Walcyr nunca escondeu em entrevistas que criou a novela em apenas duas semanas. E a honesta explicação expõe a convocação de última hora da Globo para melhorar os índices do horário. O objetivo foi plenamente alcançado. A trama teve 36 pontos de média geral, elevando em sete pontos do pífio resultado da anterior (29 pontos). E o sucesso também refletiu na repercussão e nas vendas do produto. Embora parte da crítica, como sempre, tenha detestado o texto simplista do autor e o tom popularesco da produção, o conjunto da obra agradou bastante. Incluindo vários atores do elenco, felizes com o burburinho gerado pelos personagens.
A história protagonizada por Maria da Paz (Juliana Paes) caiu na boca do povo e várias empresas aproveitaram parar surfar no êxito de "A Dona do Pedaço". A Digital Influencer Vivi Guedes (Paolla Oliveira) fez inúmeros 'merchans', mas outros personagens também anunciaram bastante e até marca de farinha se inspirou nos bolos da Maria.
Não é exagero constatar que foi a novela com a maior quantidade de marcas já exibida até então. Aliás, o modelo "transmídia" acabou bem explorado. Isso porque Vivi saiu da ficção para o mundo real quando virou garota propaganda da Fiat e Maria da Paz entregou um bolo para Juliana Paes em uma ação do IFood. Situações inimagináveis em outros tempos.
E o sucesso não foi por acaso. A capacidade que Walcyr tem para conquistar o telespectador novamente foi exposta. O escritor sabe criar tipos populares e um enredo repleto de reviravoltas, algumas delas mirabolantes ou absurdas, que promovem grandes catarses que lavam a alma de quem assiste e explodem em audiência. Em "A Dona do Pedaço" conseguiu mesclar a violência da guerra entre as famílias Ramirez e Matheus, claramente inspirada em "Romeu & Julieta", com temáticas sobre a obsessão pelo mundo dos influenciadores digitais, amor na terceira idade, perseverança da mulher trabalhadora, hipocrisia de religiosos e relacionamentos abusivos. Um combo que movimentou a novela ao longo dos meses e evitou o período da tradicional 'barriga' (enrolação). Até reality culinário, o "Best Cake", apresentado por Angélica, o autor criou.
A primeira fase foi sombria e pesada. Todo dia havia uma leva de assassinatos. O risco de afastar parte do público existia, mas não aconteceu. E Fernanda Montenegro brilhou absoluta na pele da sanguinária Dulce, uma avó que ensinava a neta a fazer bolos deliciosos e também matava qualquer inimigo que atravessava seu caminho. A cena em que a matriarca dos Ramirez atirou em Amadeu (Marcos Palmeira) na hora que o rapaz se casava com sua neta promoveu a primeira reviravolta do enredo. Mas o melhor viria depois, quando Dulce achou que a família rival tinha matado uma de suas bisnetas. A aparente frágil velhinha matou três inimigos e ainda incendiou a fazenda. Uma sequência irretocável. Era a primeira mostra da valorização dos veteranos na história. Luiz Carlos Vasconcelos, Jussara Freire, Maeve Jinkings, Cesar Ferrario e Genésio de Barros foram outros destaques.
A segunda fase migrou para uma trama mais solar, mesmo diante dos vários obstáculos enfrentados pela protagonista. E não foram poucos. Maria da Paz foi jurada de morte no Espírito Santo, veio para São Paulo com o intuito de recomeçar a vida, conseguiu o amparo da amiga Marlene (Suely Franco), começou a vender seus bolos na rua e aos poucos foi ganhando seu dinheiro até montar um império de bolos. Uma saga que conquistou o telespectador graças ao carisma de Juliana Paes e, claro, ao papel criado pelo autor. A grande antagonista da protagonista era sua filha, a ambiciosa Josiane, vivida pela ótima Agatha Moreira. E a boleira nunca precisou de par romântico, mesmo com a paixão por Amadeu. Maria quase não viveu momentos de romance. O grande atrativo era sua capacidade de dar a volta por cima, além de seus embates com a herdeira, depois que a verdadeira face da patricinha veio à tona. Tanto que a surra que a mãe deu em Jo proporcionou o primeiro recorde de audiência da novela. Uma heroína que teve torcida de sobra. A própria atriz reconhece que Maria foi a sua personagem mais popular da carreira.
Agatha Moreira viveu o momento de maior repercussão de sua trajetória na televisão, iniciada em 2012, na "Malhação - Intensa". Josiane foi a grande vilã da história e protagonizou várias cenas pesadas. A atriz deu conta do recado e se destacou ao lado de Juliana Paes, Rosane Gofman (Ellen) e Reynaldo Gianecchini (Régis). Um dos melhores momentos da intérprete da mau-caráter foi o quase assassinato de Teo (Rainer Cadete). De tirar o fôlego. Mas outro acerto do autor foi a rivalidade com Fabiana, vivida pela ótima Nathalia Dill, também em estado de graça na novela. A falsa noviça transbordava ironias e o bordão "Eu fui criada em um convento" virou uma marca. O contexto em torno do parentesco com Vivi Guedes acabou em segundo plano justamente em virtude do êxito da saga de golpes da personagem, incluindo a ruína de Jo. Um dos prazeres de qualquer telespectador é ver um embate entre vilãs. E não faltou com essa dupla. O deboche constante da ex-freira usando o nome de Deus em vão permeava as discussões com um delicioso tempero.
Aliás, "A Dona do Pedaço" apresentou uma boa quantidade de vilões e Agno foi outro tipo que se destacou. Malvino Salvador ganhou seu melhor papel do autor e o empresário irônico cresceu ao longo do enredo. Agno era seguro com sua sexualidade, conseguiu dar um golpe na então esposa Lyris (Débora Evelyn, muito bem) na hora do divórcio, não se abalou quando sua homossexualidade foi descoberta e se declarava sem receio para o boxeador Rock (Caio Castro). Seu processo de regeneração também merece menção, pois se mostrou crível e desenvolvida de forma competente. Após muitos foras do melhor amigo, personagem se viu surpreso com o interesse de Leandro (Guilherme Leicam), um ex-matador que transbordava gentileza. Aos poucos foi cedendo aos encantos do rapaz e iniciaram um relacionamento. O conflito com a filha Cássia (Mel Maia), que não aceitava a relação, destacou Malvino e movimentou o núcleo, que ainda contava com a grande Nathalia Timberg como Gladys, mãe de Lyris. Os embates entre Agno e Fabiana também eram ótimos.
