terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" prova que Emanuel Jacobina perdeu a habilidade de conduzir bem um roteiro

Que "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" é melhor que a temporada passada não há dúvidas. O enredo central é muito melhor estruturado, apresentando desdobramentos que despertam interesse do público, além de ter uma vilã bem construída. Entretanto, uma semelhança começou a surgir ao longo da trama, lembrando os equívocos observados em "Malhação - seu lugar no mundo": a perda de rumo da história. Infelizmente, Emanuel Jacobina vem comprovando que perdeu a habilidade de encaminhar com competência um roteiro.


A nova temporada começou de forma promissora e os únicos defeitos eram justamente frutos do resquício da fase passada: o núcleo do colégio Dom Fernão (completamente avulso) e o desnecessário casal Krica (Cynthia Senek) e Cleiton (Nego do Borel) ---- Nanda (Amanda de Godoi) e Jéssica (Laryssa Ayres) foram as exceções, pois ganharam um bom destaque através de novas tramas. Mas atualmente até mesmo o novo enredo vem apresentando falhas, principalmente em torno das mudanças forçadas criadas pelo autor, sem o mínimo de lógica, abusando da inteligência do telespectador.

Joana (Aline Dias), por exemplo, veio do Ceará atrás de uma melhor condição de vida no Rio de Janeiro e em busca do pai, até então um desconhecido. Conseguiu um emprego na academia Forma, cujo proprietário é justamente o seu pai, Ricardo (Marcos Pasquim).
Cercada de desconfianças, a mocinha passou a ser uma intrometida, invadindo a privacidade de todos e várias vezes se mostrando inconveniente. Essas atitudes criadas pelo autor já começaram a transformar a protagonista (que era ótima) em uma chata.

E tudo piorou quando Joana constatou que o chefe era mesmo seu pai. Como a relação de ambos ficou abalada em virtude das brigas com a irmã Bárbara (Bárbara França) e a "madrasta" Tita (Paula Possani), a menina se recusou a ter o nome de Ricardo na sua certidão, negando ainda qualquer benefício financeiro. Então qual o sentido da saga da protagonista até agora? Nenhum? Ela fez de tudo para provar que Ricardo era seu pai, exigindo um DNA, para depois recusar qualquer vínculo? Nem mesmo um registro documentado não quis? A situação ficou sem propósito. É preciso citar ainda o envolvimento da mocinha com os irmãos Gabriel (Felipe Roque) e Giovane (Ricardo Vianna). Sempre bancando a desentendida, a personagem usa os dois, provoca involuntariamente briga entre eles, e depois se esquiva. Como não irritar quem assiste? Para culminar, a mocinha não tem química alguma com o mocinho.

O enredo central também contou com outro erro grave de desenvolvimento do autor. A mudança brusca da personalidade de Irene (Louise Cardoso). Antes uma senhora divertida e de bem com a vida, agora a mãe de Gabriel e Giovane se transformou em uma preconceituosa inconveniente, tecendo comentários desagradáveis para Joana, desaprovando sua relação com os filhos. Ela, por sinal, tem toda a razão para recriminar o que a mocinha vem fazendo, pois realmente gerou uma crise entre os irmãos. Mas transformá-la em um tipo desagradável em prol de uma fragilidade do roteiro soou gratuito e sem lógica.

Mais um problema que merece menção é a condução de Juliana (Giulia Gayoso), que tinha se mostrado um dos melhores perfis da temporada. A filha do meio de Ricardo sempre foi apaixonada por Giovane, mas estava iniciando uma relação de gato e rato com Lucas (Bruno Guedes). O processo de aproximação foi sendo construído gradativamente ao longo da trama, gerando uma boa torcida pelo casal e focando nas diferenças que os dois tinham (ela uma patricinha e ele um grafiteiro humilde). Porém, simplesmente do nada ela passou a ficar com Jabá (Fábio Scalon) e toda a construção entre Juliana e Lucas foi jogada no lixo (os personagens nem se encontravam mais). Jabá, por sinal, foi outro perfil mudado pelo autor sem explicação. Inicialmente, o rapaz era um 'pegador' que usava sarcásticas tiradas para divertir o grupo de amigos, mas bruscamente virou um sujeito agressivo e babaca, desrespeitando todos aos seu redor com comentários machistas e grosseiros. Parecia até que tinha se transformado em um vilão.

