A Globo promoveu na terça-feira retrasada, dia 15, a primeira coletiva online de "Garota do Momento", próxima novela escrita por Alessandra Poggi e dirigida por Natalia Grimberg. Participaram a autora, a diretora, o diretor Jeferson De e os atores Fábio Assunção, Letícia Colin, Solange Couto, Tatiana Tibúrcio, Cridemar Aquino, Phillipp Lavra, Gabriel Milane, Rebeca Carvalho, Carla Cristina Cardoso, Bete Mendes, Debora Ozório, Maisa, João Vitor Oliveira, Ícaro Silva, Klara Castanho e Palomma Duarte. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo.
Alessandra Poggi explicou sua nova novela: "É uma fábula de esperança. Queremos dar essa sensação de quentinho no coração. Copacabana de 1958. Queria fazer uma novela anos 50 e decidi por 1958 pelo ano de otimismo com o Brasil sendo campeão da Copa do Mundo, da Bossa Nova, quando Adalgisa Colombo ganhou o Miss Brasil, a população comprando mais aparelhos de TV, Brasília sendo construída, o Cinema Novo, tem rock, as lambretas, enfim. Procuramos fazer o resgate dessa época. Na época, ainda vigorava o código civil de 1916. A mulher era considerada incapaz, não tinha CPF, não tinha divórcio. A gente vai trazer questões que ainda conversam com os dias de hoje. Vamos ter mulheres que dão um grito de liberdade, mas prefiro falar que a novela é feminina e não feminista".
Natalia Grimberg comentou sobre a trilha sonora: "No horário das seis o público quer sonhar junto. Trazemos brasilidade na nossa trilha e optamos em colocar metade da nossa trilha com regravações de artistas pretos, tanto nacionais como internacionais.
Temos Iza cantando "Cry Me a River", além de Gloria Groove, Leo Santana, Gaby Amarantos, Péricles, enfim, um time muito potente e diverso.Jeferson De falou da representatividade: "Cabe a nossa novela dar vida, imagens em movimento, a histórias pretas em uma época branca. A escravidão tinha acabado há 70 anos. A gente quis que cantores pretos e pretas regravassem canções da época para a trilha da novela. É um período efervescente para a trilha. A maiores dos personagens pretos e pretas tem casa, tem família. Isso é uma vitória. E isso é bem colocado na nossa trilha sonora".
Letícia Colin falou de sua parceria com Fábio Assunção e de sua nova vilã: "O Fábio segue cada vez mais lindo e mais jovem. Ele já foi meu pai, meu padrasto e agora teremos algo mais próximo. E estamos debaixo da asa de uma manipuladora. Não é passando pano para nossos personagens, mas a malvada mesmo da história é a Maristela, interpretada pela Lilia Cabral. É uma personagem complexa que tem muitos mistérios, ela me intriga. Não sei tudo o que vai acontecer e isso me estimula. As cartas não estão marcadas, o que é mérito da Alessandra. Tem muito plot twist e não achem que na primeira semana de novela já vão saber de tudo. Temos uma caracterização que invoca a Marilyn Monroe e é a referência estética da Zélia. Estou construindo ela. Tenho um marido e um enteado. É através deles que conhecemos mais do passado dela. Ela tenta ter uma relação com o enteado, que é muito rebelde, e não dá conta daquele garoto. É uma boneca russa, tem camadas infinitas. E tem uma força feminista nessa novela".
Fábio Assunção acrescentou: "Alessandra vem com uma trama bem arredada, mas tem uma leveza e não é aquele vilão da maldade. Ele é mais uma vítima da condição. É uma elite privilegiada com pouca consciência de onde estão. Na década de 1950, havia uma naturalização da pouca liberdade. Meu personagem se considera bom porque deixa a esposa trabalhar e ter conta em banco. Era uma época em que a etiqueta social contava muito e tem uma beleza na trama que não deixa a gente não ir para um lugar tão sombrio. É uma história que tem uma falha trágica logo no início que forja o destino e o Juliano tem uma mãe muito manipuladora. Fiz 'Força de um Desejo', 'Os Maias' e 'Dalva e Herivelto', que foram produções de diferentes épocas, e está sendo muito bom pra mim mergulhar na história da década de 1950".
Gabriel Milane, intérprete do Topete, resumiu sobre sua experiência: "A troca com a Letícia tem sido muito boa, é uma excelente atriz. É uma família divertida e excêntrica. Estou super feliz de fazer um trio com esses atores talentosos". E Phillipp Lavra complementou: "Estamos ficando íntimos dos personagens ainda. Orlando tem muito mistério pra mim. Tem sido um prazer trabalhar com o Gabriel e a Letícia. Acho que vai ser um núcleo bem divertido".
