Foi o próprio autor que pediu para voltar ao horário das seis e, após o fenômeno "Verdades Secretas", teve o pedido atendido pela Globo. Após os imensos sucessos "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", Walcyr trouxe de volta para a faixa absolutamente tudo o que deu certo nessa trinca, deixando de lado qualquer tipo de 'novidade' ou 'surpresa'. Ou seja, o objetivo dele era justamente reutilizar o que o público tinha amado: muita guerra de comida, quedas no chiqueiro, um núcleo de caipiras vivendo em uma fazenda, vilões maniqueístas e situações dramáticas sendo mescladas com humor pueril. Pois funcionou de novo, confirmando um fato incontestável: o telespectador estava com saudades de acompanhar uma história do escritor às 18h.
A novela, ambientada na década de 40, estreou no dia 18 de janeiro e teve seu último capítulo exibido no dia 26 de agosto, ou seja, ficou quase oito meses no ar. Foram 190 capítulos, sendo uma das produções das seis mais longas, levando em consideração a diminuição da duração das obras dessa faixa nos últimos anos. As Olimpíadas influenciaram o esticamento, pois a Globo já havia pedido para o autor desenvolver um folhetim maior para não estrear nada durante os jogos, cujos horários ficam tomados de competições e variações na grade.
Mas, essa situação acabou sendo benéfica, uma vez que a audiência só foi crescendo (o folhetim virou o mais visto da emissora por muito tempo, deixando "Velho Chico e "Haja Coração" para trás) e Walcyr conseguiu evitar a famigerada barriga, sempre criando boas reviravoltas na trama.
A história principal se mostrou muito bem estruturada. A adaptação do conto "Cândido ou o otimismo" (do filósofo Voltaire) --- cuja versão cinematográfica é até hoje lembrada pela interpretação magistral do saudoso Mazzaropi como Candinho --- foi desenvolvida com competência pelo autor, tendo como principal acerto a escalação de Sérgio Guizé para viver o protagonista. O ator deu um show na pele do ingênuo caipira que tinha o burro Policarpo como melhor amigo e vivia repetindo a clássica frase de seu quase pai adotivo, o professor Pancrácio (Marco Nanini): "Tudo que acontece de ruim na vida da gente é para 'meiorá'!" Ele honrou o protagonismo do enredo, sustentando com talento a posição de personagem central do início ao fim. É um papel que ficará marcado para sempre na carreira do intérprete.
Aliás, Marco Nanini voltou aos folhetins em grande estilo, após quase 14 anos interpretando o Lineu em "A Grande Família". Seu carismático professor de filosofia era uma das principais figuras da novela e o ator viveu 36 tipos diferentes na história, graças ao ofício clandestino de seu personagem, que adorava se disfarçar, encarnando diversos tipos para pedir dinheiro nas ruas. Miss São Paulo, índia, Marquesa de Santos, nadador olímpico, cego, mendigo, vedete, ex-combatente do exército e grávida foram alguns dos seus inúmeros perfis. Vale citar também o arrogante Pandolfo, irmão gêmeo de Pancrácio, que entrou na novela para fazer par com Eponina (Rosi Campos), engrandecendo o núcleo da fazenda. O ator ainda teve uma química evidente com Eliane Giardini (Anastácia) e protagonizou ótimas cenas ao lado de Sérgio Guizé e JP Rufino (Pirulito).
Eliane, por sinal, ganhou um grande papel. A milionária Anastácia representava a mulher à frente do seu tempo e a sua saga em busca do filho Candinho foi envolvente, culminando na cena mais linda da novela, quando a mãe irradiante de felicidade e o caipira se encontram, dando um abraço emocionante. Foram muitas sequências merecedoras de elogios, evidenciando a compensação de Walcyr, que não havia valorizado o talento da atriz em "Amor à Vida". Ela, inclusive, formou uma boa dupla com Bianca Bin, intérprete da destemida Maria, que virou a mocinha da novela logo no início, se mantendo no posto até o final. A saga da menina que se via viúva, grávida e expulsa de casa, arrebatou o telespectador, que passou a torcer pela personagem. O envolvimento dela com Celso (Rainer Cadete) foi outro acerto, transformando o casal em um dos melhores da história.