A junção de Jabá com Juliana foi feita sem construção alguma e passou a sensação de uma mera 'mudança de ideia' do autor. Agora, aliás, Jacobina inseriu os pais do personagem na trama para justificar a sua agressividade através da relação conturbada do seu pai alcoólatra com a mãe submissa. A relação do rapaz com Juliana parece ter o intuito de mudá-lo, mas a forma como tudo foi criado ficou rasa demais. A própria filha do Ricardo, que antes mesclava drama e humor, perdeu qualquer traço mais leve, se tornando um perfil cansativo. A ausência de cenas ao lado das irmãs ----Bárbara e Manuela (Milena Melo) ---- também contribui para isso, uma vez que os conflitos do trio rendem sempre, mas são pouco explorados.

Aliás, Manuela também se perdeu no enredo. A filha caçula de Ricardo tinha um forte vínculo com o Caio (Thiago Fragoso) e um grande afastamento do pai; entretanto, a relação da menina com o tio se apequenou e foi deixada de lado. Até houve uma aproximação com Ricardo, sem maiores explicações. Já a relação de Manu com o provocador Fábio (Caio Manhente) era um dos pontos altos da história. Ela, bem mais 'macho' que ele, vivia batendo no colega e o relacionamento se baseava no clichê que sempre costuma funcionar: o ódio mútuo que vira amor. Porém, o autor foi diminuindo as cenas dos dois, até afastá-los consideravelmente ---- ambos passaram a contracenar muito pouco.

A homofobia repentina de Rômulo (Juliano Laham) foi outra situação construída de forma simplória, uma vez que o personagem demonstrou preconceito repentinamente e bastou uma conversa de dois minutos com um professor da academia para ele deixar de ser homofóbico. Quase uma mágica. Fora que a situação já impediu qualquer torcida maior para ele ficar com Nanda, culminando ainda nas suas cansativas ingressões em lutas clandestinas.

Apesar de todas as falhas apresentadas, "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" ainda se mostra uma boa/razoável temporada, mas é evidente que Emanuel Jacobina perdeu o rumo de sua própria história, repetindo os erros de "Seu lugar no mundo". Há muito conteúdo até abril de 2017, portanto nem tudo está perdido. Todavia, os equívocos já observados atualmente endossam a falta de domínio do autor pela sua própria trama. O fato do público do seriado ser em grande parte de crianças, adolescentes e donas de casa, não o desobriga a manter o mínimo de coerência e estruturação em seu enredo.

38 comentários:

  1. Desculpe a franqueza, mas ele teve essa habilidade algum dia?????

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  2. Parabéns por mais uma análise perfeita!

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  3. Eu realmente não estou gostando dessas mudanças, e acho q ele só juntou Juliana e Jabá pq os atores estão se pegando. Joana virou uma chata, mas ainda assim gosto dela com Giovane. Gabriel é um saco e Bárbara perdeu qualquer traço de humanidade q tinha no início. Fabiela foi esquecido em churrasco, Martinha e Júnior são personagens sem função e desnecessários (sem contar os rastros da outra temporada). Juliana ficou tão odiável q comecei a shippar Lucas e Luiza, sem contar o protagonista que mal aparece. Essa malhação é cheia de problemas, mas q podem ser resolvidos com ajustes aqui e ali.
    Abraços!

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  4. Análise perfeita e o vocabulário ofensivo da Barbara ja cansou. Ter tempo de melhorar nao significa que ele consiga to realmente com esperanças perdidas

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  5. E a Joana Fomm figurante de luxo? Palhaçada.

