terça-feira, 30 de agosto de 2016

"Sol Nascente" estreia com belas imagens e pouca história

A estreia de "Sol Nascente" --- o primeiro capítulo foi ao ar nesta segunda-feira (29/08), substituindo o fenômeno "Êta Mundo Bom!" --- apresentou um conjunto de imagens paradisíacas, tendo a beleza da fotografia como elemento principal. As gravações foram feitas em Búzios e Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, proporcionando um festival de momentos solares logo no início. No entanto, ao menos neste começo, ficou faltando história, reiterando a impressão causada pelas chamadas, onde havia uma clara ausência de conflitos convidativos.


A novela de Walther Negrão, escrita em parceria com Júlio Fisher e Suzana Pires, traz de volta ao horário das seis o clima praiano presente em vários folhetins do autor, vide "Tropicaliente" (1994), "Como uma Onda" (2004) e "Flor do Caribe" (no caso, a última produção escrita por ele, exibida em 2013). A trama é dirigida por Leonardo Nogueira, que sabe aproveitar bem as paisagens, embelezando os capítulos, e tem como foco central o amor de dois amigos de infância, interpretados por Bruno Gagliasso e Giovanna Antonelli.

O amor de Mário e Alice já pôde ser observado na estreia, mas só por parte dele. Ela deixa claro em todos os momentos (demasiadamente) que os dois são amigos, cuja cumplicidade é observada em todos os instantes deles juntos. Houve até uma cena bonitinha dos personagens crianças, quando Mário confortou Alice na época que a mãe da menina tinha falecido.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Perfeita como Beatriz, Marjorie Estiano teve uma participação marcante em "Justiça"

O quarto episódio de "Justiça" foi um pouco atípico, levando em consideração os três anteriores. Isso porque o protagonista Maurício (Cauã Reymond) não foi o maior destaque. Quem dominou o capítulo, emocionando o tempo todo que esteve presente no enredo, foi Marjorie Estiano, cujo desempenho primou pela total entrega na pele da doce Beatriz, noiva do personagem central dessa história. O drama daquela mulher envolveu de uma forma intensa e angustiante. A participação da atriz foi curta, mas de muito impacto.


O drama da bailarina que é atropelada, ficando tetraplégica, pôde ser acompanhado de relance em todos os outros episódios. Foi a única personagem que esteve presente em todas as outras histórias. O atropelamento, inclusive, é o ponto de cruzamento dos enredos. O telespectador foi preparado para esse momento ao longo da semana e, mesmo vista de longe, a cena provocava um forte impacto. Portanto, era previsível que quando fosse exibida 'na íntegra' haveria uma grande comoção. E de fato houve. Até porque o capítulo já começou com Maurício praticando a eutanásia na esposa para só depois o tempo voltar, explicando como tudo aconteceu.

Logo no início do episódio, Marjorie dominou a cena, esbanjando emoção no instante em que Beatriz pede para o noivo fazer carinho em seu rosto porque no corpo ela não sentia. A sequência seguinte mostrou a personagem gravando um vídeo inocentando o marido e expondo a sua admiração pelas pessoas que conseguiam seguir em frente diante de uma tetraplegia, mas que ela não conseguia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Fenômeno de audiência, "Êta Mundo Bom!" trouxe otimismo e a essência de Walcyr Carrasco no horário das seis

A missão de "Êta Mundo Bom!" não era simples, afinal, tinha a 'obrigação' de manter a qualidade da faixa das seis, que vinha de duas novelas anteriores primorosas: "Sete Vidas" e "Além do Tempo". Mas, ao voltar para o horário que o consagrou, Walcyr Carrasco tinha noção da responsabilidade e conseguiu cumprir o objetivo com louvor. Ainda superou as expectativas no quesito audiência, pois a sua trama saiu de cena com uma média geral de 27 pontos (sete a mais que a anterior), atingindo índices expressivos ao longo dos meses ---- sempre acima dos 30 pontos (chegou até a 36 de média) ----, alcançando marcas não obtidas na faixa desde o remake de "O Profeta", em 2006 ---- coincidentemente, um folhetim que contou com sua supervisão.