O maior destaque de Maria também serviu para expor o equívoco da então mocinha Filó. Débora Nascimento teve um desempenho apenas regular e ainda não estava preparada para um papel de tamanha importância, por mais que sua principal função tenha sido somente fazer par com Candinho. O enredo em torno de Filomena também não funcionou, pois a personagem cansava pelo excesso de ingenuidade ---- foi enganada pelo picareta Ernesto (Eriberto Leão) por um longo período ---- e tudo que a cercava se tornava enfadonho. Foi um dos poucos erros da novela, tanto que a sofredora mulher foi tendo seu destaque diminuído, até virar uma mera coadjuvante, enquanto Maria protagonizava várias cenas importantes, sendo responsável pela maior movimentação do enredo (descobria todas as armações dos vilões) e funcionando como rival direta da vilã Sandra (Flávia Alessandra).
Composto por um elenco excelente e entrosado, o núcleo dos caipiras foi um dos grandes êxitos da trama. Inicialmente, a história da família que vivia querendo vender a fazenda onde moravam era claramente inspirada no conto "O Comprador de Fazendas", de Monteiro Lobato. Esse, inclusive, foi o fator que implicou no romance de Mafalda (Camila Queiroz) e Romeu (Klebber Toledo), o picareta que tentou enganar os jecas. Mas, ao longo da novela, a tentativa de golpe cedeu lugar para outras situações hilárias, como a curiosidade em torno do 'cegonho', nome dado pelo autor para o órgão sexual masculino. O termo pegou e virou quase um personagem à parte, caindo na boca do povo. As cenas protagonizadas por Mafalda e Eponina eram hilárias, destacando a sintonia perfeita entre Camila e Rosi Campos ----- aliás, vale citar que a grata revelação de "Verdades Secretas" se firmou de vez na carreira vivendo uma caipira fofinha, completamente diferente da sensual Angel, e Rosi finalmente foi valorizada como merecia, após várias figurações de luxo nos últimos anos.
O time da fazenda também teve como destaque a sempre ótima Elizabeth Savalla, parceira de sempre de Walcyr, que brilhou com a sua rabugenta Cunegundes, conhecida como Boca de Fogo (o bordão "Meu nome é Cunegundes!" foi o mais falado ao longo dos meses). Ary Fontoura fez uma ótima dupla com ela, na pele do submisso Quinzinho, sendo necessário ainda mencionar o genial Flávio Migliaccio interpretando o veterinário Josias. Dhu Moraes (Dita), Anderson Di Rizzi (Zé dos Porcos), Miguel Rômulo (Quincas), Jeniffer Nascimento (Dita), Juliane Araújo (Sarita) e Mauro Mendonça (Inácio) são outros nomes que merecem elogios, compondo o núcleo com maestria, que conseguiu ficar melhor com a entrada de Suely Franco (Paulina, dona do movimentado Dancing) na reta final.
Entretanto, nem tudo foram flores. Além do já citado problema em torno da Filó, o autor errou na condução do triângulo formado por Mafalda, Zé e Romeu. A indecisão da caipira foi divertida, mas cansou pouco depois da metade da novela e ficou claro que o escritor mudou de ideia no meio do caminho. Isso porque estava tudo sendo encaminhado para Mafalda ficar com Romeu, mas houve uma alteração brusca no enredo, deixando tudo raso e forçado. Afinal, a caipira nunca sentiu nada por Zé dos Porcos e subitamente disse que o amava. Já Romeu havia se redimido quando ganhou na loteria e perdeu toda a sua fortuna tentando conquistar a filha de Cunegundes. Portanto, não fez o menor sentido ele voltar a ser canalha nas últimas semanas, ainda por cima a traindo com Sarita. Ele perderia todo seu dinheiro por uma mulher que não amava? A condução do trio ficou cansativa e o resultado foi uma solução claramente tirada em cima da hora. Se a construção do amor de Mafalda por Zé tivesse sido trabalhada desde o início, tudo ficaria bem melhor.
