A trama, dirigida por Rudi Lagemann e ambientada em São Paulo, tem como premissa o clichê mais conhecido pelo filme "Uma Linda Mulher", de 1990.
Cristianne criou, então, "Amor sem Igual", que estreou nesta terça-feira (10/12), na faixa das 20h30. Nem Walcyr Carrasco, autor mais requisitado da Globo, teve tamanha proeza: encerrar uma novela e escrever a sua substituta. No caso da Record, houve uma ideia de última hora porque as gravações de "Gênesis", trama bíblica prevista para esse horário, atrasou. E como a produção contemporânea cumpriu o objetivo, os responsáveis apelaram para a autora, que também já recebeu a ordem para escrever "Topíssima 2". Só é difícil imaginar como arranjará tempo para a realização desse outro pedido nada simples.
A nova história tem uma premissa ousada em se tratando de uma emissora evangélica. A protagonista é Angélica, uma prostituta conhecida como Poderosa, interpretada por Day Mesquita (ironicamente, a atriz viveu Maria Madalena em "Jesus"). A trama, dirigida por Rudi Lagemann e ambientada em São Paulo, tem como premissa o clichê mais conhecido pelo filme "Uma Linda Mulher", de 1990.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
"APCA" consagra "Bom Sucesso", "Segunda Chamada" e outros merecidos vitoriosos
Nesta segunda-feira (10/12), a "Associação Paulista de Críticos de Arte" (APCA) escolheu os vencedores do Troféu APCA - Os Melhores da Televisão de 2019. Todos já haviam escolhido os finalistas de cada categoria e os premiados levarão seus troféus em uma cerimônia a ser realizada no dia 17 de fevereiro de 2020 no Teatro Sérgio Cardoso em São Paulo. Como de costume, houve justiça em todas as sete categorias, ainda que algumas indicações tenham sido questionáveis.
"Bom Sucesso" foi eleita a Melhor Novela do ano com todo mérito. A trama de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, é repleta de qualidades e o sucesso que vem fazendo desde a estreia honra a história apresentada, o elenco diverso escalado, os personagens bem construídos, os casais apaixonantes e o incentivo ao mundo dos livros através da paixão de Alberto (Antônio Fagundes). É a melhor novela das sete da Globo desde "Totalmente Demais", dos mesmos autores.
Porém, "Espelho da Vida" também concorria e seria outra merecedora. O enredo ousado e emocionante de Elizabeth Jhin, que abordou com maestria uma viagem interdimensional e a temática do espiritismo, sofreu uma rejeição inicial, mas arrebatou parte do público, o que refletiu no crescimento da audiência na reta final. A história de amor de várias vidas de Julia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso) foi desenvolvida com grande sensibilidade da autora.
"Bom Sucesso" foi eleita a Melhor Novela do ano com todo mérito. A trama de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, é repleta de qualidades e o sucesso que vem fazendo desde a estreia honra a história apresentada, o elenco diverso escalado, os personagens bem construídos, os casais apaixonantes e o incentivo ao mundo dos livros através da paixão de Alberto (Antônio Fagundes). É a melhor novela das sete da Globo desde "Totalmente Demais", dos mesmos autores.
Porém, "Espelho da Vida" também concorria e seria outra merecedora. O enredo ousado e emocionante de Elizabeth Jhin, que abordou com maestria uma viagem interdimensional e a temática do espiritismo, sofreu uma rejeição inicial, mas arrebatou parte do público, o que refletiu no crescimento da audiência na reta final. A história de amor de várias vidas de Julia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso) foi desenvolvida com grande sensibilidade da autora.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
Cássio Gabus Mendes merecia um papel como o Afonso de "Éramos Seis"
A atual novela das seis da Globo vem merecendo os elogios e o prestígio do público. O quinto remake de "Éramos Seis" é um produto de qualidade inquestionável e a trama, baseada no livro de Maria José Dupré e na novela exibida pelo SBT em 1994, prende através de conflitos reais protagonizados por personagens humanos. E um dos perfis mais cativantes do enredo é Seu Afonso, interpretado com brilhantismo por Cássio Gabus Mendes.
O dono do Armazém e grande amigo de Dona Lola (Glória Pires) é um coadjuvante que cresce sempre que surge em cena. E está longe de ser um tipo cuja função é apenas servir de "orelha" para a protagonista. Tanto que o enredo que o cerca desperta tanta atenção quanto a da família central. Afonso tem um drama que provoca grande compaixão no público, principalmente pela forma como tudo acontece em sua vida.
O bondoso homem se viu abandonado pela então companheira, Shirley (Bárbara Reis), que levou a filha embora para viver com seu verdadeiro amor, João Aranha (Caco Ciocler). Dez anos se passaram e Afonso nunca mais viu Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), sua filha de coração.
O dono do Armazém e grande amigo de Dona Lola (Glória Pires) é um coadjuvante que cresce sempre que surge em cena. E está longe de ser um tipo cuja função é apenas servir de "orelha" para a protagonista. Tanto que o enredo que o cerca desperta tanta atenção quanto a da família central. Afonso tem um drama que provoca grande compaixão no público, principalmente pela forma como tudo acontece em sua vida.
O bondoso homem se viu abandonado pela então companheira, Shirley (Bárbara Reis), que levou a filha embora para viver com seu verdadeiro amor, João Aranha (Caco Ciocler). Dez anos se passaram e Afonso nunca mais viu Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), sua filha de coração.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Tudo sobre a primeira apresentação de "Salve-se Quem Puder", próxima novela das sete
A Globo promoveu, nesta segunda-feira (02/12), uma primeira reunião para uma conversa sobre os preparativos para "Salve-se Quem Puder", nova novela das sete, escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink, cuja estreia está prevista para final de janeiro de 2020. Além do autor e do diretor, participaram também as três protagonistas: Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco.
O bate-papo foi descontraído e o entrosamento das atrizes era visível a todo instante. O trio realmente criou um vínculo forte nas gravações, o que só beneficia a história da nova novela. Afinal, Luna (Juliana Paiva) --- estudante de fisioterapia ---, Kyra (Vitória Strada) --- jovem que se prepara para o casamento dos sonhos --- e Alexia (Deborah Secco) --- atriz em ascensão prestes a viver a melhor fase da vida --- terão suas vidas entrelaçadas para sempre em Cancún, no México.
As protagonistas presenciam a chegada de um furacão e os efeitos especiais da complicada sequência prometem surpreender. Como o fenômeno climático não existe no Brasil e o autor não abriu mão de usá-lo, houve a necessidade de iniciar o enredo em um lugar propício. Mas a devastação que os fortes ventos causam no lugar não é nada perto da ameaça de morte que o trio enfrentará.
O bate-papo foi descontraído e o entrosamento das atrizes era visível a todo instante. O trio realmente criou um vínculo forte nas gravações, o que só beneficia a história da nova novela. Afinal, Luna (Juliana Paiva) --- estudante de fisioterapia ---, Kyra (Vitória Strada) --- jovem que se prepara para o casamento dos sonhos --- e Alexia (Deborah Secco) --- atriz em ascensão prestes a viver a melhor fase da vida --- terão suas vidas entrelaçadas para sempre em Cancún, no México.
As protagonistas presenciam a chegada de um furacão e os efeitos especiais da complicada sequência prometem surpreender. Como o fenômeno climático não existe no Brasil e o autor não abriu mão de usá-lo, houve a necessidade de iniciar o enredo em um lugar propício. Mas a devastação que os fortes ventos causam no lugar não é nada perto da ameaça de morte que o trio enfrentará.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Entrada de Ângela Vieira e Marisa Orth enriquece "Bom Sucesso"
O elenco de "Bom Sucesso" é muito bem escalado. Rosane Svartman e Paulo Halm, juntamente com o diretor Luiz Henrique Rios, fizeram uma seleção diversa e repleta de talentos. Não é por acaso que tantos nomes se destacam na atual novela das sete da Globo. E todo folhetim que se preza também conta com participações ao longo dos meses. Algumas funcionam tão bem que acabam permanecendo na história até o final. No caso da atual produção, a entrada de Ângela Vieira e Marisa Orth se mostrou uma grata surpresa.
