sexta-feira, 7 de junho de 2024

Tudo sobre a coletiva online de "O Jogo que Mudou a História", nova série do Globoplay

 O Globoplay promoveu nesta segunda-feira, dia 3, a coletiva virtual de "O Jogo que Mudou a História", nova série da plataforma de streaming da Globo. Participaram o criador José Júnior e os atores Babu Santana, Bukassa Kabengele, Ravel Andrade, Alli Willow, Fabrício Assis, Jailson Silva, Jonathan Azevedo, João Fernandes, Pedro Wagner e Samuel Melo. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


José Júnior resumiu sua trama: "O Rio de Janeiro tem mais de mil áreas deflagradas. O 'Jogo' é uma série que conta como surgiram os grupos armados. Surgem em 1979. A Falange Vermelha foi a primeira. Além desse surgimento, falamos das grandes guerras. Uma série que tem 12 protagonistas, 70% do nosso elenco é preto. Gravamos em todas favelas reais. Na Tavares Bastos, Vigário Geral, Parada de Lucas, no Dique, na Rocinha. A trilha sonora é feita de forma customizada. A nossa tem predominância de samba rock, funk, MPB. Uma pegada muita preta e nordestina. Há uma série de sotaques. Gravamos em dois presídios reais: o Complexo da Frei Caneca, já fechado, e o do Bangu 1, que está ativo. Orgulho em mostrar a história do ponto de vista do preso, da população, do agente penitenciário. Normalmente nesses filmes é mostrada a história sob o ponto de vista da polícia ou do jornalista, não do protagonista real. Minhas referências foram as histórias que eu ouvia. Não li livro algum, não tive referência. É uma série que vai impactar bastante quem vai assistir", adiantou.

Alli Willow comentou sobre sua personagem: "Faço uma freira e ela é minha grande personagem. Foi uma paixão minha. A gente foi muito impactado pela série e pela preparação. A gente mergulhou em muitas histórias. São fios de muitas realidades diferentes.

Ela é inspirada na Irmã Doroty. Tivemos experiências que incorporamos no projeto. Nunca tive uma preparação comparável com a que tive neste trabalho".

Babu Santana comentou sobre a importância da série: "Faço o Houfman, um dos líderes da tomada de Ilha Grande. Estou muito feliz. Um personagem muito complexo. É duro e ao mesmo tempo carismático. Só aceitei fazer esse tipo de personagem porque era projeto do José Júnior. Estávamos precisando de um preto periférico contando uma história assim. Tem um olhar de dentro de quem morou na favela e de quem viveu essa situação, o que é muito importante. Vi o AfroReggae nascer e poder estar caminhando ao lado dele é incrível". 

Bukasssa Kabengele complementou: "Tive o convite para viver o mestre, um dos líderes fundadores do Comando Vermelho. É uma série que não só conta toda a complexidade do narcotráfico, mas como as pessoas são desconsideradas. E é uma série que aceita os sotaques. Mestre Osevam tenta reconstruir sua família e sua dignidade, embora a sociedade não permita".

Fabrício Assis também falou sobre seu papel: "Tive a honra de fazer o Renatinho. Sou apaixonado por esse personagem. A série traz o ponto de vista de todo mundo e o Renatinho é morador. Ele se vê no meio daquela guerra na infância e tem uma infância interrompida. Ele vira refém da situação. O pai dele era chefe do morro. E a gente que mora da favela acaba vivendo isso mesmo. A série mostra a situação do ponto de vista do morador, de quem está na cadeia e de onde a pessoa não vai sair socializada porque o sistema penitenciário não é justo". 

Jailson Silva se emocionou quando analisou seu personagem: "É um policial que luta após sair da prisão. Me vejo no personagem porque o Belmiro tem 45 anos, a mesma idade que eu fiz a gravação. É um projeto que vai conquistar o mundo e é um grande privilégio ter feito parte desse projeto que não vai só me representar, como vai representar o Brasil em geral. Foi uma honra fazer um projeto tão grandioso. Vim preparado para estar neste projeto. Ansioso pela estreia".