Foi o próprio autor que pediu para voltar ao horário das seis e, após o fenômeno "Verdades Secretas", teve o pedido atendido pela Globo. Após os imensos sucessos "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", Walcyr trouxe de volta para a faixa absolutamente tudo o que deu certo nessa trinca, deixando de lado qualquer tipo de 'novidade' ou 'surpresa'. Ou seja, o objetivo dele era justamente reutilizar o que o público tinha amado: muita guerra de comida, quedas no chiqueiro, um núcleo de caipiras vivendo em uma fazenda, vilões maniqueístas e situações dramáticas sendo mescladas com humor pueril. Pois funcionou de novo, confirmando um fato incontestável: o telespectador estava com saudades de acompanhar uma história do escritor às 18h.

A novela, ambientada na década de 40, estreou no dia 18 de janeiro e teve seu último capítulo exibido no dia 26 de agosto, ou seja, ficou quase oito meses no ar. Foram 190 capítulos, sendo uma das produções das seis mais longas, levando em consideração a diminuição da duração das obras dessa faixa nos últimos anos. As Olimpíadas influenciaram o esticamento, pois a Globo já havia pedido para o autor desenvolver um folhetim maior para não estrear nada durante os jogos, cujos horários ficam tomados de competições e variações na grade.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

"Sol Nascente": o que esperar da próxima novela das seis?

A missão da nova novela das seis será complicada: substituir o fenômeno "Êta Mundo Bom!", cuja audiência estrondosa não era obtida desde "O Profeta", remake exibido em 2006. Para culminar, a nova produção precisará manter a qualidade da faixa, que apresentou três excelentes novelas em sequência ---- além do êxito de Walcyr Carrasco, Lícia Manzo com "Sete Vidas" e Elizabeth Jhin com "Além do Tempo" presentearam o público com grandiosas tramas. Portanto, a responsabilidade de Walther Negrão (que escreve juntamente com Suzana Pires e Júlio Fisher) com "Sol Nascente" é alta.


Porém, o autor é experiente no horário, pois quase todas as suas novelas na Globo foram exibidas na faixa das 18h. Vide "Direito de Amar", "Despedida de Solteiro", "Tropicaliente", a lembrada "Fera Radical", "Era uma vez...", "Como uma onda", "Araguaia" e "Flor do Caribe" (sua última trama). O escritor já deixou evidente em folhetins anteriores que gosta de um clima praiano e repetirá a dose em "Sol Nascente", como é possível observar nas chamadas da nova produção, dirigida por Leonardo Nogueira.

Ambientada na fictícia Arraial do Sol Nascente, a história terá imagens paradisíacas como pano de fundo, lembrando muito "Flor do Caribe" e "Como uma onda". O enredo será sobre o amor improvável dos grandes amigos Alice e Mário, interpretados por Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Terceira temporada do "MasterChef" mantém o fôlego do formato e repete o sucesso

O ano de 2016 está sendo bem difícil para a Band. Após um longo tempo transmitindo o Campeonato Brasileiro junto com a Globo, a emissora desistiu dos direitos para cortar custos, despertando um clima de preocupação em vários profissionais, uma vez que o canal sempre teve o esporte como identidade. Para culminar, ainda cancelou o "CQC" no início do ano, humorístico que já estava em crise e sem audiência. Porém, apesar das várias dificuldades enfrentadas, a Bandeirantes só tem motivos para sorrir com a versão nacional do "MasterChef".


O reality estreou sua terceira temporada em março (dia 15) e contou com 21 participantes, três a mais que a edição anterior. O número maior de candidatos teve justamente o intuito do programa durar mais tempo no ar, se beneficiando da ótima audiência das duas temporadas anteriores. A emissora chegou até a inserir a atração em dois dias da semana (terça e quarta), na metade de julho, com a intenção de encerrá-lo antes das Olimpíadas. No entanto, a medida (bastante amadora) foi logo cancelada, voltando a ser uma vez por semana como sempre foi.