O público matou um pouco da saudade de Ângela na recém-terminada reprise de "Por Amor", no "Vale a Pena Ver de Novo", onde viveu com brilhantismo a íntegra Virgínia, irmã de Helena (Regina Duarte). E a última novela da atriz foi "Pega Pega", em 2017, na pele de Lígia, um papel que não honrou seu talento. Aliás, há anos a intérprete não ganhava uma personagem realmente relevante na televisão. A cruel Janete, em "Terra Nostra", de 1999, foi a última que valorizou, de fato, Ângela. É por isso que tem valido tão a pena vê-la no atual sucesso das 19h.
Vera parece escrita especialmente para a atriz. A personagem chegou com o claro objetivo de mexer com a vida amorosa de Alberto (Antônio Fagundes), que vem passando seus últimos meses de vida alimentando uma paixão platônica por Paloma (Grazi Massafera). Mas o papel não foi criado apenas com essa função.
O público matou um pouco da saudade de Ângela na recém-terminada reprise de "Por Amor", no "Vale a Pena Ver de Novo", onde viveu com brilhantismo a íntegra Virgínia, irmã de Helena (Regina Duarte). E a última novela da atriz foi "Pega Pega", em 2017, na pele de Lígia, um papel que não honrou seu talento. Aliás, há anos a intérprete não ganhava uma personagem realmente relevante na televisão. A cruel Janete, em "Terra Nostra", de 1999, foi a última que valorizou, de fato, Ângela. É por isso que tem valido tão a pena vê-la no atual sucesso das 19h.
Vera parece escrita especialmente para a atriz. A personagem chegou com o claro objetivo de mexer com a vida amorosa de Alberto (Antônio Fagundes), que vem passando seus últimos meses de vida alimentando uma paixão platônica por Paloma (Grazi Massafera). Mas o papel não foi criado apenas com essa função.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Antônio Calloni abrilhantou "Éramos Seis"
O remake de "Éramos Seis", na Globo, vem presenteando o telespectador com uma versão bastante fiel ao do até hoje lembrado e elogiado produto do SBT, exibido em 1994, baseado no livro de Maria José Dupré. A história, bem conduzida por Ângela Chaves, está com uma produção caprichada e ótimo elenco. Vários conseguem destaque. Infelizmente, um dos grandes nomes do talentoso time se despediu da trama e deixará saudades: Antônio Calloni.
Júlio era um tipo que despertava uma avalanche de sentimentos no público. Em alguns momentos provocava ódio, em outros pena e até empatia. Um personagem que passou longe do maniqueísmo. O patriarca da família Lemos, que norteia o enredo, teve um início parecido com um quase vilão. Vivia bêbado e não se importava com situações vexatórias que protagonizava. Muitas vezes era extremamente rígido com os filhos e os agredia fisicamente, principalmente Carlos (Xande Valois) e Alfredo (Pedro Sol).
O marido de Lola (Glória Pires) também a traía em muitas noites com Marion (Ellen Rocche) e o remorso pela espera da esposa em casa era nulo. Todavia, Júlio realmente amava a mãe de seus filhos e seu carinho pelos herdeiros existia. Ele só não sabia como demonstrar o seu lado mais sereno.
Júlio era um tipo que despertava uma avalanche de sentimentos no público. Em alguns momentos provocava ódio, em outros pena e até empatia. Um personagem que passou longe do maniqueísmo. O patriarca da família Lemos, que norteia o enredo, teve um início parecido com um quase vilão. Vivia bêbado e não se importava com situações vexatórias que protagonizava. Muitas vezes era extremamente rígido com os filhos e os agredia fisicamente, principalmente Carlos (Xande Valois) e Alfredo (Pedro Sol).
O marido de Lola (Glória Pires) também a traía em muitas noites com Marion (Ellen Rocche) e o remorso pela espera da esposa em casa era nulo. Todavia, Júlio realmente amava a mãe de seus filhos e seu carinho pelos herdeiros existia. Ele só não sabia como demonstrar o seu lado mais sereno.
sábado, 30 de novembro de 2019
"Popstar" segue como ótimo entretenimento aos domingos
A Globo estreou a primeira temporada do "Popstar" em 2017, sem alarde ou grande divulgação. Era uma tentativa de emplacar um novo formato nas tardes de domingo. Resolveram utilizar a dinâmica do extinto "SuperStar" --- ótimo programa que apresentava bandas desconhecidas ao grande publico ---- em uma disputa com famosos. Todos cantando no mesmo palco e sendo avaliados por um juri repleto de estrelas da música nacional. O tiro no escuro virou tiro certeiro. O produto agradou. Tanto que emplacou a segunda temporada em 2018 e agora estreou a terceira no final de outubro.
Fernanda Lima foi a primeira apresentadora e Taís Araújo entrou em seu lugar ano passado. Insegura na segunda temporada --- afinal, era sua primeira experiência na função de comunicadora ---, a atriz está bem mais desenvolta agora. E o êxito da atração nos anos anteriores facilitou a escalação dos participantes. Muitos até se oferecem para o time. Em 2017, o vencedor foi André Frateschi e Jeniffer Nascimento triunfou em 2018. Ambos campeões com méritos. Agora a disputa tem Marcelo Serrado, Letícia Sabatella, George Sauma, Babi Xavier, Robson Nunes, Totia Meirelles, Eriberto Leão, Helga Nemetik, Jakson Follman, Danilo Vieira, Cláudia Ohana, Yara Charry e Nany People.
A composição do juri segue como um dos acertos do formato. São dez especialistas que avaliam os candidatos com notas entre 9,7 e 10, levando em conta ainda a possibilidade da estrela bônus, uma espécie de ponto extra pela performance do candidato.
Fernanda Lima foi a primeira apresentadora e Taís Araújo entrou em seu lugar ano passado. Insegura na segunda temporada --- afinal, era sua primeira experiência na função de comunicadora ---, a atriz está bem mais desenvolta agora. E o êxito da atração nos anos anteriores facilitou a escalação dos participantes. Muitos até se oferecem para o time. Em 2017, o vencedor foi André Frateschi e Jeniffer Nascimento triunfou em 2018. Ambos campeões com méritos. Agora a disputa tem Marcelo Serrado, Letícia Sabatella, George Sauma, Babi Xavier, Robson Nunes, Totia Meirelles, Eriberto Leão, Helga Nemetik, Jakson Follman, Danilo Vieira, Cláudia Ohana, Yara Charry e Nany People.
A composição do juri segue como um dos acertos do formato. São dez especialistas que avaliam os candidatos com notas entre 9,7 e 10, levando em conta ainda a possibilidade da estrela bônus, uma espécie de ponto extra pela performance do candidato.
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
Gugu Liberato deixou sua marca na televisão brasileira
A morte de Gugu Liberato, aos 60 anos, anunciada na sexta-feira passada, dia 22, chocou o Brasil. O apresentador teve morte cerebral, após um grave acidente sofrido em sua casa, nos Estados Unidos, onde caiu de uma altura de quatro metros, batendo a cabeça em uma quina. É aquele tipo de perda traumática e totalmente inesperada. Uma fatalidade, assim como aconteceu com o ator Domingos Montagner, morto em setembro de 2016, vítima de um afogamento, citando apenas um exemplo relativamente recente.
Gugu foi um dos principais apresentadores de TV no Brasil. Entre 1981 e 2003, fez carreira no SBT no comando de programas até hoje lembrados como "Viva Noite" e "Sabadão Sertanejo", além do clássico "Domingo Legal", até hoje no ar, sob o comando de Celso Portiolli. A disputa de audiência com o "Domingão do Faustão" na década de 90 era ferrenha e os apresentadores sempre alternavam entre o primeiro e segundo lugares. Hoje em dia a hegemonia da Globo é incontestável, mas na época a líder lutava para se manter a liderança dominical e seu maior obstáculo era Gugu.
O apresentador tinha três filhos com a médica Rose Miriam di Matteo: João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Marina e Sophia, de 15 anos. Muito reservado, Gugu mantinha a vida pessoal longe dos holofotes e amava ficar em família. A casa comprada nos E.U.A., inclusive, teve esse objetivo: aproveitar mais o tempo com todos.