A trama envolvendo o triângulo amoroso da terceira idade valorizou o talento de Suely Franco, Ary Fontoura e Nivea Maria. Marlene e Antero sempre foram apaixonados e as cenas românticas no início da novela eram delicadas e engraçadas. Mas o advogado perdeu a memória após um quase AVC e voltou a si achando que era apaixonado por Evelina, que se aproveitou da situação. Marlene, inclusive, já é um dos melhores papéis de Suely, que já trabalhou com Walcyr em várias novelas ---- Dona Mimosa, de "O Cravo e a Rosa" (2001), é uma dos mais lembradas. A melhor amiga de Maria da Paz se mostrou mais mãe da protagonista do que Evelina. Vale destacar ainda, em se tratando de elenco veterano, o crescimento de Cornélia na trama através do enriquecimento da sem-teto, destacando Betty Faria, e a entrada da grande Ana Lucia Torre como Berta, governanta que vigiava Vivi Guedes.
O drama inserido no núcleo de Vivi Guedes proporcionou cenas mais pesadas para Paolla expor sua boa atuação. Camilo sempre foi um policial machista que tentava controlar as roupas da namorada, mas se tornou um homem violento e obsessivo assim que descobriu o caso da digital influencer com Chiclete (Sérgio Guizé). E o contexto serviu para sobressair Lee Taylor, que deu conta do recado e provocou asco do público. Por sinal, o romance de Vivi com Chiclete fez um imenso sucesso e a química entre Paolla e Guizé era clara. A inserção do relacionamento abusivo da mulher com o ex teve como objetivo adiar o final feliz do casal "Viclete", utilizando o passado de assassino de aluguel do personagem contra ele. E o autor ousou ao contar a história de um assassino que se apaixona por sua vítima. Guardadas as devidas proporções, a situação utilizou um pouco a fórmula do filme "Sr. e Sra. Smith" (2005).
A trajetória de Rock foi mais um ponto positivo do folhetim e Caio Castro viveu uma boa fase. O personagem virou uma espécie de "herói" em virtude de seu bom caráter e das inúmeras tentativas de ajudar Maria da Paz. Sua química com Nathalia Dill também agradou e as investigações do lutador para desmascarar Josiane movimentaram a história. A parceria do ator com Malvino Salvador funcionou e a amizade do rapaz ajudou a regenerar Agno. A entrada da talentosa Bruna Hamu no capítulo 100 serviu para recompensar Rock com um amor verdadeiro, uma vez que a dúvida sobre a menina ser a filha verdadeira de Maria acabou desfeita na penúltima semana. E o casal agradou. É preciso citar ainda a chegada da maravilhosa Laura Cardoso como Matilde, avó de Joana. Caio protagonizou uma das cenas mais sensíveis da trama com a veterana, quando o boxeador a tirou do asilo e a levou para casa.
A sarcástica Kim marcou a estreia de Monica Iozzi no horário nobre na melhor forma possível. Assessora de Vivi Guedes, a personagem tinha a missão de enaltecer a chefe e amiga. Também ficou com o trabalho de transformar Jo em Digital Influencer, mas não conseguiu. Bem resolvida na vida amorosa e sexual, Kim usou Márcio (Anderson Di Rizzi) e Paixão (Duda Nagle) como bem entendeu e no final descartou os dois. "Nem piranha e nem safada. Só fiz o que todo homem faz e vocês acham normal. Sou uma mulher livre e eu escolho", declarou. Monica deu um show e virou um dos destaques da história. O seu texto era sempre inspirado. Impossível deixar de mencionar outra personagem que caiu nas graças do telespectador: Britney. Glamour Garcia ganhou a primeira oportunidade na televisão e não fez feio. O menino da primeira fase que virou uma linda mulher na segunda protagonizou boas sequências e o casal com Abel (Pedro Carvalho) deu certo, assim como as brigas com Fabiana para defender sua transexualidade.
O romance de Zé Hélio e Beatriz foi uma grata surpresa no enredo e destacou a sintonia entre o estreante Bruno Bevan e Natália do Vale. A questão da diferença de idade teve uma boa abordagem e a música tema do par fez toda diferença: "Só Você e Eu", de Vanessa da Mata. Os enfrentamentos que Beatriz tinha com sua mãe, a preconceituosa Linda (Rosamaria Murtinho), e o ex-marido, o machista Otávio (José de Abreu), promoveram outras cenas atrativas no núcleo e a relação afetuosa entre a personagem e Vivi Guedes era bonita de se ver.
Porém, claro, "A Dona do Pedaço" teve equívocos que precisam ser citados. O núcleo da família dos sem-teto tinha um grande destaque até a metade da história, mas foi perdendo a função e só Cornélia cresceu. Marco Nanini não conseguiu bons momentos como Eusébio e a trama da "Mão boba" na reta final não teve a menor necessidade. Rosi Campos e Tonico Pereira convenceram como Doroteia e Chico, mas também não tiveram muito destaque. O núcleo de Amadeu sempre esteve deslocado e se desaparecesse não faria falta. Tanto que a morte da esposa, Gilda (Heloísa Jorge), não provocou impacto e a relação do mocinho com o filho, Carlito (João Gabriel D`Aleluia), não tinha relevância. A única exceção era Silvia, vivida pela talentosa Lucy Ramos, que ganhou trama própria como professora e depois Digital Influencer ---- ainda assim, o surgimento de Abdias (Felipe Titto) foi gratuito, vide seu drama raso do alcoolismo. A história dos adolescentes na escola por causa de Cássia foi outra questão que ficou avulsa na novela ---- os surtos de Merlim (Cadu Libonati) cansaram rapidamente.
Algumas situações também abusaram da inteligência do público, como Fabiana aconselhando os gerentes do banco de Maria da Paz para cobrar a dívida da boleira, ou o festival de transferências bancárias milionárias através de celulares, sem qualquer interferência do banco. A cena do assassinato do garoto de programa foi a mais constrangedora da trama e a direção da equipe de Amora Mautner ficou devendo muito. O efeito tosco da queda do prédio virou piada com razão. E o contexto também não convenceu, uma vez que o rapaz quis levar a mulher que matou seu namorado para um lugar sem testemunha ou câmeras. Ao menos houve uma compensação no quase assassinato de Téo, muito bem realizada. Aliás, a estupidez do personagem cansou o telespectador. Rainer foi bem, mas a cegueira do fotógrafo diante de Josiane não deu para engolir. Ao contrário do que ocorreu com Maria da Paz, pois uma mãe acreditar na índole da filha por amor, mesmo diante de tantas evidências contrárias, é bem mais crível. E, ao contrário do que parte da crítica afirma, o ódio de Jo pela mãe passou longe de ser uma falha. Menina rica e bem criada não pode ter falha de caráter? Não pode odiar a mãe "sem motivo"? Pode. E a vida real está aí para mostrar isso todos os dias em telejornais.