Outro equívoco da produção foi a escalação do inexpressivo Romulo Neto para viver um tipo ambíguo, o enigmático Braz. O papel era bem interessante, mas o ator não conseguiu imprimir as nuances do irmão de Maria, deixando a desejar em todas as cenas. Foi uma das poucas exceções do ótimo elenco. Porém, o enredo em torno dele foi uma boa trama paralela, destacando Priscila Fantin e Tarcísio Filho. Afinal, o intransigente Severo e a interesseira Diana foram responsáveis (direta e indiretamente) pela morte de Ana (Debora Olivieri), esposa do dono da loja de tecidos da cidade, e acabaram punidos pelo rapaz na reta final do folhetim. Os dois, aliás, acabaram ficando juntos, protagonizando divertidas cenas no melhor estilo gato e rato. Foi uma trama que ficou em foco enquanto a principal entrava em estado de espera, conseguindo manter a atenção do telespectador.
O romance repleto de delicadeza protagonizado por Osório e Gerusa também merece menção. Arthur Aguiar e Giovanna Grigio tiveram sintonia e o drama que cercava o casal era muito triste, tendo um desfecho trágico ---- que vinha sendo preparado desde o início da história. A menina que sofria de leucemia e o rapaz que passava a viver em função do seu amor encantaram o público, que torcia para um final feliz. No entanto, o fim do par foi condizente com a situação, até porque curar um câncer na década de 40 era quase impossível. Vale citar a grandiosa presença de Ana Lucia Torre vivendo a preocupada Camélia, avó de Gerusa e dona da pensão por onde passaram vários personagens. Entre os perfis que faziam parte do núcleo, aliás, estavam Olimpia e Evandro (talentosos Rosane Gofman e Cláudio Tovar), atores que trabalhavam na rádio-novela "Herança de Ódio" --- cujos capítulos puderam ser acompanhados semanalmente pelo Gshow, em um processo de transmídia criativo. O papel da atriz da rádio seria até da querida Neusa Maria Faro, figura sempre presente nas obras do autor, mas a intérprete precisou ser substituída porque se adoentou.
Além do par composto por Osório e Gerusa, é necessário elogiar o casal formado por Anastácia e Pancrácio. A química entre Eliane Giardini e Marco Nanini foi evidente logo na primeira cena e a relação dos personagens foi desenvolvida com competência por Walcyr, que sempre valoriza os veteranos em suas produções. O romance de Celso e Maria formou com os outros dois a trinca de melhores pares do folhetim das seis. Rainer Cadete e Bianca Bin se destacaram, fazendo da relação clássica do amor que muda e transforma um grande acerto. Já nas últimas semanas, o divertido e 'quente' casal Josias e Paulina serviu para aumentar essa lista, que também tinha Eponina e Pandolfo, e Cunegundes e Quinzinho.
A vilania de Sandra foi outro ponto alto da história. Flávia Alessandra voltou a trabalhar com o autor que mais a valorizou na carreira e se deu bem novamente com ele, pois a sua personagem era responsável pela movimentação da trama principal e se destacou do início ao fim. As semelhanças com seu papel mais marcante, a Cristina, de "Alma Gêmea", foram nítidas, como a cor do cabelo e o estilo classudo; entretanto, o escritor se preocupou em diferenciá-las, obtendo êxito. A sobrinha de Anastácia sempre foi a mentora de seus atos e primava pela racionalidade, ao contrário da outra, completamente dependente da mãe, Débora (Ana Lucia Torre), e passional ao extremo. Flávia esteve muito bem e os embates da víbora com a 'titia' e Maria eram ótimos, assim como sua parceria com o canalha Ernesto (Eriberto Leão).
Outra situação que funcionou a contento foi a dura vida de Claudinho (Xande Valois, grata revelação da "Malhação Intensa"). O menino paralítico era maltratado pela madrasta, Ilde (Guilhermina Guinle), e sua saga foi comovente. É preciso destacar a cena mais emocionante protagonizada pela criança, quando Cláudio invade o tribunal e diz que não quer ter um pai covarde, fazendo o pai (Araújo - Flávio Tolezani) mudar o depoimento a favor de Anastácia ---- no caso do golpe que Sandra deu na tia. A amizade que o menininho tinha com Alice (Nathalia Costa) também primou pela delicadeza, destacando os talentos mirins. O processo de recuperação do menino, após a cirurgia revertendo a paraplegia, também merece citação, assim como o incentivo de Pirulito para o novo amigo fazer um gol. JP Rufino, por sinal, foi mais uma criança talentosa do elenco.