A competição de aspirantes a chefs se encerrou nesta terça-feira (23/08) e ficou praticamente seis meses no ar. Uma duração digna de novela e não de reality. Entretanto, mesmo tendo uma longa jornada, com direito a mais de duas horas de programa semanal (começando sempre por volta de 22h30 e terminando quase uma da manhã), a atração não se desgastou, mantendo um impressionante fôlego.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ousada e caprichada, "Justiça" mostra a força de sua história logo no início

"Existe justiça na vingança? Fazer silêncio é fazer justiça? A justiça é mais cega do que a paixão? Se a lei não faz justiça, então ela serve para quê? Falta de justiça tem cura?" Baseada nessas premissas bastante pertinentes, estreou nesta segunda-feira (22/08) a nova minissérie da Globo. "Justiça" ---- escrita por Manuela Dias (responsável pela elogiada "Ligações Perigosas" no início do ano) e dirigida por José Luiz Villamarim (diretor das primorosas "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu") ---- estava cercada de expectativas em virtude das suas chamadas arrepiante. E o início da produção já honrou toda a ansiedade pela estreia, expondo a força de sua história (ambientada em Recife, fugindo um pouco do eixo RJ/SP) logo na primeira semana.


A minissérie conta o enredo de uma forma bem ousada, já observada nas séries "Sessão de Terapia", no canal a cabo GNT, e "Os Experientes", na Globo. São quatro histórias independentes que se cruzam, mudando a condição de destaque dos personagens de acordo com o dia. O protagonista de segunda é o coadjuvante de terça e quase uma figuração na quinta, servindo ainda de elenco de apoio na sexta, ou vice-versa. Mas todos acabam sempre presentes, independente do episódio. Na estreia, por exemplo, o público foi apresentado ao drama de Elisa (Debora Bloch), mulher que planeja se vingar do homem que matou sua filha.

O primeiro capítulo expôs o conjunto muito bem entrelaçado da minissérie, mesmo contando somente o enredo daquela mãe dilacerada por dentro. Isso porque já foi possível ver o estopim das três outras tramas: Rose (Jéssica Ellen) e Débora (Luisa Arraes) comprando drogas --- perfis centrais das quintas ---, e o pânico de Maurício (Cauã Reymond) --- protagonista das sextas ---, assim que sua esposa (Beatriz - Marjorie Estiano) é atropelada. O chocante atropelamento foi visto por Elisa, que saía de um restaurante com um rapaz mais novo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Rosi Campos foi valorizada como merecia em "Êta Mundo Bom!"

Uma das qualidades de Walcyr Carrasco é a valorização dos atores experientes. Eles são destacados em todas as suas novelas e o autor sempre faz questão de presenteá-los com bons papéis. Tanto que os casais de 'veteranos' costumam ter uma boa importância nas suas histórias, protagonizando cenas sensíveis e bem escritas. Baseado, então, no histórico mencionado, a escalação de Rosi Campos para "Êta Mundo Bom!" foi uma ótima notícia. E, assim que o folhetim estreou, ficou perceptível que a intérprete seria valorizada como merecia.


A atriz ganhou a carismática Eponina ---- que havia sido escrita para a também talentosa Jandira Martini (que não pôde aceitar em virtude de compromissos com o teatro) ----, praticamente uma Cinderela que passou da idade de viver o primeiro amor e encontrar seu príncipe. Ingênua, atrapalhada e com um forte sotaque caipira, a personagem é uma das principais do ótimo núcleo da fazenda e um dos grandes destaques da novela. Considerada um estorvo na família, a irmã de Quinzinho (Arty Fontoura) não tem uma relação amistosa com a cunhada Cunegundes (Elizabeth Savalla), mas foi praticamente a mãe postiça de Candinho (Sérgio Guizé) e Mafalda (Camila Queiroz), tendo ainda um imenso carinho por Filó (Débora Nascimento) e Quincas (Miguel Rômulo).

A virginal senhora ainda é apaixonada pelas rádio-novelas e tem uma autoestima bastante elevada, pois sempre achava que os homens que iam à fazenda estavam interessados em seu decote e suas 'ancas'. Rosi Campos sempre foi uma ótima comediante e incorporou uma caipira pura brilhantemente, se adaptando perfeitamente ao texto do autor, com quem trabalha pela primeira vez.

sábado, 20 de agosto de 2016

Reprise de "Laços de Família" no Viva comprova que o sucesso da novela é atemporal

Quando o Viva decidiu reprisar "Laços de Família" houve uma grande expectativa em torno da reexibição. Afinal, é um dos maiores sucessos de Manoel Carlos e a novela ainda entrou para a história da teledramaturgia com a cena de Camila (Carolina Dieckmann) raspando os cabelos ao som de Love By Grace, cantada por Lara Fabian. A animação do público com a reprise se refletiu diretamente nos números de audiência, pois não demorou para a trama se firmar como o maior êxito do canal a cabo desde o seu início. E não é difícil observar o porquê. A novela apresentou um conjunto de acertos, onde todos núcleos se destacaram positivamente, havendo ainda enlaces dramáticos muito bem estruturados.


