quarta-feira, 31 de março de 2021

"G3" não foi um delírio do público e teve um traumático fim no "BBB 21"

 A vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" já se encaminha para o terceiro mês. A temporada é um sucesso de audiência e era de se esperar: um dos raros produtos de entretenimento inédito da programação noturna. Muita água ainda vai rolar na casa mais vigiada do Brasil até maio, mês do encerramento do reality. E várias reviravoltas já aconteceram no programa, mas a maior delas foi a destruição do chamado "G3", composto por Juliette, Gil e Sarah. 


Embora alguns insistam, o "G3" não foi uma ilusão do público. A união realmente chegou a existir. Cada um teve uma razão para virar querido da audiência nas primeiras semanas de reality. A primeira foi Juliette. O público simpatizou de cara com a participante, tanto que foi uma das seis imunizadas logo na estreia do "BBB 21". Todavia, a paraibana acabou detonada nas redes sociais por conta de seu jeito exagerado e a 'perseguição' imediata a Fiuk. Mas, pouco tempo depois que o sexteto do andar de cima se mudou para a casa e conheceu o restante do elenco, houve uma virada a favor de Ju. 

Ninguém suportou a personalidade forte de Juliette. Nem as brincadeiras que fazia. Não demorou para se transformar na perseguida. Isolada e humilhada por todos os colegas, Ju virou uma espécie de mocinha injustiçada. E como o público reage quando uma situação do tipo acontece? Acolhe.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Volta de "Amor de Mãe" comprova que Vitória nunca foi protagonista

 Uma mulher negra bem-sucedida e respeitada. Advogada que virou uma referência na profissão e sabia diferenciar o seu lado profissional do pessoal. Aparentemente fria, sonhava em ser mãe. Defensora de um dos empresários mais corruptos do país, Vitória (Taís Araújo) nunca sentiu peso na consciência. Afinal, era apenas seu trabalho. Mas tudo começou a mudar quando adotou uma criança e ainda engravidou acidentalmente. Todas essas características faziam do perfil um dos melhores de "Amor de Mãe", que retornou recentemente, após quase um ano de pausa em virtude da pandemia. Mas tudo foi por água abaixo quando a autora inventou uma ruína financeira para forçar uma virada nada convincente.


Toda a trajetória de uma das ditas protagonistas da atual novela das nove da Globo acabou destruída. Vitória cansou de passar por cima de seus princípios para advogar para Álvaro (Irandhir Santos) e decidiu romper o contrato, pagando uma multa milionária. Era um momento aguardado pelos telespectadores. Mas resultou em uma reviravolta que afetou drasticamente a imagem da personagem. Aquela profissional inteligente, empoderada e cheia de atitude morreu. Manuela Dias parece ter criado outra mulher e colocado no lugar da anterior.

Vitória resolveu ajudar o ex, Davi (Vladimir Brichta), contra seu antigo cliente e em nenhum momento achou que havia o risco de ser flagrada. A situação, claro, resultou em um desvio de ética que acabou ocasionando a cassação de seu registro profissional e ainda culminou na influência do empresário para nenhum outro cliente poderoso a contratar.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Evolução da sociedade expõe o péssimo envelhecimento de Pedro em "Laços de Família"

 A evolução do comportamento do público já deixou bem claro que o galã de uma novela da década de 80 pode se tornar quase um vilão em 2021. Por isso a teledramaturgia é tão estudada e apreciada por vários historiadores, além dos tradicionais noveleiros. Há até ótimas monografias de faculdade sobre o tema. A atual reprise de "Laços de Família", em plena reta final, por exemplo, expõe uma completa mudança do olhar do público diante do personagem Pedro, interpretado por José Mayer. 