Gugu foi um dos principais apresentadores de TV no Brasil. Entre 1981 e 2003, fez carreira no SBT no comando de programas até hoje lembrados como "Viva Noite" e "Sabadão Sertanejo", além do clássico "Domingo Legal", até hoje no ar, sob o comando de Celso Portiolli. A disputa de audiência com o "Domingão do Faustão" na década de 90 era ferrenha e os apresentadores sempre alternavam entre o primeiro e segundo lugares. Hoje em dia a hegemonia da Globo é incontestável, mas na época a líder lutava para se manter a liderança dominical e seu maior obstáculo era Gugu.
O apresentador tinha três filhos com a médica Rose Miriam di Matteo: João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Marina e Sophia, de 15 anos. Muito reservado, Gugu mantinha a vida pessoal longe dos holofotes e amava ficar em família. A casa comprada nos E.U.A., inclusive, teve esse objetivo: aproveitar mais o tempo com todos.
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Elenco é um dos muitos acertos de "Segunda Chamada"
A nova série da Globo causou a melhor das impressões quando estreou, no dia 8 de outubro, e o capricho da produção lembrou muito a qualidade de "Sob Pressão". Porém, na história atual o drama médico cede lugar para os inúmeros dilemas da educação pública no país. "Segunda Chamada" arrebata o público com um enredo pesado e extremamente realista, conseguindo inserir doses de sensibilidade e emoção ao longo dos episódios. Uma preciosidade. E um dos muitos acertos da trama é o elenco.
A história, escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, é protagonizada pela sofrida Lúcia (Débora Bloch), professora que se envolve com os conflitos de seus alunos e nunca conseguiu superar a trágica perda do filho, vítima de um atropelamento ---- que ainda culminou no AVC de seu marido Alberto (Marcos Winter). A escolha de Débora Bloch foi um tiro certeiro. Impressiona como a atriz vem brilhando cada vez mais em papéis carregados de drama, desde a novela "Sete Vidas", de 2015. Comoveu o telespectador na trama de Lícia Manzo, em "Justiça" (2016), "Treze Dias Longe do Sol" (2018), "Onde Nascem os Fortes" (2018) e agora não é diferente.
Os atores que cercam a intérprete não ficam atrás. Paulo Gorgulho voltou à Globo em grande estilo, após 14 anos na Record. Jaci é um professor que atua como diretor da escola Maria Carolina de Jesus e tenta se manter mais frio diante dos problemas. Tem um caso com Lúcia e protagoniza alguns embates com a parceira em virtude das discordâncias a respeito da conduta com os alunos. O ator está ótimo.
A história, escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, é protagonizada pela sofrida Lúcia (Débora Bloch), professora que se envolve com os conflitos de seus alunos e nunca conseguiu superar a trágica perda do filho, vítima de um atropelamento ---- que ainda culminou no AVC de seu marido Alberto (Marcos Winter). A escolha de Débora Bloch foi um tiro certeiro. Impressiona como a atriz vem brilhando cada vez mais em papéis carregados de drama, desde a novela "Sete Vidas", de 2015. Comoveu o telespectador na trama de Lícia Manzo, em "Justiça" (2016), "Treze Dias Longe do Sol" (2018), "Onde Nascem os Fortes" (2018) e agora não é diferente.
Os atores que cercam a intérprete não ficam atrás. Paulo Gorgulho voltou à Globo em grande estilo, após 14 anos na Record. Jaci é um professor que atua como diretor da escola Maria Carolina de Jesus e tenta se manter mais frio diante dos problemas. Tem um caso com Lúcia e protagoniza alguns embates com a parceira em virtude das discordâncias a respeito da conduta com os alunos. O ator está ótimo.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
"Amor de Mãe" estreia com forte carga dramática e promissoras protagonistas
"Tudo é incerto, menos o amor de mãe". A frase, adaptada do romancista e poeta James Joyce (1882/1941) ---- "Tudo é incerto neste mundo hediondo, mas não o amor de uma mãe" é a frase original ----, é a premissa da nova novela das nove da Globo, que marca a estreia de Manuela Dias como autora solo. E, por conta dessa afirmação, fica bem claro que o enredo abordará uma visão mais romanceada da maternidade. Com a dura missão de manter os elevados índices do grande sucesso "A Dona do Pedaço", a trama, dirigida por José Luiz Villamarim e fotografia de Walter Carvalho, estreou nesta segunda-feira (22/11), com um emocionante primeiro capítulo.
Regina Casé, Taís Araújo e Adriana Esteves vivem Lurdes, Vitória e Thelma, mulheres que exercem a maternidade em sua plenitude, cada uma à sua maneira. Apesar de viverem em realidades diferentes, com trajetórias distintas, a vida das três se entrelaça ao longo do enredo. Uma proposta parecida com "Justiça", da mesma autora ---- quatro pessoas eram presas por crimes que cometeram em momentos de fúria e ao longo da história tinham suas vidas cruzadas. O trio protagonista foi bem apresentado na estreia através de breves flashbacks e dramas no presente.
Lurdes é babá e mãe de cinco filhos, sendo que um deles não foi criado ao seu lado. Ela busca um novo emprego e consegue uma entrevista na casa de Vitória, uma advogada bem-sucedida que, com a iminência da chegada do filho que pretende adotar, precisa de uma babá. Vitória perdeu um bebê aos seis meses de gestação e não conseguiu superar o trauma.
Regina Casé, Taís Araújo e Adriana Esteves vivem Lurdes, Vitória e Thelma, mulheres que exercem a maternidade em sua plenitude, cada uma à sua maneira. Apesar de viverem em realidades diferentes, com trajetórias distintas, a vida das três se entrelaça ao longo do enredo. Uma proposta parecida com "Justiça", da mesma autora ---- quatro pessoas eram presas por crimes que cometeram em momentos de fúria e ao longo da história tinham suas vidas cruzadas. O trio protagonista foi bem apresentado na estreia através de breves flashbacks e dramas no presente.
Lurdes é babá e mãe de cinco filhos, sendo que um deles não foi criado ao seu lado. Ela busca um novo emprego e consegue uma entrevista na casa de Vitória, uma advogada bem-sucedida que, com a iminência da chegada do filho que pretende adotar, precisa de uma babá. Vitória perdeu um bebê aos seis meses de gestação e não conseguiu superar o trauma.
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
"A Dona do Pedaço" conquistou a audiência com uma trama simples e popular
A Globo não esqueceu o trauma de "O Sétimo Guardião". O fracasso de Aguinaldo Silva entrou para a lista de piores Ibopes da história do horário nobre e ainda enfrentou uma sucessão de escândalos nos bastidores, como processo exigindo a coautoria de alunos do autor e traição de José Loreto com uma das atrizes do elenco. Para culminar, a novela é um fiasco de vendas internacionais. Para reerguer a audiência, então, a emissora mais uma vez apelou para Walcyr Carrasco e adiou a estreia da novata Manuela Dias (escreve sua primeira trama sozinha). A decisão se mostrou acertada. O autor salvou a faixa com "A Dona do Pedaço", que fechou seu ciclo nesta sexta-feira (22/11).
Walcyr nunca escondeu em entrevistas que criou a novela em apenas duas semanas. E a honesta explicação expõe a convocação de última hora da Globo para melhorar os índices do horário. O objetivo foi plenamente alcançado. A trama teve 36 pontos de média geral, elevando em sete pontos do pífio resultado da anterior (29 pontos). E o sucesso também refletiu na repercussão e nas vendas do produto. Embora parte da crítica, como sempre, tenha detestado o texto simplista do autor e o tom popularesco da produção, o conjunto da obra agradou bastante. Incluindo vários atores do elenco, felizes com o burburinho gerado pelos personagens.
A história protagonizada por Maria da Paz (Juliana Paes) caiu na boca do povo e várias empresas aproveitaram parar surfar no êxito de "A Dona do Pedaço". A Digital Influencer Vivi Guedes (Paolla Oliveira) fez inúmeros 'merchans', mas outros personagens também anunciaram bastante e até marca de farinha se inspirou nos bolos da Maria.
Walcyr nunca escondeu em entrevistas que criou a novela em apenas duas semanas. E a honesta explicação expõe a convocação de última hora da Globo para melhorar os índices do horário. O objetivo foi plenamente alcançado. A trama teve 36 pontos de média geral, elevando em sete pontos do pífio resultado da anterior (29 pontos). E o sucesso também refletiu na repercussão e nas vendas do produto. Embora parte da crítica, como sempre, tenha detestado o texto simplista do autor e o tom popularesco da produção, o conjunto da obra agradou bastante. Incluindo vários atores do elenco, felizes com o burburinho gerado pelos personagens.