Neste sábado (20/08), foi exibida justamente a emblemática sequência da Camila raspando a cabeça (passou originalmente, inclusive, em 9 de dezembro de 2000, atingindo 53 pontos de audiência). A cena, como já mencionado, é até hoje lembrada e emocionou mais uma vez, despertando uma comoção nas redes sociais. O momento foi um divisor de águas para Carolina Dieckmann e a longa cena não tem sequer uma frase. É totalmente voltada para o sofrimento da filha de Helena (Vera Fisher), que começa aparentemente conformada, até chorar copiosamente à medida que a máquina zero vai avançando em cima de seus cabelos. Ali, inclusive, ficou claro que o choro da atriz se misturou com da personagem.

Toda a construção de Manoel Carlos ficou primorosa, conseguindo algo raro: provocar ódio e compaixão por Camila ao longo da história. A filha da protagonista foi logo odiada assim que começou a demonstrar interesse pelo namorado da mãe, principalmente por causa das inúmeras grosserias lançadas em cima de Helena, além do cinismo em negar seu interesse o quanto podia.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Eliane Giardini ganhou um grande papel em "Êta Mundo Bom!"

"Êta Mundo Bom!" está quase encerrando seu ciclo e deixará saudades. Entre os muitos acertos da novela de Walcyr Carrasco (dirigida por Jorge Fernando), vale destacar a escalação do elenco, repleto de talentos em sua grande maioria, tendo apenas umas três ou quatro exceções. Muitos atores tiveram a oportunidade de brilhar durante a trama. E uma das melhores atrizes do time foi Eliane Giardini, que ganhou um grande papel, cuja importância pôde ser acompanhada ao longo de oito meses de novela.


Anastácia é um dos perfis mais íntegros da história e mãe de Candinho (Sérgio Guizé), o protagonista do folhetim. No início, o telespectador acompanhou a saga da dona da fábrica de sabonetes Aroma em busca do filho. Isso porque seu autoritário pai tirou o bebê de seus braços assim que nasceu e mandou matá-lo. Mas, uma empregada se recusou a executar o serviço e acabou colocando a criança em um rio. Tudo foi acompanhado no primeiro capítulo, aumentando o envolvimento do telespectador com aquele tocante e folhetinesco enredo.

Ao contrário do que se imaginava, o reencontro de mãe e filho não demorou muito e ocorreu antes da metade da novela. Eliane e Sérgio protagonizaram a cena mais linda da trama e emocionaram a todos. A partir de então, a personagem entrou em uma nova fase, desta vez ao lado de Candinho e iniciando um romance com o professor Pancrácio (Marco Nanini).

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

"Justiça": o que esperar da próxima minissérie da Globo?

A autora Manuela Dias estreou sua primeira produção solo este ano. E foi muito bem-sucedida. A minissérie "Ligações Perigosas", exibida em janeiro, foi brilhante, destacando a boa adaptação da escritora do clássico romance de Choderlos de Laclos. Sete meses se passaram e agora ela estreia uma produção de sua autoria, cujas chamadas despertaram interesse assim que começaram a ir ao ar. "Justiça" entrará no ar no dia 22 de agosto, uma segunda-feira, logo após o término das Olimpíadas, sendo exibida depois de "Velho Chico".


A minissérie terá 20 capítulos e contará em cinco semanas quatro histórias diferentes. Todas se interligam em algum momento e cada dia haverá um protagonista. A produção tem o mesmo esquema das novelas das 23h, ou seja, quarta-feira não será exibida em virtude do futebol. Como o próprio site oficial mencionou, o protagonista de segunda-feira pode ser um coadjuvante na terça, ser figurante na quinta e ter uma aparição relâmpago na sexta. É uma narrativa muito ousada para a televisão aberta. Entretanto, não é inédita.

