O remake de Bruno Luperi exibiu recentemente uma das cenas mais comentadas, antes mesmo da estreia de "Renascer". Isso porque a imprensa especulava sobre o destino de Venâncio (Rodrigo Simas), que só morreu em 1993 porque Taumaturgo Ferreira e Benedito Ruy Barbosa brigaram na época. O neto manteria o desfecho do avô? A resposta era óbvia diante do remake de "Pantanal". E foi exatamente o que aconteceu. O problema é que vários furos no roteiro acabaram expostos na obra original e havia a necessidade de adaptação.
Quando um autor se desfaz de um personagem por conta de um desentendimento com o ator que o interpreta é comum que não altere muita coisa em sua trama. Afinal, ele se livrou de um problema e não faz questão alguma de 'alongá-lo'. Porém, quando o personagem é integrante do núcleo central, e ainda acaba assassinado com um tiro no peito, fica impossível não afetar o desenvolvimento do enredo. Por mais que o escritor queira seguir o fluxo de seu roteiro, é necessário criar desdobramentos para a riqueza dos próprios perfis da história.
E Bruno Luperi não se preocupou em mexer nos conflitos do remake após a morte de Venâncio. Como pode o personagem levar um tiro no peito durante uma emboscada, ser velado e enterrado em tempo recorde e sequer aparecer um mísero policial para investigar o crime? Não tem delegacia naquela cidade?