A história protagonizada por Maria da Paz (Juliana Paes) caiu na boca do povo e várias empresas aproveitaram parar surfar no êxito de "A Dona do Pedaço". A Digital Influencer Vivi Guedes (Paolla Oliveira) fez inúmeros 'merchans', mas outros personagens também anunciaram bastante e até marca de farinha se inspirou nos bolos da Maria.
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
"Amor de Mãe": o que esperar da próxima novela das nove?
A missão da próxima novela das nove da Globo é complicada. Afinal, não será fácil manter os elevados índices de audiência de "A Dona do Pedaço", outro grande sucesso de Walcyr Carrasco, em pleno fim de ano. "Amor de Mãe" estreia do dia 25 de novembro, tendo as férias escolares se aproximando, o verão e as datas festivas, como Natal e Ano Novo. Época que costuma derrubar os números. Tanto que houve a especulação a respeito do esticamento da história de Maria da Paz (Juliana Paes) até janeiro para não prejudicar a substituta. Mas a ideia não foi adiante.
Porém, é preciso ressaltar, a dificuldade seria a mesma se a produção atual fosse um fracasso. Tanto que Silvio de Abreu, atual responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo, adiou a novela, que entraria depois de "O Sétimo Guardião". Como a autora Manuela Dias é uma estreante como novelista e ainda no horário nobre, houve uma preocupação em não colocá-la 'herdeira' de um fiasco de audiência. É melhor, sem dúvida, herdar índices de um grande sucesso. Dos males o menor. E Manuela tem um currículo vitorioso na sua estreia como escritora. Afinal, foi a responsável pelas elogiadas "Ligações Perigosas" e "Justiça", minisséries (de dez e vinte capítulos, respectivamente) que conquistaram crítica e público em 2016.
Agora o trabalho será bem maior: um folhetim com mais de 150 capítulos e vários núcleos. A direção será de José Luiz Villamarim e a fotografia de Walter Carvalho, uma vitoriosa dupla que já trabalhou em produções primorosas, como "Amores Roubados", remake de "O Rebu", "O Canto da Sereia", entre outros.
Porém, é preciso ressaltar, a dificuldade seria a mesma se a produção atual fosse um fracasso. Tanto que Silvio de Abreu, atual responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo, adiou a novela, que entraria depois de "O Sétimo Guardião". Como a autora Manuela Dias é uma estreante como novelista e ainda no horário nobre, houve uma preocupação em não colocá-la 'herdeira' de um fiasco de audiência. É melhor, sem dúvida, herdar índices de um grande sucesso. Dos males o menor. E Manuela tem um currículo vitorioso na sua estreia como escritora. Afinal, foi a responsável pelas elogiadas "Ligações Perigosas" e "Justiça", minisséries (de dez e vinte capítulos, respectivamente) que conquistaram crítica e público em 2016.
Agora o trabalho será bem maior: um folhetim com mais de 150 capítulos e vários núcleos. A direção será de José Luiz Villamarim e a fotografia de Walter Carvalho, uma vitoriosa dupla que já trabalhou em produções primorosas, como "Amores Roubados", remake de "O Rebu", "O Canto da Sereia", entre outros.
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Amado pelo público e odiado pela crítica, Walcyr Carrasco é um sucesso
Ele é praticamente uma fábrica de fazer novelas e um conquistador de sucessos. Mas nunca foi uma unanimidade. É amado e odiado na mesma proporção. É o escritor de maior produtividade da Globo e ainda consegue dividir sua rotina com textos para peças teatrais e lançamentos de livros. Fracassou apenas duas vezes em sua carreira televisiva, algo incomum quando comparado com a trajetória de seus colegas. A crítica nunca viu seus trabalhos com bons olhos. A antipatia é evidente e chegou até a ser confirmada pelo jornalista Flávio Ricco, recentemente em um podcast do Uol. Seu nome? Walcyr Carrasco, claro. O autor, incontestavelmente, é o mais versátil da emissora.
Walcyr já escreveu para todas as faixas da líder e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo. A emissora sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que costuma ocorrer com seus colegas, que têm um período de férias um pouco mais longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor é praticamente uma novela a cada dois anos (vale citar que de 2011 a 2013 foram três em três anos), um intervalo bem curto de uma produção para a outra, ainda mais em se tratando de teledramaturgia que fica no mínimo quatro meses no ar.
"A Dona do Pedaço" é o oitavo sucesso seguido do autor. Uma marca de respeito. A história da boleira Maria da Paz (Juliana Paes) caiu no gosto popular e reergueu o horário nobre, após o fiasco de "O Sétimo Guardião". Elevou a média geral em sete pontos. A produção, dirigida por Amora Mautner, vem alcançando elevados índices de audiência e está na boca do povo.
Walcyr já escreveu para todas as faixas da líder e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo. A emissora sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que costuma ocorrer com seus colegas, que têm um período de férias um pouco mais longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor é praticamente uma novela a cada dois anos (vale citar que de 2011 a 2013 foram três em três anos), um intervalo bem curto de uma produção para a outra, ainda mais em se tratando de teledramaturgia que fica no mínimo quatro meses no ar.
"A Dona do Pedaço" é o oitavo sucesso seguido do autor. Uma marca de respeito. A história da boleira Maria da Paz (Juliana Paes) caiu no gosto popular e reergueu o horário nobre, após o fiasco de "O Sétimo Guardião". Elevou a média geral em sete pontos. A produção, dirigida por Amora Mautner, vem alcançando elevados índices de audiência e está na boca do povo.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Participação em "A Dona do Pedaço" expôs a vivacidade de Laura Cardoso
A maravilhosa Laura Cardoso completou 92 anos no dia 13 de setembro. E não pensa em se aposentar. Muito pelo contrário, quer seguir trabalhando cada vez mais. A prova foi a sua reclamação pública a respeito da atitude da Globo que retirou a atriz do elenco de "A Dona do Pedaço". O autor Walcyr Carrasco sempre fez questão de tê-la em suas novelas e agora não seria diferente. No entanto, a emissora se preocupou com os possíveis esforços físicos que a personagem exigiria, no caso, a arrogante Cornélia, que ficou com a ótima Betty Faria. Receio bobo, pois o papel nem exige muito.
A veterana não se conformou e declarou em várias entrevistas a sua insatisfação. Ela queria estar na trama ao lado de seus colegas. Mas o autor é uma pessoa conhecidamente teimosa e não abriu mão da presença da intérprete em seu atual sucesso das nove. Resultado: Laura ganhou a enigmática Matilde, avó de Joana (Bruna Hamu), a que seria a filha verdadeira de Maria da Paz (Juliana Paes). A doce senhorinha vivia em um asilo e sofre do Mal de Alzheimer. A personagem tem poucas falas, mas comove sempre que aparece. Entrou no folhetim no capítulo 112.
Essa é a quinta parceria de Carrasco com Laura. E em todas o escritor a valorizou. A atriz emocionou como Silvana, em "A Padroeira" (2001), e protagonizou cenas divertidas em "Chocolate com Pimenta", de 2003, na pele da caipira Vó Carmem. E o que dizer da diabólica Dona Doroteia, do remake de "Gabriela", em 2012?
A veterana não se conformou e declarou em várias entrevistas a sua insatisfação. Ela queria estar na trama ao lado de seus colegas. Mas o autor é uma pessoa conhecidamente teimosa e não abriu mão da presença da intérprete em seu atual sucesso das nove. Resultado: Laura ganhou a enigmática Matilde, avó de Joana (Bruna Hamu), a que seria a filha verdadeira de Maria da Paz (Juliana Paes). A doce senhorinha vivia em um asilo e sofre do Mal de Alzheimer. A personagem tem poucas falas, mas comove sempre que aparece. Entrou no folhetim no capítulo 112.
Essa é a quinta parceria de Carrasco com Laura. E em todas o escritor a valorizou. A atriz emocionou como Silvana, em "A Padroeira" (2001), e protagonizou cenas divertidas em "Chocolate com Pimenta", de 2003, na pele da caipira Vó Carmem. E o que dizer da diabólica Dona Doroteia, do remake de "Gabriela", em 2012?