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  6. Que bom q vc escreveu essa crítica. Espero que o pessoal da novela leia a crítica e dêem uma maneirada nas mudanças. Um pouco mais de naturalidade

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  7. Ótima crítica. A mocinha é insuportável e o mocinho é outro. Aliás, ela fica muito melhor com Giovane do que com Gabriel. Irene e Rômulo tornaram-se também intragáveis. Jabá nunca me chamou a atenção, mas o relacionamento dele com Juliana foi muito mal construído e os dois não são nada interessantes juntos. Não dá para engolir esse amor todo... E tudo que ele fez de errado? O quanto ele fez mal aos amigos. Impossível esquecer. É uma pena que eles provavelmente terminarão juntos (?), porque Lucas e Juliana tinham uma história muito mais interessante e bem construído. E a química entre os personagens era muito maior. Outra tristeza é Fabiela ser completamente esquecidos. Eles engrandeciam tanto o enredo... Uma pena! Não vejo luz no fim do túnel para temporada, sério mesmo. Na outra pelo menos, eu conseguia shippar em paz kkkkkkkk

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  8. Eu gosto dessa temporada... mas realmente tá difícil algumas situações... odeio Jobiel e Jubá, coisas superficiais mesmo. Sério que estão vilanizando o Giovane? Pqp, bater no doido do Jacobina.

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  9. Concordo plenamente. Juliana e Lucas eram um ótimo casal e simplesmente separou os dois para juntar o Lucas com a Luíza e a Juliana com o Jabá, que é uma babaca que ele está tentando humanizar através desse drama do alcoolismo do pai, simplesmente não colou. A Joana, ele transformou numa mala, insuportável e pra mim ela não tem química com nenhum dos irmãos. Mas por mais que o Gabriel, o ator seja bem ruinzinho, ainda prefiro ela com ele. Com o Giovane pra mim ficou meio forçado. Mas pra mim com essa enrolação o autor acaba não desenvolvendo nenhuma historia, com nenhum dos dois. Que historia que o Gabriel e a Joana tem ? Nenhuma. E o que prende tanto o Gabriel a Barbara? Nada. É nítido que ele não gosta dela, e por mais que a Joana não queria ficar com ele, não tem porque ele continuar com a Barbara, sendo que está claro que ele demonstra não gostar dela. E ela sabe disso, tudo bem ela correr atras e tentar segurar ele, mas não tem nada que prenda ele a ela. É uma temporada mediana para ruim, mas que tinha tudo para ser melhor, não fosse esse autor errando a mão mais uma vez. Abração Sergio. Gosto muito dos seus textos.

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  10. Personagem mudando de personalidade ao bel prazer do roteiro também tem sempre em novelas do Walcyr Carrasco e o digníssimo blogueiro nunca reclamou. Pena que haja tanta parcialidade.

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  11. Que novela do Walcyr teve isso, senhor anônimo???? D~e exemplo. Se vier falar do Ninho, lambendo o saco do Stycer, vale lembrar que ele foi pego traficando no PRIMEIRO CAPÍTULO. BEIJINHOS!

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  12. Não duvidaria se o Jacobina transformasse a Joana na principal vilã da história. Outro rumo que parece indefinido é o da Sula, melhor amiga da Joana. Creio que ela tenha sido feita pra ficar com o Giovane, mas com essas indecisões do autor, tá demorando pra ela finalmente chegar no Rio. Teve aquela cena inexplicável em que, com o ônibus saindo de Fortaleza, ela desistiu em cima da hora por... medo. Fico com pena da jovem atriz, que acaba subaproveitada. No mais, ótima crítica Sérgio!

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  13. Bom dia primeiramente, então vamos lá...