O sucesso de Manoel Carlos vem repetindo o êxito no "Vale a Pena Ver de Novo". A audiência está elevada. E com todo mérito. É um dos melhores trabalhos do autor, além de ser um dos mais lembrados com carinho pelo telespectador. Porém, Pedro é o tipo que pior 'envelheceu' no enredo. A expressão 'envelheceu mal' virou uma espécie de 'meme' na internet justamente por mostrar como determinadas situações, antes vistas como naturais, soam problemáticas hoje em dia. E pouco se salva deste perfil criado por Maneco. 

O administrador do Haras de Alma (Marieta Severo) é um sujeito solitário e rabugento. Transborda grosseria com todos ao seu redor, principalmente com as mulheres. Chegou a ter um casamento relativamente duradouro, mas acabou se divorciando. Os cavalos são sua única paixão.

segunda-feira, 22 de março de 2021

De mocinha a vilã: a trajetória catastrófica de Sarah no "BBB 21"

 O "BBB 21" tem muito mais gente odiada do que amada. Não por acaso, o início do reality se mostrou tão problemático e controverso. Aos poucos, no entanto, a narrativa de 'mocinhos' contra 'vilões' ganhou corpo e transformou a temporada em uma boa novela. Uma das gratas surpresas do elenco foi Sarah, que começou apagada e de semana em semana foi mostrando uma excelente jogadora, até virar uma das favoritas. Parecia uma forte candidata ao prêmio. Mas só parecia. 

A participante representa um típico 'padrão' de "BBB": a loira linda que logo chama atenção. Toda edição tem pelo menos umas três com tais características. Mas Sarah foi expondo o seu diferencial sem forçar situações. Sua afinidade imediata com Gilberto a beneficiou bastante e uma dupla impagável acabou formada de forma inesperada. Fizeram a primeira prova de resistência juntos, mas o laço só se firmou quando perceberam uma má impressão em comum sobre Pocah. A partir de então uma boa trajetória se iniciou. 

Sarah também confessou uma tática de 'espionagem': deixar sua mala no quarto colorido com o intuito de se arrumar lá e ouvir as conversas dos demais, enquanto dorme diariamente no quarto cordel. E por incrível que pareça conseguiu cumprir seu plano com facilidade.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Fracasso da reprise de "Haja Coração" corrigiu uma injustiça do passado

A Globo resolveu repetir a estratégia que funcionou em 2016: duas novelas das sete de sucesso em sequência. Há quase cinco anos, "Totalmente Demais" era um fenômeno de repercussão, elogiada por público e crítica. Foi substituída por "Haja Coração", uma produção tão popular quanto a anterior, mas de qualidade bastante inferior. A trama de Daniel Ortiz acabou com um décimo a mais na média de audiência que o produto de Rosane Svartman e Paulo Halm (27,5 pontos, enquanto a antecessora marcou 27,4). Todavia, a estratégia não deu certo com as reprises. A primeira conseguiu fazer ainda mais sucesso que em 2016 (obteve 29 pontos de média). Já a segunda conseguiu apenas 25 pontos. 

 Após seu bom trabalho como estreante em "Alto Astral" (2014), Daniel Ortiz apresentou um início promissor de seu segundo folhetim. Havia ali todos os ingredientes de uma deliciosa novela das sete. E o primeiro mês foi animador, onde a dupla formada por Fedora (Tatá Werneck) e Teodora (Grace Gianoukas) logo se destacou, assim como o trio impagável de amigas interesseiras formado por Rebeca (Malu Mader), Penélope (Carolina Ferraz) e Leonora (Ellen Roche). A composição de Mariana Ximenes como Tancinha também agradou e parecia uma ótima protagonista, tendo ainda a rivalidade com Fedora como um dos atrativos. Os erros observados em alguns núcleos paralelos deslocados e na história cansativa do mocinho Apolo (Malvino Salvador) pareciam pequenos diante dos acertos.