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
O sucesso de Vivi Guedes em "A Dona do Pedaço"
"A Dona do Pedaço" está perto do seu fim e vem fazendo a alegria do Walcyr e da Globo. Afinal, a audiência sempre esteve nas alturas e a grande repercussão da trama protagonizada por Maria da Paz (Juliana Paes), dirigida por Amora Mautner, é incontestável. A história e os personagens caíram na boca do povo. Tanto que o elenco não esconde a alegria durante os intervalos das gravações ou em entrevistas. E um dos muitos perfis que vem se destacando no folhetim atual da Globo é Vivi Guedes, interpretada por Paolla Oliveira.
A Digital Influencer sobressaiu no enredo assim que apareceu, logo no início da segunda fase. Com um passado traumático ---- viu a mãe ser assassinada na sua frente e acabou adotada por uma família rica ----, a personagem é um tipo totalmente diferente de tudo o que Paolla já fez na televisão. Mimada, fútil e infantilizada, a sobrinha de Maria da Paz nunca conseguiu lembrar direito de sua infância e encontrou a irmã mais nova vinte anos depois. Não demorou, inclusive, para descobrir que Fabiana (Nathalia Dill) não era nada confiável.
Todavia, a relação das irmãs perdeu a importância ao longo dos meses. Isso porque o romance entre Vivi e Chiclete caiu nas graças do público, mesmo o rapaz sendo um assassino de aluguel. A química entre Paolla e Sérgio Guizé é incontestável e as várias cenas de sexo protagonizadas pelos atores sempre fazem sucesso.
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
Leandro e Agno: um casal que agradou em "A Dona do Pedaço"
A atual novela das nove, em plena reta final, tem muitos personagens que caíram no gosto popular e Walcyr Carrasco, amem ou odeiem, é mestre no assunto. O autor consegue popularizar suas criações com facilidade. E uma das gratas surpresas de "A Dona do Pedaço" foi Agno. O empresário interesseiro estava em um núcleo que não despertou maior atenção nas primeiras semanas, mas foi se destacando ao longo dos meses através de conflitos interessantes envolvendo a sua sagacidade nos negócios (na verdade golpes) e sua segurança em torno da sexualidade. Virou um dos perfis mais atrativos da história e agora vem protagonizando uma relação que vem dando o que falar.
Agno inicialmente apresentou traços vilanescos e traía a esposa, Lyris (Deborah Evelyn), com garotos de programa. Era um pai ausente e sempre entrava em conflito com a sogra, Gladys (Nathalia Timberg), e o cunhado Régis (Reynaldo Gianecchini). Teve sua homossexualidade descoberta por Fabiana (Nathalia Dill), mas soube manipulá-la a seu favor. Ainda recebeu a ajuda da ex-noviça para dar um golpe na esposa na hora do divórcio, economizando um bom dinheiro com o pagamento de pensão. Todavia, a paixão por Rock (Caio Castro) foi amolecendo o coração do empresário, que tentou de tudo para conquistar o amigo. O lutador nunca alimentou qualquer esperança, pois sempre foi hétero. A amizade ao menos se manteve intacta.
Já foram várias reviravoltas no enredo do personagem e a mais recente foi o conflito com a filha, Cássia (Mel Maia), que não aceitava a homossexualidade do pai. Os conflitos destacaram Malvino Salvador, que vive seu melhor momento na carreira.
Agno inicialmente apresentou traços vilanescos e traía a esposa, Lyris (Deborah Evelyn), com garotos de programa. Era um pai ausente e sempre entrava em conflito com a sogra, Gladys (Nathalia Timberg), e o cunhado Régis (Reynaldo Gianecchini). Teve sua homossexualidade descoberta por Fabiana (Nathalia Dill), mas soube manipulá-la a seu favor. Ainda recebeu a ajuda da ex-noviça para dar um golpe na esposa na hora do divórcio, economizando um bom dinheiro com o pagamento de pensão. Todavia, a paixão por Rock (Caio Castro) foi amolecendo o coração do empresário, que tentou de tudo para conquistar o amigo. O lutador nunca alimentou qualquer esperança, pois sempre foi hétero. A amizade ao menos se manteve intacta.
Já foram várias reviravoltas no enredo do personagem e a mais recente foi o conflito com a filha, Cássia (Mel Maia), que não aceitava a homossexualidade do pai. Os conflitos destacaram Malvino Salvador, que vive seu melhor momento na carreira.
terça-feira, 12 de novembro de 2019
"Bom Sucesso" prova que representatividade negra importa
A falta de atores negros no elenco das novelas ou de qualquer produção televisiva ou cinematográfica nunca deixou de existir. Sempre foi uma questão para ser enfrentada. Houve evolução ao longo dos anos? Sem dúvida, mas ainda é pouco. E a discussão voltou ao centro do debate em 2018, quando João Emanuel Carneiro escalou um elenco predominantemente branco para "Segundo Sol", novela ambientada na Bahia, estado conhecido pela negritude de sua população. Até o Ministério Público resolveu intervir (embora não tenha dado em nada). Porém, em meio a tanto mais do mesmo, Rosane Svartman e Paulo Halm resolveram mostrar para alguns colegas como 'funciona' essa temática da representatividade em "Bom Sucesso".
São 19 atores negros em um elenco de cerca de 45 nomes, representando quase a metade do todo. E apenas um está na condição de empregado, no caso empregada, a carismática Bezinha, vivida pela ótima Thais Garayp. Mas todos vivem perfis que poderiam ser interpretados por qualquer um. A cor não é o importante e passa até despercebida pelos mais desatentos, inclusive em cima do quarteto central da história. Ramon (David Junior) é pai da filha da protagonista --- Paloma (Grazi Massafera) ---, a tímida Alice (Bruna Inocêncio), uma jovem nerd e extremamente doce. O personagem é um dos principais empecilhos para o romance da mocinha e Marcos (Rômulo Estrela), embora passe longe da figura do vilão. É apenas um sujeito ciumento e que errou muito no passado.
Sheron Menezzes está muito bem interpretando Gisele, secretária que tem um caso com o marido da chefe. Inicialmente, a personagem até representava bem o estigma de vilã, mas aos poucos seu lado mais humano vem sendo exposto pelos autores, incluindo o medo que sente das reações violentas de Diogo (Armando Babaioff).
São 19 atores negros em um elenco de cerca de 45 nomes, representando quase a metade do todo. E apenas um está na condição de empregado, no caso empregada, a carismática Bezinha, vivida pela ótima Thais Garayp. Mas todos vivem perfis que poderiam ser interpretados por qualquer um. A cor não é o importante e passa até despercebida pelos mais desatentos, inclusive em cima do quarteto central da história. Ramon (David Junior) é pai da filha da protagonista --- Paloma (Grazi Massafera) ---, a tímida Alice (Bruna Inocêncio), uma jovem nerd e extremamente doce. O personagem é um dos principais empecilhos para o romance da mocinha e Marcos (Rômulo Estrela), embora passe longe da figura do vilão. É apenas um sujeito ciumento e que errou muito no passado.
Sheron Menezzes está muito bem interpretando Gisele, secretária que tem um caso com o marido da chefe. Inicialmente, a personagem até representava bem o estigma de vilã, mas aos poucos seu lado mais humano vem sendo exposto pelos autores, incluindo o medo que sente das reações violentas de Diogo (Armando Babaioff).
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
Maria da Paz em "A Dona do Pedaço": uma protagonista que não precisou de par romântico
Entre os muitos clichês de qualquer novela, há o famigerado par romântico principal. Os mocinhos cujo amor precisa enfrentar inúmeros obstáculos ao longo da trama para a concretização do final feliz. Tão antigo quanto a invenção da roda. Nem todos os folhetins, no entanto, necessitam do recurso. "A Dona do Pedaço", por exemplo, dirigido por Amora Mautner, fugiu do padrão. Embora seja um produto repleto de situações clássicas, a protagonista da história escrita por Walcyr Carrasco teria seu drama muito bem desenvolvido se não existisse um romance.