No canal cabo GNT, por exemplo, houve um formato semelhante na primorosa série "Sessão de Terapia", onde o psicólogo Teo (Zécarlos Machado) era o protagonista, mas cada dia da semana contava com um personagem central diferente. E, no caso, os enredos dos pacientes não se cruzavam. Somente o terapeuta 'transitava' na história. Outra situação que merece ser lembrada era a de "Os Experientes", grande série exibida em 2014 pela Globo.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Os melhores casais de "Êta Mundo Bom!"

"Êta Mundo Bom!" está perto do seu fim. A novela das seis de Walcyr Carrasco foi o maior sucesso do horários dos últimos dez anos ---- a última trama que obteve índices semelhantes foi o remake de "O Profeta", exibido em 2006 e supervisionado pelo mesmo autor. Um feito e tanto. E além de todas as qualidades já mencionadas da obra do autor, é preciso mencionar o acerto na formação de três casais completamente diferentes, mas que se complementaram ao longo da história. A construção das relações e a criação dos perfis foram ótimas, fazendo dos três pares os melhores do folhetim.


Gerusa (Giovanna Grigio) e Osório (Arthur Aguiar) fazem jus ao amor em seu estado mais puro, representando um romance idealizado e voltado para os contos de fadas. Maria (Bianca Bin) e Celso (Rainer Cadete) representam o amor que é capaz de mudar uma pessoa, a tornando um ser humano melhor. Já Pancrácio (Marco Nanini) e Anastácia (Eliane Giardini) protagonizam o amor maduro, que para ser solidificado precisa se adequar aos costumes e rotina de ambos, que já passaram por muita coisa ao longo da vida.

São três relacionamentos muito bem construídos pelo autor, que despertaram interesse desde o início da novela. Cada um a seu modo. E em todos os casais é possível observar uma evidente química, explorada através da entrega dos atores em cena.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

"Pro Dia Nascer Feliz": o que esperar da próxima temporada de "Malhação"?

"Malhação - seu lugar no mundo" chegou ao fim no dia 2 de agosto, excepcionalmente uma terça-feira, e o seriado sofre um hiato de quase três semanas enquanto a Globo prioriza a cobertura das Olimpíadas no Brasil. É a segunda vez que a trama adolescente fica fora do ar entre uma temporada e outra (a primeira foi no intervalo de "Malhação Casa Cheia" e " Malhação Sonhos" por causa da Copa). Também acontecerá outro fato atípico desde que "Malhação" adotou um regime de renovação total de elenco a cada ano, mudando também os autores. Isso porque a nova história será escrita por Emanuel Jacobina, o mesmo autor do recém-terminado limitado enredo, mantendo ainda alguns atores, retomando um costume encerrado em 2007.


A direção geral também continuará sob o comando de Leonardo Nogueira (que é o diretor de "Sol Nascente", próxima novela das seis). Já a história será iniciada do zero, pois todos os personagens centrais são novos, deixando de lado qualquer vínculo com a fase passada. Chamada de "Malhação - pro dia nascer feliz", a temporada começará no Ceará, contando a vida da batalhadora Joana (Aline Dias), a primeira mocinha negra do seriado. Ela mora com o padrasto Agenor (Jackson Antunes) e a mãe dele, que considera sua avó ---- Dona Damiana (querida Ilva Niño) ----, desde que a sua mãe faleceu.

É no Ceará, aliás, que a protagonista conhece Gabriel (Felipe Roque), o mocinho da trama. O rapaz é jogador de vôlei de praia e faz uma dupla com o amigo Giovane (Ricardo Vianna). Os dois são treinados por Jorjão (Oscar Magrini), um típico representante da 'geração saúde, que é considerado um pai pelos garotos ---- eles moram somente com a mãe, Irene (Louise Cardoso).

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Após início promissor, "Haja Coração" apresenta sérios problemas de desenvolvimento

"Haja Coração" estreou no dia 31 de maio, ou seja, está no ar há pouco mais de dois meses (o capítulo 64 foi ao ar nesta sexta). A novela das sete da Globo teve um início muito agradável, se mostrando uma gostosa trama e perfeitamente propícia ao horário, onde a comédia ditava o rumo do enredo. O remake de "Sassaricando" parecia bastante promissor e com bons atrativos para prender o público. Entretanto, a produção começou a apresentar sérios problemas de desenvolvimento, expondo a limitação da história escrita (ou reescrita) por Daniel Ortiz.


