No segundo ano de pandemia, as produções dramatúrgicas seguiram com sérias dificuldades. As reprises seguiram dominando as programações. Porém, as novelas interrompidas no início de 2020 tiveram suas gravações retomadas e finalizadas. E as novas foram gravadas com todos os protocolos sanitários, estreando no segundo semestre. Embora com um número mais modesto, a lista de casais do ano, sempre elaborada na leva de retrospectivas deste blog, conseguiu ser feita.
Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):
Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisava ser operado para não perder os movimentos da perna e ela era fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estiveram em plena sintonia e a retomada da produção, em 2021, manteve a essência do casal, ainda que o autor tenha forçado uma dúvida na reta final que só prejudicou o roteiro.
Alan e Kyra ("Salve-se Quem Puder"):
A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Arrebataram o público. O sucesso foi tanto que o autor estendeu até o final o suspense a respeito do destino da personagem. A música tema do casal "You & me", de James TW, era a melhor da novela.
Kyra e Rafael ("Salve-se Quem Puder"):
O único triângulo de Daniel Ortiz que foi bem construído na trama. Vitória Strada e Bruno Ferrari repetiram a química já vista em "Tempo de Amar", novela das seis de Alcides Nogueira, exibida em 2017. Kyra, no entanto, teve poucas cenas com Rafael e passou a novela toda ao lado de Alan. Mas as cenas finais do par foram muito bonitas e os atores estiveram muito bem juntos. Uma pena que, ao optar pelo final feliz do par, o autor ignorou qualquer boa construção para o desfecho de Alan, que acabou claramente decepcionado e com uma personagem, Júlia, que tinha muito mais sintonia com o próprio Rafael.
Júlia e Rafael ("Salve-se Quem Puder"):
Sophia Abrahão entrou na novela das sete apenas com a retomada das gravações e sua personagem praticamente foi criada para contracenar com Rafael. Quase todas as suas cenas foram com Bruno Ferrari e a parceria funcionou. O clássico do jogo do casal que em um primeiro momento se odeia e depois acaba se envolvendo foi o mote da dupla, que teve química em vários momentos. Os atores funcionaram juntos.
Danilo e Camila ("Amor de Mãe"):
O único casal que funcionou na trama de Manuela Dias. Aliás, a autora mostrou que não é boa em construção de casais, pois sua novela teve o maior troca-troca de pares já feito em uma história e todos com um desenvolvimento raso. No entanto, Camila e Danilo (que na verdade era Domênico) escaparam e tiveram uma certa estabilidade na trama. Chay Suede e Jéssica Ellen tiveram uma boa química em cena.
Carolina e Evandro ("Sob Pressão"):
A quarta temporada da melhor série já produzida pela Globo manteve todas as qualidades de sempre e ainda expôs mais uma leva de dramas na vida do casal principal. Os médicos precisaram lidar com a chegada de um filho que Evandro teve com Diana (Ana Flávia Cavalvanti). O médico disputou a guarda da criança e teve sérios desentendimentos com Carolina. A situação serviu para expor novamente o quão é forte o amor dos protagonistas. No final, a guarda compartilhada deixou todos felizes. Marjorie Estiano e Júlio Andrade seguem com química e talento de sobra.
Dolores e Nélio ("Nos Tempos do Imperador"):
Os personagens viraram os mocinhos da novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão. Os autores erraram feio na construção dos dois casais protagonistas da trama, mas acertaram no desenvolvimento do amor que nasceu entre uma menina sofrida e tímida e um rapaz atrapalhado de baixa autoestima. Daphne Bozaski e João Pedro Zappa protagonizam cenas repletas de delicadeza juntos e cada cena da dupla é um poço de sensibilidade.
Leopoldina e Augusto ("Nos Tempos do Imperador"):
Além de Dolores e Nélio, um outro casal funcionou na novela das seis. Bruna Griphao e Gil Coelho protagonizam cenas divertidas e tem sido interessante acompanhar a relação de uma princesa que rompe as tradições em torno da elegância da monarquia e um príncipe que ama provocar sua amada. Os personagens carismáticos também ajudaram bastante, principalmente quando comparados com os demais integrantes da apática família real.
Guilherme e Flávia ("Quanto mais vida melhor"):
A novela das sete de Mauro Wilson acabou de estrear e ainda é cedo para maiores conclusões. No entanto, é inegável a deliciosa sintonia entre Mateus Solano e Valentina Herszage na trama. Os atores viveram pai e filha em "Pega Pega" (2017), reprisada recentemente, e agora vivem um futuro casal bastante promissor. A dançarina de pole dance que vive metida de confusões tem sido a maior responsável pelo início do processo de 'humanização' do cirurgião abusivo e controlador. A música "Together", cantada por Sia, tema de Flávia, deixa as cenas do par ainda melhores.
Neném e Paula ("Quanto mais vida melhor"):
Mesmo caso do outro casal já mencionado. A novela das sete está apenas há pouco mais de um mês no ar e fica difícil uma análise mais embasada. Mas o começo do relacionamento do jogador de futebol galinha com a empresária arrogante tem rendido ótimas cenas protagonizadas por Vladimir Brichta e Giovanna Antonelli. Tem sido muito divertido acompanhar.
Guimarães Rosa e Aracy de Carvalho ("Passaporte Para Liberdade"):
A série escrita por Mário Teixeira e dirigida por Jayme Monjardim esbanja capricho e o casal que existiu na vida real foi muito bem representado por Rodrigo Lombardi e Sophie Charlotte. Os dois atores estão muito bem juntos e têm química em cena, mesmo em meio ao contexto pesado do enredo: o regime nazista.
Apesar do ano difícil, houve um espaço para alguns bons casais na ficção. Deu para o telespectador shippar bastante, ao menos no segundo semestre. Aguardemos os romances de 2022.
Um apanhado completo dos casais mais apaixonantes da teledramaturgia em 2021, mesmo que algumas obras (mais especificamente "Amor De Mãe" (2019)) tenham perdido credibilidade com o passar do tempo ao terem o conteúdo parcialmente ou totalmente descaracterizado por parte de seus respectivos autores.
ResponderExcluirGuilherme
O Ortiz deveria se aposentar.
ResponderExcluirQue sejam lindos os dias no novo ano! Feliz 2022! beijos, chica
ResponderExcluirFaltou bia e tarantino
ResponderExcluirdemais mesmo alan e kyra. amo dolores e nélio. como tb leopoldina e augusto. como tem fogo ali. beijos, pedrita
ResponderExcluirfiz retrospectiva tb http://mataharie007.blogspot.com/
Meus casais favoritos do ano foram: Kyra e Rafael, Luna e Téo, Nélio e Dolores, Flávia e Guilherme S2
ResponderExcluirGuilherme e Flávia <3
ResponderExcluirPois é, Guilherme...
ResponderExcluirCoitado, anonimo...kkkkk
ResponderExcluirPra vc tb, Chica.
ResponderExcluirEles tiveram poucas cenas, anonimo.
ResponderExcluirBoa, Pedrita!
ResponderExcluirBeijão, chaconerrilla!
ResponderExcluirAmo, anonimo.
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