Entretanto, ao longo dos meses, Ortiz começou a dar claros sinais de falta de domínio de seu enredo. Os problemas começaram a crescer e até mesmo os pontos positivos começaram a ficar negativos. A falsa morte de Teodora foi um dos mais graves equívocos do autor, que preferiu seguir o roteiro original de "Sassaricando", ignorando a diferença do contexto. O resultado foi catastrófico para o núcleo Abdala, que era o melhor da novela. Com a saída da melhor personagem da família, todos os perfis ficaram sem função e perdidos na história.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Acidente de Ana e Manu foi a cena mais bem realizada de "A Vida da Gente"

 A reprise de "A Vida da Gente" tem sido um presente para o público. Com o perdão do clichê, a novela de Lícia Manzo é um primor e os pedidos para uma reexibição eram constantes. Desde o dia 1º de março que o telespectador tem acompanhado mais uma vez essa história tão envolvente. E nesta quarta-feira (17/03) foi ao ar a cena mais impactante da trama e uma das mais emblemáticas da teledramaturgia: o acidente de Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manuela (Marjorie Estiano). 


Após uma avalanche emocional em virtude da obsessão de Eva (Ana Beatriz Nogueira) e Vitória (Gisele Fróes) pelo sucesso profissional de Ana, a personagem decide fugir com sua filha e a irmã aceita ir junto. O destino é a casa da avó, Iná (Nicette Bruno). Um sopro de felicidade e empolgação surge na vida das protagonistas depois de tantas brigas e conflitos familiares. E as duas contam com o apoio de Alice (Sthefany Britto), que empresta seu carro para a fuga. Há toda uma preparação para essa viagem que implica na natural torcida do público. Mas uma desgraça acontece. 

Na estrada para a Serra, as irmãs sofrem um acidente de carro. O capricho da cena impressiona. A direção da equipe de Jayme Monjardim deu uma verdadeira aula de como fazer um momento de pura ficção parecer muito real. O capotamento do veículo e o grito das personagens já seriam suficientes para marcar uma sequência como essa.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Marisa Orth saiu da zona de conforto em "Haja Coração"

Todo ator foge do estigma. Nenhum intérprete gosta de ser conhecido apenas por um determinado tipo de papel. O sonho de um profissional das artes cênicas é justamente ter a possibilidade de exercer versatilidade, mostrando que é capaz de viver qualquer tipo. Nem todos conseguem. Alguns por falta de oportunidade e outros por falta de talento mesmo. Marisa Orth, por exemplo, ficou conhecida por muito tempo pelos seus papéis cômicos, especialmente a inesquecível Magda, de "Sai de Baixo". Mas em "Haja Coração", em sua última semana de reprise, pôde mostrar que também tem talento de sobra no drama.


A batalhadora Francesca se viu abandonada pelo marido ---- o sumiço de Guido (Wernner Schunemann) foi um dos 'mistérios' da novela, só sendo revelado no último mês ---- e criou os quatro filhos sozinha, trabalhando como feirante. Tem uma relação de cumplicidade com o filho Giovanni (Jayme Matarazzo), enquanto demonstra um grande afeto por Tancinha (Mariana Ximenes) e uma superproteção com Shirlei (Sabrina Petraglia). O seu relacionamento com Carmela (Chandelly Braz) é bastante problemático e ainda demorou muito para se abrir a um novo amor. Ou seja, é um perfil que não tem absolutamente nada de cômico.

Daniel Ortiz confiou no talento da atriz para o papel e valeu a pena. Inicialmente, a personagem seria interpretada por Christiane Torloni, com quem o autor trabalhou em "Alto Astral", mas a intérprete foi deslocada para "Velho Chico" na época, havendo assim a troca. Sorte da Marisa, que pôde exercer uma faceta não muito conhecida do grande público.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Reprise comprovou que "A Força do Querer" foi a melhor novela de Glória Perez

A missão de Glória Perez era complicada em 2017. Levantar a média do horário nobre da Globo, após uma sucessão de novelas fracassadas e/ou problemáticas. Para culminar, o seu retorno era cercado de desconfianças, em virtude da equivocada "Salve Jorge", seu pior folhetim, exibido em 2013. Mas, a autora conseguiu cumprir o objetivo com louvor e calou a boca de quem duvidava. "A Força do Querer" elevou a média da faixa em nove pontos, ao longo de 173 capítulos, obtendo 36 de média geral (contra 27 de "A Lei do Amor"), se firmando como o maior sucesso do horário desde "Amor à Vida" (também com 36 pontos). Não é pouca coisa. E a reprise, em virtude da pandemia do novo coronavírus, comprovou todos os acertos da novela.