Maria da Paz, defendida com talento por Juliana Paes, não precisou de um homem para ter sua saga desmembrada. Ironicamente, a premissa do enredo é o clássico "Romeu e Julieta". Os Ramirez e os Matheus eram famílias rivais e vários morreram ao longo de uma sangrenta guerra no interior do Espírito Santo. O amor de Maria --- uma Ramirez --- e Amadeu (Marcos Palmeira) --- um Matheus --- deixou o contexto ainda pior, em virtude de uma tentativa de trégua que fracassou graças ao tiro dado por Dulce (Fernanda Montenegro) no rapaz --- bem na hora do casamento da neta. E a maior prova a respeito da falta de relevância do romance para a novela é a sobrevivência de Amadeu. Se o mocinho tivesse morrido em pleno altar, não faria falta.
A personagem veio para São Paulo para fugir da violência e porque estava jurada de morte. Aos poucos, resolveu se dedicar aos bolos e lembrou as lições dadas pela avó, que cozinhava tão bem quanto matava. Construiu um império graças ao seu trabalho e ficou milionária.
Maria da Paz, defendida com talento por Juliana Paes, não precisou de um homem para ter sua saga desmembrada. Ironicamente, a premissa do enredo é o clássico "Romeu e Julieta". Os Ramirez e os Matheus eram famílias rivais e vários morreram ao longo de uma sangrenta guerra no interior do Espírito Santo. O amor de Maria --- uma Ramirez --- e Amadeu (Marcos Palmeira) --- um Matheus --- deixou o contexto ainda pior, em virtude de uma tentativa de trégua que fracassou graças ao tiro dado por Dulce (Fernanda Montenegro) no rapaz --- bem na hora do casamento da neta. E a maior prova a respeito da falta de relevância do romance para a novela é a sobrevivência de Amadeu. Se o mocinho tivesse morrido em pleno altar, não faria falta.
A personagem veio para São Paulo para fugir da violência e porque estava jurada de morte. Aos poucos, resolveu se dedicar aos bolos e lembrou as lições dadas pela avó, que cozinhava tão bem quanto matava. Construiu um império graças ao seu trabalho e ficou milionária.
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Tudo sobre a festa de "Amor de Mãe", próxima novela das nove
A Globo lançou nesta terça-feira, dia 5, no Aqwa Corporate, edifício comercial de luxo da zona portuária do Rio de Janeiro, a festa de "Amor de Mãe", nova novela das nove, que estreia dia 25 de novembro. A luz da Baía de Guanabara foi destaque no lançamento da novela de Manuela Dias, com direção de José Luiz Villamarim. O Rio de Janeiro está presente na trama e o suntuoso prédio ----emoldurado com uma vista de 360º que mostra toda a Baía de Guanabara, além de pontos clássicos da cidade como as montanhas do Cristo Redentor e Pão de Açúcar ---- servirá de ambientação para o enredo do poderoso empresário Álvaro, vivido por Irandhir Santos.
O evento que recebeu elenco, diretores, autora e imprensa contou ainda com um show de Gal Costa, que terá três músicas na trilha do folhetim. A cantora apresentou várias canções marcantes de seu repertório como "Dê um Rolê", "London London", "Sua Estupidez", "Chuva de Prata", "Brasil", "Que pena", "Vaca Profana" e um pot-pourri das faixas "Bloco do Prazer", "Balancê", "Massa Real" e "Festa do Interior". Todo mundo se empolgou e cantou junto. Uma animação só. O clipe exibido antes do show emocionou quem estava presente ao mostrar cenas da novela, quase todas já exibidas nas chamadas da televisão, que tem como tema central a maternidade a partir das trajetórias de Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo).
"É uma novela que conta a história de três mães de classes sociais diferentes e sobre como elas vão resolvendo as questões que a maternidade traz. A vida delas vai se entrelaçar, graças ao destino dos filhos. É uma novela que nasceu com a minha filha.
O evento que recebeu elenco, diretores, autora e imprensa contou ainda com um show de Gal Costa, que terá três músicas na trilha do folhetim. A cantora apresentou várias canções marcantes de seu repertório como "Dê um Rolê", "London London", "Sua Estupidez", "Chuva de Prata", "Brasil", "Que pena", "Vaca Profana" e um pot-pourri das faixas "Bloco do Prazer", "Balancê", "Massa Real" e "Festa do Interior". Todo mundo se empolgou e cantou junto. Uma animação só. O clipe exibido antes do show emocionou quem estava presente ao mostrar cenas da novela, quase todas já exibidas nas chamadas da televisão, que tem como tema central a maternidade a partir das trajetórias de Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo).
"É uma novela que conta a história de três mães de classes sociais diferentes e sobre como elas vão resolvendo as questões que a maternidade traz. A vida delas vai se entrelaçar, graças ao destino dos filhos. É uma novela que nasceu com a minha filha.
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
"Malhação - Toda Forma de Amar" apresenta uma boa abordagem do racismo
O racismo é um tema comum na ficção. Várias novelas e séries já exploraram a questão, que infelizmente segue em alta no Brasil (e no mundo). A lei que torna o ato um crime no país, inclusive, completou 30 anos em janeiro deste ano. Ainda assim há vários casos o tempo todo. Por isso é tão válido seguir abordando o assunto na teledramaturgia. E o preconceito racial vem sendo bem apresentado em "Malhação - Toda Forma de Amar" através de Jaqueline, interpretado com talento por Gabz.
A personagem é uma das principais da temporada de Emanuel Jacobina e sempre foi uma menina cheia de atitude, que não tolera injustiças ou covardias. É a maior parceira da mãe, a batalhadora Vânia (Olívia Araújo), e seu maior drama no início da história foi a tentativa de aproximação com o pai, César (Tato Gabus Mendes), que até então a ignorava. Após muitos embates e encontros fracassados, a relação de pai e filha acabou se construindo aos poucos. A menina ainda descobriu que tinha uma irmã surda, Milena (Giovanna Rispoli), e logo virou uma grande amiga.
No entanto, seu relacionamento com Karina (Christine Fernandes), esposa de César, sempre foi péssima. A madrasta claramente racista nunca tolerou a aproximação de Jaqueline e fez de tudo para separá-la de Milena.
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Juliana Paes e Paolla Oliveira emocionam na reta final de "A Dona do Pedaço"
A atual novela das nove entrou em sua reta final recentemente e segue com elevados índices de audiência, além de um festival de publicidade, para a alegria da Globo e de Walcyr Carrasco. A protagonista de "A Dona do Pedaço" continua como um dos grandes acertos e fez a alegria do público quando ganhou o "Best Cake", reality de gastronomia inserido na trama. Além dela, outro perfil popular do enredo também virou o centro das atenções por conta da rigidez das análises dos bolos: Vivi Guedes (Paolla Oliveira). E, após duas semanas de competição culinária, as personagens vivenciaram uma das situações mais aguardadas do folhetim.
Vivi provocou um grande ódio dos telespectadores em virtude das notas baixas que dava para Maria da Paz no reality. Porém, a final do concurso deixou a digital influencer em choque assim que provou o bolo feito pela então futura vencedora. Ela lembrou da comemoração de seu aniversário e os traumas da infância voltaram. Acabou passando mal e deixou o juri, para a sorte da boleira, que recebeu só notas dez dos demais. O autor teve um sacada genial ao colocar o bolo como elemento para a solução de um dos sofrimentos da protagonista: a eterna procura por suas sobrinhas desaparecidas.
E o fim da angústia de Maria se deu graças a Vivi, que fez questão de ir até a casa da personagem para tentar desvendar o sombrio passado. A cena destacou o talento de Paolla Oliveira e Juliana Paes, que sensibilizaram com facilidade ao longo do diálogo entre, até então, duas pessoas nada simpáticas uma com a outra.
Vivi provocou um grande ódio dos telespectadores em virtude das notas baixas que dava para Maria da Paz no reality. Porém, a final do concurso deixou a digital influencer em choque assim que provou o bolo feito pela então futura vencedora. Ela lembrou da comemoração de seu aniversário e os traumas da infância voltaram. Acabou passando mal e deixou o juri, para a sorte da boleira, que recebeu só notas dez dos demais. O autor teve um sacada genial ao colocar o bolo como elemento para a solução de um dos sofrimentos da protagonista: a eterna procura por suas sobrinhas desaparecidas.