    Em questão do casal de protagonistas Joana (Aline Dias) e Gabriel (Felipe Roque) creio que (na minha opinião) não é o fato dos personagens não terem química em si, mas vejo por um lado totalmente atrapalhado pelo próprio autor, os casal principal não teve nem tempo de se "beijar" com tantos ocorridos, quero lhe dizer que eles não conseguiram n ficar juntos por mais de 5 minutos sem aparecer ninguém para atrapalha-los, Jacobina escreveu a temporada de 2010/2011 que por alguma caso revelou grandes nomes como Bruno Gissoni, Daniela Carvalho, Marcelo Melo Jr. Entre outros, e o que pude observar é que naquela época ele desenvolveu um roteiro excelente, não era cansativo, e dava vontade de você querer saber o que vai acontecer no próximo capítulo, e apesar das diferenças sociais entre os protagonistas daquela época também, eles mesmos sabiam e admitiam que se gostavam e não escondiam isso de ninguém, eles simplesmente pensavam neles dois juntos e acabou, e ele acertou em cheio quando criou a bipolar e anoréxica Raquel (Ariela Massotti) como grande vilã da temporada.
    O que podemos perceber nessa é o seguinte, a Joana em si pensa muito na irmã Bárbara (Bárbara França) que se possível a explodiria sem pena alguma, pois bem, temos também a demora inexplicável de Sula (Malu Falangola) em chegar no Rio de Janeiro.
    A atriz que da vida a Joana é muito boa, porém não estamos vendo sempre aquela nordestina arretada que queríamos mesmo, vemos uma garota com atitude, ela fala, faz e acontece... Posso citar outro acerto do autor, o fato dele ter feito Gabriel despertar, pois ele estava quase igual o Rodrigo da temporada passada, sendo enganado por todos a todo o momento. Não sei ao certo o que ele fez, mas o personagem também está mais ativo.
    Um excelente acerto foi a criação de Bárbara, apesar d'eu achar que ele deveria aproveitar mais a vilã para poder movimentar muito mais na trama, pois ela tem potencial para isso, só que muita das vezes ele faz com que os personagens tomem chá de sumiço.
    Aaaaaaaah outra coisa, Bruno Gissoni está voltando para fazer uma participação nessa temporada como Toninho,o "irmão" de Joana, e não pensem vocês que ele virar passifico lindo e calmo, ele virá dando vida a um vilão por uns 3 ou 4 capítulos no máximo, assim como a Dani (Seu Lugar No Mundo - Joana Kannemberg) que veio para abalar o casal principal e após levar um chute no rosto saiu correndo e nunca mais voltou.
    Espero que não faça com que a vilã dessa temporada se perca de vez e pare num núcleo totalmente sem sentido como na temporada passada, como ele havia feito com Alina (Pâmella Tomé), Ciça (Júlia Konrad) e Flávia (Marcela Fetter) essa última que apesar de ter entrado, nunca teve uma pegada de vilã mesmo, não tinha aspecto e nem rosto.
    Apoio a Juliana com o Jabá que para mim foi algo inovador, pois creio que de uma certa forma todos esperavam aquele clichê da Juliana com o Lucas dos dois ficarem brigando e depois se amarem, apesar de não ter sido diferente com Jabá.
    Lucas e Luiza achei uma boa combinação.
    Krika e Cleiton ficaram sem função nem uma após o nascimento dos gêmeos.
    Jessica e Nanda foram uma ótima escolha do autor, e merecem destaque também.

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  14. Essa temporada de Malhação continua bem agradável, apesar dos erros de desenvolvimento.

    Pontos positivos da trama :

    Joana virou uma chatinha,mas continuo gostando dela. Sua teimosia em aceitar o pai é fruto das coisas que Caio botou na cabeça dela, além do fato de Ricardo ser um tremeeeendo chato. Marcos Pasquim já tá craque em fazer personagens integráveis.
    Nanda é uma ótima personagem e o autor acertou em deixa-la (Mas bem que o Felipe poderia ter vindo também). Ela é carismática, tem drama, tem um romance legal (Juliano Laham péssimo), enfim.
    Jéssica é outra que foi beneficiada, já que na temporada anterior foi desperdiçada. Seu romance com Beloto é ótimo.
    Tânia e seus filhos Fábio e Luiza são carismáticos e tem um ótimo entrosamento.
    Das protagonistas recentes de Malhação nenhuma se Salva. Luciana e Bianca eram chatas e Anita era insuportável. Joana é lucro.
    Bárbara é a melhor coisa da temporada. Pena não ser usada como deveria na trama.