"A Força do Querer" foi a melhor novela da escritora, conseguindo superar até a elogiada e inesquecível "O Clone", de 2001. Isso porque Glória soube se reciclar, corrigindo os vários erros observados em tramas como "Caminho das Índias", "América" e a já citada "Salve Jorge". Após abusar do recurso da exploração de culturas estrangeiras, a autora resolveu apostar em um enredo 100% nacional, tendo o Pará (através da fictícia Parazinho) como um dos locais de sua história. Ainda assim, o ambiente esteve presente apenas no primeiro mês, sendo logo 'abandonado' quando todos os personagens de lá se mudaram para o Rio de Janeiro. E foi ótimo não ter 'dancinhas' ou bordões com expressões estrangeiras. Estava bastante repetitivo.

Outra medida adotada com êxito foi a escolha do protagonismo. Em meio ao empoderamento feminino, Glória colocou três mulheres como figuras centrais, intercalando o destaque de cada uma. E escalou três atrizes de peso: Paolla Oliveira, Juliana Paes e Isis Valverde. O trio honrou a confiança da escritora, fazendo de Jeiza, Bibi e Ritinha tipos marcantes, que caíram na boca do povo.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Humberto Martins divertiu na pele do conservador Eurico em "A Força do Querer"

A um dia do seu fim, a reprise de "A Força do Querer reforçou as qualidades da produção. E um dos muitos pontos positivos da novela de Glória Perez foi a figura de Eurico. A autora se mostrou muito criativa na abordagem do preconceito, machismo e conservadorismo, evitando o tradicional maniqueísmo e expondo a ignorância de uma pessoa íntegra. Humberto Martins se destacou cada vez mais na história e a cena mais aguardada foi ao ar somente no penúltimo capítulo: a descoberta da vida dupla de Nonato (Silvero Pereira).


Após meses achando que seu motorista era um conquistador nato e típico machão, Eurico o viu se apresentando como Elis Miranda em um desfile de moda e entrou em estado de choque. Antes de se dar conta que era Nonato no palco, o empresário chegou a elogiar o talento da artista. Esse momento era um dos mais esperados da trama e é uma pena que Glória tenha deixado apenas para o final, deixando de aproveitar todo o período de entendimento e aceitação daquele homem tão machista.

Afinal, o personagem representou uma união de preconceitos. Nunca entendeu a homossexualidade e sempre recriminou o cabelo longo de Nonato, achando coisa de 'maricas'. Achou um absurdo Ivana (Carol Duarte) ter se descoberto trans, se descobrindo Ivan, e nunca tolerou mulher mandando mais que homem. O lado criativo dessa situação foi o fato de Eurico não ser um canalha. Pelo contrário, é um homem justo, honesto, atencioso com a esposa e fiel.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Juliana Paiva mostrou competência mesmo em um papel secundário em "A Força do Querer"

'Orelha' é um termo usado na teledramaturgia para definir um personagem criado exclusivamente para outro, sempre com maior destaque ou até protagonista, desabafar. O perfil não tem trama própria e vive a vida dos outros. Quase sempre resulta em um subaproveitamento de atores, sejam menos conhecidos ou consagrados. Por isso, muitas vezes os autores optam pela escalação de nomes pouco relevantes. Mas, no caso de Simone, em "A Força do Querer", em sua última semana de reprise, toda essa 'regra' foi deixada de lado.