A última semana da novela serviu para fechar os núcleos sem correria e expor uma aparente redenção de Josiane através da religião na cadeia. Qualquer semelhança com Suzane Von Richtofen, a patricinha que mandou matar os pais e virou evangélica na prisão, não é mera coincidência. Agatha Moreira novamente brilhou nas cenas e não teve como saber se era real ou puro fingimento. Os desdobramentos em torno da relação nociva de Vivi e Camilo também foram expostos para o clímax do último capítulo, enquanto outros personagens se destacaram com seus finais felizes, vide Marlene e Antero. O advogado finalmente lembrou de sua amada no dia do casamento com Evelina e a sintonia entre Suely Franco e Ary Fontoura emocionou. O desfecho de Kim, agenciando a carreira digital de astros internacionais como Lady Gaga e Justin Timberlake, também agradou. Já a cena de Maria da Paz recuperando sua fábrica e sendo aclamada pelos funcionários foi sensacional.
O último capítulo teve um festival de desfechos ousados, além dos tradicionais clichês, claro. Maria da Paz e Amadeu finalmente se casaram sem maiores entreveros e Kim ficou com Teo curtindo Los Angeles. Chiclete salvou Vivi de Camilo e o matou em legítima defesa. Uma sequência de ação primorosa e com show de Sérgio Guizé, Paolla Oliveira e Lee Taylor. O final feliz do casal "Viclete" também aconteceu em cenas bonitas do par na praia. Já o final de Fabiana foi o mais criativo e surpreendente: a ex-noviça virou matadora ao lado de Rael (Rafael Queiroz), honrando a assassina bisavó Dulce. Ainda rezando pelas almas que matava porque foi criada em um convento. Simplesmente genial e Nathalia Dill perfeita.
Mas o aguardado desfecho de Josiane fechou a novela da melhor forma possível. Aparentemente convertida, a vilã conseguiu enganar todos novamente e a cena da personagem matando Régis, o jogando de um viaduto, impactou. E o desfecho, com Jo bajulando o pastor milionário para matá-lo e roubá-lo no futuro, foi incrivelmente real no mundo de hoje. A participação de Mateus Solano foi pequena, porém, marcante. O congelamento final com Josiane olhando para a câmera com uma expressão maquiavélica e os olhos totalmente negros, como o próprio Satanás, surpreendeu o público e ficará marcado pela ousadia do autor.
"A Dona do Pedaço" cumpriu sua missão com louvor. Walcyr Carrasco emplacou mais um sucesso para chamar de seu e conquistou o público com uma história popular, simples, repleta de personagens carismáticos e meramente escapista. A novela caiu na boca do povo, foi um fenômeno de publicidade, explodiu em audiência e repercussão nas redes sociais, e destacou vários atores ao longo dos meses. A prova incontestável é a memória afetiva que a música "Cheia de Manias" (do Raça Negra) despertará nas pessoas. Todo mundo que ouvir "Di di di diê" daqui para frente se lembrará de Maria da Paz e seus deliciosos bolos. Valeu muito a pena!
QUE FINAL MARAVILHOSO FOI ESSE!!!!!!!!!! HAHAHAHAHAH AMEI!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Em virtude do falecimento de Gugu Liberato, publicarei meu balanço com os pontos positivos e negativos de A Dona do Pedaço neste domingo. Publiquei hj minhas lembranças sobre o Gugu no meu blog. Estou triste. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirAbordou todos os acertos e os erros, Sérgio. VOCE NUNCA DECEPCIONA!!!!!
ResponderExcluirQue texto bem embasado e argumentado. Sérgio ÍCONE!
ResponderExcluirO final fugiu de qualquer clichê e o autor surpreendeu. Ainda fez uma crítica importante sobre a falsa impressão de religião salvar alguem.
ResponderExcluirFoi muito boa e deu até pena vê-la terminada. Mas valeu! Gostei muito! abração,chica
ResponderExcluirnão sei se acertar ao popularesco é a decisão mais acertada. nivelar por baixo pela preguiça de entregar algo minimamente aceitável. walcyr nunca escondeu que seria uma novela leve, alegre, já que os tempos estavam difíceis. e entregou uma novela pesada, dramática e cansativa. a trama nunca foi solar. a violência contra a mulher na pele da vivi passou do ponto logo no começo. uma aula para agressores. trama leviana e irresponsável. só gostei mesmo da não redenção da fabiana e da josiane. beijos, pedrita
ResponderExcluirNa opinião de alguns, o autor quis dizer que as pessoas não mudam , que nascemos e crescemos com um só coração que nenhuma religião vai fazer milagres pós mudam por um tempo até terem uma oportunidade de errar novamente!
ResponderExcluirMostrou que nem sempre o bem vence o mal e que apesar de todos os erros eles podem ter um final feliz... Novo da sociedade mais realmente ele mostrou a real que o final feliz não existe e que a vida continua com seus erros insanos e nojentos.
Tudo explicado, não é? ERRADO
Entendo seu posicionamento no texto. Os diferentes aspectos da Fé não foram criticadas, e sim usadas com desrespeito. O pior de tudo foi Fabiana rezar após matar um homem e aparecer toda feliz na cena seguinte. Cadê a crítica? Cadê o exemplo? Cadê o contraponto?
Por que Josiane teve que agir com tamanha violência? Por ser psicopata? Essa é uma explicação plausível.
Agora, o que incomoda é a impunidade e o uso de aspectos das crenças de fé das pessoas de forma irresponsável e vazia. Um assassino de aluguel frio tem seu final feliz com a mulher que diz amar numa ilha deserta, e esta mulher larga sua vida para viver ao lado dele. Entende? Todos os vilões tiveram finais felizes. Régis, que estava realmente levando a religião a sério e esforçando-se para mudar, foi brutalmente assassinado. Qual a mensagem que o autor como Walcyr Carrasco quis passar? Para mim ele quis dizer que quem lucra é quem é mau, infiel, sujo. Desrespeito com as crenças da Fé, com a polícia, com a justiça, com o cidadão de bem.
Foi uma novela péssima, com um final péssimo, triste, pessimista e constrangedor.
Concordo! Não gostei de não ter deixado o Régis com a Maria da PAZ porque ele se propôs a mudar por causa dela e se arrependeu e merecia uma segunda chance e ela e o Amadeu pareciam amigos. O Régis não merecia isso e acreditou na Josiane, aliás todos
ExcluirAssim como acontece costumeiramente também, o autor 'genial' Walcyr Carrasco foi deixando personagens pelo caminho e que agora parecem não ter mais função. E a lista de personagens é grande, confira mais alguns: Gladys, Dorotéia, Eusébio, Chico, Cornélia, entre outros.