O penúltimo capítulo parecia o último. Foram várias cenas lindas e alguns momentos de tensão. O autor não se preocupou em fechar quase todos os ciclos antes do grande final. Aliás, essa é uma preocupação constante do autor: concluir os núcleos paralelos antes, evitando correria no fim. Porém, desta vez, ele também antecipou os instantes mais derradeiros. Uma das cenas mais aguardadas era a morte de Gerusa, que honrou a expectativa. A menina teve a breve recuperação antes da morte, conseguindo se despedir da avó e dançar a última valsa com seu amor. O desespero de Osório e Camélia foi comovente, destacando Arthur Aguiar e Ana Lucia Torre. Um triste e esperado desfecho, primando pela delicadeza. Outro momento que teve a emoção como foco foi quando Araújo conta para o filho que ele e Olga (Maria Carol) irão se casar. Difícil não ter se emocionado vendo Cláudio perguntando se poderia chamar a nova madrasta de mãe, recebendo um sim como resposta. Xande Valois sensibilizou.
Já a sequência da perseguição policial, que culminou na morte de Ernesto e prisão de Sandra, foi dirigida com maestria pela equipe. Fazer uma cena assim com carros de época não é uma tarefa fácil, ainda mais levando em consideração um acidente fatal. Tudo foi feito com capricho e vale destacar o instante em que o carro dos vilões bate em uma árvore, estilhaçando o vidro, assustando Candinho e Filó, pois o bebê deles estava sendo levado pelo casal de canalhas. Flávia Alessandra brilhou quando Sandra se desesperou com a morte do comparsa, aproveitando a cena escrita para ela se destacar. Aliás, ela foi muito bem em todos os instantes do sequestro, incluindo a hora em que a vilã estapeia a noiva do caipira, lhe tomando a criança.
O último capítulo foi sem atropelos, exibindo cenas muito boas, como o emocionante momento protagonizado por Arthur Aguiar e Giovanna Grigio. Osório se despediu e Gerusa no velório, teve um mal súbito, e faleceu, indo se encontrar com a amada. A valsa deles no céu primou pela delicadeza, reforçando o otimismo do enredo, pois o amor superou a morte. Já Flávia Alessandra deu um show na sequência em que Sandra vai para a cadeia e lá vive um verdadeiro inferno. O desfecho da vilã, inclusive, foi mais pesado do que o de muitos vilões do horário nobre. Apesar da construção equivocada do roteiro, o instante em que Mafalda conheceu o famigerado cegonho divertiu. E a última cena destacou o protagonista, que logo após ter se casado com Filó fez questão de deixar uma bonita mensagem sobre esperança e, claro, enfatizando que tudo o que acontece de ruim na vida da gente é para 'meiorá'. Ainda finalizou dizendo "Êta mundo bão!". Sérgio Guizé emocionou e foi divertido a palavra 'fim' aparecendo na 'retaguarda' de Filó, para a surpresa de Pirulito ---- uma clara referência ao filme "Candinho", de 1954. O capítulo ainda prestou uma bonita homenagem ao saudoso Amácio Mazzaropi e o Policarpo encarnou o clássico Leão da MGM, figura emblemática nas sessões de cinema.
"Êta Mundo Bom!" foi um verdadeiro fenômeno das seis, provando que Walcyr Carrasco é mesmo o rei da faixa, apesar de já ter provado ser capaz de emplacar grandes sucessos em todos os horários da Globo. É o escritor mais versátil do país, sem dúvidas. Após o imenso êxito de "Verdades Secretas" em 2015, o autor emplacou o maior triunfo de 2016, obtendo uma audiência impressionante. A retomada da bem-sucedida parceria com o diretor Jorge Fernando fez bem para os dois, resultando em mais um produto acertado da dupla ---- vide "Chocolate com Pimenta", "Alma Gêmea" e "Caras & Bocas". O folhetim chegou ao fim cumprindo sua missão da melhor maneira possível, onde a despretensiosidade do enredo e o clima de otimismo em torno do protagonista se fizeram presentes do primeiro ao último capítulo. O mundo, infelizmente, ainda está longe de ser bom, mas a novela foi bem mais que isso. Foi ótima.