A filha de Silvana foi escolhida pela própria Lília Cabral, que adorou o trabalho da colega em "Totalmente Demais" (onde viveu a hilária Cassandra, em 2016), e já vinha acompanhando a trajetória de Juliana. A veterana sugeriu o nome para o diretor Rogério Gomes, que prontamente atendeu, recebendo o aval de Glória Perez. E a escalação não poderia ter sido mais certeira. A atriz se sobressaiu logo no começo, mesmo tendo ainda cenas pequenas. Pouco tempo depois da estreia, ficou perceptível que era um tipo promissor no enredo. Uma expectativa acabou gerada.

Todavia, a ausência de uma trama própria frustrou parte do público e da própria crítica, em virtude do conhecido talento da atriz. Não há um conflito para chamar de seu. Realmente, vive o dos outros, principalmente o da mãe e o da prima(o) Ivana/Ivan (Carol Duarte). E nunca foi prometido algo diferente, até porque era uma personagem inicialmente nem pensada para ela --- e, sim, provavelmente, para uma intérprete menos conhecida.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Paralelo entre Ivan e Nonato foi um dos trunfos de "A Força do Querer"

A reprise de "A Força do Querer" está em plena reta final e todas as qualidades da melhor novela de Glória Perez puderam ser constatadas mais uma vez. A maior ousadia da autora foi o drama de Ivana (Carol Duarte), uma menina que não se identificava com seu corpo e sofria diante da pressão da mãe e da sociedade. A situação foi um dos principais trunfos do folhetim, ganhando novos contornos através de um interessante paralelo criado com um outro personagem que cresceu: o Nonato (Silvero Pereira).


A questão do transgênero ser explorada em uma novela foi um bom avanço e a escritora se mostrou muito corajosa. O método escolhido expôs a sua criatividade, além de ter servido como uma explicação objetiva, sem parecer didático ou piegas. Isso porque a dualidade que focalizada no enredo funcionou para destacar os dois perfis, ao mesmo tempo que expôs as diferenças que os separam, embora enfrentem o mesmo tipo de preconceito. O que o público via era um homem muito bem resolvido com seu corpo e uma mulher que não se identificava com o seu reflexo no espelho.

Ivana sempre sofreu pressão da mãe, a fútil Joyce (Maria Fernanda Cândido), para que fosse quase um clone seu. Na breve primeira fase da novela, que durou apenas o primeiro bloco do primeiro capítulo, ficou explícita a intenção da perua para com sua filha, transformando a criança em uma cópia mirim de si mesma.

sábado, 6 de março de 2021

Ao invés de retornar com o querido "Vídeo Show", Globo prefere transformar "Se Joga" em uma cópia

 O "Se Joga" foi uma das grandes apostas da Globo em 2019. O objetivo na época era enfrentar o "Balanço Geral", da Record, que derrotava o extinto "Vídeo Show" quase diariamente. Não por acaso o longevo programa sobre os bastidores da televisão foi retirado da grade, após quase 36 anos no ar. Mas não deu certo. As derrotas continuaram e a atração comandada por Fernanda Gentil, Fabiana Karla e Érico Brás sofreu um massacre de justas críticas. A pandemia do novo coronavírus, iniciada em março de 2020, foi um bom pretexto para cancelar o formato. Mas a emissora resolveu recolocá-lo no ar. 

Neste sábado, dia 6, o "Se Joga" retornou com uma nova roupagem em formato semanal. Agora está na faixa vespertina, no lugar do cansativo "Simples Assim," da Angélica. Também não há mais três apresentadores. Fabiana deixou o programa e Érico virou repórter. Fernanda está sozinha no comando. E a ótima Tati Machado ----- integrante do site Gshow que ganhou várias oportunidades em outras atrações, como "Encontro" e "É de Casa" ---- segue na equipe falando sobre novelas e artistas do canal. Mas não demorou para constatar a intenção da Globo: voltar com o "Vídeo Show", mas com o título de "Se Joga". 