ResponderExcluirTeve ainda os personagens que tinham tudo para ter uma ótima história, e acabaram se perdendo no decorrer da novela, por exemplo, o romance entre Abel e Britney.
Cássia aparece mais vezes, e também ficou perdida. Ela chegou a reclamar do pai se envolver com outro homem, quase foi agarrada por um pedófilo, mas foram participações rápidas, praticamente dispensáveis. Confira:
João Gabriel D’Aleluia (Carlito)
O personagem, filho de Amadeu (Marcos Palmeira) e Gilda (Heloisa Jorge), tinha relativa função enquanto a mãe estava viva e tentava viver em família com o filho e o marido. Acontece que, a partir da morte de Gilda, Amadeu voltou a girar em torno de Maria da Paz (Juliana Paes) e Carlito praticamente desapareceu da novela e quando aparece é sempre em cenas sobre outros personagens.
O ator interpreta seu primeiro personagem no horário logo depois de ter ganhado fama como um dos protagonistas de Se eu Fechar os Olhos Agora, minissérie que foi indicada ao Emmy Internacional.
Rosane Gofman (Ellen)
A governanta de Maria da Paz sempre foi uma personagem orelha. Ellen ajudava a boleira e empresária a ter sua casa equilibrada e era quase parte da família da protagonista. Acontece que Maria perdeu tudo para a filha.
A partir deste momento, Ellen seguiu trabalhando para Josiane (Ágatha Moreira) e viu sua história de orelha ir morrendo aos poucos. Vale lembrar que a atriz está no ar com um papel semelhante em Por Amor, em que interpreta Tadinha, a empregada de Helena (Regina Duarte).
Deborah Evelyn (Lyris)
Lyris nasceu como uma personagem controladora e que tinha uma vida sexual frustrada, tentando fazer mil loucuras para conquistar o marido Agno (Malvino Salvador). A partir do momento que o homem resolveu assumir sua sexualidade e se divorciou virou só mãe.
É bem verdade que Lyris ainda precisa controlar e ajudar a filha Cássia (Mel Maia), que vem tendo várias histórias desenvolvidas, mesmo assim, acabou assumindo uma função quase única de orelha.
Rosamaria Murtinho (Linda)
Linda nunca foi exatamente uma personagem importante na história. Mesmo assim, foi desenvolvida com enredo próprio e chegou a ter certo destaque na narrativa desenvolvida por Walcyr Carrasco.
A psicóloga que chegou a insinuar que Josiane era uma psicopata, foi perdendo espaço e atualmente mal aparece e não há nada que sustente sua presença em cena.
Nathalia Timberg (Gladys)
Se no início Gladys foi fundamental para o desenvolvimento da narrativa, já que foi a primeira a empregar e a descobrir a gravidez de Maria da Paz, além de ser a mãe de Régis (Reynaldo Gianecchini), isso tudo ficou para trás.
Desde que A Dona do Pedaço passou a afunilar-se, a personagem não tem tanto espaço e, sem história própria, ficou sobrando em cena.
Continuação....
ResponderExcluirRosi Campos (Dodo)
Uma das sem teto que invadiram um prédio no início da novela, a personagem começou como o alívio cômico de uma novela cheia de tiros e mortes. Com a segunda fase mais colorida e com Maria da Paz rica, a personagem não foi desenvolvida.
Dodo deixou de ter história própria e passou apenas a ser mãe de Rock (Caio Castro), com isso passou a ser mais uma que ganhou figuração de luxo.
Marco Nanini (Eusébio)
O mesmo se repete aqui. Marco Nanini foi um dos destaques da primeira fase do folhetim com seu Eusébio. E tendo sido a pessoa que teve a ideia de Maria da Paz vender seus bolos na rua, a um personagem esquecido, foram apenas alguns meses.
Vale lembrar que o último papel do ator, o rei Augustus em Deus Salve o Rei, chegou a sair da novela porque a sua história tinha acabado.
Tonico Pereira (Chico)
Praticamente todos os personagens desenvolvidos no núcleo dos sem teto tiveram o mesmo final. Ainda que A Dona do Pedaço não tenha acabado, suas histórias sim. O mesmo aconteceu com Chico.
Ainda que o personagem ganhe espaço em algumas cenas, ele está ali na cota dos que não interferem mais para o andamento da história.
Betty Faria (Cornélia)
Embora seja um dos autores que mais dá espaço para o elenco da terceira idade em suas novelas, dessa vez Walcyr Carrasco deixou muita gente como reles figurinha, como aconteceu com Betty Faria.
Ainda que, vira e mexe, a personagem ganhe certa movimentação com umas situações, nada do que ela faça interfere no andamento da história central ou de qualquer outro personagem.
Em suma, Encher de personagens e ver se algum se destaca, cai no gosto do público e salva a novela. Nos últimos tempos nenhum par romântico deu liga. Apostas foram furadas ou sub utilizadas. Assim se percebe que existem muitas tramas e personagens que morrem no meio. Matar personagem é sempre a saída ou simplesmente esquece-los, faze-los viajar. os bons tempos de novelas coesas e simples acabaram.
Por isso, que o público inteligente preferiu a trama das 19h "BOM SUCESSO", pois tem menos atores (e com bons personagens, a maioria novatos) que sustentam a história sem cair de ritmo ou fazer apenas figuração.
E OS HATERS GARANTEM QUE VC NÃO RECONHECE OS ERROS DA NOVELA, SERGINHO. CITOU TODOS LINDAMENTE! MAS FOI UM NOVELÃO SIM E ESSES FINAIS NÃO SERÃO ESQUECIDOS!!!!