Maisa comentou sobre o desafio de estar na trama: Cresci assistindo novelas e elas sempre fizeram parte da minha vida. O universo da atuação entrou na minha vida pelas novelas. Essa nova personagem entrou na minha vida de forma surpreendente. A Nathalia é geminiana como eu e é muito animada. Ela já veio com o texto da Bia pra mim e são muitos desafios. Fazer uma personagem que está em um núcleo tão incrível quanto o meu, em uma família tão complexa e tóxica, é um aprendizado permanente. Bia tem uma condição cardíaca, morou uns anos fora com a família e todos os ídolos dela são de fora. Ela mistura inglês com português e é um desafio achar um humor nessa personagem que é chata porque vai pegar no pé da protagonista o tempo inteiro. A princípio ela pode ser muito odiada, mas o texto da 'Ale' tem muitos caminhos. Logo no começo da novela o público vai saber mais da história da Bia do que a própria Bia. E quero destacar os looks porque ela faz maldades muito bem vestida".
Solange Couto também falou de sua personagem: "Carmem está sendo um grande presente e fiquei fascinada quando me sugeriram a ideia desse trabalho. Os primeiros quinze anos da minha carreira fiz mulheres amorosas, feministas e sofridas. Da Dona Jura para cá que passaram a me dar outros tipos, bem mais fortes. A Carmem me traz esse resgate de mostrar minha arte de outro jeito, que boa parte do público não conhece. Só a Dona Jura tem 23 anos de existência. Então os mais jovens não conhecem meu passado. Estou muito feliz e honrada com esse trabalho e com a beleza dessa novela, que está tão bem estruturada. A novela está impecável".
Tatiana Tibúrcio, intérprete de Vera, falou da representatividade no enredo: "A importância de retratar um clube de pessoas negras na década de 50. É um golaço da equipe toda. Uma ousadia trazer isso da forma como está sendo trazido, de uma forma naturalizada e humanizada. Estão sendo retratados como seres humanos e não como estereótipos militantes, mas nada contra a militância. É uma história de Brasil e da sociedade para além da ficção e foi isso que me seduziu muito a aceitar o convite. Minha ascendência sendo retratada como participante do conjunto. É uma parte da história não muito retratada, mas é parte da história. Poder ver isso sendo retratado com leveza, discurso e humanidade é muito bacana e todo mundo ganha, não só a gente que está sendo retratado". E Cridemar Aquino, que vive Sebastião, fez questão de complementar: "A gente vai ter a possibilidade de mostrar as relações afetivas do povo preto da década de 50, tão presentes na sociedade, mas apagados da história e da mídia. A gente sabe que a televisão é um veículo muito importante na construção do país e estamos com a possibilidade de reviver esse momento da população negra da época da novela. É uma família afetuosa e o Clube Gente Fina é uma pérola, vocês vão amar".
Carla Cristina Cardoso se divertiu falando de sua personagem: "Iolanda vai ser muito admirada. Alessandra tem isso de colocar as mulheres à frente do seu tempo. Iolanda é divertida, feliz, é dona do próprio nariz, chefe do seu negócio e com uma filha babadeira. Iolanda é uma safada, gente. Mas para a sociedade é recatada e do lar. A safadeza dela é posta devagarinho. Ela vive das fantasias que tem. Acho que ela deu para muitos novinhos na cidade. Só sei que a pensão é um sucesso e linda. Sonhei que a novela vai ser um sucesso e só faço novela com a coxia feliz, o que faz a novela ser um sucesso".
Rebeca Carvalho de Souza, que interpreta a filha de Iolanda, complementou: "Ana Maria não é como as outras meninas. A única coisa que ela faz é beijar o namorado dela, mas a mãe não gosta dele porque é um mulherengo. Minha personagem se mostra forte o tempo todo por causa da relação de gato e rato que tem com a mãe. Mas no fundo ela só queria que a mãe sentisse orgulho dela".
Ícaro Silva se emocionou falando de seu papel: "Ulisses tem um senso de coletividade parecido com o meu. Vejo a empolgação com a novela e tenho sentido isso desde o começo. Essa novela tem esse privilégio em que todos estão focados na mesma coisa e assim que vejo o Ulisses. Ele está sempre buscando o melhor para sua comunidade e quer honrar sua ancestralidade. Ele tem consciência que tem muito chão para percorrer e ele está apenas no caminho. Me vejo nele porque também me via capaz de mudar o mundo e hoje em dia sei que não é mais possível, o que nem é um pessimismo. Ulisses tem uma vontade de viver muito grande. O personagem é muito interessante e está em muitos núcleos, tendo trocas ótimas com vários personagens. Ele é amigo da Bia e da Beatriz, que a Duda Santos interpreta. E me emociona ver a Duda em cena e ainda mais em ver que ela é a garota do momento. Acho que é assim que o Ulisses também olha para a Beatriz".