A 'releitura', como o autor gosta de chamar, tinha com ponto alto o núcleo da família Abdala e isso ficou perceptível desde a estreia. Embora tenha colocado Tancinha (Mariana Ximenes) como protagonista da nova versão, o escritor se esqueceu de fortalecer sua trama, que era digna de uma coadjuvante em 1987. As deficiências em torno da personagem central não demoraram para aparecer, que logo começou a ser ofuscada pelos demais núcleos, principalmente o já mencionado, cuja comicidade se fazia presente através da impagável dupla formada por Fedora e Teodora Abdala, vividas pelas ótimas Tatá Werneck e Grace Gianoukas.

Enquanto Tancinha protagonizava cenas repetitivas de idas e vindas com Apolo (Malvino Salvador), as peruas viviam situações hilárias e ainda menosprezavam os demais habitantes da mansão, como Aparício (Alexandre Borges), Lucrécia (Cláudia Jimenez) e Gigi (Marcelo Médici).

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

"Cúmplices de um Resgate" completa um ano no ar com bonita e aguardada cena

"Cúmplices de um Resgate" completou um ano no ar no último dia 3, primeira quarta-feira de agosto. A novela infantil é mais um grande sucesso do SBT, após as bem-sucedidas "Carrossel" e "Chiquititas". Assim como as anteriores, é um remake da versão mexicana "Cómplices al Rescate", que também teve um bom resultado de audiência quando foi transmitida pelo canal de Silvio Santos na época. O êxito da produção se deve ao fiel público, até porque não há concorrência em se tratando de formatos voltados para as crianças no horário. E recentemente a trama exibiu uma das suas cenas mais aguardadas.


Foram muitos meses de espera, mas a expectativa acabou sendo recompensada com uma ótima cena protagonizada por Juliana Baroni e Larissa Manoela. O encontro de mãe e filha foi emocionante, destacando as atrizes, que convenceram durante aquele momento tipicamente folhetinesco. Rebeca nunca desconfiou que tinha uma outra filha além de Manuela e muito menos que era uma gêmea idêntica. O roubo de sua herdeira pôde ser visto logo no primeiro capítulo, tendo como responsável a arrogante Regina (Maria Pinna), grande vilã da história.

Portanto, o telespectador esperou nada menos do que um ano para ver esse encontro. Um tempo bem exagerado, mas 'normal' em se tratando de uma produção do SBT, onde os inúmeros esticamentos são rotineiros em virtude do sucesso das novelinhas infantis.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Flávia Alessandra repete boa parceria com Walcyr Carrasco e se destaca em "Êta Mundo Bom!"

Ela estreou na televisão em "Top Model" (1989), graças ao concurso de novas atrizes que o "Domingão do Faustão" promoveu na época, onde Adriana Esteves também foi revelada. Desde então participou de várias novelas, como "História de Amor", "A Indomada", "Meu Bem Querer", "Porto dos Milagres" e "O Beijo do Vampiro", entre outras. Porém, foi graças a Walcyr Carrasco que Flávia Alessandra se firmou de vez na carreira, mostrando a ótima atriz que é. O autor iniciou uma bem-sucedida parceria com a intérprete em "Alma Gêmea", lhe presenteando com seu melhor papel (a diabólica Cristina), e agora os dois novamente estão juntos em "Êta Mundo Bom!".


A atriz ganhou a ambiciosa Sandra, a grande vilã do atual fenômeno das seis. A personagem tem algumas semelhanças evidentes com Cristina, como os cabelos e o estilo elegante de se vestir. O objetivo do autor, por sinal, foi esse mesmo, pois a novela que marca seu retorno ao horário que o consagrou tem todos os elementos já usados por ele nos seus outros folhetins das 18h. Entretanto, há também diferenças claras entre os perfis. A víbora de "Alma Gêmea" era impulsiva e ficava vulnerável sem a mãe do lado planejando seus próximos passos, além de ter um completo descontrole emocional.