ResponderExcluirAi, Sérgio, nem sei por onde começar! Mas vou falar o que sair da minha cabeça e do meu coração. "A Dona Do Pedaço" (2019) foi, como tantas outras novelas de Walcyr Carrasco, "pedaçuda" (como já disse, isso é um elogio) e, apesar de não ter sido telespectador assíduo dela e em raras ocasiões me irritar com alguns desdobramentos das tramas dela, reconheço o imenso sucesso e a boa qualidade dela. Tanto que, em uma publicação anterior deste blog, retirei o meu ranço por "O Outro Lado Do Paraíso" (2017), apesar de em textos anteriores apontar os trunfos do folhetim sem necessariamente ter sido louco e fascinado por ele. Perdoe-me por algum dia ter comparado "O Outro Lado Do Paraíso" com a risível "Pega Pega" (2017) e a asquerosa "Malhação - Vidas Brasileiras" (2018). Divisor de águas na carreira de muitos atores e atrizes, em especial Agatha Moreira com sua vilã Josiane, "A Dona Do Pedaço" deixa sua marca na história da teledramaturgia brasileira, rendendo inclusive festas de aniversário com a temática da obra. Aliás, admiro a diversificação dos temas das festas de aniversário da atualidade, mas isso é uma outra história. Só um detalhe, Sérgio. Você percebeu que alguns personagens masculinos apresentaram, no decorrer da novela, cortes de cabelo feitos com "máquinas 0, 1, 2, 3 ou 4" (suponho)? Ah, e sobre a abordagem do racismo nas novelas, você já leu o livro "Irmão Negro"? Escrito por... surpresa, surpresa... Walcyr Carrasco. Inclusive até o tenho. Mais uma vez, desculpe-me se minhas impressões foram empregadas de forma aleatória neste comentário, mas, enfim, expus as minhas considerações a respeito do recém-encerrado folhetim da faixa das 21h15min. Ah, e "O Cravo E A Rosa" (2000) está em reta final na reprise no Canal Viva, e há a possibilidade de "Êta Mundo Bom!" (2016) ser a substituta direta de "Avenida Brasil" (2012) no "Vale A Pena Ver De Novo". Walcyr Carrasco lendário! E mais lendário ainda é você, Sérgio, por ter o dom de detectar qualidades e defeitos nos mais variados programas das emissoras de TV. Sucesso sempre!
ResponderExcluirGuilherme
Sobre o ultimo capitulo dessa novela achei dum tremendo mau gosto viu praticamente todos os viloes se deram bem, o matador de aluguel nao pagou pelos seus crimes e ainda teve direito a final feliz assim como o leandro, a josiane termina a novela exactamente como comecou fazendo todo mundo de idiota com a sua aparente redencao,com um vislumbre de um futuro golpe do bau num pastor que sera claramente morto por ela no futuro, e o coitado do regis que estava se esforcando pra ser uma pessoa melhor e que realmente havia se convertido ao contrario da josiane é assassinado. Alias esse fins da jo me fez lembrar o da angel em verdades secretas, bem parecido.
ResponderExcluirBem vindo a vida real.
ExcluirGosto mais da novela Bom Sucesso, que tem boa estrutura e coerência... Algo que a história do Walcyr Carrasco não quer colocar em prática pois serve apenas para atender o único interesse da globo: Ibope.
ResponderExcluirEssa autor já fez boas obras, agora virou chefe de circo de absurdos. Eis os exemplos:
Fama colossal de Boxe, em tempos de MMA (Nada contra pois sou gosto de artes marciais);
Matadores de aluguel conhecidos e transitando livres pela sociedade;
Simulação de Contrato;
Uma mulher super esclarecida submetendo-se a cárcere privado e humilhações de todo tipo;
Um policial machista e corrupto que aceitou um casamento de fachada após impor a mulher submissa a chantagem;
etc, etc, etc...
Humilhante, desrespeitosa, preconceituosa e marginalizada a condução do relacionamento entre Agno e Leandro do início ao fim. A culpa não é da direita, o preconceito vem de vocês mesmos que não tratam os gays com naturalidade nas obras. Como gay me senti ofendido com a abordagem, pois a intenção sempre é cativar com esmolas o público LGBT. Não acompanho mais nenhum casal gay da Globo, pois estou farto de ser subrepresentado em pleno ano 2019.
ResponderExcluirAss.: Ton Pita
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Está sendo um soco no estômago", o desfecho de Josiane fez mostrar seu perfil patológico verdadeiro.
ResponderExcluirPsicopatas nascem psicopatas!
Detalhe: 4% da população são psicopatas.
O que é um PISCOPATA?
A maldade e a frieza da psicopata Josiane (Agatha Moreira), personagem da novela "A Dona do Pedaço", habita entre nós, na vida real. A cada 25 pessoas, uma é perversa, desprovida de culpa e capaz de passar por cima de qualquer ser humano para satisfazer os próprios interesses. Os psicopatas são 4% da população. E não há cura para eles.
Quem quer confirma isso leia o livro da a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, “Mentes Perigosas – o psicopata mora ao lado”, que já vendeu mais de inúmeros exemplares.
Para Ana Beatriz, o grande desafio da televisão é fazer a distinção entre o psicopata (Josiane).
Segundo a médica, a diferença principal é que o psicopata tem um déficit no campo das emoções, é incapaz de sentir amor ou compaixão e é indiferente em relação ao próximo. E para esse caso, não existe tratamento.
“O psicopata não enlouquece nunca, pois ele não tem afeto. Ele não é capaz de se botar no lugar do outro e tentar sentir a dor que ele provocou. Agora o problema dele não é cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, agora não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação”, explica a psiquiatra.
De acordo com a médica, o psicopata já nasce com uma predisposição genética à manifestação desse tipo de comportamento de indiferença afetiva:
“O sistema emocional do psicopata vem desconectado e não conecta novamente. Não tem cura até o momento”.
A médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa afirmou que essa manifestação pode ser aumentada ou diminuída:
“Se você tem uma sociedade que tolera desrespeito, preconceito, tiranias, injustiças, violências, isso acaba fomentando que psicopatas que manifestem mais. Se tem uma sociedade de tolerância zero, a tendência é reduzir essa manifestação. Uma pessoa não vira psicopata. Ela vai manifestando ao longo da vida”.
Continuação...
ResponderExcluirA impunidade alimenta a psicopatia!
Segundo Ana Beatriz, os países mais capitalistas tendem a revelar maior número de psicopatas. Para ela, a recente crise econômica que abateu o sistema foi uma “crise de valores psicopáticos”. Assim como os desvios de verbas e corrupções que afligem o Brasil e a impunidade diante de tais escândalos.
“Desvio de merenda escolar, por exemplo, isso atinge milhares de pessoas, são crianças que ficam sem estudar. Superfaturamento ou desvio de verba de medicamentos, todas são atitudes francamente psicopáticas”, exemplifica, argumentando que os responsáveis por tais ações sabem que milhares de pessoas serão prejudicadas, ou seja, usam a razão e atuam sem qualquer sentimento.
A médica lembra que esses casos não entram em fichas policias, agora são tão graves quanto um assassinato:
“As pessoas associam psicopatia com assassinato, ocorre que a maioria dos psicopatas não mata”.
Níveis de psicopatas!