Jonathan Azevedo lembrou sobre a importância da preparação do elenco: "Tivemos todo um preparo. Um diretor incrível, roteirista maravilhoso, uma preparadora fantástica. E pessoas que me inspiraram no elenco, além da galera que me acolheu. Vivo um personagem que realmente existiu. Gilsinho é um cara que mistura o intelecto e a paixão que o Jonathan têm como pessoa. Todo mundo que fez parte desse projeto deixou parte de sua vivência para o povo ver esses Brasis do Brasil".

João Fernandes não escondeu sua animação:  "Interpreto o Binho e essa história permeia oportunidades. Ao longo da minha caminhada artística, nunca vivi nada igual. Por mais que seja uma série que tenha muitos personagens reais, sinto que é uma ode a muita gente sem nome. A gente vai dar uma visão do que essas pessoas viveram. A visão de quem está de dentro. Não é uma coisa do policial ou do jornalista, é do povo. Tudo o que acontece caminha para o futuro dos jovens periféricos. Um prazer poder ter contado essa história com essa relevância".

Pedro Wagner contou um pouco de seu personagem: "Faço o Amarildo nessa colcha de retalhos sobre coragem. É o presidente da associação de moradores. Um imigrante que saiu de um lugar com um apagamento muito grande e vai parar em uma comunidade. Eu me sinto extremamente agradecido. É o personagem da minha vida. Nem em mil vidas conseguirei agradecer ao José Júnior por esse presente. Tem muito da minha ancestralidade nesse papel. Espero que as pessoas se apaixonem por essa história".

Ravel Andrade analisou a realidade que a série retrata: "Foi um projeto muito forte para todo mundo. A preparação foi uma grande transformação na minha vida. A preparadora Fátima Domingues misturou pessoas reais com ex-agentes, atores, enfim, muitas pessoas. O nosso grande ouro está na junção dessas pessoas, na simbiose criada. Levo para minha vida. Meu personagem Egídio é um jovem de classe média alta que sai com o carro do pai, atropela uma menina e a mata. Ela é filha de um coronel que bota ele no presídio de Ilha Grande. A série se passa nos anos 70, época da ditadura. O personagem está ali para mostrar a rapidez com que o sistema carcerário transforma uma pessoa em criminoso. E isso com uma pessoa sendo branca de classe média porque com o negro é ainda pior e mais cruel".

Samuel Melo fez um resumo sobre o seu personagem: "Gegê é um moleque de favela que tem um grande sonho em ser jogador de futebol. Eu também tentei esse sonho e tenho uma sensibilidade muito grande com esse personagem. Quero agradecer essa oportunidade e torço para que o público fique encantado. O jogo que vai mudar a história do Brasil assistindo a essa série". 

"O Jogo que Mudou a História" estreia no dia 13 de junho e serão disponibilizados dois episódios semanais de um total de dez. 

14 comentários:

  1. Gostei de ler todos os detalhes que conseguiste nos contar! abração, lindo fds! chica

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  2. Vou ser bem sincera: fico dividida com relação a este tipo de trabalho. Por um lado gosto de me informar sobre as coisas, saber como e quando se originaram. Por outro, acho que é como se essas obras normalizassem situações anormais.

    Beijão e ótimo fim de semana

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  3. Detalhada e interessante análise.
    Abraços e um excelente fim de semana

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  4. Olá, tudo bem? Sobre o post anterior: o melhor triângulo amoroso é Britney, Maradona e Shakira kkkkkkkkk Realmente, o personagem Plutão é o mais fraco do quinteto e o ator enfrenta sérias dificuldades na interpretação... Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  5. Deve ser impactante ver esta série,afinal esta realidade é desconhecida para muitos brasileiros,mas existe e é muito triste. Um abraço!

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  6. Oi Sérgio, eu ainda não tinha o mínimo conhecimento sobre o lançamento desta série e você trouxe com riqueza de detalhes muitas facetas deste novo trabalho.Que honra participar da coletiva virtual do jogo que mudou a história. Parabéns amigo!
    Tenha uma linda semana!!

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  7. Os cachorros são os melhores mesmo, Fabio.

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  8. Parece ser uma série primorosa. Fiquei com muita vontade de assistir.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  9. Sobre essa serie... Qual seria a sua nota?

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