A própria descrição das 'novas características' do programa entrega a inspiração, para não dizer plágio: "Serão tardes cheias de conteúdos especiais, entrevistas exclusivas, revisitas ao passado da TV, spoilers de cena, interatividade, e muitas curiosidades sobre o que acontece por trás das câmeras. Uma programação que faz o balanço da semana na vida dos famosos".

quinta-feira, 4 de março de 2021

Paolla Oliveira viveu grande momento na pele de Jeiza em "A Força do Querer"

Glória Perez conseguiu despertar a atenção do público com uma trama concisa e bem estruturada em "A Força do Querer", cujos conflitos foram conduzidos com competência. A reprise, atualmente na Globo e já em reta final, comprovou. Um dos acertos da novela é a escolha das protagonistas, pois os três perfis femininos são fortes e ganharam intérpretes talentosas. Bibi (Juliana Paes), Ritinha (Isis Valverde) e Jeiza movem o enredo. E Paolla Oliveira sobressaiu em virtude do bom destaque da policial empoderada no folhetim dirigido por Rogério Gomes.


A personagem se mostrou a mais forte do trio. Mulher bem-sucedida no trabalho, dona de si e imponente, Jeiza se destaca como policial e é tratada como líder na sua equipe. Corajosa, a PM não pensa duas vezes antes de prender algum bandido ou ajudar alguém. Mas sua firmeza não a faz antipática ou fria. Ela se mostra bem-humorada e debochada na sua vida 'normal' e vive uma relação de cumplicidade com a mãe, Cândida (Gisele Fróes). Para fechar esse bom conjunto, a mulher ainda luta MMA e é uma campeã nata, amedrontando suas adversárias no ringue.

Portanto, fica claro que o perfil é repleto de atrativos. E, claro, o fato de ser linda deixa a situação ainda mais interessante, pois é um 'padrão' que costuma despertar estranhamento diante da profissão ou da luta. Afinal, mulheres belas são sempre taxadas pela sociedade como modelos ou pessoas fúteis.

segunda-feira, 1 de março de 2021

Reprise de "A Vida da Gente" é a oportunidade de ampliar público de uma das melhores novelas já produzidas

 Nesta segunda-feira (01/03), começou a ser reprisada "A Vida da Gente", folhetim que marcou a estreia de Lícia Manzo como novelista da Globo em 2011. E a autora não poderia ter estreado melhor. A novela é a terceira mais vendida da emissora no mercado internacional e um primor. O público já pedia a reprise nas redes sociais há muitos anos, mas nunca era atendido. Nem mesmo no Canal Viva. Porém, como as gravações de "Nos Tempos do Imperador", próxima trama das 18h, atrasaram por conta da pandemia do coronavírus, uma outra produção precisou ser colocada para substituir "Flor do Caribe" (2013). E finalmente o pedido dos telespectadores acabou aceito. 

A história tem uma veia dramática arrebatadora e poucos personagens, o que acaba conquistando quem assiste com mais rapidez. Vide o irretocável primeiro capítulo apenas com os protagonistas no núcleo central. É fácil se sentir integrante daquela família. Íntimo daquelas pessoas. O êxito da autora foi total. Tanto na condução da novela, quanto na escalação do elenco e na boa e intensa repercussão que teve há dez anos. O telespectador foi conquistado imediatamente pela história das irmãs que se amavam e tiveram a linda relação rompida após uma tragédia causada por conta de uma sucessão de desentendimentos familiares.

O trio protagonista era composto por Marjorie Estiano, Fernanda Vasconcellos e Rafael Cardoso, que eram Manuela, Ana e Rodrigo: o triângulo amoroso que despertou torcidas fanáticas e proporcionou inúmeras cenas marcantes ao longo da trama. Manu e Ana eram irmãs que se amavam e se respeitavam, apesar da mãe Eva (Ana Beatriz Nogueira), que não escondia sua predileção por Ana e seu imenso desprezo