Ana Beatriz afirmou que há três níveis de psicopatas:
- o leve, que aplica os famosos golpes 171 (estelionato ou fraude) e atinge uma pessoa;
- o moderado, que aplica o mesmo golpe, porém em uma esfera social mais alta (como o superfaturamento na compra de remédios para o sistema de saúde pública) e acaba lesando milhares de pessoas;
- o grave, que seria o serial killer, o assassino para quem não basta matar, tem que haver atos de crueldade. Esse último tipo, é raro, ainda sim existe.
Dos 4% de psicopatas da população, 1% é grave e 3% são leves e moderados. A personagem Josiane, por exemplo, é uma psicopata de nível alta, pois ela sempre lesa mais de uma só pessoa, em um grande sistema, e é capaz de matar.
Segundo a médica, o grande tratamento para os psicopatas “é a postura que temos com essa pessoa”. A grande arma da sociedade, segundo a psiquiatra, é não tolerar a impunidade.
Nota pessoal: Na minha humilde opinião, o pior erro do Walcyr Carrasco foi a principal mensagem da novela NÃO esclarecer o perfil que de uma pessoa psicopata e precisava expor quais os meios para detectar com rapidez esse tipo de psicopata.
E gente como é que a maria da paz tem coragem de ter uma segunda filha com o amadeu depois de tudo que ela passou com a josiane que pode perfeitamente vir a ser uma psicopata que nem a irma eita mulher de coragem .
ResponderExcluirSérgio, vc achou A Dona do Pedaço boa, ótima ou excelente ?
ResponderExcluirSaudações, companheiros noveleiros e amantes da TV!
ResponderExcluirPara começar, uma correção: "A Dona do Pedaço" não é uma novela popular, mas sim popularesca (e tem uma grande diferença entre os termos), comparável aos piores programas jornalísticos sensacionalistas que fazem a festa da audiência nas concorrentes. Uma novela de péssimo gosto, com um texto paupérrimo, diálogos extremamente vergonhosos, personagens mal construídos, inverossímeis, humor forçado, ultrapassado e infantiloide, situações ridículas, incoerentes, feitas apenas para chocar o público, de forma gratuita e irresponsável. Talvez seja essa a palavra para definir Walcyr Carrasco: irresponsável. A forma que o escritor aborda temas importantes é tão desrespeitosa que causa ranço. Olhemos o exemplo da transexualidade: o desserviço de Walcyr é tão eloquente que ele teve a capacidade de retroceder todo um trabalho sensível realizado por sua colega de profissão Glória Perez na excelente "A Força do Querer". E isso é algo que ele tem feito em todas suas novelas na eterna busca pela audiência a qualquer preço.
E, como a moda agora é chamar de 'hater' qualquer um que se oponha à sua opinião, antes de maiores polêmicas já esclareço um fato: em priscas eras já fui um admirador de Walcyr, me deliciava com suas comédias românticas das 18h e acompanhei com gosto cada capítulo de "Caras & Bocas". Mas, infelizmente, ele deixou para trás todo resquício de qualidade quando se transferiu para o horário mais nobre (e caro) da TV. E, se pararmos para pensar melhor, é possível que muitos de seus sucessos não resistiriam a um olhar mais crítico e talvez seja melhor mantê-los a salvo nos confins da memória afetiva para que a desilusão com o ídolo de outrora não aumente.
É com pesar que escrevo esse comentário a respeito do sucesso comercial desse arremedo de novela, um desprezível pedaço de dramaturgia que infelizmente marcará a história da TV aberta brasileira. Sim, não há dúvidas de que agora em diante, a Globo se pautará pelo "Carrasquianismo" e buscará sempre tramas de qualidade duvidosa, mas que fazem sucesso com uma audiência cada vez mais emburrecida. E isso é triste. Triste para quem cria, que terá sua criatividade podada para se adequar a esse novo padrão de mediocridade, e triste para quem, assim como eu, aprecia uma boa novela e reconhece seu valor cultural e importância que estas desempenham em nossa sociedade. "A Dona do Pedaço" se foi, e está levando junto minhas esperanças em relação ao futuro do nosso amado e tão brasileiro gênero telenovela. #R.I.P.
Estranhei o autor priorizar o crime e a prostituição no ultimo capitulo, fazendo os interessados acreditarem, que VALE A PENA ser criminoso e se prostituir.
ResponderExcluirQuanto ao final das duas vilãs terrivelmente religiosas. Foi curioso mostrar a hipocrisia dessas pessoas que se dizem cristãs e que tem um coração perverso e miserável.
Pior, o Brasil está cheio desses "cidadãos de bem" iguaizinhos Fabiana e Jô. Religiosos hipócritas que apronta, mata, comete atrocidades e depois "aceita Jesus" e diz que foi tudo por culta do demônio. É tão fácil jogar a culpa toda no Satanás, né?
Richtofenn e de Pádua que o digam.
E "pra variar" o grande Walcyr Carrasco se PAUTOU POR "INVENTAR LEIS" e "INFORMAR ERRADO QUESTÕES JUDICIAIS", continuou com essa prática, no último capítulo. IMPORTANTE ENTÃO ESCLARECER que "A JOSIANE NÃO PODERIA SER DESERDADA", porque "a Lei garante aos FILHOS O DIREITO A HERANÇA, INDEPENDENTE DA VONTADE DOS PAIS", independente dela ser uma criminosa, porque A JOSIANE NÃO COMETEU CRIME CONTRA UM FAMILIAR, QUE GARANTIRIA VANTAGEM FINANCEIRA A ELA. "O caso dela é diferente do caso da SUZANE RICHTOFEN, que MATOU OS PAIS, enquanto que Josiane MATOU PESSOAS QUE NÃO TINHA DIREITO AO DINHEIRO DA MÃE DELA".
ResponderExcluirSim, ela tem direito à legítima de 50%, claro, no caso dividindo com os outros herdeiros. Levando em conta que o casamento foi por comunhão parcial de bens, caso um morra, aquilo que eles construíram após o casamento ficaria metade como meação para o outro, e a outra metade dividida entre os herdeiros, que são as duas filhas (cônjuge aqui não entra pois é meeiro). Então ela teria direito, sim, a uma parte da herança, e não apenas um usufruto. Se ambos morrem, eles podem dispor como quiserem de 50%, e os outros 50 seriam divididos entre as duas, então 25% ela teria.
O mais legal foi terem colocado a filha da Maria da Paz como autista. É ótimo pra abrir espaço e discutir sobre o assunto.
IMPUNIDADE para criminosos desde assassinos, passando por chantagistas até crimes cibernéticos. Terceirização do sexo; Deboche dos sinais da Igreja com a personagem Fabiana.