E o fim da angústia de Maria se deu graças a Vivi, que fez questão de ir até a casa da personagem para tentar desvendar o sombrio passado. A cena destacou o talento de Paolla Oliveira e Juliana Paes, que sensibilizaram com facilidade ao longo do diálogo entre, até então, duas pessoas nada simpáticas uma com a outra.
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
Gabriella Saraivah se destaca com virada de Inês em "Éramos Seis"
O remake de "Éramos Seis", adaptado por Angela Chaves, e baseado na novela de Silvio de Abreu e Rubens Edwald Filho, por sua vez originado do romance de Maria José Dupré, vem despertando a atenção pela qualidade da direção de Carlos Araújo e bela interpretação do elenco. Entre as outras qualidades observadas até o momento no folhetim, há a precisa escalação das crianças presentes na primeira fase. E Gabriella Saraivah se destacou com a virada de Inês.
A atriz ---- que brilhou no remake de "Chiquititas", no SBT, em 2013 ---- vem emocionando desde que a personagem descobriu que não é filha de Afonso (Cássio Gabus Mendes) e o capítulo desta terça-feira (29/10) foi um verdadeiro vale de lágrimas. O arrogante João Aranha (Caco Ciocler) foi até a venda do até então companheiro de Shirley (Bárbara Reis) para convencê-lo a deixar a filha ir com ele e a mãe. Apesar do inevitável enfrentamento, o rival acabou percebendo que não podia fazer nada e foi conversar com Inês.
A menina não escondeu o sofrimento e a despedida do seu pai de coração proporcionou uma cena triste e comovente protagonizada por Gabriella, Cássio e Bárbara. Impossível não ter chorado junto. E impressiona a segurança da atriz. Era uma sequência complicada, mas parecia uma veterana ao lado dos colegas bem mais experientes.
A atriz ---- que brilhou no remake de "Chiquititas", no SBT, em 2013 ---- vem emocionando desde que a personagem descobriu que não é filha de Afonso (Cássio Gabus Mendes) e o capítulo desta terça-feira (29/10) foi um verdadeiro vale de lágrimas. O arrogante João Aranha (Caco Ciocler) foi até a venda do até então companheiro de Shirley (Bárbara Reis) para convencê-lo a deixar a filha ir com ele e a mãe. Apesar do inevitável enfrentamento, o rival acabou percebendo que não podia fazer nada e foi conversar com Inês.
A menina não escondeu o sofrimento e a despedida do seu pai de coração proporcionou uma cena triste e comovente protagonizada por Gabriella, Cássio e Bárbara. Impossível não ter chorado junto. E impressiona a segurança da atriz. Era uma sequência complicada, mas parecia uma veterana ao lado dos colegas bem mais experientes.
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Agatha Moreira vive seu momento de maior repercussão e brilha como Josiane em "A Dona do Pedaço"
A responsabilidade de viver uma vilã no horário nobre da Globo é grande, ao mesmo tempo o sonho de qualquer atriz. Muitas profissionais com anos de carreira ainda não conseguiram tal honraria. Mas Agatha Moreira já ganhou essa oportunidade, mesmo com apenas sete anos na profissão (foi revelada em "Malhação - Intensa", exibida em 2012). E a jovem talentosa vem provando que Walcyr Carrasco acertou em cheio quando a escalou para viver a patricinha e assassina Josiane em "A Dona do Pedaço".
A filha de Maria da Paz (Juliana Paes) é uma menina extremamente mimada pela mãe e sempre teve tudo o que quis. Arrogante, preconceituosa e grosseira, a personagem só se interessa por ela mesma e não demorou para estabelecer como meta de vida ser uma Digital Influencer. Objetivo bem condizente com o atual momento da febre das redes sociais, como Instagram, Twitter, Facebook e afins. A razão, obviamente, é apenas fortalecer seu ego com muitos seguidores bajuladores e pouco trabalho. Além de competir com outras jovens ''influenciadoras".
O desprezo por sua mãe é outra característica da personagem. Josiane, que também odeia o próprio nome ("Me chama de Jô" é quase um bordão), nunca encarou com bons olhos a profissão de Maria da Paz, mesmo aproveitando bem a grana que o ofício da boleira gera.
A filha de Maria da Paz (Juliana Paes) é uma menina extremamente mimada pela mãe e sempre teve tudo o que quis. Arrogante, preconceituosa e grosseira, a personagem só se interessa por ela mesma e não demorou para estabelecer como meta de vida ser uma Digital Influencer. Objetivo bem condizente com o atual momento da febre das redes sociais, como Instagram, Twitter, Facebook e afins. A razão, obviamente, é apenas fortalecer seu ego com muitos seguidores bajuladores e pouco trabalho. Além de competir com outras jovens ''influenciadoras".
O desprezo por sua mãe é outra característica da personagem. Josiane, que também odeia o próprio nome ("Me chama de Jô" é quase um bordão), nunca encarou com bons olhos a profissão de Maria da Paz, mesmo aproveitando bem a grana que o ofício da boleira gera.
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Jorge Fernando era o retrato da alegria de viver
O Brasil perdeu Jorge Fernando. O diretor faleceu às 20h deste domingo, vítima de uma parada cardíaca, no hospital Copa Star, em Copacabana. Ele lutava para superar as consequências do AVC que sofreu em 2017 e tinha conseguido retomar a carreira em 2019 com "Verão 90", novela das sete encerrada em julho, escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral. Sempre extrovertido e de bem com a vida, o multifacetado profissional era muito conhecido e querido pelo grande público.
O diretor iniciou sua carreira na televisão como ator na série "Ciranda Cirandinha", em 1978, mas descobriu sua vocação para o trabalho por trás das câmeras em 1981, quando dirigiu "Jogo da Vida", folhetim de Silvio de Abreu e Janete Clair. Desde então nunca mais deixou a função e se firmou na área. Virou um grande parceiro de Silvio e dirigiu inúmeras novelas do autor, entre elas a clássica "Guerra dos Sexos" (1984) ---- e seu remake em 2012. "Cambalacho" (1986), "Rainha da Sucata" (1990), "Deus nos Acuda" (1992), "A Próxima Vítima" (1995) e "As Filhas da Mãe" (2001) foram outras tramas do autor que contaram com o talento de Jorginho.
Mas Jorge Fernando também virou um companheiro inseparável de Walcyr Carrasco. Foi com o escritor que colecionou vários sucessos inesquecíveis, onde também chegou a atuar em alguns momentos.
O diretor iniciou sua carreira na televisão como ator na série "Ciranda Cirandinha", em 1978, mas descobriu sua vocação para o trabalho por trás das câmeras em 1981, quando dirigiu "Jogo da Vida", folhetim de Silvio de Abreu e Janete Clair. Desde então nunca mais deixou a função e se firmou na área. Virou um grande parceiro de Silvio e dirigiu inúmeras novelas do autor, entre elas a clássica "Guerra dos Sexos" (1984) ---- e seu remake em 2012. "Cambalacho" (1986), "Rainha da Sucata" (1990), "Deus nos Acuda" (1992), "A Próxima Vítima" (1995) e "As Filhas da Mãe" (2001) foram outras tramas do autor que contaram com o talento de Jorginho.
Mas Jorge Fernando também virou um companheiro inseparável de Walcyr Carrasco. Foi com o escritor que colecionou vários sucessos inesquecíveis, onde também chegou a atuar em alguns momentos.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
A questionável gestão de Silvio de Abreu na Globo
Que Silvio de Abreu é um dos maiores autores do país e escreveu vários sucessos de audiência não resta a menor dúvida. Sua respeitável carreira como dramaturgo fala por si, tanto que várias das novelas que marcaram a história da televisão são dele. Entretanto, o escritor tem deixado bastante a desejar como responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo. Não são poucos os equívocos cometidos desde que assumiu a função, em 2014. E os erros ficaram ainda mais evidentes ao longo dos anos de sua administração, levando em consideração as aprovações/reprovações de sinopses, além das interferências externas movidas em função dos números no Ibope.