Linda novela e com um final ótimo, tirando a porcaria que fizeram com a Mafalda. Vou sentir saudades!
ResponderExcluirEssas suas resenhas finais são sempre as melhores.O que eu mais gosto de ler.
ResponderExcluirAssino embaixo tanto nos elogios quanto nas críticas. Foi uma boa novela e mereceu o sucesso.Walcyr é uma fábrica de sucessos!
ResponderExcluirZamenzito, que ótimo texto. Amei o Sérgio. Que linda mensagem! Concordo com você sobre o triângulo formado por Mafalda, Romeu e Zé. Foi bem raso mesmo e deixou a desejar, mas o que podemos fazer? hehe. Maricel lindos, Gesórios muito fofos. Ameiiiii. Arthur e sérgio amores da minha vida. Quero deixar registrado meu amor pelo Flávio Migliasso (não sei como se escreve)
ResponderExcluirNão achei espetacular, mas cumpriu bem a sua proposta. Foi boa no final das contas.
ResponderExcluirGostei muito da premissa: um homem que nunca conheceu sua mae biológica vai para a cidade grande e se cria um mundo de personagens e situações inesquecíveis. A novela foi simples e totalmente clichê, mas justamente foi sua grande qualidade.
ResponderExcluirO que ficou chato foi a quantidade de capítulos, estamos no mundo moderno de internet e Netflix, essa formula de novela longa demais esta chato ja, a trama ficaria muito melhor com 60 ou 70 capítulos, mas a Globo insiste nesta formula cansada de 180/190 capítulos, que so diverte donas de casa com vidas chatas que nao tem mais nada para fazer. Isso fez a trama perder a qualidade. Mas mesmo assim, merece uma nota 10. Eta Mundo Bom se tornou sim, um clássico da tv brasileira.
Uma novela muito gostosa e que deixa um vazio.
ResponderExcluirAgora a pergunta que não quer Calar: "Cadê o detetive Jack?? Até hoje nunca entendi o por quê de todos os sumiços prolongados do personagem na trama. Parece até que o Walcyr está a castigar o ator... (rs)
ResponderExcluirLembro que a desonestidade foram valorizadas nessa novela, e não punidas. Prof. Prancrácio e Romeu aplicaram golpes e são tipos como mocinhos; toda família da fazenda, em determinado capítulo, roubaram animais de outras fazendas para valorizar aos olhos dos compradores, e até hoje não devolveram. Todos desonestos que auxiliaram no roubo, Mafalda, Zé, todos, todos. Péssimo exemplo do autor.
O Ernesto não enfurece como vilão, é só um aproveitadorzinho bem vulgar ... sobre a Gerusa, a trama em TORNO de sua doença me toca, não a atuação dela (se é que vcs me entendem rs ... mas sei que ela é jovem e pode ter várias outras oportunidades de crescer e amadurecer como atriz) ... desperdiçada mesmo eu acho é a Clarice, só ficou como " orelha " de suas amigas do dancing e ela poderia ter rendido mais.