    Pontos negativos :

    Desenvolvimento dos casais.
    Juliana + Lucas virou o par chatinho Juliana + Jabá (Personagem bem chatoo).
    Tânia + Ricardo é um saco, prefiro ela com Caio.
    Manuela + Fabio...???? Por onde andam?
    Joana + Gabriel é sem sal, com Giovanne é melhor.
    Personagens bipolares como Irene que era um amor e virou uma chatonilda e Romulo e sua homofobia passageira.

    Sula vem pro Rio logo minha fia.

    E Joana Fomm? Desperdiçada? Bem feito, foi convidada pra fazer Carinha de Anjo para ser a Madre Superiora e recusou.

    Pro dia Nascer Feliz só precisa se reorganizar um pouco pra voltar a ser melhor.

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  15. Taí uma temporada que nem me dou ao trabalho de ver. Eu não gosto muito do Felipe Roque, o acho péssimo, por essas e outras torço para que Joana fique mesmo com Giovanne. Eu não suporto a Bárbara, está sempre dando chilique por causa da Joana, queria que ela explodisse de tanto gritar, sei lá. Acho engraçado como ela manipula todo mundo e ninguém se toca que o problema é ela.
    Outra coisa que não entendi ainda: o Thiago Fragoso é mesmo vilão? Quando ele vai se revelar? E outro ator que também não gosto é esse menino que faz o Jabá, ele tem cara de arrogante, gostei mais do que faz o Lucas, eu acho que essa aproximação repentina do Jabá com a Juliana se deve mesmo ao namoro dos atores, já que o Leo Dias publicou que a atriz que interpreta Juliana teria ciúme até do vento kkkkkk
    Enfim, Emanuel Jacobina está onde está exatamente por esses defeitos na construção de suas histórias. Porque se fosse minimamente melhor, estaria no mesmo patamar de Walcyr Carrasco hoje em dia, já que começaram na Globo praticamente na mesma época, e enquanto o Walcyr virou o Rei das Seis e agora é ganhador de um Emmy e autor do horário nobre, Emanuel só tem uma novela como autor titular no currículo (Coração de Estudante) e as temporadas recentes da Malhação

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  16. No meu ponto de vista, a trama dessa temporada tinha tudo pra ser "a volta de Malhação". Mesmo sabendo que teve quem gostasse das temporadas anteriores, ficou longe de ser os sucessos de 2004 e 2009.
    Mas enfim, sobre essa temporada, tenho algumas considerações a fazer:

    Jacobina conseguiu revelar Barbara França, que mesmo como antagonista, tava roubando a cena, literalmente. Pensei que a maior obsessão dela era o namorado Gabriel, mas agora, ela surtou com o medo de perder toda a herança que tem.

    Gabriel conheceu Joana no Ceará. Ali parecia que era amor a primeira vista. Ia largar a Bárbara, pra ficar com Joana, menina negra e pobre. O contrário da Bárbara, que é mesquinha, preconceituosa e racista. Mas eles mal tiveram uma cena de romance. Joana era sempre grosseira com ele e nem demonstrava sentimentos que comprovasse que ela se apaixonou por ele naquele mesmo dia no Parque Aquático. Se os dois se amassem de verdade, Joana se declararia pro Gabriel, dizia que era errado, amor impossível etc, mas sempre estariam ficando, se vendo... Mas os dois só aparecem pra brigar. Isso é irritante!

    Giovane e Joana formam um dos casais mais chatos da temporada. Eram pra ser apenas amigos, e agora são namorados. Nem teve um pedido de namoro verdadeiro. Tudo começou de uma mentira pra enganar o Gabriel. Mas Joana gosta do Gabriel mesmo? Até agora ela não demonstrou de nenhuma maneira muito clara isso.

    Fábio e Manuela tinham entrosamento pra ser um casal teen engraçado, briguento e no futuro, amoroso. Mas agora eles sumiram. Não faz sentido toda aquela implicância dos dois nos primeiros capítulos.