Silvio de Abreu não foi promovido ao posto por acaso, é bom ressaltar. Sua competência é amplamente conhecida, tanto pelos profissionais da emissora quanto por público e crítica. Mas algumas atitudes parecem amadoras. O caso mais lembrado foi o ocorrido na época da catastrófica "Babilônia", em 2015. A novela de Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares se mostrou equivocada desde o início, mas ficou ainda pior depois das mudanças sofridas em função do grupo de discussão. O próprio Silvio precisou escrever alguns capítulos, mexendo na estrutura da trama. De nada adiantou, vale recordar. Seria melhor ter deixado tudo como estava. O erro foi a aprovação da sinopse.
Já em 2016, foram vários os problemas em torno do trabalho do Silvio na função. "Liberdade, Liberdade" era a primeira novela de Márcia Prattes, mas, após equívocos históricos observados em alguns capítulos escritos, foi decidido desligá-la do projeto, escalando Mário Teixeira para a função. A questão é: não poderiam ter observado isso na hora da aprovação da produção?
Silvio de Abreu não foi promovido ao posto por acaso, é bom ressaltar. Sua competência é amplamente conhecida, tanto pelos profissionais da emissora quanto por público e crítica. Mas algumas atitudes parecem amadoras. O caso mais lembrado foi o ocorrido na época da catastrófica "Babilônia", em 2015. A novela de Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares se mostrou equivocada desde o início, mas ficou ainda pior depois das mudanças sofridas em função do grupo de discussão. O próprio Silvio precisou escrever alguns capítulos, mexendo na estrutura da trama. De nada adiantou, vale recordar. Seria melhor ter deixado tudo como estava. O erro foi a aprovação da sinopse.
Já em 2016, foram vários os problemas em torno do trabalho do Silvio na função. "Liberdade, Liberdade" era a primeira novela de Márcia Prattes, mas, após equívocos históricos observados em alguns capítulos escritos, foi decidido desligá-la do projeto, escalando Mário Teixeira para a função. A questão é: não poderiam ter observado isso na hora da aprovação da produção?
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
"Mestre do Sabor" parece uma versão culinária do "The Voice Brasil"
A Globo sempre ignorou o sucesso de programas culinários da concorrência, tendo o "MasterChef", da Band, como o maior protagonista. Isso porque conseguia explorar o formato através de ótimos quadros no "Mais Você". Vale até lembrar que o "Superchef" ---- que virou "Superchef Celebridades" posteriormente ---- foi lançado por Ana Maria Braga bem antes da atração da Bandeirantes. No entanto, finalmente, a líder se rendeu e criou o "Mestre do Sabor", novo reality gastronômico que estreou na quinta-feira retrasada (10/10), logo após "A Dona do Pedaço".
Apresentado pelo querido chef Claude Troisgros e seu inseparável amigo Batista, o programa conta com José Avillez, Kátia Barbosa e Leo Paixão como jurados. Os três são renomados chefs, donos de restaurantes, e também figuras conhecidas do público em virtude de muitas participações em atrações da Globo, como o já citado "Mais Você", "É de Casa", entre outros. Ao contrário da concorrência, todavia, não há comentários mais pesados ou análises muito rígidas. Ou seja, sem jurado carrasco, o que é uma pena. Afinal, um dos maiores chamarizes desse tipo de formato é o 'sincericídio' dos avaliadores.
A fórmula do programa é da própria Globo, portanto, não foi comprado de fora --- todos os derivados das demais emissoras são conteúdos prontos. Ainda assim, é perceptível a ''inspiração" nas regras do "The Voice Brasil", reality musical exibido desde 2012 pela líder --- e esse, sim, um formato do exterior.
Apresentado pelo querido chef Claude Troisgros e seu inseparável amigo Batista, o programa conta com José Avillez, Kátia Barbosa e Leo Paixão como jurados. Os três são renomados chefs, donos de restaurantes, e também figuras conhecidas do público em virtude de muitas participações em atrações da Globo, como o já citado "Mais Você", "É de Casa", entre outros. Ao contrário da concorrência, todavia, não há comentários mais pesados ou análises muito rígidas. Ou seja, sem jurado carrasco, o que é uma pena. Afinal, um dos maiores chamarizes desse tipo de formato é o 'sincericídio' dos avaliadores.
A fórmula do programa é da própria Globo, portanto, não foi comprado de fora --- todos os derivados das demais emissoras são conteúdos prontos. Ainda assim, é perceptível a ''inspiração" nas regras do "The Voice Brasil", reality musical exibido desde 2012 pela líder --- e esse, sim, um formato do exterior.
terça-feira, 22 de outubro de 2019
Armando Babaioff vive seu melhor momento em "Bom Sucesso"
Não são poucas as reclamações a respeito da repetição de atores na televisão. Na Record e no SBT a prática sempre foi comum até pela dificuldade dos canais em contratar os grandes nomes da Globo. No entanto, até a líder passou a sofrer do mesmo "mal" em virtude da contenção de despesas. Para não deixar muitos atores ganhando sem trabalhar, virou rotina o chamado contrato por obra ou então a emenda de trabalhos. Isso resultou, inevitavelmente, na saturação de alguns profissionais. Por isso mesmo é tão prazeroso ver Armando Babaioff com um perfil de destaque em "Bom Sucesso".
O talentoso ator merecia essa oportunidade há muito tempo e nunca foi muito valorizado pelos autores. A única escritora que sempre lembrava de escalá-lo para suas produções era Maria Adelaide Amaral. Não por acaso, ganhou um de seus papéis mais marcantes no remake de "Ti Ti Ti", o gentil Thales, que se envolveu com o retraído Julinho (André Arteche) e protagonizou sensíveis cenas na trama das 19h. A escritora também contou com seu talento em "Dercy de Verdade" (2012), "Sangue Bom" (2013) e "A Lei do Amor" (2016). No entanto, sem personagens de muito destaque.
A estreia de Babaioff na televisão foi em "Páginas da Vida", exibida em 2006. Nunca foi uma figura muito requisitada, o que despertava estranhamento. Afinal, sua competência é visível e podia ter sido mocinho de várias tramas, por exemplo. E sua última participação foi em "Segundo Sol", ano passado, na pele do baiano Ionan.
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
"Mais Você" completa 20 anos em ótima forma
O "Mais Você" estreou no dia 17 de outubro de 1999 e marcou a transferência de Ana Maria Braga da Record para a Globo. O programa matinal chegou a mudar de horário algumas vezes ao longo de seus 20 anos (completados hoje) de emissora (incluindo até um período na grade vespertina), mas se estabilizou e hoje é a maior audiência das manhãs da líder. A apresentadora e seu inseparável Louro José (Tom Veiga) têm um público fiel e a equipe da atração em nenhum momento se acomoda com isso, sempre procurando novidades para o formato.
Tanto que a produção conseguiu criar vários quadros ótimos que entram em esquema de rodízio, evitando maiores desgastes e preenchendo muito bem o tempo do programa. Não existe uma regra para a exibição de cada um, mas todos estão sempre lá, despertando a atenção do telespectador e divertindo Ana Maria. O curioso é que não foram criados ao mesmo tempo. As ideias é que funcionaram tão bem que acabaram se firmando na atração, sem haver a necessidade da extinção de um para a entrada de outro.
Um dos primeiros foi o "Super Chef", em 2008, com três temporadas. Em 2012, o formato começou a contar com artistas disputando o posto de melhor cozinheiro e passou a se chamar "Super Chef Celebridades". Até hoje o reality faz sucesso, ficando três semanas no ar. A oitava temporada foi ao ar no primeiro semestre e teve Nando Rodrigues como campeão.
Tanto que a produção conseguiu criar vários quadros ótimos que entram em esquema de rodízio, evitando maiores desgastes e preenchendo muito bem o tempo do programa. Não existe uma regra para a exibição de cada um, mas todos estão sempre lá, despertando a atenção do telespectador e divertindo Ana Maria. O curioso é que não foram criados ao mesmo tempo. As ideias é que funcionaram tão bem que acabaram se firmando na atração, sem haver a necessidade da extinção de um para a entrada de outro.
Um dos primeiros foi o "Super Chef", em 2008, com três temporadas. Em 2012, o formato começou a contar com artistas disputando o posto de melhor cozinheiro e passou a se chamar "Super Chef Celebridades". Até hoje o reality faz sucesso, ficando três semanas no ar. A oitava temporada foi ao ar no primeiro semestre e teve Nando Rodrigues como campeão.