Tudo sobre a terceira coletiva online de "Além da Ilusão", próxima novela das seis

 A Globo promoveu na quinta-feira passada, dia 27, a terceira coletiva online de "Além da Ilusão". Participaram a autora Alessandra Poggi, o diretor Luiz Henrique Rios, e os atores: Antônio Calloni, Malu Galli, Alexandra Richter, Mariah da Penha, Olívia Araújo, Marcello Novaes, Gaby Amarantos, Eriberto Leão, Bárbara Paz e Paloma Duarte. Fui um dos convidados e conto agora tudo sobre o bate-papo. 

"Minha personagem não se permite nenhum tipo de felicidade na vida dela. Demora muito a ceder ao amor de Leônidas. Todos nós trabalhamos muito na preparação do elenco e a gente percebe isso logo no primeiro capítulo. Acredito que todo mundo vai curtir muito. É uma novela acolchoada de afeto. E eu ando arreganhando os dentes em tudo quanto é canto. Botaram minha família em cena. Dividir uma personagem com minha filha (Clara Duarte, que vive Heloísa na fase jovem) e pela primeira vez contracenar com meu avô (Lima Duarte). Agora vou falar um pouco da Heloísa. Essa novela fala de tantos temas importantes. Ela me dá uma oportunidade, uma voz, muito emocionante ao falar sobre ter uma filha que vou arrancada de mim e entregue para doação. Isso acontece tanto, tanta menina passa por isso. E o quanto isso transforma e deforma a alma de um ser humano", contou Paloma Duarte. 

"Essa atração do Leônidas por Heloísa explica um pouco do passado dele que será revelado ao longo da história. E meu personagem tem uma devoção pelo Matias. Ele tenta ajudá-lo a se 'curar' em virtude do que passou com a filha assassinada.

Acredito, no caso do Eriberto mesmo, que a cura só vem através do amor, que é o que temos precisado para passar por esses momentos tão difíceis que estamos vivendo. É uma novela linda. Uma fábula que vai encantar a todos. Uma grande obra de arte é aquela que nos representa em todos os personagens", acrescentou Eriberto Leão. 

Antônio Calloni contou sobre seu personagem, um juiz que arma para o mocinho ser preso pelo assassinato de sua filha: "Matias tem uma predileção explícita por Elisa. E na segunda fase da novela o personagem até começa a delirar. E há muitas semelhante e diferenças entre o Matias e o Júlio, meu último personagem em 'Éramos Seis'. Mas vejo mais diferenças, até pela condição social. Acho que consigo falar bem de um personagem quando a novela termina. Matias é um juiz rico e poderoso que acha que tem tudo em suas mãos. Não admite ser contrariado, não admite a ideia de perder, sente um amor incondicional pela filha Elisa e com isso causa uma tragédia. O choque de perceber que ninguém tem o destino nas mãos desenvolverá uma demência precoce, que é como a esquizofrenia era tratada na época. Passará por momentos de loucura e lucidez pensando na ausência da filha. Com a ajuda de Leônidas (Eriberto Leão) terá um tratamento de afeto, mostrando que não é só um vilão e também é capaz de amar. Essa descrição é da autora Alessandra Poggi que me ajudou muito a entender o personagem". 

"A Úrsula é uma vilã, embora todo ser humano tenha um coração, dependendo do ponto de vista. Ela é uma governanta da família. Cuida do Eugênio, trabalha na casa, mas quer ser da família. É apaixonada por esse homem, mas muito mais apaixonada pelo dinheiro e vai passar por cima de muita gente para conseguir o que quer. Tem muitos lados. E tem até um humor também. E estou muito feliz em estar de volta às novelas após quatro anos. Até achei que não sabia fazer mais. E ainda que Úrusla seja uma vilã, é uma novela das seis, então tem um pouco do lúdico. Estou fazendo até de maneira mais suave porque a novela das seis permite", contou Bárbara Paz sobre sua personagem. 

Gaby Amarantos comentou sobre sua estreia como atriz: "Tenho uma equipe muito maravilhosa que cuida de mim e administra bem o lado da música e agora a atuação. Estou amando fazer a Elisa. Estou me sentindo muito abençoada. É minha primeira novela. Me sinto nessa euforia da primeira trama e tive a sorte de pegar uma equipe maravilhosa. Queria falar um pouco do elenco infantil porque são uma coisa incrível. Muito profissionais. Acabo me sentindo criança também e me sinto muito orgulhosa de cantar a música tema da abertura da novela. As pessoas vão se apaixonar pela nossa história". 

A autora Alessandra Poggi falou sobre a vontade de escrever um folhetim de época: "Escrevo essa novela há quatro anos. Amo a história do Brasil, tanto que escrevi 'Os Dias Eram Assim' (2017), e resolvi fazer uma novela dos anos 40 porque tem o fim da Era Vargas, o fim da guerra e início da paz, o início de movimentos contra o racismo, então resolvi contar uma história de amor através disso. Além de ser uma época que tem o teatro de revista, os cassinos. Quero que as pessoas se apaixonem junto com os personagens e esqueçam um pouco todos os problemas que estão acontecendo no mundo". 

Olívia Araújo e Mariah da Penha falaram sobre as suas personagens: "Temos muitas mulheres em nosso entorno que nos inspiram. As duas, Augusta e Manuela, são amorosas, cada uma do seu jeito, e levam isso para a história. Foi um trabalho com uma união absurda do elenco. E é uma novela que não temos personagem solto, todos têm a sua história", contou Olívia. É um processo pós-abolição e faz parte da história do Brasil ex-escravas passarem a trabalhar na casa grande. E foi uma experiência nova e emocionante para mim estar na preparação do elenco", acrescentou Mariah. 

Malu Galli falou sobre o romance que sua personagem terá com Eugênio, vivido por Marcello Novaes: "A Violeta condensa na história dela muitas lutas, como a conquista da mulher no local de trabalho. E Eugênio é bem machista, embora tenha um bom coração. É interessante porque entra um tom de comédia romântica, então é delicioso. Temos muitas cenas divertidas e tem sido um prazer trabalhar com o Marcello". "Tem um embate entre os dois que acho que vai ser divertido na novela, como a Malu falou. A Violeta vai acabar ensinando muita coisa para o Eugênio porque, embora machista, ele acaba sempre ouvindo a Violeta", complementou Marcello. 

Alexandra Richter comentou sobre sua personagem que é uma viciada em jogo: "A Julinha é muito alegre, divertida e simpática. Ela tem esse vício, mas na época o cassino era permitido. A gente não entrou na questão de falar do vício em jogo porque na época os cassino bombavam. Luiz Henrique Rios me ligou em um momento muito importante porque eu estava muito triste com a morte do Paulo Gustavo. E o convite veio me dando um alento. Já fiz algumas cenas em que transito da comédia para o drama, como pegar algumas coisas de casa para jogar já que o marido (vivido por Paulo Betti) não deixa. Aliás, meu cenário, as cores, o figurino, tudo nos preenche muito. É um núcleo ótimo", finalizou a atriz. 

O bate-papo foi ótimo e a história parece promissora. "Além da Ilusão" estreia no dia 7 de fevereiro, substituindo "Nos Tempos do Imperador".