ResponderExcluirHOUVE REDENÇÃO SIM: NO CASO DO RÉGIS. AGORA FICA O ANTIGO ALERTA: LOBOS, SIM, SE VESTEM COMO CORDEIROS. O FINAL DA NOVELA SÓ ESTÁ LEMBRANDO DISSO. O FINAL FOI UM GRANDE TRIBUTO DE ALERTA...
A verdade??? O Termino um ca ga da, que Walcyr Carrasco leve o público a sério. Que desperdício de tempo para assistir a este romance, Evelina com um cara rico ao lado, Fabiana cheia de dinheiro e feliz por cima, já se sabia que Rocky era um campeão, mais uma luta ???, e a garota Sol tem 4 ou 5 anos, então Pouco tempo Josiane foi presa com 2 assassinatos e um terceiro que por pouco não morreu, e continuou amando quem quase estripou ele??? O que aconteceu com Berta??? Por que traiu Vivi nos capítulos finais? Quando eles encontraram Camilo morto? Quando virar uma múmia???? Gladys ouviu que seu filho Regis foi morto?, talvez sejam pequenas coisas, agora que deixam o público mais alegre do que as pessoas com inteligência, não gostamos dessas mancadas e perdemos sem a dramaturgia de qualidade como em sob pressão e segunda chamada.
ResponderExcluirA única coisa útil era aprender a fazer bolos mágicos. ...
Tinha tudo pra ser muito boa, mas por alguma razão se perdeu em meio a tramas desnecessárias e subtramas que giravam e giravam e não iam a lugar nenhum, resultando nesse final broxante e que deixou vários furos. Fabiana se deu bem o tempo inteiro, Vivi se deu mal da metade pro final deixando todo o potencial da personagem apagada e ainda mais apagadíssima no final. O desfecho de Berta e Camilo extremamente mal abordado.
ResponderExcluirMaria da Paz protagonista chata pra caralho. Jô vilã sem graça, que somente no final teve um quê a mais, e no fim das contas acabou por ser o melhor do final da novela. Agno e Leandro tinham mais potencial, mas ficaram naqueles abraços e olhares mesmo depois de já assumirem sua relação, aí no final dão um beijinho xoxo, e muitos ainda acham isso um avanço, enquanto eu acho um retrocesso.
Ainda que a Globo seja anos luz á frente da Record e do sbt, precisam trabalhar casais gays com mais naturalidade, não deixar apenas para o final um beijinho desses e ainda achar isso muito épico pra tv aberta. Precisamos parar com essa "conservação" da família tradicional brasileira. Há exatos 6 anos atrás, a novela Amor á Vida (2013) fez exatamente isso, um selinho apenas no episódio final entre Félix e Nico, personagens gays da época, agora seis anos depois não evoluiu nada e aconteceu exatamente o mesmo. Entre 2013 e 2019 tiveram tempo o bastante para evoluir isso mas infelizmente não aconteceu, porra estamos indo para 2020 gente. O final foi o mais clichê possível, todo mundo se casando e tendo aqueles finais felizes bregas de novelas antigas.
Clichês, mal aproveitamento de bons personagens e um roteiro medíocre fizeram de "A Dona do Pedaço" um grande, e confesso gostoso, merchan de várias marcas e produtos, mas deixou a desejar e muito no resultado final mesmo me prendendo do início ao fim. De destaque Paolla Oliveira e sua Vivi Guedes que é de longe a melhor personagem da novela, Nathalia Dill muito bem em seu papel como a religiosa de caráter duvidoso Fabiana e Malvino Salvador que mesmo não tendo nenhum trejeito gay (mesmo quando se esforçava) conseguiu se sair bem neste papel diferente do comum dele. Guilherme Leicam grande destaque e novidade pra mim, me surpreendeu muito como Leandro, adorei o personagem e sua atuação. Juliana Paes fez um bom trabalho como a brega Maria da Paz, mas a personagem é realmente chata do início ao fim, principalmente no início com aquela "cegueira" a respeito da filha.
Aghata Moreira mescla entre momentos muito ruins na atuação e outros bons, como no final que eu adorei, mas no início até pegar o tom foi péssima, além daquele sotaque carioca irritante, quando interpretava uma personagem que nasceu em São Paulo. Quem começou bem foi Caio Castro mas terminou muito mal, não sendo nenhum pouco profissional ao admitir que não soube criar e interpretar um personagem gay, e se consagrando como o ator medíocre que é.
É isso, capítulo final interminável e ainda assim deixando mil pontas soltas. Walcyr Carrasco melhore na próxima, porque não adianta começar bem uma história e terminar desse jeito.
Acho que vale a pena ler
ResponderExcluirhttp://brasilescopio.blogspot.com/2019/08/walcyr-carrasco-la-nueva-janete-clair.html?m=1
Agatha Moreira tirou sorte grande. Nem Maria da Paz teve a última cena. Esse privilégio foi de Jô. Uma atriz tão jovem brilhando no horário nobre.
ResponderExcluir-Matheus.
Foi muito boa essa novela. Mas também tiveram algumas falhas. Mas nada que tenha comprometido o saldo final que foi positivo. Quero saber duas coisas. Vc achou a novela no geral, 'Boa' ou 'Ótima'? E quero saber também se achou melhor que 'O Outro lado do paraíso'? Amei o texto e essa novela foi parar no Facebook e eu não costumo ver novelas sendo comentadas no meu feed, mas dessa vez eu vi e muito. Especialmente sobre a última cena da Jô. Sente só o sucesso!!! Abraço!
ResponderExcluirIsso é uma novela da Globo? Achei que eu tava assistindo Supernatural... Deixa o Dean e Sam Winchester descobrirem q a Josi tá possuída.
ResponderExcluirPara quem não está compreendendo o final da novela, saibam que o personagem é um psicopata e segundo estudos, psicopatia não tem cura.
Eu tb, anonimo. kkkk
ResponderExcluirObrigado, anonimo.
ResponderExcluirValeu, Cassandra.
ResponderExcluirExato, William.
ResponderExcluirEu tb, Chica.
ResponderExcluirDiscordo, Pedrita, mas respeito sua opiniao.
ResponderExcluirDesculpe, Izabel, mas que exemplo?? Novela nao tem que dar exemplo, isso a escola e os pais fazem. Vão virar matadores pq os da novela terminaram bem? Por favor...
ResponderExcluirPois é, anonimo...
ResponderExcluirSempre com ótimos comentarios, Guilehrme. E ainda nao li nao.
ResponderExcluirEu achei mt ousado, Cintia.