Sandra é uma mulher fria e calculista. Mais contida, se comparada com a sua semelhante, e idealizadora de tudo o que faz. Não precisa de uma mãe para lhe dar ordens. Tem o poder da manipulação e só está preocupada com o dinheiro, ao contrário de Cristina, que tinha uma obsessão pelo mocinho. Flávia Alessandra vem brilhando desde a estreia, conseguindo explorar com talento as similaridades e as diferenças que unem e separam sua segunda grande vilã da primeira.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O decepcionante final de Rubião em "Liberdade Liberdade"

A novela das onze chegou ao fim na última quinta-feira (04/08), apresentando um último capítulo com ótimas cenas, mas que também deixou bastante a desejar em alguns aspectos. Vários personagens, por exemplo, não tiveram seus desfechos explicados e o telespectador ficou sem saber o que houve com Virgínia (Lília Cabral), Mimi (Yanna Lavigne), Anita (Joana Solnado), Caju (Gabriel Palhares), Brites (Rita Clemente) --- a mãe de Xavier ---, entre tantos mais. Porém, o grande equívoco do final "Liberdade, Liberdade" foi justamente a conclusão da trama de Rubião (Mateus Solano), o grande vilão da história.


Desde a estreia da novela, o público foi instigado a acompanhar a saga de vingança de Joaquina (Andreia Horta), que logo no primeiro capítulo perdeu a mãe e o pai, ambos assassinados por Rubião. No caso de Tiradentes (Thiago Lacerda), uma morte indireta, provocada por traição. Ela voltou a Vila Rica anos depois, adulta e senhora de si, justamente com esse objetivo: descobrir quem traiu seu pai e vingá-lo. Ao longo do enredo, a heroína ficava voltada para a defesa dos menos favorecidos e a revolução iniciada pelo inconfidente que tanto amava e respeitava.

Para culminar, o vilão ainda assassinou covardemente Raposo (Dalton Vigh), o pai adotivo de Joaquina, dilacerando de vez a sua família. O choque foi imediato quando a protagonista descobriu que havia se casado com o homem responsável pela morte do fidalgo que a criou como se fosse filha.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Liberdade Liberdade" foi uma boa novela, mas poderia ter sido muito melhor

Apresentando uma estreia caprichada e um desenvolvimento morno, "Liberdade, Liberdade" ficou praticamente quatro meses no ar (67 capítulos) e fechou seu ciclo com uma reta final empolgante, presenteando o telespectador com cenas muito bem realizadas. O último capítulo, exibido excepcionalmente nesta quinta-feira (04) ---- por causa do início das Olimpíadas (a Globo fará uma transmissão intensiva do evento) ----, encerrou o folhetim com dignidade, após momentos finais de tirar o fôlego, principalmente em virtude do início da revolução comandada pela protagonista e o enforcamento de seu irmão.


A novela das onze viveu uma novela própria antes de entrar em produção. Márcia Prates estrearia como autora, mas Silvio de Abreu e sua equipe observaram vários erros históricos no texto da escritora, fazendo muitas modificações. Glória Perez e Alcides Nogueira chegaram a trabalhar como supervisores, mas abandonaram a função. Outros problemas foram detectados, até a responsável pela história ser desligada do projeto, sendo utilizado apenas o seu 'argumento' para o enredo. Mário Teixeira foi chamado às pressas para assumir o controle de um trem que parecia desgovernado e a partir de então finalizaram a escalação do elenco, iniciando de vez a elaboração do folhetim.

Portanto, em virtude de todas as questões mencionadas, a expectativa em torno da novela ---- baseada no livro "Joaquina, filha de Tiradentes", de Maria José de Queiroz ---- não era animadora. Afinal, tudo se encaminhava para um produto retalhado e equivocado. A estreia serviu para diminuir essa 'preocupação', pois a trama promissora, o contexto histórico atrativo, o figurino caprichado e o grande elenco agradaram bastante. Entretanto, as constantes mudanças nos bastidores acabaram refletindo na condução do enredo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Apesar da segunda temporada ter sido melhor que a primeira, "Chapa Quente" não deixará saudades

Ocupar a faixa que foi de "A Grande Família" por quase 14 anos não era uma tarefa nada fácil. Por isso mesmo, "Chapa Quente" (escrita por Cláudio Paiva e dirigida por José Alvarenga Jr.) já estreou em 2015 pressionada a ser uma produção tão boa quanto a anterior que fez um imenso sucesso por um longo e respeitado tempo. A primeira impressão não foi nada boa e as avaliações negativas se mantiveram, originando várias críticas durante os meses em que ficou no ar. Apesar de tudo, a audiência foi alta e a Globo encomendou uma segunda temporada em 2016. Mas, agora, até mesmo a emissora reconheceu que não há mais como prolongar o formato, cancelando a série, que sai do ar nesta quinta (04/08).