Às vezes, ou muitas, o personagem Candinho, ia do caipira ao idiota, erro do autor me deixar nervoso o público com a 'inocência-sem-limites" do personagem Candinho. Tirando a mesmice da interpretação de Elizabeth Savalla sempre fazendo a mesma cara e sempre nas novelas de Carrasco, o restante é figuração, sim, até Ary Fontoura tá de figurante, não serve para nada, praticamente não tem falas como o restante, tirando a mulher do filho do Candinho, que tão péssima atriz, foi diminuída. Maria Zilda Bethlem também é outra figurante, idem Ana Lucia Torre, os personagens não se destacam pois o autor propositadamente não escreve para eles
Walcyr Carrasco deixou como grande destaque mesmo o "mistério" do cegonho envolvendo Mafalda. Como se já não fosse óbvio há meses que ele estava forçando a barra ao máximo para ela ficar com o Zé dos Porcos, não é mesmo? O desenvolvimento do triângulo ficou muito raso. Mafalda nunca sentiu nada pelo Zé. A história era dela e do Romeu, da transformação dele pela caipira através do amor. Mas, do nada, Mafalda passou a amar o Zé dos Porcos e Romeu voltou a ser o vigarista de sempre (houve até uma traição bem forçada com Sarita). Não convenceu. Agora que finalmente tirou o cabaço, será que Mafalda vai se cansar de um só cegonho e se tornará a maior fazedora de cegonho da região?
ResponderExcluirNovela simples não tinha nada ali que o telespectador já não conhecesse e esperasse de uma obra do Walcyr. É a prova que as vezes menos é mais. Nada adianta um enredo cheio de segredos se nem mesmo o autor sabe o que escrever. Ponto pro Walcyr. Unica coisa que eu não gostei foi a Mafalda ter ficado com o Zé dos Porcos, queria ela com o Romeu rs Adorei o texto, Sérgio.
ResponderExcluirVocê pontuou muito bem os acertos e os erros da novela. E mesmo gostando do Walcyr, vc não poupou críticas ao que mereceu. Ainda tem idiota que vem aqui duvidar da sua competência. Imparcialidade é isso.Parabéns!
ResponderExcluirFoi uma ótima novela mesmo com uma excelente trama central, o personagem principal funcionou mt bem, mt bem construído e contando com uma grande atuação do Sergio guize (foi a melhor atuação e o melhor papel dele) ele tava em impecável, já a protagonista n funcionou como vc msm disse, com um fraco desempenho da Débora Nascimento e ainda uma personagem muito mal construída que cansava pela burrice, acabou virando figurante da novela (uma das protagonistas mais fracas que já vi) mas ai que eu encontro um defeito e uma qualidade da novela, pq ao mesmo tempo o autor falhou na construção da Filomena, ele acertou transformando a Maria na protagonista (a melhor personagem da novela na minha opinião) ela contava com uma história mt interessante e acabou colocando no núcleo principal e ela que teve a tradicional rivalidade de mocinha vs vilã com a Sandra, ou seja como eu disse ela virou a protagonista da novela, a grande heroína, com um show de atuação da Bianca Bin, aqui vai um elogio a Flavia Alessandra que foi simplesmente impecável como Sandra, conseguiu diferenciar cada detalhe da Cristina e ainda deu um grande show, uma das melhores atrizes da novela e uma das melhores vilãs atualmente, daquelas que a gente sente raiva e ainda o autor acertou em colocar uma certa humanidade nela mostrando que ela realmente amava o irmão e cúmplice, uma personagem genial e mt bem construída, mt bom mesmo, na minha opinião os personagens dela e da Bianca Bin foram os melhores, e a rivalidade delas foi ótimo, ainda merecem destaques os sempres maravilhosos Eliane, Marco, Rose Campos, Elizabeth, Ary que como era de se esperar deram um show, Priscilla Fantim, Arthur Aguiar, Ana Lucia, Rainer, Dhu Moraes, Suely,Flavio, Camila Queiroz e muito mais foram ótimos também tendo destaque negativo apenas ao Eriberto, Rômulo, Anderson, Flavio e a já citada Débora, mas no modo geral teve um elenco bom e uma novela boa mas o fim teve defeitos como o da malfada, zé e romeu que foi ridiculo o modo que o autor esqueceu td q escreveu e deu aquele final patético jogando fora td a condução do casal e do romeu que terminou dando golpes sendo que ele tinha se regenerado, já o final de gerusa e osório foi lindo(apesar de que ele morrer de amor é forçado e a morte dele foi meia tosca) mas eu gostei pq achei mt tocante e delicado o final , no geral a novela foi ótima e sentirei sdds
ResponderExcluirNovela gostosinha e despretensiosa. Os haters do Walcyr odeiam ele e vc, Sérgio. Mas não liga. Eles não suportam os vários sucessos do autor e nem ver que vc acerta sempre nas previsões das novelas.