    O ódio gratuito de Caio por Ricardo parece mais inveja. Deu a entender que Caio também gostava da Carmem, mas foi o Ricardo quem se envolveu com ela. A mesma coisa acontece com a Tânia: os dois voltam a disputar a mesma mulher. Tânia não sabe se gosta de um, de outro ou de nenhum.

    Um dos casais mais esperados era Lucas e Juliana. Embora Juliana fosse doida pelo Giovane (amigo de infância) e até rolasse uma amizade colorida, Lucas tava disposto a chamar a atenção dela. Daí do nada surge Jabá, um idiota que era o pegador e resolveu se apaixonar por quem? Por Juliana. Por curiosidade, os atores parecem que são namorados em off. O casal Lucas e Juliana foi pro espaço!

    Dom Fernão parece que nem existe mais. Colocaram um cabrito pra ser animal de estimação e agora ele pode virar churras...

    Joana foi pro RJ pra descobrir quem era o pai, descobriu e agora prega o ódio e desprezo à ele. Tá fazendo o que no RJ então? Se já sabe quem é, volta pro Ceará. Pensei que ela seria humilhada e perseguida pela Bárbara, mas ainda não vi ela derramar uma lágrima por causa de preconceito e racismo. Ela se tornou chata e arrogante.

    Sula, melhor amiga de Joana, SUMIU! ia até viajar pro RJ, mas do nada, o ônibus quebra e blábláblá. Era uma vez uma personagem linda que podia atrair os olhos de Giovane, de Lucas (pra fazer ciúmes à Juliana) entre mil hipóteses...

    Entre essas e outras, o núcleo de Malhação vai se perdendo... Uma pena, porque tinha tudo pra ser um sucesso. Tem tempo ainda? Tem. Mas o prazo é curto.

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  17. Na minha opinião, Malhação foi boa até a temporada 2004 q tinha a Vagabanda. Depois disso, foi só piorando. E a temporada casa cheia? Desastre total.
    Mas aí, veio a salvação c/ Malhação- Sonhos, c/ uma história boa, elenco bom.
    Acho q Malhação já deu o q tinha q dar.

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  18. Só um adendo a sua crítica que foi muito boa,malhação não tem maior parte do público em crianças e adolescentes e sim em adultos e pessoas com mais de 50 anos.

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  19. Obrigado,anonimo. Mas isso da Bárbara não vejo como problema.

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  20. Tem isso, Ana. Mas ao menos tá empregada.

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  21. Tb não vejo luz alguma, porlapazyporlavida lc! hahaha

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  22. Fico mt feliz em saber que gosta dos textos, Juan. abração!

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  23. Nossa, anonimo....ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ Vcs, haters do Walcyr, tem uma fixação com ele, né? É doentio.

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  24. Obrigado pelo ótimo comentário, Anonimo.

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  25. É uma pena isso, Felipe. Muito bom o comentário.

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  26. Tinha tudo pra isso, Armando. Tudo. Onde eu assino? Muito bom! E nem acho que dê mais tempo....

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  27. Acho que Malhação tem uma vida mt longa ainda, anonimo.

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  28. Bom, já se passou 4 meses deste texto e as coisas não melhoraram nem um pouco.
    - O "protagonista", Gabriel, sumiu da novela;
    - O vôlei de praia foi esquecido;
    - O Jorjão podia ter exercido um papel social muito relevante para a moçada, e também não foi desenvolvido;
    - Lucas e Martinha tiveram um filho "do nada", e agora estão prestes a terminar como casal; ou seja, Lucas flutuou por 3 histórias e não se firmou em nenhuma;
    - Bárbara continua agressiva, fútil e sem propósito;
    - Caio se tornou um assassino psicopata;
    - E a mocinha? A atriz não evoluiu nas técnicas. Continua tão mecânica quanto no episódio de estreia;
    - O papel de Tania como mãe solteira e batalhadora também foi esquecido;
    - Sula e Joana, que eram melhores amigas, já nem contracenam mais. Sula, Krica e Clayton se enfurnaram no Bat Hostel.
    E por aí vai.

    Incrível. A história podia ser boa. Destruíram a temporada e queimaram os jovens atores

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