Mesmo em um ano tão doloroso, com tantas perdas e crises, foi possível elaborar uma lista de destaques do ano. A vacinação ajudou a retomar os trabalhos, mesmo que aos poucos, e no segundo semestre já há várias produções inéditas no ar. O streaming foi um mercado que cresceu muito no segundo ano de pandemia, enquanto a audiência da televisão aberta caiu com tantas reprises. Vamos para a última retrospectiva do blog:
Beneficiado pelo intenso período de confinamento em virtude da pandemia do novo coronavírus e por uma escalação repleta de perfis atrativos, a vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" foi um sucesso estrondoso. Logo na primeira semana o reality já caiu na boca do povo com toda a polêmica envolvendo Lucas Penteado e Karol Conká, que acabou virando a grande vilã da edição. O favoritismo de Juliette Freire só cresceu ao longo das semanas e a participante foi a vencedora com a maior porcentagem da história do reality: mais de 90% de preferência popular em uma final tripla. Tiago Leifert fez um discurso marcante para a campeã, que realmente foi um fenômeno, saindo com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (hoje já com mais de 33 milhões). Segundo dados divulgados por Boninho, 163 milhões de brasileiros estiveram em algum momento de olho nos brothers. Foi o "BBB" que mais faturou: R$ 550 milhões, 50% a mais que o do ano passado. Vale destacar ainda outros participantes que protagonizaram a edição, para o bem ou para o mal, como Gil do Vigor, Sarah, Viih Tube, Camilla de Lucas, Lumena, Carla Diaz, Projota, entre tantos. O êxito do programa foi tão grande que a Globoplay explorou até onde deu, vide os documentários de Karol Conká --- "A Vida Depois do Tombo" ---, Juliette --- "Você Nunca Esteve Sozinha" e agora no final do ano o de Gil do Vigor --- "Gil na Califórnia".
O encurtamento da novela das sete da Globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, fez muito bem para o enredo de Daniel Ortiz. A retomada da produção expôs uma história mais ágil e sem enrolações. A saga das atrapalhadas Luna, Alexia e Kyra foi divertida e destacou o talento de Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, que transbordaram sintonia. A trama tinha um quê infantil e agradou o público. A reta final foi repleta de cenas de ação e emocionantes, como o 'reencontro' de Luna com sua mãe, Helena (Flávia Alessandra). O autor só tropeçou feio no excesso de triângulos amorosos com desfecho que se arrastaram até o último capítulo, o que implicou em problemas evidentes de desenvolvimento. Mas o saldo geral foi positivo e uma espécie de volta por cima de Ortiz após a fraca e criticada "Haja Coração".