A primeira temporada foi um equívoco completo. Apesar do bom elenco, a série parecia um híbrido de todos os seriados de humor que deram certo na Globo. Tanto que era possível observar alguns elementos de similaridade com "A Grande Família", "Tapas & Beijos" e até "Macho Man", três produtos bem-sucedidos da emissora. A história era ambientada em São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, com pouco mais de um milhão de habitantes. E o principal cenário era o Marlene`s, salão de cabeleireiro da perua Marlene (Ingrid Guimarães), casada com o vagabundo Genésio (Leandro Hassum). 

Praticamente todos os conflitos aconteciam naquele ambiente, onde circulavam os personagens. O cabeleireiro Fran (Tiago Abravanel) e a manicure Josy (Renata Gaspar) funcionavam como principais escadas para Marlene, enquanto o malandro Marreta (Paulinho Serra) formava uma dupla dinâmica com Genésio.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Repleta de equívocos, "Malhação - Seu Lugar no Mundo" se mostrou uma temporada fraca e esquecível

No ar desde 17 de agosto de 2015, chegou ao fim excepcionalmente nesta terça (02/08) ---- em virtude do início das Olimpíadas ---- a vigésima terceira temporada de "Malhação". Chamada de "Malhação - seu lugar no mundo", a trama teve a direção de Leonardo Nogueira e foi escrita por um dos responsáveis pela criação do seriado adolescente em 1995: Emanuel Jacobina ---- sua última assinatura, aliás, pôde ser vista na ótima história protagonizada por Pedro (Bruno Gissoni) e Catarina (Daniela Carvalho) em 2010, cujo subtítulo era "Cidade Partida". Entretanto, apesar do 'bom currículo', o autor decepcionou muito no novo trabalho.


A sua missão, inclusive, era complicada: substituir à altura a primorosa "Malhação Sonhos", temporada de imenso sucesso escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm. Inicialmente, parecia que o autor reservava uma boa história para o público, tendo tudo para manter a qualidade da faixa. Isso porque as primeiras semanas foram convidativas, uma vez que o enredo central se mostrava bem estruturado em torno do sofrimento da família de Rodrigo (Nicolas Prattes), em virtude da trágica morte de João (João Vithor Oliveira), irmão do mocinho. Os desdobramentos, voltados para a dubiedade da viúva Ciça (Júlia Konrad) e a crise no casamento de Miguel (Marcelo Airoldi) e Ana (Vanessa Gerbelli), envolveram.

A comicidade também provocou uma boa impressão, pois as trapalhadas do ingênuo Uodson (Lucas Lucco) divertiram e logo destacaram o personagem 'ogro', que vivia sendo humilhado pela mãe Vanda (Solange Couto), ao contrário do irmão mau-caráter Luan (Vitor Novello), sempre paparicado, e que namorava a mocinha Luciana (Marina Moschen).

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ótima em "Liberdade Liberdade", Lília Cabral mais uma vez mostrou o seu talento

"Liberdade, Liberdade" está perto de seu fim e um dos acertos da novela das 23h foi o seu elenco. Muito bem escalado, o time da produção esteve repleto de talentos e quase todos conseguiram brilhar em algum momento da história, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Vinícius Coimbra. Entre os intérpretes que mais se destacaram está a sempre grandiosa Lília Cabral, que ganhou a íntegra Virgínia, mulher responsável pelo cabaré da cidade de Vila Rica.


A personagem é uma das mais importantes do enredo, pois está ligada a todos os acontecimentos da novela. A cafetina cuida das suas meninas como se fosse uma mãe e é uma revolucionária disfarçada, sendo a responsável pelas maiores articulações do movimento contra a Coroa Portuguesa e tendo Xavier (Bruno Ferrari) como fiel escudeiro. Ela, aliás, sempre esperou a volta de Joaquina (Andreia Horta) desde que viu a menina ainda criança partir nos braços de Raposo (Dalton Vigh), seu grande amor.

Para culminar, Virgínia é mãe de Rubião (Mateus Solano), o grande vilão do folhetim, que sempre renegou cruelmente a mãe. Toda a teia que envolve o papel proporciona bons conflitos, destacando o conhecido talento de Lília.