ResponderExcluirOlá, Sérgio, como vai? Interessante citar a estratégia de estenderem a trama para que uma nova não estreasse nas Olimpíadas, visto que todo o foco estava nos jogos.
ResponderExcluirComo sabe não tenho sido assídua em novelas, mas vi o final dessa, gostei da maneira como o autor "fechou" a trama, com a ideia de que "se isso não acontecesse, eu não teria...". Na vida queremos sempre comandar tudo, às vezes não compreendemos algumas situações, mas tudo faz parte da trama do nosso destino. :)
Abraços!
Concordo em gênero, número e grau. Aliás, adoro seus textos e acompanho vc também pelo Twitter. Amo suas tiradas. Gostaria de ver textos seus sobre Lucy Alves- grata revelação de 2016, Camila Pitanga, que tem brilhado com sua Tereza em "Velho Chico", e também da construção do casal Shirlei e Felipe de "Haja Coração" Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo em estado de graça e roubaram o protagonismo do triângulo Tancunha/Apolo/Beto
ResponderExcluirO Walcyr é especialista em novelas de época.
ResponderExcluirJá ambientou anos 20 em O Cravo e a Rosa, anos 30 em Chocolate com Pimenta, agora só falta anos 50 né?
Big Beijos
Lulu on the Sky
Tb vou, Vitória.
ResponderExcluirFico feliz, Kellen.
ResponderExcluirÉ uma fábrica mesmo, Daniella.
ResponderExcluirObrigado, porlapazyporlavida lc! E o Flávio Migliaccio é genial mesmo. O seu Josias foi mítico. rs bjs
ResponderExcluirHypado, mas esse caso foi uma exceção mesmo. Duvido que tenhamos outra novela das seis tão longa tão cedo.
ResponderExcluirDeixa, anonimo.
ResponderExcluirIzabel, endosso a sua crítica ao triângulo de Mafalda, Romeu e Zé pq ela nunca sentiu nada pelo Zé mesmo e aquele amor repentino ficou absurdo. Mas eu discordo do restante das críticas, pois não achei nenhum desses talentos figurantes, pelo contrário, os vi valorizados. Já o detetive não teve muita função mesmo.
ResponderExcluirAh, Izabel, tb discordo dos golpes. O Romeu tinha se regenerado depois de rico e depois que o autor forçou a barra ao faze-lo voltar pros golpes. Mas o Pancrácio sempre foi uma boa pessoa e seus disfarces nada mais eram do que uma sobrevivência porque não tinha como se sustentar com uma miséria de salário de professor.
ResponderExcluirObrigado, Pãmela. E é exatamente isso, foi tudo previsível e cheio de clichês. O autor repetiu tudo o que tinha dado certo e deu de novo. Tb odiei o final da Mafalda e foi um dos poucos erros da trama.
ResponderExcluirMt obrigado, Flávia. Eu tento. bj
ResponderExcluirMt bom seu comentário, anonimo. Concordo!
ResponderExcluirEu tô nem aí pra esses imbecis, Liliane. bjsss
ResponderExcluirTudo indo, Bia. E o autor fechou bem a trama no geral mesmo. Bjsss
ResponderExcluirFico feliz, Rafaela. E pode ficar tranquila que o texto da Lucy Alves virá, assim como o do casal Shirlipe. Já o da Camila eu não farei não pq a achei apagada na novela e Tereza é mais uma mocinha chata feita por ela. A Lucy dominou a novela. bjssss
ResponderExcluirFica a dica, Lulu. bjssssss
ResponderExcluirconsidero-a a mais fraquinha das tramas das seis escritas pelo Walcyr (Alma Gêmea, Chocolate com Pimenta e O Cravo e a Rosa foram bem superiores).Aliás, o que não faltou em Eta Mundo Bom foram atuações canastronas. a Filomena , uma das mocinhas mais fracas e insuportáveis da teledramaturgia brasileira, tanto pela má trajetória criada pelo autor, quanto pela má atuação de sua intérprete(Débora Nascimento)
ResponderExcluirO texto (didático) do Walcyr também foi outro ponto sofrível. Enquanto os personagens da cidade falavam um português extremamente culto e corretíssimo, com o verbo sempre no infinitivo, os da fazenda falavam todos errado e com um sotaque caipira pra lá de caricato e estereotipado.