ResponderExcluirVocê fala da Josiane ter fingindo que se converteu pra sair da cadeia e continuar a dar golpes e ela só queria usar o Régis e quando viu que ele tinha mudado de verdade resolveu matar. E você falou que torcia pra Régis ficar com a Maria da Paz o que fez você torcer pro os dois. Não tenho nada contra o Marcos Palmeira mais ele estava muito apagado, picolé de xuxu
ExcluirAchei ótimo, anonimo.
ResponderExcluirMatadores conhecidos por quem, anonimo? Por nós, né... pq pelos personagens... E qual o problema do boxe??? enfim
ResponderExcluirDesculpe, Ton, mas isso é uum problema geral, nao só dessa novela.
ResponderExcluirÓtima, anonimo.
ResponderExcluirQue comentario radical, Gs.
ResponderExcluirÉ isso, anonimo.
ResponderExcluirAnonimo, esses seus questionamentos seriam de uma continuação da novela, né...
ResponderExcluirAnonimo, obrigado por esse link. Adorei esse texto.
ResponderExcluirAchei ótima, anonimo. Abraço!
ResponderExcluirTrama capenga de A Dona do Pedaço pode ditar os rumos do horário nobre da Globo... Por André Santana
ResponderExcluirA Dona do Pedaço, terceira incursão de Walcyr Carrasco na faixa das nove da Globo, reafirmou o talento do autor para oferecer ao espectador o que ele quer. O novelista, hábil reciclador de histórias, mostrou que um fiapo de trama, mas com muitos pontos de viradas e episódios de catarse, é uma das maneiras mais infalíveis de fisgar o público. Mais uma vez, deu certo.
O sucesso de A Dona do Pedaço mostra que o público não se importava com a falta de sentido do enredo. Tanto fazia quais eram as motivações da vilã Josiane (Agatha Moreira), desde que suas atitudes a levassem à catarse. Nunca fez sentido o ódio de Josiane pela mãe, a excessivamente ingênua Maria da Paz (Juliana Paes), mas isso não importou de fato. Pontos de virada, como quando Maria da Paz descobriu as armações da filha, ou o julgamento que levou a vilã à cadeia, é que seguraram o público diante da telinha.
Também não importou se Vivi Guedes (Paolla Oliveira) era uma digital influencer de araque. Seu romance com Chiclete (Sergio Guizé) pegou fogo, ao ponto de seu ex Camilo (Lee Taylor) virar um psicopata desequilibrado. E que a manteve em cárcere privado diante dos olhos de todos, que nada fizeram para ajudá-la. Não fez sentido, mas levou ao apoteótico momento em que Chiclete salva a mocinha. Mais um ponto de virada, que provoca a catarse e, consequentemente, o interesse da audiência.
Estilo
Walcyr Carrasco tem um estilo didático de contar suas histórias. Um tom quase infantil, que funciona muito bem nas comédias românticas das seis dele. Ao levar este estilo ao horário nobre, mesclando o tom tatibitate com histórias pretensamente adultas e com algum merchandising social, o novelista aperfeiçoou tal estilo. E foi ao encontro do que o público espera dele, afinal, todas as suas novelas das 21 horas foram sucesso de audiência.
E, a princípio, não há problema nisso. Carrasco tem uma maneira de criar que dá resultados, embora a crítica torça o nariz, e isso não o desmerece. Afinal de contas, ele cria novelas populares, e a verdade é que o autor é muito bom nisso.
O que pode ser um problema é que o sucesso das novelas de Walcyr Carrasco se reflita na faixa das nove como um todo. Basta puxar pela memória os últimos títulos do horário para perceber que a Globo teve mais erros que acertos no horário. Carrasco está entre os acertos e, por isso, se tornou referência. E seu estilo pode impregnar no processo criativo de outros autores. Isso não é bom para o público.
Despretensão
Avenida Brasil, principal sucesso das nove da década, consagrou João Emanuel Carneiro. Que levou seu estilo meio noir à sua trama seguinte, a pretensiosa A Regra do Jogo. Não deu certo. Enquanto isso, Carrasco enfileirou sucessos. Deste modo, em sua novela seguinte, Carneiro optou por uma trama mais simples (e até simplória), Segundo Sol. Que não foi um fiasco, mas esteve longe de ser uma unanimidade.
Ou seja, o estilo “carrasquiano” vem influenciando outros autores que buscam sucesso. E isso não é bom. O que torna a faixa das nove atrativa é justamente a rotatividade de temas e estilos. Num momento em que a direção da emissora adota uma fórmula pronta para alcançar o sucesso, o processo criativo é prejudicado.
Felizmente, isso ainda não é regra. Amor de Mãe vem aí, lançando uma nova autora e com a intenção de propor um enredo mais maduro e bem construído. Ou seja, a emissora ainda está disposta a apostar em novidade e mesclar estilos e temáticas. Mas, caso Amor de Mãe não emplaque, a tendência é que o estilo catártico de Walcyr volte com força total. E, para isso, já temos o próprio Walcyr Carrasco. Não é preciso que outro autor tente segui-lo.
ADDP é uma novela cheia de erros, Sérgio. O walcyr faz falta no horário das 18h, pois nesse horário, o walcyr sempre criou novelas maravilhosas. As novelas dele no horário das 21h apesar de serem sucesso, elas são cheias de problemas. ADDP tem enredo capenga, texto ruim, atuações caricatas. O casal insuportável vivi e chiclete são péssimos, o chiclete ser transformado em um herói, isso foi um erro muito grande, pois ele é um assassino e deveria pagar pelos erros. O mesmo aconteceu com gael em OOLDP e Ramiro em TEP, personagens que deveriam ser castigados, mas foram inocentados, eu não entendo isso. Em outras palavras, eu só gostei da primeira fase de ADDP, pq o resto foi intragável. Josiane também nunca foi psicopata, ela passa longe de ser, pois os psicopatas são frios, calculistas e ardilosos, Josiane era muito explosiva, psicopatas não são assim. Sophia era psicopata, eu amava ela, mas a Josiane nunca foi. Eu gosto muito do walcyr, amo as novelas dele no horário das 18h, mas as novelas dele às 21h são sofríveis, TEP foi muito pior que as outras, mas as outras também não foram muito boas. Eu queria que ele voltasse no horário das 18h, pois nesse horário, o walcyr sempre acertou em tudo. Sérgio, eu sei que você gosta das novelas do walcyr às 21h, por isso eu peço que você não me bloqueie pelas críticas que fiz aqui em relação a novela ADDP, TEP foi muito pior, mas peço que você não me bloqueie. Eu espero que ele acerte na próxima dele. Tenha uma boa noite, Sérgio.
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