Bete Mendes falou da alegria de estar no elenco: "Só podia dizer que estou muito feliz porque quando recebi o convite fiquei encantada. Os diálogos são maravilhosos, as circunstâncias, enfim, tudo. O texto da Alessandra é muito bom. A Arlete é uma costureira do teatro de revistas, tem toda uma nobreza na função que ela exerceu na vida e também na tristeza de sua vida porque ela perdeu a filha e a neta, que foram para longe dela. Nessa novela, vivencio esse carinho que todos têm pelo trabalho, pela obra e uns pelos outros. Estou muito orgulhosa em fazer essa personagem".
Klara Castanho falou de seu retorno aos folhetins: "Fiquei longe das novelas por sete anos e dizem que é o número da sorte. A Eugênia me faz acessar lugares muito diferentes, tanto no arco da personagens quanto nas reviravoltas. Tenho 24 anos e zero conhecimento do que foi 1950, mas nos estudos vejo muitas possibilidades. Esse meu corte de cabelo mudou todos os parâmetros que tinha com caracterização. Vivi experiências diferentes no streaming e volto com mais bagagem, mas uma obra aberta tem muita diferença. A história é muito bem amarrada e vocês vão ver que as coisas acontecem muito rápido. Estou feliz em voltar a fazer parte desse universo. Estou rodeada de gente muito talentosa".
Debora Ozório falou da diferença entre sua nova personagem e do seu recente sucesso em 'Terra e Paixão': "Amo a forma como a Ale escreve. Fiz um filme no meio tempo de Petra e Celeste e estou tendo a possibilidade de trabalhar com mais leveza. Apesar de ter conflitos bem atuais, minha personagem é romântica, um novo visual, outra temperatura. Retomo minha parceria com a Palomma Duarte e estou amando trabalhar com Danton Mello", relembrou a atriz de seu trabalho em 'Além da Ilusão'.
Palomma Duarte explicou como é o seu novo papel: "A Lígia é uma mãe que tem muito amor, mas não tem o talento de ser mãe. Ela tem amor pelos filhos, mas falta a habilidade cotidiana. Lígia não se enquadra na vida que nasceu. Não tem talento para viver como dona de casa, enfim, não tem talento para aquele lugar em que colocavam a mulher. A gente ainda vive em uma sociedade machista e trazem números assustadores. Tem uma diferença entre 'Além da Ilusão' e essa novela porque agora tem algo mais colorido, mais lúdico. Mas temos a oportunidade de mergulhar em terrenos relevantes, como é o da minha personagem, unindo o entretenimento com uma discussão útil".
João Vitor Oliveira explicou um pouco sobre o universo de seu personagem: "Mauro está dentro de um ambiente criativo de uma agência de propaganda. Tenho o 'The Office' como grande inspiração e agrega essa leveza que tanto falam nesse nosso horário das seis. É um universo muito legal esse do escritório e tenho o prazer de estar com atores que tanto admiro, como o Fábio Assunção e o Danton Mello, além do João Vitor Silva, que é quase meu homônimo e meu amigo desde a infância. Os personagens pensam em como vão vender os produtos para os mercados e trabalhar isso tem sido muito interessante. É muito legal de brincar", finalizou o ator.
"Garota do Momento" estreia no dia 4 de novembro.
Que seja um grande sucesso.
ResponderExcluirAbraços
Bem detalhada o que será a nova novela! Tomara emplaque! abraços, linda semana,chica
ResponderExcluirOlá, tudo bem? É a única faixa horária das telenovelas que a Globo atinge a meta de audiência. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirParece ser uma boa aposta!
ResponderExcluirBeijos e Abraços,
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No geral, pareceu-me que será uma boa novela, a vida na época tinha glamour, provocava um fascínio. Porém, havia o outro lado, da repressão feminina, dos costumes mais radicais etc. Se em meio a isso tudo, tem uma 'força feminista' eu já fico muito mais interessada, rsrs.
ResponderExcluirBeijão
Si essa novela fica tão maravilhosa cuánto a das sete, não quero imaginar o humilhante que vai ser para Mania de Você, falaremos os noveleiros a trinca que pudo ter sido mais não foi.
ExcluirGabriel
Vou acompanhar essa produção. Parece que está maravilhosa.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Estou empolgadíssima! Quero muito que chegue dia quatro! Pelo que li, a personagem da Klara Castanho terá TOC. Quero ver de que forma vão abordar. Geralmente, os autores pecam muito na condução das histórias que envolvem esse transtorno!
ResponderExcluirO elenco é incrível e torço para que seja um sucesso essa novela.
ResponderExcluirBeijos,
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