E os núcleos que não foram bem desenvolvidos ou que só serviram para encher linguiça. Como o casal Gerusa e Osório, se o tema da leucemia era para emocionar, missão realizada sem sucesso. Nem o ódio gratuito que Ilde sentia pelo enteado, nem o fato de Cláudio nunca revelar ao pai as humilhações que sofria dela. Depois de mais de cem capítulos adormecido em seu jardim secreto, o núcleo só veio ganhar função a partir do momento em que Sandra usou Araújo para roubar a fortuna da tia. A vingança de Braz contra o pai também demorou demais para, enfim, ter função e ganhar outros desdobramentos.
Aquele povo lá da radionovela "Herança de Ódio" também foi dispensável e poderiam serem excluídos sem grandes prejuízos. Aliás, pouquíssimos personagens de Eta Mundo Bom a ouviram. E o que dizer daquele núcleo da Emma (Maria Zilda Bethlem) e dos "amigos" Tobias (Cleiton Morais) e Lauro (Marcelo Arjenta)? Totalmente desnecessários!
ResponderExcluirWalcyr escreveu o maior sucesso de 2013 com a emocionante Amor à Vida, o de 2015 com o fenômeno provocativo e EMBLEMÁTICO Verdades Secretas e o de 2016 com a maravilhosa EMB!!!
ResponderExcluirAh essa novela eu torci para quebrar todos os recordes e foi muito mais além do que isso. Já virou um dos fenômenos mais antológicos da teledramaturgia.
Sérgio Guizé foi magistral e é incrível como "Candinho" poderia ter sido o nome da novela sem nenhum problema, pois o que mais falavam quando ia começar a novela era "vai começar o Candinho", e o Guizé é o protagonista de 2016.
Eliane e Marco são os veteranos do ano com atuações magistrais, como eu amei Anascrácio.
Bianca Bin é a protagonista do ano, sem dúvidas pois seu trabalho foi primoroso e ela me arrebatou totalmente como Maria e o casal Maricel foi perfeito, eu amava quando os dois brigavam pois SIGNIFICAVA MUITO. Rainer Cadete foi excelente como Celso e seu futuro será brilhante, sua parceria com Flávia foi muito boa.
E por falar em Flávia, Sandra é a vilã do ano pois provocou ódio do público e algo não era visto com uma vilã desde da antológica Carminha. Flávia em mais um trabalho vitorioso.
O núcleo da fazenda foi o melhor, Cunegundes já está marcada na carreira de Elizabeth Savala.
Rosi Campos foi finalmente valorizada.
E o meu amor pela linda e talentosa Camilinha Queiroz só aumentou por causa da Malfadinha fofinha, não lembrando em nada a protagonista do ano de 2015 Angel/Devil provocante.
Foi perfeita essa novela em vários sentidos, amei 95% de tudo pois Filó e Rômulo Neto foram erros crassos.
PS: Quando vi a Mafalda de noiva, Sergio... Comecei a cantar "You are my angel... loveyouloveyouloveyouloveyou" hehehe. Abração, meu amigo!!
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ResponderExcluirIzabel, concordo que comparada a essas 3, foi mesmo a novela das seis mais fraca dele. Mas eu considero A Padroeira a mais fraca e um de seus poucos fracassos na carreira. Eta Mundo bom cumpriu sua missão e foi um belo folhetim. Não acho que esses núcleos tenham sido desnecessários porque gostei do desenvolvimento dos mesmo, servindo, inclusive, para movimentar a novela enquanto o principal não tinha nada de novo. E a Filó foi um erro completo msm.
ResponderExcluirRamon, o Walcyr é uma fábrica de sucessos. Impressionante. Seu comentário está muito bom e endosso quase todo ele. E a Mafalda foi uma noiva tão cretina quanto a Angel... rs abração!
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